O aumento das exportações brasileiras do complexo soja, café, complexo sucroalcooleiro, fibras, produtos têxteis, cereais e farinhas tiveram desempenho significativo em outubro na balança comercial do agronegócio, divulgada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na última sexta-feira, 11 de novembro. Os cinco setores foram responsáveis por 81,5% do incremento das exportações do mês. No total, os embarques agropecuários somaram, em outubro, US$ 8,58 bilhões, apontando crescimento de 22,6% na comparação com o mesmo mês de 2010, que totalizou US$ 7 bilhões.
O setor que mais cresceu foi o complexo sucroalcooleiro, com valor de US$ 1,68 bilhão, o que representa um crescimento de 15,3% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. O açúcar foi o principal item exportado desse setor em outubro, com o montante de US$ 1,48 bilhão, ou 9,7% acima do registrado no período anterior. Já em relação ao álcool, houve um incremento de 84,5% quando comparado a outubro de 2010, atingindo US$ 201 milhões.
As exportações do complexo soja alcançaram US$ 1,39 bilhão em outubro, o que significa um crescimento de 41,8% em comparação ao mesmo período do ano passado. O principal item negociado no mês foi a soja em grão, com US$ 737 milhões e 71,8% de crescimento sobre o ano anterior.
O setor de carnes foi responsável por 16% do total das exportações de outubro, ou US$ 1,373 bilhão. A carne de frango foi responsável por mais de 44% do total das exportações do setor de carnes no mês (US$ 608 milhões). A quantidade embarcada de carne de frango caiu 1,6%, enquanto o preço médio de exportação subiu 14,7%. A carne bovina também apresentou o mesmo desempenho, com elevação da receita de exportação em 16,3%, devido, exclusivamente à elevação do preço médio de venda em 19%, já que o volume embarcado teve uma redução de 2,2%. Nas exportações de carne suína, o aumento dos preços em 17% também acabou compensando a diminuição de 7,2% na quantidade vendida, ocorrendo um incremento de 8,6% das receitas de exportação do produto (US$135 milhões).
Destinos
Na análise por blocos econômicos ou regiões, os valores exportados pelos setores agropecuários cresceram para China (109,7%); Egito (112,8%); Venezuela (104,1%); EUA (66,2%); e Japão (65,2%).
Acumulado
As exportações brasileiras do agronegócio atingiram o montante recorde de US$ 91,902 bilhões nos últimos 12 meses (novembro/2010 a outubro/2011). Uma expansão de 24,4% em relação aos US$ 73,878 bilhões em exportações no mesmo período do ano anterior. As importações cresceram 32,1%, atingindo a cifra recorde de US$ 16,765 bilhões no período de um ano. No total, o superávit da balança comercial do agronegócio atingiu US$ 75,136 bilhões no acumulados dos últimos doze meses.(Fonte: Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento)
A proposta do novo Código Florestal brasileiro começa a ser avaliada pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) do Senado Federal nesta quinta-feira (17/11). Às 10h, o senador Jorge Viana (AC), relator do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 30/2011, que trata da matéria, fará a leitura do seu relatório aos membros da CMA.
Representantes do cooperativismo mundial estão reunidos em Cancun (México) para a Assembleia Geral 2011 da Aliança Cooperativa Internacional (ACI). A abertura do evento será realizada na noite desta quarta-feira (16/11), quando a entidade de representação do segmento lançará oficialmente o Ano Internacional das Cooperativas – 2012. Integrantes do Sistema OCB participam da cerimônia e dos debates, que tiveram início nesta segunda-feira (14/11) e seguirão até sexta-feira (18/11).
A iniciativa de intitular 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas partiu da Organização das Nações Unidas (ONU), que também promoveu uma solenidade de lançamento no último dia 31 de outubro, em Nova York (Estados Unidos). Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, as comemorações serão uma oportunidade de disseminar os valores e princípios do movimento a um número maior de pessoas, em todo o mundo.
“Antes de tudo, esse é um reconhecimento internacional do papel que tem o cooperativismo na geração de trabalho e renda e na consequente redução da pobreza. Temos sim uma função importante na inserção da população mundial no mercado e no contexto social. Com isso, poderemos reforçar esses diferenciais e agregar mais pessoas à prática cooperativista”, ressalta Freitas.
No período da manhã, ocorreram assembléias gerais da Organização Internacional de Cooperativas Agropecuárias (Icao), Organizacão Internacional de Cooperativas de Indústria, Artesanato, Produção, Trabalho e Serviços (Cicopa) e Organização Internacional de Cooperativas de Saúde (IHCO).
Na primeira delas, participaram o conselheiro da ACI, Américo Utumi, e o presidente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), Edivaldo Del Grande. Na oportunidade, foi apresentado aos presentes o cenário atual do cooperativismo agropecuário no Brasil. O representante nacional do ramo trabalho na OCB, Geraldo Magela, acompanhou as deliberações da Cicopa, entre estas a criação da Cicopa Américas e Cicopa Mercosul. Integrantes do cooperativismo de saúde, por sua vez, presenciaram os debates da IHCO.
Com foco na profissionalização, o Sicredi assinou um termo de cooperação com a Academia das Cooperativas Alemãs (ADG). Pelo acordo, colaboradores e dirigentes do sistema cooperativo de crédito receberão, anualmente, uma capacitação com objetivo de aperfeiçoar a atuação e buscar resultados cada vez mais eficientes para cooperativas e associados.
O documento foi assinado na semana passada. É resultado da visita de integrantes do sistema cooperativista brasileiro à Alemanha, organizada pela Confederação Alemã de Cooperativas (DGRV). Segundo o coordenador do conselho consultivo especializado do ramo crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e presidente do sistema Sicredi, Manfred Dasenbrock, o acordo facilitará a aprendizagem do quadro funcional, uma vez que o modelo alemão é referência para o segmento, principalmente nas áreas de controle interno, supervisão e auditoria.
“A universidade cooperativa (ADG) capacita auditores, técnicos e executivos para tocar o dia a dia das cooperativas. Além disso, a história do cooperativismo de crédito na Alemanha confirma que o país passou, ao longo dos séculos, por diversos altos e baixos, como guerras e a própria crise mundial da atualidade, e os bancos cooperativos alemães sempre se mostraram bastante sólidos e capazes de resistir às dificuldades”, explicou Dasenbrok.
Saiba mais – O termo de cooperação vai proporcionar o envio de profissionais brasileiros à Alemanha para cursos e treinamentos específicos. A primeira turma já está programada para agosto de 2012.