O Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop) é o assunto da Entrevista da Semana. A conquista mais recente das cooperativas do ramo Crédito começou a sua operacionalização como agente de proteção às operações realizadas junto aos sistemas financeiros cooperativistas. O FGCoop é uma associação civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, de direito privado, de abrangência nacional, tendo como associadas todas as cooperativas singulares de crédito e os dois bancos cooperativos a saber: Bancoob e Bansicredi. Além disso, também constituem o FGCoop, as instituições que compõem o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo. O diretor executivo do FGCoop, Lúcio César de Faria, destacou que um dos grandes ganhos do Fundo é a visibilidade que as cooperativas terão. Confira o que ele diz:
O FGCoop já está funcionando. O que o cooperativismo de crédito pode esperar da nova ferramenta?
Lúcio Faria – O fundo garantidor é um dos instrumentos da rede de proteção do sistema financeiro e o FGCoop, como fundo nacional, abrangendo todas as cooperativas de crédito, reforçará a confiabilidade na solidez do segmento cooperativista. Alia-se a isso o movimento em curso no sistema de referenciar as cooperativas de crédito como cooperativas financeiras, refletindo a completude de seus produtos e serviços.
Em termos de ganho de imagem, o que representa o FGCoop?
LF – Igualado à condição de competitividade com os bancos na garantia de depósitos, até R$ 250 mil por associado/cliente, o cooperativismo financeiro poderá ampliar ainda mais o número de cooperados e o volume de depósitos e aplicações, com mais recursos para direcionar a operações de crédito.
Como se deram as tratativas e como foi a construção do FGCoop no segmento cooperativo de crédito?
LF – A Lei Complementar nº 130/2009, primeira lei após a Constituição de 1988 a regular o sistema financeiro, especificamente para o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo, abriu caminho para o fundo garantidor do segmento, ao estabelecer que o Conselho Monetário Nacional (CMN) pode dispor sobre fundos garantidores e a vinculação das cooperativas a esses fundos.
Com isso, o CMN estabeleceu as premissas para o fundo, cujo estatuto e regulamento foram amplamente discutidos entre representantes do Banco Central e do segmento, por meio do Conselho Consultivo de Crédito (Ceco) do Sistema OCB e em eventos e videoconferências dirigidas a todo o sistema cooperativista.
Assim nasceu o FGCoop, associação civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica de direito privado de abrangência nacional, tendo como associados todas as cooperativas singulares de crédito e os bancos cooperativos.
Pode-se dizer que o FGCoop será um indutor para a verticalização das cooperativas?
LF – Diretamente e de imediato, não. Porém, ao atrair novos associados pela igualdade de competitividade com os bancos comerciais, as cooperativas poderão tender à ampliação de atuação, como a abertura para livre admissão, que exige a filiação a central, além do cumprimento de requisitos prudenciais, previstos na regulamentação.
A criação de um Fundo Único significa que o segmento vive um novo momento dentro do Sistema Financeiro Nacional?
LF – Sem dúvidas. O cooperativismo, que vem se igualando ao sistema bancário tradicional na oferta de produtos e serviços, ganha mais força em busca do aumento de sua participação em volume de depósitos e operações de crédito do SFN.
MAIS INFORMAÇÕES
OBJETIVOS – O FGCoop tem por objeto prestar garantia de créditos contra as instituições associadas nas situações de decretação da intervenção ou da liquidação extrajudicial e também, no futuro, poderá contratar operações de assistência e de suporte financeiro, incluindo operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio de central ou confederação.
CONTRIBUIÇÃO – A contribuição mensal ordinária das instituições associadas está prevista pela Circular nº 3.700, de 6 de março deste ano, do Banco Central do Brasil. Ela prevê que o percentual de repasse é de 0,0125%, até o dia 25 de cada mês, sobre os saldos das contas objeto de garantia (basicamente depósitos a vista e a prazo e depósitos de poupança, no caso dos bancos cooperativos). O recolhimento mínimo mensal não deverá ser inferior a R$ 100,00.
FUNCIONAMENTO – O FGCoop terá contas no Bancoob e Bansicredi, que receberão as contribuições. As centrais ou confederações deverão fazer o recolhimento em nome de suas filiadas. Já as cooperativas independentes farão o recolhimento em uma das duas contas, que serão informadas pelo FGCoop. Vale ressaltar que as cooperativas que não captam depósitos, as chamadas “capital-empréstimo”, contribuirão com o valor mínimo.
LOCALIZAÇÃO – A estrutura funcional e administrativa do FGCoop está localizada na Quadra 6, do Setor de Autarquias Sul, em Brasília. Para o esclarecimento de dúvidas ou prestação de informações complementares, o interessado pode enviar email para
Fonte: Sistema OCB
A Rede Brasileira de Pesquisadores em Cooperativismo (RBPC) e o Sistema OCB abrem amanhã o período de inscrição dos trabalhos que poderão ser apresentados no III Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC), a ser realizado entre os dias 20 e 22 de outubro, na Universidade Federal do Tocantins, em Palmas. O tema da terceira edição é “Cooperativismo como Modelo de Negócios: as cooperativas conquistam desenvolvimento sustentável para todos”.
O Sistema OCB visa a aproximar a área acadêmica da real necessidade das cooperativas, propondo debates fundamentados em pontos definidos pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI) como essenciais ao desenvolvimento do setor e à sua consolidação nos próximos 10 anos, na chamada “Década do Cooperativismo”.
Além da apresentação dos trabalhos haverá palestras e mesas-redondas, que representam grande oportunidade de “networking” social e profissional em questões estratégicas à competitividade e à permanência das cooperativas no mercado global.
Será aceita a inscrição de trabalhos nas modalidades: artigo, artigo de iniciação científica e/ou trabalho de conclusão de curso e relato de práticas.
Fonte: Sistema OCB
“O BNDES é um importante veículo de desenvolvimento das cooperativas brasileiras”. Com essa frase, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, deu início, ontem, à reunião entre os representantes do cooperativismo e o diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guilherme Lacerda. O objetivo da reunião foi apresentar ao banco os pleitos do sistema OCB, relativos a quatro ramos: Agropecuário, Crédito, Saúde e Transporte.
“O apoio que temos recebido da diretoria e equipe técnica do BNDES contribui para o fortalecimento do cooperativismo. E é assim, com parceiros estratégicos que construímos um futuro mais sólido”, reconhece Márcio Freitas.
O encontro aconteceu na sede do banco, em Brasília, e contou com a presença do presidente do Sistema OCB/ES, Estherio Colnago, com seu superintendente, Carlos André de Oliveira. Representando a unidade nacional do Sistema OCB, estiveram o superintendente, Renato Nobile, a gente geral Tânia Zanella, a gerente de Relações Institucionais, Fabíola Nader, e a gerente técnica, Clara Maffia.
Para o presidente do Sistema OCB/ES, Estherio Colnago, foi visível o interesse da equipe do BNDES nos números que representam o setor. “Ficamos todos bastante impressionados com a vontade de compreender mais sobre o cooperativismo. Eles se prepararam para a reunião e demonstraram muito interesse em estabelecer novas parcerias”, analisa o Colnago.
RESULTADOS – A reunião tratou de diversos assuntos e já apresenta alguns resultados relevantes. No ramo crédito, por exemplo, o BNDES informou que atenderá o pleito para a prorrogação do Programa de Capitalização de Cooperativas de Crédito (Procapcred). Afirmaram ainda, que a carta circular já está sendo preparada, com novo prazo de 31/12.
TRANSPORTE – Em relação à dificuldade enfrentada pelos associados de cooperativas de transporte em acessar o Procaminhoneiro, o BNDES avaliará a possibilidade de alterar o normativo interno para incluir a categoria CTC nos critérios estabelecidos.
O diretor Guilherme Lacerda reforçou a preocupação do Banco com a questão de renovação de frota, tanto para transporte de cargas como de passageiro, e solicitou que seja realizada uma reunião com a área responsável, para que a proposta de criação do Programa de Capitalização das Cooperativas de Transportes seja apresentada pelo Sistema OCB de maneira detalhada.
SAÚDE – Ao final do encontro o Banco também sinalizou a possibilidade de criação do Programa de Capitalização das Cooperativas de Saúde, cujas tratativas internas para a normatização da linha de crédito já se encontram em estado avançado.
Fonte: Sistema OCB
A Expocoop 2014 - Feira Mundial do Cooperativismo terá participação de representantes de 16 países e cerca de 170 expositores, entre os quais 120 nacionais e 50 internacionais, que ocuparão uma área de 4,5 mil metros quadrados na Expo Unimed, local em que o evento será realizado. O evento ocorre entre 15 e 17 de maio, em Curitiba (PR), com apoio dos Sistemas OCB e Ocepar e da Aliança Cooperativa Internacional (ACI).
Somente a China participará com 19 cooperativas. A informação foi repassada pela Worldentry Exhibitions – WEX, empresa organizadora da Expocoop. É a segunda vez que o Brasil recebe a feira, anteriormente realizada em São Paulo, como Fenacoop.
EVENTOS PARALELOS - De acordo com os organizadores, a Expocoop vai além de uma feira de negócios. Eventos paralelos serão realizados nos auditórios internos durante os três dias do evento. O setor cooperativista, juntamente com políticos e representantes sociais, estará debatendo temas importantes para o futuro do cooperativismo no Brasil e no mundo.
Confira a programação do Sistema OCB para o período da Expocoop 2014.
NO DIA 14/05 – Quarta-feira
BRICS Coop – A diretoria participará da abertura do BRICS Coop, evento que ocorre paralelamente, com o objetivo de desenvolver parcerias comerciais entre as cooperativas do agrupamento BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
O Brics Coop teve origem em 2010 como iniciativa do Sistema OCB de reunir em Brasília, durante a I Cúpula de Chefes de Estados do BRICS, as cooperativas dos países membro do grupo. Desde então, o encontro foi realizado na China, em 2011, e na África do Sul, em 2013, sendo incorporado ao calendário oficial da Cúpula.
Os cinco países juntos somam 1 milhão de cooperativas com 600 milhões de cooperados. Segundo dados do Ministério da Indústria e Comércio Exterior, os quatro países do grupo são destino de 20% das exportações e 18% das importações de cooperativas brasileiras.
NO DIA 15/05 – Quinta-feira
FÓRUM – Será realizado o II Fórum Nacional de Presidentes, Superintendentes e Dirigentes. Neste ano, o objetivo do encontro será a promoção do alinhamento em torno do planejamento estratégico sistêmico que está em fase de elaboração e permitir o compartilhamento das ações que estão sendo realizadas a partir das discussões dos fóruns regionais.
BRICS Coop – Participação nos debates do evento.
EXPOCOOP – Participação na cerimônia de abertura do evento e visita aos espaços da feira.
COOPERGÊNERO – Participação das atividades de celebração dos 10 anos de realização do programa Coopergênero, desenvolvido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Desde 2003, o ministério promove ações de capacitação, divulgação, geração de renda e organização cooperativista e associativista com base no desenvolvimento sustentável. O Programa Coopergênero: Integrando a Família Cooperativista já treinou, até hoje, cerca de 40 mil mulheres.
O Coopergênero foi um trabalho pioneiro no Ministério e é um programa que busca colocar as mulheres em igualdade de oportunidade nas cooperativas e associações rurais. O foco são as pessoas e as ações buscam a quebra de paradigmas provocados pela herança cultural.
O programa teve uma ótima aceitação e obteve resultados concretos como, por exemplo, agregar valor aos produtos das cooperativas e contribuir para a diminuição da violência doméstica.
NO DIA 16/05 – Sexta-feira
SEMINÁRIO – Participação no Seminário Internacional de Mercado Cooperativo – palestra magna e painéis 1 e 2;
EXPOCOOP – Visita aos espaços da feira.
JORNALISMO – Participação na cerimônia de entrega dos troféus da décima edição do Prêmio Ocepar de Jornalismo. No decorrer dessa primeira década de existência, o prêmio vem conquistando um importante espaço entre profissionais, empresas e entidades de representação.
Em 2012, o site da Associação Nacional de Jornais destacava a premiação como um dos melhores do Brasil, devido à sua continuidade e pela forma como é realizado. Para a Ocepar, a chegada do prêmio na 10ª edição é uma conquista, não só para a unidade estadual, mas também para o cooperativismo paranaense e entidades de classe.
O concurso é realizado desde 2004 com o objetivo de premiar os melhores trabalhos e profissionais da imprensa que atuam nos veículos de comunicação do Paraná e também das cooperativas paranaenses.
NO DIA 17/05 – Sábado
BRICS Coop – Participação na programação de visitas técnicas a cooperativas paranaenses.
Os interessados – alunos, professores, cooperados – em submeter seus trabalhos acadêmicos ou suas boas práticas à banca que definirá a apresentação dos cases durante o III Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC), já podem se inscrever. Todas as informações a respeito da forma e do que inscrever estão no regulamento publicado pelo Sistema OCB.
O III EBPC é uma realização dos Sistemas OCB e OCB/TO, promovido pela Rede Brasileira de Pesquisadores em Cooperativismo (RBPC), com o apoio da Universidade Federal do Tocantins (UFT).
O encontro será realizado entre os dias 20 e 22 de outubro, no campus da UFT, em Palmas. O tema da terceira edição é “Cooperativismo como Modelo de Negócios: as cooperativas conquistam desenvolvimento sustentável para todos”.
INTENÇÃO - O Sistema OCB visa a aproximar a área acadêmica da real necessidade das cooperativas, propondo debates fundamentados em pontos definidos pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI) como essenciais ao desenvolvimento do setor e à sua consolidação nos próximos 10 anos, na chamada “Década do Cooperativismo”.
OPORTUNIDADE - Além da apresentação dos trabalhos haverá palestras e mesas-redondas, que representam grande oportunidade de “networking” social e profissional em questões estratégicas à competitividade e à permanência das cooperativas no mercado global.
ATENÇÃO - Será aceita a inscrição de trabalhos nas modalidades: artigo, artigo de iniciação científica e/ou trabalho de conclusão de curso e relato de práticas.
Fonte: Sistema OCB