Com foco na profissionalização, o Sicredi assinou um termo de cooperação com a Academia das Cooperativas Alemãs (ADG). Pelo acordo, colaboradores e dirigentes do sistema cooperativo de crédito receberão, anualmente, uma capacitação com objetivo de aperfeiçoar a atuação e buscar resultados cada vez mais eficientes para cooperativas e associados.
O documento foi assinado na semana passada. É resultado da visita de integrantes do sistema cooperativista brasileiro à Alemanha, organizada pela Confederação Alemã de Cooperativas (DGRV). Segundo o coordenador do conselho consultivo especializado do ramo crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e presidente do sistema Sicredi, Manfred Dasenbrock, o acordo facilitará a aprendizagem do quadro funcional, uma vez que o modelo alemão é referência para o segmento, principalmente nas áreas de controle interno, supervisão e auditoria.
“A universidade cooperativa (ADG) capacita auditores, técnicos e executivos para tocar o dia a dia das cooperativas. Além disso, a história do cooperativismo de crédito na Alemanha confirma que o país passou, ao longo dos séculos, por diversos altos e baixos, como guerras e a própria crise mundial da atualidade, e os bancos cooperativos alemães sempre se mostraram bastante sólidos e capazes de resistir às dificuldades”, explicou Dasenbrok.
Saiba mais – O termo de cooperação vai proporcionar o envio de profissionais brasileiros à Alemanha para cursos e treinamentos específicos. A primeira turma já está programada para agosto de 2012.
“As cooperativas têm as melhores estratégias para reduzir a pobreza e gerar desenvolvimento. Elas suportaram muito bem a crise financeira e isso ocorre por que estão fortemente vinculadas às comunidades em que atuam”. Essa foi a mensagem que o secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, enviou para cerca de 2,2 líderes que participaram do lançamento do Ano Internacional das Cooperativas - 2012, durante abertura da Assembleia Geral 2011 da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), em Cancun, no México. Na cerimônia, foi exibido um vídeo, no qual ele propôs a realização de um trabalho conjunto para construção de um mundo melhor. Oficialmente, 2012 foi lançado pela Organização das Nações Unidas (ONU), no último dia 31 de outubro, em Nova York, nos Estado Unidos.
O discurso de abertura foi proferido pelo presidente da ACI Américas, Ramón Imperial, que agradeceu a presença dos representantes de 70 países. “Hoje, é um dia muito importante e dificilmente reuniremos novamente as mesmas 2,2 mil pessoas para um evento dessa magnitude”.
Pauline Green, presidente da ACI, agradeceu a presença de todos, enfatizando que o número de participantes deste ano foi recorde. Segundo ela, a ONU afirma que “as cooperativas atendem a metade da população mundial”, e isso demonstra que 2012 será a oportunidade de mostrar o modelo do negócio cooperativo. Para ela, os associados, que somam 1 bilhão no mundo, são os donos das organizações, que decidiram fazer diferente e assumir o controle de suas vidas. “Nosso maior objetivo é fazer com que as pessoas conheçam o tamanho do cooperativismo mundial”. Pauline sugeriu ainda que todos utilizem a marca do Ano Internacional das Cooperativas em seus materiais de divulgação, websites e campanhas para que, cada vez mais, o segmento seja reconhecido.
No final da cerimônia, foi descerrada uma placa em alusão ao Ano 2012. O gerentes Geral de Desenvolvimento de Cooperativas do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), Maurício Alves, e a analista de Relações Institucionais da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) Joana Nogueira participam da assembleia, que termina nesta sexta-feira (18/11). O cooperativismo brasileiro também está representado por presidentes das unidades estaduais e de instituições do sistema. (Com informações e foto Portal do Cooperativismo de Crédito)
As exportações das cooperativas brasileiras, entre janeiro e outubro deste ano, superaram o valor registrado nos 12 meses de 2010, chegando a US$ 5,1 bilhões. No último ano, as vendas totais do segmento ao exterior fecharam em US$ 4,4 bilhões. Os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) também indicam crescimento de 34,6% em relação aos dez primeiros meses do ano anterior, quando foram contabilizados US$ 3,8 bilhões. A balança comercial do cooperativismo também se manteve em alta, registrando US$ 4,9 bilhões, valor 34,7% superior ao mesmo período de 2010, quando atingiu US$ 3,6 bilhões.
Os números, segundo o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, confirmam a tendência de crescimento. “O resultado vem ratificar a expectativa de chegarmos ao final do ano com praticamente US$ 6 bilhões”, diz. Para o dirigente, o foco no profissionalismo dos negócios, aliado ao comportamento do mercado e à demanda mundial por alimentos, justifica os indicadores.
Produtos – No grupo de produtos exportados pelas cooperativas, continua em primeiro lugar o complexo sucroalcooleiro, com US$ 1,9 bilhão, respondendo por 37,2% do total. Em seguida, aparece o complexo soja, com US$ 1,1 bilhão e 22,4%. Café em grãos fechou o período com US$ 623,7 milhões, representando 12,1% das vendas. Carne de frango também está entre os principais itens e registrou US$ 461,2 milhões, correspondendo a 9%. Vale citar ainda o trigo, com US$ 241,5 milhões e 4,7% das exportações.
A permanência do complexo sucroalcooleiro na liderança pode ser explicada, de acordo com o gerente de Ramos e Mercados da OCB, Gregory Honczar, pelos mesmos condicionantes já observados no passado, principalmente pela forte demanda do etanol brasileiro aliada aos bons preços.
Estados exportadores – Na relação dos estados exportadores, São Paulo, mais uma vez, registrou o maior valor, com US$ 1,7 bilhão, representando 33,4% dos negócios do setor. Paraná, por sua vez, fechou com US$ 1,6 bilhão e 33% do total. Na terceira colocação, está Minas Gerais (US$ 666,8 milhões; 13%), seguida do Rio Grande do Sul (US$ 331,4 milhões; 6,5%) e Santa Catarina (US$ 248,9 milhões; 4,8%).
Mercados – A China se mantém como o principal mercado de destino dos produtos cooperativistas. De janeiro a outubro, os chineses compraram US$ 661 milhões. O valor corresponde a 12,9% das exportações do segmento. Os Emirados Árabes ocuparam a segunda colocação, com US$ 497,2 milhões e 9,7%. Na sequência, estão Estados Unidos (US$ 483,5 milhões; 9,4%), Alemanha (US$ 384,9 milhões; 7,5%) Holanda (US$ 265,1 milhões; 5,2%) e Japão (US$ 243,5 milhões; 4,7%).
O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) vai se reunir na próxima segunda-feira (21/11) com a Coordenação Geral de Arrecadação e Cobrança (CODAC) da Receita Federal. O objetivo da reunião é discutir a arrecadação do sistema S com o órgão responsável pelo controle de atividades relacionadas a arrecadação e cobrança crédito da Receita. “Será uma grande oportunidade de conhecer melhor o fluxo das contribuições com vistas a aprimorar os processos”, diz o coordenador Financeiro do Sescoop, Carlos Baena.
O Sescoop, criado há 12 anos, é responsável pela operacionalização das atividades de capacitação, formação profissional e promoção social do setor, e tem papel determinante na construção de um processo contínuo de educação cooperativista, profissionalismo e consolidação das cooperativas brasileiras. Os recursos para a execução de suas atividades são provenientes da contribuição de 2,5% que incidem sobre a folha de pagamento das cooperativas e são recolhidos pela Receita Federal do Brasil por meio da Guia da Previdência Social (GPS).
Sua atuação alcança todo o território brasileiro a partir de um trabalho alinhado pela unidade nacional, executado pelas unidades estaduais, conhecedoras das peculiaridades de cada região. São atividades voltadas a líderes cooperativistas, cooperados, funcionários e seus familiares. Programas, cursos, seminários e treinamentos que estimulam a cultura cooperativista são idealizados de acordo com as necessidades e características das cooperativas.