
Diversificacão de produtos e servicos é o futuro para cooperativas
No atual cenário do sistema financeiro brasileiro, as cooperativas de crédito só terão sucesso se concentrarem seus trabalhos nos seus cooperados, oferecendo a eles serviços e produtos diversificados e um atendimento diferenciado.Este foi, em resumo, foi o recado dado pelo presidente do Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob), Marco Aurélio Almada Abreu, em palestra aos dirigentes da Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Goiânia e Região (Sicoob Engecred), no início de fevereiro.
Planejamento Estratégico - O evento faz parte do planejamento estratégico da cooperativa para o período de 2013 a 1015 e contou ainda com outra palestra, proferida pelo presidente do Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração (Inepad) e professor da USP, Alberto Borges Matias. Ele, que é também consultor de bancos, falou sobre conjuntura econômico-financeira e tendências de crescimento para o cooperativismo de crédito no país. Almada, do Bancoob, também abordou as perspectivas do setor no Brasil e aprofundou com dados a análise do desempenho das cooperativas do Sicoob. “Precisamos definir um modelo de negócios, ser fiel a ele e manter um posicionamento para que o cooperado o identifique como valor para ele”, afirmou Almada. Segundo o dirigente, os estados de Goiás, Espírito Santo e Santa Catarina se destacam quanto à eficiência financeira dentre as cooperativas do Sicoob no país, sendo que o segredo das cooperativas goianas é a capitalização, que vai exigir adequação às demandas do mercado para ser mantida. “Agora o futuro dessas cooperativas no mercado exige diversificação de canais de atendimento, modernização de agências, novos produtos e remodelagem dos serviços, sempre com atenção às demandas dos cooperados”, reforçou Almada.
Reflexos - No aspecto geral, ele abordou ainda os efeitos da crise financeira global de 2008. “A crise financeira de 2008 trouxe ao Brasil elevado número de incerteza sobre a sanidade financeira do país. Criou-se o conceito de que existe um tipo tão grande de banco que, se quebrar, quebra o país. Com isso, os investidores qualificados começaram a tirar dinheiro dos bancos médios e levaram aos grandes. Esse cenário criou uma crise de liquidez para os bancos médios”, arrematou. (Easycoop e OCB/GO)