Câmara aprova projeto que moderniza o registro de defensivos agrícolas no Brasil
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Câmara aprova projeto que moderniza o registro de defensivos agrícolas no Brasil

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (9), com 301 votos favoráveis e 150 contrários, o PL 6299/2002, que moderniza e garante mais transparência ao processo de registro de pesticidas agrícolas no Brasil. A proposta, que faz parte da Agenda Institucional do Cooperativismo, assegura que as regras de registro sejam efetivadas com responsabilidade e dentro dos parâmetros de segurança para a saúde humana e para o meio ambiente, afastando a discricionariedade e morosidade para a aprovação de novas tecnologias de controle de pragas no campo.

Uma das inovações importantes do projeto é a redução do prazo de registro de novos produtos de oito para dois anos, sendo que os registros de produtos genéricos devem acontecer no prazo de um ano. Além disso, cabe destacar o tratamento diferenciado que se pretende dar às chamadas Culturas com Suporte Fitossanitário Insuficiente (CSFI), exploradas principalmente por produtores da agricultura familiar. Como única mudança realizada no texto do Plenário, o projeto garante a isenção de registro para bioinsumos, de acordo com regras estabelecidas no texto da matéria.

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, avalia a aprovação da matéria como um importante passo para o processo de modernização da produção brasileira.  “Na condição de entidade representativa de produtores rurais cooperados que dedicam suas vidas à produção de alimentos, majoritariamente pequenos e médios, reconhecemos que a proposta garante maior celeridade, transparência e clareza no processo de registro de novos produtos fitossanitários no Brasil, com maior rigor científico e desburocratização dos trâmites”, afirma Freitas.

Ainda segundo ele, “a nova legislação será um catalisador para a maior disponibilidade de tecnologias no campo, capazes de melhorar o manejo das principais pragas agrícolas com responsabilidade ambiental e dentro dos parâmetros de segurança para os consumidores”.

O deputado Luiz Nishimori (PL-PR), relator do projeto no Plenário e membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), defende que o excesso de burocracia tem deixado o Brasil para trás em relação às maiores potências agropecuárias do mundo. “Precisamos de moléculas mais eficientes para o combate às pragas. Mas, atrelados à burocracia, não conseguimos usar”, pontuou. Para ele, a nova lei trará avanços importantes para o Brasil como um todo, que poderá produzir de forma mais eficaz e levar comida mais segura e barata para a mesa da população brasileira.

Denominada Lei do Alimento mais Seguro, a proposta de modernização da Política Nacional de Defensivos Fitossanitários e de Produtos de Controle Ambiental também foi defendida pelo vice-líder do governo e presidente da Frencoop, deputado Evair de Melo (PP-ES). Ele rebateu críticas que afirmam que o projeto vai colocar mais veneno na mesa dos brasileiros. “Essa afirmação não tem fundamento. É um discurso meramente de posição ideológica”, destaca.

Para o parlamentar, o alimento brasileiro é seguro. “Toda nossa exportação é vistoriada por agência internacionais criteriosas. Da mesma forma, esses alimentos são vistoriados por nossas agências internas. Além disso, a nova lei leva em consideração todos os riscos envolvidos à saúde e ao meio ambiente e inclui critérios sobre a exposição das pessoas a esses pesticidas como já feito em outros países”.

Por ter sido alterado na Câmara e aprovado um substitutivo, o projeto volta para análise no Senado.

Sescoop abre novo ciclo do programa de gestão para cooperativas
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Sescoop abre novo ciclo do programa de gestão para cooperativas

A adoção de boas práticas de gestão e governança faz parte de um processo contínuo e permanente. Medir os resultados sobre a efetividade dessas práticas também. E esse é o objetivo do Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas, mais conhecido como PDGC, que acaba de ter o ciclo 2022 lançado pelo Sescoop.

Composto por instrumentos de autoavaliação desenvolvidos em um sistema próprio e voltado para a realidade das cooperativas, o PDGC permite um diagnóstico objetivo sobre a evolução das práticas de gestão e governança e facilita a elaboração de planos de ações que busquem a melhoria contínua dos processos gerenciais.

“Trata-se de um programa realizado em ciclos anuais que respeita as características do nosso modelo de negócios e as particularidades de cada cooperativa na busca por um referencial de excelência em suas atividades de gestão e governança”, afirma Pamella Jerônimo de Lima, analista de Monitoramento de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB.

Novidade

Para o ciclo 2022, o PDGC traz uma novidade: a inclusão de um quarto questionário denominado identidade cooperativa. A partir dele, é possível analisar as práticas relacionadas aos princípios e valores cooperativistas. Segundo Pamella, o novo questionário passar a fazer parte do primeiro nível avaliativo para diagnosticar se a cooperativa está realmente cumprindo os requisitos básicos que permeiam a filosofia do modelo de negócios.

Números

Desde o lançamento do PDGC, em 2013, o número de participações no programa aumenta a cada ciclo. Em 2021, 1094 cooperativas utilizaram os instrumentos avaliativos, um acréscimo de 9% em relação a 2020, quando 1003 responderam os questionários. Nos nove anos de existência do programa, as participações cresceram 41%. O ramo Crédito foi o que apresentou o maior número de cooperativas participantes (362) seguido do Saúde (289) e do Agro (213).

Prêmio

É também a partir do PDGC que o Sistema OCB realiza o Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão. A premiação ocorre a cada dois anos e, em 2021, entregou o selo ouro para 30 cooperativas, enquanto o de prata ficou com outras 39 e o de bronze com 34. Das 103 cooperativas reconhecidas, 9 receberam o selo ouro no nível de maturidade rumo a excelência, que representa a categoria mais avançada da premiação.

As cooperativas reconhecidas pelas boas práticas de gestão e excelência são divididas em três faixas: ouro, prata e bronze. Cada faixa conta também com três níveis de maturidade: primeiros passos para a excelência; compromisso com a excelência; e rumo a excelência.

MP inclui cooperativas de crédito no Programa Habite Seguro
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MP inclui cooperativas de crédito no Programa Habite Seguro

A Câmara dos Deputados concluiu nessa quinta-feira (10) a votação da Medida Provisória (MP) 1070/2021 que trata do financiamento habitacional para profissionais de segurança pública e inclui as cooperativas de crédito como agentes financeiros das operações do Programa Habite Seguro. O texto-base, aprovado na quarta-feira (9), em votação simbólica, segue agora para análise no Senado.

 “As cooperativas de crédito são instituições financeiras que promovem a poupança e oferecem soluções financeiras adequadas às necessidades de cada cooperado, visando democratizar o acesso de inúmeros cidadãos aos serviços bancários”, argumentou o deputado Coronel Tadeu (PSL-SP), relator da medida ao defender a inclusão do dispositivo proposto por ele para permitir que as cooperativas também atuem como agentes financeiros do programa.

Ainda segundo ele, “entre as cooperativas que existem no país, muitas são compostas pelos profissionais da segurança pública, e gozam de estreito relacionamento com a categoria, podendo atuar como facilitadoras na implementação do programa”.

Além dos integrantes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, das polícias civis, das polícias penais e das polícias militares, ativos ou inativos, bombeiros, agentes penitenciários e guardas municipais, o relator deputado Coronel Tadeu (PSL-SP) estendeu o programa para agentes socioeducativos e de trânsito concursados, bem como para os policiais legislativos.

Segundo o texto, o objetivo da medida é ajudar a superar “carências de natureza habitacional dos profissionais de segurança pública” e “reduzir a exposição dos profissionais de segurança pública a riscos em decorrência de condições habitacionais a que estejam submetidos”. Além disso, o projeto busca valorizar "profissionais portadores de deficiência, concedendo, quando possível, prioridade de atendimento”.

Os recursos orçamentários para implementação e execução do programa sairão do Fundo Nacional de Segurança Pública. O subsídio concedido para a compra ou construção da casa própria será dado apenas uma vez por beneficiário. Além disso, segundo o texto, o subsídio poderá ser cumulativo com outros de programas habitacionais previstos em lei de âmbito federal, estadual, distrital ou municipal.

De acordo com a MP, o subsídio não poderá ser concedido para titular de financiamento ativo de imóvel ou para quem já tem imóvel. Os recursos também não podem ser usados para reforma, ampliação, conclusão ou melhoria de imóvel, compra de terra, aquisição ou construção de imóveis rurais ou comerciais.

Finanças pessoais: invista em você, nos seus sonhos e em um mundo melhor!
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Finanças pessoais: invista em você, nos seus sonhos e em um mundo melhor!

Quando se observa pesquisas em torno do comportamento do investidor no Brasil, facilmente conclui-se que o Brasileiro não tem o hábito de constituir reservas. Em pesquisa divulgada pela ANBIMA (RAIO X do Investidor 2021 4ª edição), os dados mostram queda no número de investidores em 2020 em relação as pesquisas anteriores, representando atualmente 40% da amostra, ou seja, nos leva a entender que em momento de vulnerabilidade mais da metade da população estaria sem reservas. Quando olhamos para o planejamento de aposentaria o cenário também preocupa, pois 48% dos entrevistados que ainda não estavam aposentados indicaram acreditar que serão sustentados pela previdência social após a aposentadoria.

É claro que sabemos que em 2020 a pandemia impactou o bolso do Brasileiro. A pesquisa identificou que 55% da população teve perda de rendimento ao longo do ano, mas é interessante reforçar que a perda de emprego e renda foi maior entre as pessoas classificadas como não investidoras. Entre os investidores, 50% do total da amostra conseguiram manter a renda, e aí é possível concluir o papel dos investimentos em nossa vida.

 

Mas por que metade da população não investe?

É claro que primeiro é preciso considerar o cenário econômico, mas também podemos citar a falta de planejamento, o consumo inconsciente, ou seja, questões ligadas à educação financeira. Poupar não depende exclusivamente de salário, e sim saber que não se deve gastar tudo que se ganha. De acordo com a sua realidade, as pessoas devem buscar ter uma reserva para imprevistos. Para quem já venceu essas etapas, outras reservas devem ser constituídas na sequência, para aproveitar oportunidades, realizar os sonhos de quem amamos e ter uma aposentadoria financeiramente tranquila. E a melhor forma de fazer essas reservas é investindo, para que o dinheiro renda e a pessoa não perca poder de compra por causa da inflação.

Especialistas costumam indicar uma regra de reserva de 20% da renda para poupança e investimentos, mas se você se sentir à vontade pode avançar para reservar até 30% ou mais para fins financeiros, pois esse é o melhor cenário para construir patrimônio. Exige uma dose de disciplina, consciência e principalmente dar o primeiro passo, mas não é impossível. Vale destacar que independente da parcela da renda que você irá guardar, é importante manter o equilíbrio entre viver o momento atual e investir para o futuro.

Vamos à prática? Veja abaixo algumas dicas para começar seu planejamento financeiro e tornar-se um investidor. E vale dizer que investidor não é só quem tem muito dinheiro investido, mas sim toda a pessoa que se preocupa com futuro e constitui reservas, ou seja, todas as pessoas podem ser investidores.

Tabule todos seus ganhos e despesas, entenda se está sobrando ou faltando mensalmente dinheiro. Primeiro passo é fazer essa conta fechar, trabalhando para que comece a sobrar. Esse exercício poderá ser mais fácil ou difícil para algumas pessoas, pois pode significar mudança de hábitos, abdicações e muita disciplina.

Agora já sobra? Ótimo, vamos começar a fazer a reserva de emergência. Pense em acumular pelo menos seis vezes o seu salário mensal para gastos imediatos ou que serão usados em até um ano. Essa será sua reserva para curto prazo.

Já tem reserva de emergência constituída? Está em um investimento seguro e disponível? É importante que essa reserva esteja em alternativas conservadoras e de fácil acesso caso você precise resgatar. Para reserva de emergência recomenda-se alternativas com baixo risco e que tenham liquidez como: Poupança, CDB, RDC e fundos de investimento de baixo risco.

Tem um objetivo de médio prazo? Exemplo: Fazer um intercâmbio daqui a três anos. Para esse investimento talvez você possa recorrer a alternativas com risco moderado, dado que você tem um horizonte de tempo maior para suprir variações que podem acontecer. Para investimentos de médio prazo, uma alternativa é a LCA que é isenta de Imposto de Renda.  

Certamente você também tem objetivos de longo prazo, aqueles que são para mais de cinco anos, como por exemplo a casa da praia. Para essas metas você poderá optar pela diversificação em alternativas de investimento mais arrojadas, que busquem potencializar os ganhos, e ainda separar uma parte para a previdência privada com o objetivo de ter tranquilidade na aposentadoria.

Além disso há espaço para diversificação em, por exemplo, fundos de investimento e até renda variável. Mas para identificar quais as soluções mais adequadas para você, é primordial antes conhecer o seu perfil de investidor, que nada mais é do que identificar o seu apetite por risco.  Pois de nada adianta um investimento com alta possibilidade de retorno se ele não trouxer tranquilidade, e vale ressaltar que todo investimento tem algum nível de risco.

 

Por todo esse contexto, uma orientação adequada facilita muito a vida financeira de quem quer investir. As instituições financeiras cooperativas oferecem, de forma segura, alternativas variadas de investimentos que cabem em todos os bolsos. Além disso, ao associar-se à uma cooperativa de crédito, além de obter rendimentos para seus investimentos, você estará colaborando para um mundo melhor a partir de um modelo que faz o dinheiro girar nas economias locais!

 

Por Lenise Nunes, analista de Investimentos do Sicredi.

ABDI e MAPA lançam concurso para seleção de projetos de Inovação no Agro
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ABDI e MAPA lançam concurso para seleção de projetos de Inovação no Agro

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) lançaram, na última quinta-feira (10/02), o segundo Edital do Agro 4.0. O novo concurso vai selecionar oito projetos-pilotos de Ambientes de Inovação, nas cinco regiões do país, que irão receber, ao todo, R$ 1,5 milhão para disseminar práticas de adoção e difusão de tecnologias 4.0 para o agronegócio.

O Programa Agro 4.0 é uma iniciativa que visa estimular e fomentar o uso de tecnologias 4.0 no agronegócio, por meio de editais, eventos, encontros, informações e demais ações focadas em aumento de eficiência, de produtividade e redução de custos.

Os recursos financeiros totais disponibilizados pela ABDI serão de até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais), para seleção de até 8 projetos. Será realizada a classificação das propostas dos projetos-piloto, baseada na pontuação obtida, em conformidade com os critérios estabelecidos no edital. Os valores, por projeto, serão definidos de acordo com as categorias:

  • 4.1.1. Categoria 1: Região Sul (até 1 projeto – R$ 300.000,00).
  • 4.1.2. Categoria 2: Região Sudeste (até 1 projeto – R$ 300.000,00).
  • 4.1.3. Categoria 3: Região Centro-Oeste (até 2 projetos – R$ 150.000,00 cada projeto).
  • 4.1.4. Categoria 4: Região Nordeste (até 2 projetos – R$ 150.000,00 cada projeto).
  • 4.1.5. Categoria 5: Região Norte (até 2 projetos – R$ 150.000,00 cada projeto).

As inscrições podem ser realizadas até o dia 09/03/2022 e o a íntegra do edital está disponível por meio do seguinte link.

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