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Nova legislação democratiza o acesso ao mercado segurador e fortalece as cooperativas de seguros
Representantes do Sistema OCB participaram, nesta quinta-feira (16), de evento promovido pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) para marcar a sanção da Lei Complementar 213/2025, que regulamenta a ampliação da participação das cooperativas no mercado de seguros e também de grupos de proteção patrimonial mutualista. A nova legislação foi sancionada pelo governo federal na quarta-feira (15) e o encontro no escritório da Susep em Brasília foi um momento de reconhecimento ao amplo diálogo entre os atores envolvidos na construção do texto final aprovado pelo Congresso Nacional.
O superintendente da Susep, Alessandro Octaviani, abordou os desafios enfrentados nos mais de dez anos em que o tema permaneceu em discussão no Congresso Nacional e ressaltou a importância da medida para a modernização e democratização do mercado de seguros no Brasil. “Chegamos a este momento histórico que é a abertura do mercado. Por isso, o diálogo contínuo entre os agentes do mercado e os órgãos reguladores é essencial para criar segurança jurídica, fortalecer a confiança da sociedade no setor e, assim, impulsionar o desenvolvimento sustentável do país”, declarou.
Fabíola Nader Motta, gerente-geral da OCB, destacou a participação ativa da entidade nos debates. Para ela, a nova lei considera e respeita o modelo societário, que está pronto para atender às demandas da população com qualidade e segurança. “Este é mais um setor em que as cooperativas passam a atuar a partir de agora e que, com certeza, terá resultados muito positivos em um futuro próximo. Já somos destaque em outros setores regulados como Crédito e Saúde, e estamos preparados para oferecer um serviço diferenciado, especialmente no interior do país, onde as empresas tradicionais não estão presentes”, afirmou.
A nova legislação estabelece um marco regulatório para cooperativas de seguros e associações de proteção patrimonial, inserindo esses novos atores no Sistema Nacional de Seguros Privados e ampliando o alcance de supervisão da Susep. Entre os avanços previstos, estão a criação de novas formas de distribuição, o aumento do acesso ao mercado e a modernização das práticas regulatórias, alinhando o Brasil aos padrões internacionais.
Entre os principais pontos da Lei, destacam-se a possibilidade de operação com resseguro e cosseguro, a estruturação em cooperativas singulares, centrais e confederações, além da proporcionalidade na regulação, considerando o porte e os riscos das instituições. Além disso, a Lei possibilita que as cooperativas operem em todos os ramos de seguros privados, exceto capitalização aberta e repartição de capitais de cobertura. Antes da sanção da nova Lei, a participação das cooperativas no mercado de seguros era restrita apenas aos ramos de seguros agrícolas, de saúde e de acidentes de trabalho.
O deputado Vínicius Carvalho (SP), relator do Projeto de Lei na Câmara dos Deputados, foi representado no evento por seu chefe de gabinete, Jonas Vieira Santos. O parlamentar foi fundamental na defesa dos pleitos do cooperativismo e nas negociações para aprovação da proposta.
Também participaram do encontro o presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), Armando Vergílio; o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Dyogo Oliveira; e o presidente da Escola de Negócios e Seguros (ENS), Lucas Vergílio.
A reunião contou ainda com representantes de entidades como a Federação Estadual das Mútuas do Estado de Minas Gerais (FEMG), a Federação de Autorregulamentação, Socorro Mútuo e Benefícios dos Estados do Sul (FABSUL), a Federação Brasiliense de Associações e Administradoras de Proteção Patrimonial Mutualista (FEBRAP) e a Federação Associativa Nacional (FAN).
Cenário
As cooperativas seguradoras e as mútuas (entendidas como sociedades que prestam serviços de seguros de vida e não vida, regimes de segurança social complementar e serviços de pequeno valor de natureza social) são uma realidade em todo o mundo. A Federação Internacional de Cooperativas e Seguros Mútuos (ICMIF) é a principal entidade que representa esse setor, reunindo mais de 200 organizações de quase 80 países ao redor do mundo.
Juntas, essas organizações alcançaram, em 2023, mais de US$ 236 bilhões em receita de prêmios, enquanto seus ativos totais somavam US$ 1,7 trilhões. São cerca de 300 milhões de pessoas atendidas por essas entidades, que geram mais de 230 mil empregos diretos. Com esses números, as cooperativas representam quase 30% do mercado de seguros em todo o mundo.
No Brasil, os dados gerais do setor revelam um grande potencial de crescimento: entre janeiro e agosto de 2024, a arrecadação total foi de R$ 288,06 bilhões, o que representa um aumento de 13,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Durante esse período, o setor retornou R$ 161,0 bilhões em indenizações, benefícios, resgates e sorteios, o que corresponde a um crescimento de 5,82%.
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Programa reconhecido no Prêmio SomosCoop Melhores do Ano 2024 coloca mulheres no centro do empreendedorismo
Oferecer suporte integral para fortalecer capacidades empresariais e financeiras de mulheres líderes em micro e pequenas empresas. Essa é a principal premissa do Programa Donas do Negócio, desenvolvido pelo Sicredi União MS/TO e Oeste da Bahia e premiado com o troféu ouro na categoria Comunicação Coop do Prêmio SomosCoop Melhores do Ano 2024. Mais do que um projeto de empoderamento feminino, o objetivo da iniciativa é ser uma ferramenta de transformação social e econômica que as coloca no centro do empreendedorismo. O programa já ajudou milhares de mulheres a romper barreiras, impulsionar negócios e transformar comunidades.
Desde seu lançamento, em julho de 2022, o Donas do Negócio expandiu sua atuação de 4 para mais de 20 agências e impactou diretamente 3 mil mulheres que lideram micro e pequenas empresas ou atuam como microempreendedoras individuais. A iniciativa combina capacitação, informação, inspiração e conexão para garantir que elas superem desafios e prosperem no mercado, a partir de um ecossistema de desenvolvimento pessoal, comunitário e econômico. Realizado em parceria com a International Finance Corporation (IFC), membro do Banco Mundial, o Donas do Negócio é sustentado por cinco pilares essenciais.
O primeiro, Informar, busca manter as empreendedoras atualizadas por meio da curadoria de conteúdos sobre tendências de mercado, liderança, inovação, saúde e bem-estar. Já o pilar Capacitar oferece cursos e workshops exclusivos para associadas, com foco no desenvolvimento de competências empresariais e financeiras, acessíveis em uma plataforma digital segura. O pilar Conectar promove eventos, feiras e rodadas de negócios, fortalecendo o networking e gerando oportunidades de parcerias. O Inspirar, por sua vez, utiliza histórias de superação das participantes como uma forma de motivação e exemplo para outras empreendedoras. Por fim, o Fomentar, introduzido em 2024, reforça o impacto econômico do programa, com mais de R$ 16,5 milhões em créditos liberados e R$ 1,2 milhão em negócios gerados em feiras e eventos.
Ao todo, o Donas do Negócio realizou 45 rodadas de negócios, com a participação de 375 empreendedoras e 570 visitas técnicas a empresas, além de seis feiras voltadas ao empreendedorismo, que estimularam a troca de experiências e a visibilidade de produtos e serviços das participantes. O portal do programa, que já registrou mais de 130 mil acessos, oferece uma rica fonte de aprendizado com conteúdos sobre liderança, tendências de mercado, saúde, bem-estar e inovação. Entre as ferramentas disponíveis, destaca-se o game Donas do Jogo, que utiliza uma abordagem lúdica para desenvolver habilidades financeiras e já beneficiou centenas de empreendedoras.
Impactos
O presidente do Sicredi União MS/TO e Oeste da Bahia, Celso Ramos, destaca o impacto do projeto na inclusão e no desenvolvimento comunitário. “Ele se chama Donas do Negócio, justamente para incluir a mulher, a empreendedora, no mundo dos negócios. E a nossa cooperativa, que trabalha no Mato Grosso do Sul, Tocantins e Oeste da Bahia, fez um trabalho extraordinário de desenvolvimento local das comunidades, com resultados econômicos diretos para essas empreendedoras”.
Para Jô Castro, assessora de Desenvolvimento do Cooperativismo do Sicredi União, o programa vai além do empoderamento. “Ter uma cooperativa que leva soluções que vão ao encontro das necessidades dessas mulheres empreendedoras, para que sustentem seus negócios e alcancem novos patamares, é algo transformador. A comunidade agradece, porque dessa forma temos uma rede que gera mais empregos e fomenta a economia local”, afirmou.
Além de oferecer suporte técnico e financeiro, o Donas do Negócio inspira por meio de histórias que reforçam a confiança e a motivação das participantes. Essas narrativas mostram como, com as ferramentas certas, é possível vencer desafios como desigualdade salarial e a conciliação entre a gestão de um negócio e responsabilidades familiares. Assim, o diferencial do projeto está no apoio integral às empreendedoras. As mulheres atendidas relatam crescimento em seus negócios, mas também e, principalmente, maior confiança e independência.
O Donas do Negócio está alinhado aos valores do cooperativismo, como solidariedade, intercooperação, responsabilidade social e fortalecimento das comunidades onde atua, bem como com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 5 da ONU, que busca a igualdade de gênero. A parceria com a IFC também é uma peça-chave para a ampliação do alcance do programa e garante acesso a ferramentas globais e estratégias inovadoras.
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Estratégia, sustentabilidade, inovação e solidariedade traçaram protagonismo no cenário global
Ao longo de 2024, o Sistema OCB buscou consolidar ainda mais o cooperativismo brasileiro como um motor de transformação econômico e social no país. O ano foi repleto de eventos marcantes, conquistas históricas e campanhas inspiradoras, que compuseram uma trajetória de fortalecimento, reconhecimento e planejamento estratégico para o futuro do movimento. Confira também as retrospectivas de representação política e das conquistas legislativas.
Com o anúncio de 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas, pela Organização das Nações Unidas (ONU), o cooperativismo passou a ocupar um espaço central na agenda global. O marco é considerado uma oportunidade única para reafirmar a contribuição do modelo de negócios para o desenvolvimento sustentável, para a construção de comunidades mais resilientes e para fortalecer políticas públicas em benefício das sociedades ao redor do Brasil e do mundo.
Guiado por seus sete princípios, o movimento se mobilizou para promover os valores de gestão democrática, intercooperação e interesse pela comunidade, entre outros, tanto em nível nacional como regional e local. O Sistema OCB também esteve à frente, durante todo o ano, para garantir que as pautas prioritárias do setor fossem discutidas e atendidas nos fóruns locais e internacionais.
Eventos emblemáticos, como o lançamento da Agenda Institucional do Cooperativismo, e o 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC) marcaram o ano. A agenda destacou temas como o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo na regulamentação da Reforma Tributária e contou com a presença de autoridades de peso, como o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, ministros e parlamentares, que reforçaram a relevância do cooperativismo para o desenvolvimento econômico e social do país.
O 15º CBC reuniu cerca de 3 mil líderes cooperativistas e definiu 25 diretrizes estratégicas prioritárias para guiar o movimento até 2030. A Jornada de Soluções, uma das ativações do evento, apresentou iniciativas como o SomosCoop, o ESGCoop e o InovaCoop, enquanto temas como economia verde e inclusão reforçaram o papel das cooperativas na construção de um futuro mais sustentável e inclusivo.
Outro ponto alto do Congresso foi o lançamento do livro O Futuro é Coop, da escritora e pensadora digital, Martha Gabriel. Segundo ela, o cooperativismo precisa ser difundido como um modelo de negócios capaz de moldar um futuro mais inclusivo, equitativo e sustentável. "O coop não é apenas uma opção viável, mas sim o caminho para uma economia verdadeiramente justa e preocupada com o meio ambiente e a sociedade".
Números
Em julho, a divulgação do Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2024 revelou números expressivos. O movimento chegou a 23,45 milhões de cooperados no país, gerou 550.611 empregos e movimentou R$ 692 bilhões em 2023, com ativos totais superiores a R$ 1,16 trilhão. No comércio exterior, as cooperativas brasileiras alcançaram US$ 8,3 bilhões em exportações.
Além disso, estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em parceria com o Sistema OCB e o apoio do Conselho Consultivo Nacional do Ramo Crédito (Ceco) avaliou o impacto das cooperativas de crédito na sociedade e apontou que cada R$ 1,00 concedido em crédito gerou R$ 2,56 em atividade econômica. Em termos de PIB per capita, os municípios que contam com cooperativas de crédito registraram um incremento de R$ 3.852 por habitante, equivalente a 10% da média nacional de 2021.
Com mais de 750 cooperativas e 17,3 milhões de associados, o Ramo Crédito segue sendo fundamental para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Nos municípios com essas instituições, o estudo verificou uma redução de 20,5 famílias por mil habitantes no Cadastro Único e de 24,8 famílias no Programa Bolsa Família. Além disso, o número de matrículas e de concluintes no Ensino Superior soma 3,2 a mais por mil habitantes (24,1% da média nacional) e de mais 0,22 concluintes (13% da média).
Mundo melhor
A 14ª edição do Prêmio SomosCoop Melhores do Ano, com a divulgação dos vencedores em dezembro, contemplou as cooperativas que mais se destacaram nas áreas de Comunicação, Cidadania, Cultura, Meio Ambiente, Inovação e Intercooperação, além de homenagear jornalistas e veículos de comunicação que divulgaram as boas práticas do movimento.
O Dia C e o Dia Internacional do Cooperativismo 2024 (#CoopsDay), celebrados em julho, reafirmaram a importância do coop na promoção de um futuro sustentável e na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). As cooperativas, sempre focadas no interesse pela comunidade, promoveram diversas ações de responsabilidade social e cidadania em todo o Brasil.
O Sistema OCB também se dedicou às comemorações do Dia Internacional das Cooperativas de Crédito (DICC), que ressaltou o papel transformador dessas instituições na promoção da inclusão financeira, na geração de renda e prosperidade nas comunidades onde estão presentes.
E, diante dos desafios enfrentados pelo Rio Grande do Sul, o cooperativismo demonstrou sua força com campanhas solidárias que mobilizaram cooperativas em todo o país. Juntos fazemos a diferença foi o mote da campanha que uniu diversas entidades do sistema produtivo com o objetivo de divulgar ações que contribuíram para a reconstrução do estado. Já a campanha Adote Uma Escola, que fez parte do projeto Recupera Coopera RS trabalhou para transformar a devastação provocada pela tragédia em força para reconstruir as escolas gaúchas.
Também foi lançada a nova campanha SomosCoop, com o tema central O cooperativismo é um bom negócio. Bora cooperar? A iniciativa buscou divulgar as vantagens e a viabilidade do modelo cooperativista, que se apresenta como uma solução de negócios acessível e com impactos positivos para as pessoas e as comunidades. O objetivo, então, foi o de reforçar os benefícios econômicos e sociais do cooperativismo.
A terceira temporada do SomosCoop na Estrada levou a jornalista e apresentadora Glenda Kozlowski, para Pernambuco, Sergipe, Mato Grosso, Paraíba, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Juntas, as três edições da websérie já somam mais de 24 mil quilômetros rodados, 360 horas de viagem e 21 cooperativas visitadas. Cada episódio retrata o impacto do cooperativismo na vida das pessoas e comunidades, com histórias emocionantes e inspiradoras de transformações e cooperação.
Percepção
Divulgados em abril, os resultados da Pesquisa de Imagem do Cooperativismo, apontaram que 88% dos brasileiros percebem o movimento como moderno e inovador. Uma em cada quatro pessoas reconheceram a marca SomosCoop, comprovando o impacto positivo do cooperativismo no país. Além disso, 18% dos entrevistados associaram o cooperativismo à união, aliança e soma de esforços, enquanto 16% relacionaram o movimento à ajuda, apoio e auxílio mútuo. Em sua segunda edição, a pesquisa contou com a participação de 11.522 respondentes.
Já a Pesquisa de Inovação no Cooperativismo Brasileiro, revelou um aumento na conscientização das cooperativas sobre a importância de inovar e apontou que, entre as participantes, 80% informaram ter introduzido inovações em seus processos, com uma média de 3,6 projetos cada, com destaque para os Ramos Crédito e Saúde, que tiveram 5,8 e 3,9 projetos implementados respectivamente. Cerca de 70% das cooperativas participaram de cursos ou programas de treinamento voltados para a inovação. A pesquisa recebeu mais de mil respostas de membros das cooperativas dos sete ramos de atividades e dos 27 estados da federação.
Agenda Internacional
O Sistema OCB também manteve forte presença no cenário internacional e participou de diversas reuniões da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), além de feiras e missões internacionais. As participações reforçaram o protagonismo do coop no mundo e a troca de experiências com cooperativas de outros países. Essas ações promoveram e resultaram em parcerias que ampliaram o impacto do movimento em diferentes partes do globo.
A COP29, realizada em Baku, no Azerbaijão, evidenciou o protagonismo das cooperativas brasileiras na promoção da sustentabilidade. As cooperativas brasileiras participaram de painéis sobre combate às mudanças climáticas no setor agrícola e finanças sustentáveis. O intuito foi destacar a atuação do cooperativismo como um instrumento de combate às mudanças do clima. O evento foi uma oportunidade para demonstrar como as cooperativas brasileiras estão na vanguarda de quesitos como responsabilidade social, ambiental e econômica.
O Sistema OCB garantiu, ainda, a presença do cooperativismo nas discussões do G20, com apoio da ACI. Como patrocinador institucional, a entidade participou da Cúpula do Business 20 (B20), que reuniu mais de 1 mil representantes do setor privado dos países do G20 e se envolveu em quatro forças-tarefa, com contribuições para os grupos de trabalho de Comércio e Investimentos; Emprego e Educação; Transição Energética e Clima; e Sistemas Alimentares Sustentáveis e Agricultura.
Em outubro, o Sistema OCB recebeu o Communiqué das Juventudes do G20, documento que sintetizou as propostas e demandas do Y20, fórum oficial de diálogo entre jovens líderes dos países-membros. Os debates do fórum contaram com a participação de Alana Adinaele, coordenadora do Comitê Nacional de Jovens do Sistema OCB, o Geração C, que contribuiu com sugestões do movimento na elaboração do documento.
A 112º Conferência Internacional do Trabalho, evento promovido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) anualmente em Genebra, na Suíça, contou, pela primeira vez, com a participação do Sistema OCB, por meio da Confederação Nacional das Cooperativas (CNPCoop). Como observadora, a entidade acompanhou especialmente os debates das comissões de trabalho decente e de proteção contra riscos biológicos. Foram apresentadas sugestões para alinhamento de decisões antes das votações para dar suporte as decisões do delegado que representou o Brasil na conferência.
Futuro do coop
Em um processo eleitoral marcado pela transparência e democracia, foram definidos os novos membros da Diretoria, do Conselho Fiscal e do Conselho de Ética do Sistema OCB. Esses profissionais foram escolhidos para conduzir os destinos do movimento nos próximos quatro anos, com o compromisso de impulsionar ainda mais a relevância do modelo de negócios no Brasil. A comissão eleitoral, presidida por Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB, garantiu que as votações fossem realizadas de forma justa e com ampla participação do setor.
O ano de 2024 também foi marcado pelo evento Eleva, que reuniu os colaboradores das unidades nacionais e estaduais do Sistema OCB para impulsionar ainda mais o desenvolvimento do cooperativismo e destacou a importância da coletividade e da caminhada rumo à índices de qualidade cada vez mais elevados no ambiente de trabalho cooperativista. Durante o encontro, foram abordados tópicos como liderança, inovação, gestão de projetos, comunicação eficaz, além de desenvolvimento pessoal e profissional. A iniciativa é um compromisso do Sistema OCB com a capacitação e o fortalecimento das suas equipes de trabalho e com o objetivo de impulsionar o cooperativismo rumo a um futuro de crescimento e sustentabilidade.
Em busca de fomentar a cultura da inovação nas cooperativas brasileiras, o Sistema OCB trabalhou intensamente com a plataforma Inovacoop. O objetivo é proporcionar ferramentas e conteúdo que incentivem cada vez mais o processo de aprendizagem e desenvolvimento da inovação no setor. Em 2024, a plataforma entregou uma série de cursos, análises e cases de sucesso, que ajudou as cooperativas a implementar mudanças significativas em seus processos internos e a aumentar sua competitividade no mercado.
Projetos como o Jogar+Aprender, parte do eixo estratégico CulturaCoop, introduziram ferramentas educativas para ensinar valores cooperativos às novas gerações e a plataforma CapacitaCoop celebrou mais de 100 mil matrículas concluídas, formando lideranças e equipes preparadas para os desafios do futuro.
O Sistema OCB também reforçou seu compromisso com o meio ambiente por meio do Programa ESGCoop, que lançou a Solução Neutralidade de Carbono, um marco na estratégia de descarbonização do setor. O trabalho do Grupo de Trabalho ESGCoop avançou no desenvolvimento de indicadores globais de sustentabilidade e consolidou um futuro ESG para o cooperativismo brasileiro.
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Um dos maiores nomes do cooperativismo mundial, Roberto Rodrigues, compartilhou na Forbes, no dia 1º de dezembro, uma análise geral sobre os desafios e conquistas do setor agropecuário em 2024, bem como a sua visão para o ano de 2025.
Com uma carreira que mescla experiência acadêmica, agrícola e cooperativista, Roberto é conhecido por sua trajetória de liderança e por seus diversos trabalhos publicados sobre agricultura e economia rural. Engenheiro agrônomo formado pela USP, ele também foi Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e, em 2012, recebeu o título de Embaixador do Cooperativismo pela ONU.
No artigo intitulado Que venha 2025!, ele reflete sobre o ano que se encerra e destaca os obstáculos enfrentados pelo agronegócio brasileiro e, também, as vitórias que demonstram a resiliência do setor.
Confira a íntegra do artigo a seguir:
Que venha 2025!
Lá se vai 2024, com suas alegrias e tristezas; vitórias para uns, derrotas para outros.
Para o agro, um ano difícil. O desastre climático do Rio Grande do Sul foi a maior tragédia de todas.
No entanto, trouxe um lado positivo: o heroísmo e a grandeza do povo gaúcho na campanha pela reconstrução do estado, com a solidariedade do Brasil inteiro. Esse foi um exemplo de nacionalismo que deve orgulhar a toda gente, de norte a sul.
O El Niño foi outro problema que afetou diferentemente as diversas regiões do país. A seca acabou determinando perdas de produtividade e de produção, que, associadas aos menores preços das commodities agrícolas, trouxeram prejuízos pesados a milhares de agricultores.
Incêndios criminosos em diversos estados (sobretudo em áreas de cana-de-açúcar e pas-tagens) atingiram reservas florestais, causando tremendos danos financeiros e ambientais. Invasões de terra, notadamente no Paraná, trouxeram de volta a insegurança jurídica no campo, que já não deveria ser um tema de discussão, mas ainda é, por mais absurdo que pareça.
Questões geopolíticas geraram incertezas quanto ao futuro do comércio agrícola inter-nacional. A reeleição do presidente Trump nos Estados Unidos e seu relacionamento com as organizações multilaterais (como OMC, por exemplo) terá refiexos no mercado? O acordo União Europeia/Mercosul vai mesmo funcionar?
No entanto, apesar desses pontos complicados e de outros de caráter político e/ou jurídico interno, temos boas coisas a celebrar.
A primeira foi a reação muito positiva do Ministério da Agricultura e dos produtores rurais a uma tola manifestação do presidente da Rede Carrefour, atribuindo baixa qualidade à carne brasileira. Do lado político, o ministro Fávaro se posicionou com vigor ao lado da verdade - a alta qualidade da carne aqui produzida -, cumprindo seu papel com firme-za. Do lado econômico, o setor privado reagiu igualmente com precisão, cortando imediatamente o fornecimento de carne ao Carrefour, que mais do que depressa se desculpou pela besteira infantil. Esse caso mostrou que estamos maduros para responder a agressões indevidas.
Outro ponto relevante: a Frente Parlamentar da Agropecuária reelegeu para mais um mandato a excelente direção do bravo deputado Pedro Lupion, com a vice-pre-sidência, no Senado, da grande heroína do agro brasileiro Tereza Cristina e, na Câmara Federal, o igualmente combativo deputado Arnaldo Jardim. Com a eleição da brilhante superintendente da OCB, Tania Zanella, para a presidência do Instituto Pensar Agro, o agro terá em Brasília um "escudo" poderoso e respeitado para garantir uma boa atuação na defesa dos grandes temas que importam ao setor. Assim será a criação de um Seguro Rural digno do agro brasileiro, o debate sobre o marco temporal, a reciprocidade ambiental para o comércio internacional, a nova legislação sobre invasão de terras, a reforma tributária e uma ampla agenda de interesse do agronegócio.
Que venha 2025! O agro está pronto para recebê-lo.
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