Empresas evitam falência com cooperativismo

Empresas próximas da falência, com dívidas e grandes dificuldades financeiras, conseguiram sobreviver com a união dos trabalhadores. Hoje, elas mantêm a produção ou oferecem serviços, garantindo trabalho e renda para centenas de pessoas no país. O cooperativismo foi solução encontrada para superar os obstáculos, que se transformaram em histórias de sucesso.

Além de contribuir para a manutenção do trabalho de aproximadamente 30 professores, a criação da Coopgram (Cooperativa de Professores de São Sebastião da Grama), permitiu que os 150 alunos terminassem o ano letivo. “A escola estava cheia de dívidas e assumimos há sete anos para não fechar as portas”, relata Evaldo Natal Buffo, presidente da cooperativa.

Hoje, a Coopgram conta com 250 alunos e está instalada em um outro prédio na pequena cidade de 10 mil habitantes. As dívidas foram liquidadas e os professores estão no comando da escola. “Se não fosse a opção pelo cooperativismo não teríamos mais a escola e os professores estariam desempregados”, sentencia Evaldo.

OPORTUNIDADE – A Cooperativa Educacional de Itapetininga (CEI) nasceu em abril de 2009 depois de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). O ex-proprietário da escola utilizava o sistema cooperativista de forma irregular. Os professores reivindicaram as mudanças e com o TAC passaram finalmente a constituir uma cooperativa regular. “Deu um novo ânimo para todos, mas por outro lado aumentou a nossa responsabilidade”, afirma Plínio Teodoro, responsável pela administração da CEI.

Segundo ele, hoje a escola conta com 115 alunos e 22 cooperados. “Um grupo forte domina as escolas particulares aqui na região de Sorocaba. Quem está fora desse grupo não consegue aulas. A cooperativa é uma alternativa para esses professores”, ressalta Plínio.

VIDROS – A Cooperativa de Trabalho de Produção de Vidros (Cotravic) também nasceu por vontade dos trabalhadores. Em 1998, os donos da antiga Firenze Indústria de Vidros e Cristais decidiram fechar a companhia e demitir 275 funcionários. “Para não perder o emprego, resolvemos assumir a empresa como cooperativa”, explica Francisco Misael Degasperi, presidente da Cotravic.

A solução encontrada foi transformar as dívidas que a companhia tinha com os trabalhadores nos bens da empresa. “Compramos os equipamentos com o dinheiro que a empresa tinha que pagar os direitos trabalhistas”, conta Degasperi. Hoje, o empreendimento conta com 145 cooperados e está em um novo prédio em Ferraz de Vasconcelos. A Contravic produz cerca de 220 mil peças mensais como copos, jarras, taças, pratos, entre outros utensílios de vidro. (Matéria publicada no jornal DCI, dia 31 de março – Sistema Ocesp).

 

Presidente da Frencoop ressalta a forca econômica das cooperativas

O deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR) assumiu dia 25 de março a presidência da Frencoop (Frente Parlamentar do Cooperativismo no Congresso Nacional). A Frente Parlamentar é formada atualmente por mais de 200 deputados e mais de 20 senadores. A posse se deu durante o lançamento da Agenda Legislativa do Cooperativismo de 2014, que tem dentre as principais bandeiras a aprovação de um marco regulatório para o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo.

DESAFIOS - Segundo o presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Márcio Lopes de Freitas, o setor tem muitos desafios, mas que alguns merecem destaque. “Nosso objetivo é garantir que não sejamos tributados duas vezes – a cooperativa, como pessoa jurídica, e o cooperado, como pessoa física. Este é um exemplo de muitas das proposições de interesse do cooperativismo brasileiro que estão em tramitação na Câmara dos deputados e no senado Federal”, ressaltou o Márcio Freitas.

CONTRIBUIÇÃO - O deputado Serraglio disse ser um grande prazer defender as causas de um segmento que tanto contribui para o país. Ele lembrou que são mais de 6.600 cooperativas atuando em 13 ramos de atividades econômicas e gerando mais de 320 mil empregos diretos. “O sistema tem mais de 11 milhões de associados e envolve mais de 44 milhões de brasileiros, sendo o responsável por mais de 6 bilhões de dólares em exportações” salientou o deputado, acrescentando que “as cooperativas paranaenses foram as campeãs brasileiras em exportação, somando mais de dois bilhões de dólares”. (Assimp Sistema OCB/AM)

 

Cooperativas exportam mais de US$ 829 milhões no primeiro bimestre

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, acaba de divulgar o resultado da balança comercial brasileira, relativa às operações envolvendo cooperativas nos dois primeiros meses deste ano. De acordo com o documento, as exportações do setor cooperativista somaram US$ 829,05 milhões (2,6% do total Brasil).

Do lado da importação, houve um recuo de 20,8% nas compras externas efetuadas por cooperativas, que passaram de US$ 49,5 milhões, no primeiro bimestre de 2013, para US$ 39,2 milhões, nos primeiros meses deste ano. Historicamente, a balança comercial das cooperativas apresenta saldo positivo, tendo alcançado US$ 5.675,8 milhões no acumulado janeiro-dezembro do ano passado.

PRODUTOS – Entre os principais produtos exportados pelas cooperativas, nos meses de janeiro e fevereiro, destacam-se:

1- Açúcar bruto (com vendas de US$ 138 milhões, representando 16,7% do total exportado pelas cooperativas)
2- Carne de frango (US$ 134,5 milhões, 16,2%)
3- Açúcar refinado (US$ 124,3 milhões, 15%)
4- Soja em grão (US$ 90,9 milhões, 11%)
5- Café em grão (US$ 86,7 milhões, 10,5%)

MERCADOS – As vendas externas das cooperativas alcançaram, nesse bimestre, 130 países. Esse número é maior do que o registrado no ano passado, quando 111 países foram nossos clientes. Por conta de sua participação no total das vendas do setor, destacamos os cinco principais destinos:

1- China (vendas de US$ 107,2 milhões, representando 12,9% do total)
2- Alemanha (US$ 81,1 milhões, 9,8%)
3- Estados Unidos (US$ 63,3 milhões, 7,6%)
4- Emirados Árabes (US$ 56,7 milhões, 6,8%)
5- Arábia Saudita (US$ 52,9 milhões, 6,4%)

ESTADO – São Paulo foi o estado com maior valor de exportações de cooperativas, US$ 283,6 milhões, representando 34,2% do total das vendas externas do segmento. Em seguida, aparecem: Paraná (US$ 264,3 milhões; 31,9%); Minas Gerais (US$ 86,2 milhões; 10,4%); Santa Catarina (US$ 85,4 milhões; 10,3%); Mato Grosso (US$ 26,5 milhões; 3,2%); e Rio Grande do Sul (US$ 19,8 milhões; 2,4%)

Fonte: Sistema OCB

 

Senado isenta máquinas agrícolas de licenciamento anual

Senado isenta máquinas agrícolas de licenciamento anual

O Projeto de Lei da Câmara (PLC) nº 57/2013, que desobriga as máquinas agrícolas do registro e licenciamento anual, foi aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal, ontem. A proposição, que faz parte da Agenda Legislativa do Cooperativismo, é uma importante demanda das cooperativas do ramo agropecuário e representa uma redução de custos e de procedimentos burocráticos que trará significativa contribuição para o aumento da competitividade do agronegócio brasileiro.

O Sistema OCB trabalhou ativamente, tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal, pela aprovação do projeto, que é de autoria do deputado Alceu Moreira (RS), integrante da diretoria da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop).

O Sistema OCB esteve presente, inclusive, em audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado Federal, esclarecendo que o registro e licenciamento das máquinas agrícolas seria totalmente dispensável em virtude de sua utilização quase estrita no campo.

Atualmente, existe um elevado número de máquinas que, apesar de antigas, ainda viabilizam operações mecanizadas por estarem em bom estado de conservação.

O setor cooperativista entende que, pelos baixos valores, alto desgaste e depreciação, não existe justificativa ou motivação para seus proprietários realizarem esse tipo de registro ou licenciamento. Além disso, essa obrigação abre precedentes para outros custos, como cobrança de Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e a necessidade de inspeção veicular.

O projeto, que já foi aprovado em 2013 na Câmara dos Deputados, foi aprovado em decisão terminativa pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania e, caso não seja apresentado recurso para sua apreciação em Plenário, seguirá para sanção da presidente Dilma Rousseff.

Fonte: Sistema OCB

 

Deputados pretendem criar Subcomissão Especial do Cooperativismo

Foi aprovada ontem, no âmbito da Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados, a criação da Subcomissão Especial do Cooperativismo. A iniciativa é do deputado Dr. Ubiali (SP), integrante da Diretoria da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop).

A aprovação do requerimento que solicita a criação da subcomissão demonstra a importância do setor cooperativista para o país e o reconhecimento do Congresso Nacional pelo trabalho desenvolvido pelas cooperativas em todo território nacional. A Subcomissão Especial do Cooperativismo tem o objetivo de debater importantes temas que tramitam na Câmara dos Deputados e são afetos a todos os ramos do cooperativismo.

Segundo o parlamentar, existe uma série de projetos de lei de suma importância que envolvem o setor que tramitam na CFT, justificando a necessidade da criação de um colegiado para tratar única e exclusivamente do tema.

O Sistema OCB acompanha 92 projetos que estão sob análise da Comissão de Finanças e Tributação, dentre eles, 11 fazem parte da Agenda Legislativa do Cooperativismo. A subcomissão aguarda a indicação de membros para sua instalação.

Fonte: Sistema OCB

 

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