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BC discute normativos para as cooperativas de crédito

Os avanços no marco regulatório do cooperativismo também foram alvo de debate na reunião do Conselho Consultivo de Crédito (Ceco), realizada nesta quarta-feira (4/5), em Brasília. Durante o encontro, líderes do ramo pediram a revisão da Resolução 3.859/10, que obriga as entidades a ter conselho de administração e diretoria-executiva.

O tema foi tratado após a apresentação da consultora do departamento de Normas do Sistema Financeiro, Elvira Ventura, do chefe adjunto do departamento de Organização do Sistema Financeiro, Adalberto Rocha, e do chefe do departamento de Supervisão de Cooperativas, José Ângelo Mazzillo Júnior.

Elvira Ventura destacou está aberto a discussões sobre o modelo proposto, desde que o segmente apresente argumentos consistentes. Para ela, é fundamental que o ramo adote uma política própria de governança cooperativa. “Chegamos hoje a um novo patamar no que diz respeito à regulação do segmento. É preciso uma união de esforços para alcançarmos o melhor modelo”, enfatizou.

Adalberto Rocha defendeu a aplicação das melhores práticas de governança, ainda que adequadas à realidade de cada cooperativa. Ressaltou também a necessidade da profissionalização dos procedimentos de auditoria externa. “Auditoria externa precisa ser feita por quem entende. Esse é um dos pilares que vai sustentar a criação de um fundo garantidor”, afirmou.

O chefe do departamento de Supervisão de Cooperativas, José Ângelo Mazzillo Júnior, disse que o momento é propício à aproximação das cooperativas com o BC. “O setor precisa estreitar o relacionamento com o órgão regulador. Apesar de uma sensível evolução do sistema cooperativista de crédito no Brasil, ainda há muito para melhorar”.

O Ceco agora estuda uma forma de apresentar formalmente as ponderações ao BC. A ideia é buscar soluções sobre os temas: fundo garantidor, cogestão, centralização financeira e responsabilidade solidária.

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