Marketing digital é tema de seminário para cooperativas

As transformações digitais previstas para acontecerem em anos estão acontecendo em meses. A necessidade de isolamento social devido à pandemia acelerou um processo natural que vinha acontecendo no mundo, onde as pessoas estavam cada vez mais conectadas. Agora, as relações - sejam elas interpessoais ou comerciais - estão dependendo do ambiente virtual para existirem. 

E para entender como as cooperativas do Ramo Trabalho, Produção de Bens e Serviços podem se adaptar à essa nova realidade, o I Seminário On-line do Sistema OCB teve como convidado Rafael Rez, especialista em marketing digital. 

Rez, que já prestou consultoria ao Sistema OCB e à grandes empresas multinacionais, apresentou um panorama geral do crescimento no uso de plataformas digitais para impulsionar vendas ao longo dos anos anos e como isso se intensificou nos últimos meses devido ao avanço da Covid-19 no mundo. Além disso, o consultor também mostrou para os representantes das cooperativas presentes no seminário, as principais ferramentas que podem ajudá-las a se inserir no ambiente virtual e algumas orientações para otimizar sua presença digital. 

O superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, destacou em sua fala na abertura do seminário a importância do uso das estratégias e ferramentas de marketing digital para as cooperativas do ramo. “É uma oportunidade de debater os caminhos para essa transformação digital para o próprio ramo e quais os novos canais de prestação de serviço, que são assuntos de extrema relevância e urgência como medidas para mitigação dos efeitos nefastos e dos prejuízos que essa crise traz ao cooperativismo como um todo e ao mundo”, afirmou Nobile. 

Outros aspectos apontados pelo superintendente são os aprendizados, as oportunidades e o fortalecimento da união de cooperativas para superar a crise, que junto com o Sistema OCB - Sescoop, CNCoop e OCB -, têm impulsionado ainda mais a intercooperação. Com ferramentas como o CooperaBrasil, por exemplo, o sistema cooperativista fortalece essa unidade e consegue alcançar resultados maiores a médio e longo prazo. 


Trabalho pelo cooperativismo

No segundo bloco do seminário, as gerentes das áreas de Relações Institucionais - Fabíola Nader - e Técnica e Econômica - Clara Maffia - do Sistema OCB, apresentaram as diversas medidas que a organização vem liderando para minimizar os impactos da pandemia para as cooperativas. Além das iniciativas no âmbito político-institucional, como a aprovação de projetos que beneficiam as cooperativas, por exemplo, também foi apresentado a principal estratégia elaborada pelo Sistema OCB nos últimos dias: o CooperaBrasil. 

Com o site CooperaBrasil as cooperativas conseguem encontrar outras cooperativas para fazer negócios a nível regional e nacional, o que para a gerente-geral da OCB, Tânia Zanella, representa mais uma das formas do Sistema OCB atuar em prol do cooperativismo. “Nós tínhamos como desafio, para além dessa parte de relações institucionais, da representação político-institucional, da defesa do cooperativismo nos Três Poderes, que a OCB já vem desempenhando há um bom tempo, tirar do papel o que foi trazido durante o 14° CBC. Focar num aspecto de mercado, com inovação, intercooperação, e levar isso como oportunidade para as nossas cooperativas”, destacou. “Essa pandemia acelerou muito mais as coisas, tivemos que colocar em prática projetos que estavam programados para o segundo semestre, como o Coopera Brasil, mas acho que tudo é oportunidade. É no momento de crise que as grande oportunidade se fazem”, completou a gerente-geral.

Coops de crédito poderão operar Fungetur

Uma portaria do Ministério do Turismo publicada nesta sexta-feira (15) permite que agentes financeiros privados, como cooperativas de crédito, também operem o Fundo Geral do Turismo (Fungetur), antes restrito aos agentes públicos. A mudança permitirá um aumento de instituições ofertando o crédito específico para o setor do Turismo, que recebeu, na última semana, um aporte de R$ 5 bilhões por meio da Medida Provisória 963.

A alteração atende pleito do Sistema OCB, visto a capilaridade e expertise do cooperativismo de crédito na operacionalização de fundos públicos. O Fungetur tem como objetivo fomentar e prover recursos para financiamentos privados em obras de implantação, ampliação, modernização e reforma de empreendimentos turísticos.

De acordo com ministro do Turismo, Marcelo Alvaro Antônio, a notícia chega em boa hora. “Acredito que a entrada desses novos parceiros possibilitará que mais empresas do nosso setor, tão castigado pela pandemia do novo coronavírus, tenham acesso a essa linha de crédito que é vital nesse momento. Essa é mais uma ação do Ministério do Turismo para garantir que nosso setor, essencial para a economia, não sofra com o desmonte e saia dessa crise o mais inteiro possível”, comentou o ministro.

 

QUEM PODE

Poderão ter acesso ao crédito empresas das seguintes áreas: acampamento turístico, agências de turismo, meios de hospedagem, parques temáticos, transportadora turística, casas de espetáculos e equipamentos de animação turística, centro de convenções, empreendimento de apoio ao turismo náutico ou à pesca desportiva, empreendimento de entretenimento e lazer e parques aquáticos, locadora de veículos, organizador(a) de eventos, prestador de serviços de infraestrutura de apoio a eventos, prestador especializado em segmentos turísticos, além de restaurantes, cafeterias e bares.

Ainda de acordo com a nova portaria, as empresas poderão solicitar até R$ 30 milhões em empréstimos para usar no capital de giro nesse momento de pandemia. A taxa de juros aplicada deve ser de 5% a.a. + INPC com prazo de pagamento em 60 meses. A expectativa é que 80% do R$ 5 bilhões sejam destinados aos empreendimentos de micro, pequeno e médio porte. Os 20% restantes poderão ser acessados por empresas de grande porte. (Com informações do Ministério do Turismo)

Política, saúde e economia são tema de debate on-line
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Política, saúde e economia são tema de debate on-line

O atual cenário nacional, envolvendo o viés da saúde pública, da política e da economia foi pauta da live realizada nesta sexta-feira, pelo Sistema OCB, e que contou com a participação do presidente Márcio Lopes de Freitas, do diretor-geral para as Américas do Grupo Eurasia, Christopher Garman, e do deputado federal, Evair de Melo (ES), que também presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e novo vice-líder do governo na Câmara.

Com o tema As principais pautas políticas em discussão que podem influenciar a sua cooperativa o evento virtual reuniu representantes do cooperativismo de todas as regiões do país. O bate-papo faz parte de um ciclo de lives que está sendo realizado pelo Sistema OCB, semanalmente, nas redes sociais, com a intenção de informar ao movimento cooperativista as iniciativas da OCB, do Sescoop e da CNCoop, desenvolvidas com o objetivo de diminuir, ao máximo, os impactos negativos na rotina social e econômica das cooperativas.

Durante sua fala, Christopher Garman, diretor-executivo para as Américas do Grupo Eurasia, que hoje é referência internacional em análise de cenários e riscos políticos destacou que o cenário pandêmico, causado pelo coronavírus, embora esteja sendo “sistematicamente subestimado por diversos atores”, representa um dos maiores choques para o sistema geopolítico global, devido às consequências econômicas que causam e continuarão causando uma queda brutal na economia das nações. “Uma dessas consequências é o acirramento da disputa, entre China e Estados Unidos, pela liderança econômica global”, ressaltou.

Além disso, Garman frisou que o Brasil, que faz parte das nações emergentes, está numa posição muito ruim devido ao sucateamento do sistema de saúde, aos baixos índices de isolamento e à desigualdade social, tudo isso agravado pela crise política.

O diretor-geral também destacou que em todas as nações cujas lideranças privilegiaram a economia em detrimento do sistema de saúde, o índice de aprovação dos presidentes caiu substancialmente e que, no caso do Brasil, um dos maiores desafios para governo de Jair Bolsonaro é, de fato, a crise sanitária que, infelizmente, deve se agravar nos próximos meses.

 

OPORTUNIDADE

Já o deputado Evair de Melo fez questão de ressaltar a maturidade do Congresso que, segundo ele, está cada vez mais alinhado com a necessidade dos brasileiros, sendo aliado do governo nos momentos mais fundamentais dessa nova fase da história do país. Ele lamentou as milhares de mortes causadas pela covid-19, mas frisou que o Brasil tem condições de retomar, rapidamente, a economia, graças ao setor produtivo.

“Os países da Europa e da Ásia têm uma memória de fome e não conseguem suprir a própria demanda por alimentos. E, nós, aqui no Brasil, temos todas as condições de manter e até aumentar a nossa produtividade, cuidando do consumo interno e exportando para outros mercados do mundo”, argumenta o deputado federal. Para ele, “é preciso que pessoas físicas e jurídicas fiquem de pé, sem que ninguém fique para traz”.

 

COOPERATIVISMO

Por fim, ele reforçou que o cooperativismo, por conta de sua história e tradição, pode ser a melhor estrutura de organização de pessoas, logo após o fim da pandemia, para reverter todos os efeitos negativos causados pelo coronavírus. “Já está provado que as cooperativas organizam as pessoas não só no setor rural e que elas, também, democratizam o crédito e movimentam diversos outros negócios em todas as partes do país”, comenta.

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, seguindo a mesma linha de raciocínio, foi enfático ao dizer que o cooperativismo deve assumir o seu protagonismo nesse novo momento socioeconômico do país. “Não podemos esperar que os governos resolvam todos os problemas. Tem muita coisa que demanda soluções difíceis, mas outras só dependem da nossa decisão”, argumenta.

Para o líder cooperativista, quem vai tomar as atitudes para sair da crise são as pessoas. São elas que vão decidir ficar em casa, em isolamento, se cuidando, por exemplo. E são elas que estão mudando o seu jeito de consumir produtos e serviços. “O problema da economia é um fato. E aí? O que vamos fazer? Digo que, com inovação, temos uma grande chance de diminuir os impactos econômicos. Somos bons em produzir. Então, devemos produzir mais barato, por exemplo, pra ajudar o Brasil e os outros países que precisarem dos nossos produtos ou serviços. Dois caminhos que temos é trabalhar a rastreabilidade e a agregação de valor”, finaliza Márcio Freitas.

 

ASSISTA NA ÍNTEGRA

Clique aqui para assistir ao vídeo completo.

Além dessa live, é possível acessar todos os outros materiais produzidos pelo Sistema OCB. Basta acessar o perfil do Sistema OCB no Youtube, Facebook, Twitter e LinkedIn (@sistemaocb) e nos canais do SomosCoop – nosso movimento para divulgar o cooperativismo brasileiro – no Facebook, Youtube e Instagram. (@somoscoop).

Presidente veta novas categorias no auxílio emergencial

O presidente sancionou, com vetos, o Projeto de Lei (PL) 873/2020, que incluía novas categorias entre as habilitadas para receberem o auxílio emergencial no valor de R$ 600,00. O pagamento tem sido feito aos trabalhadores informais ou desempregados que foram afetados pela pandemia do novo coronavírus.

Entre os artigos da Lei 13.998/2020 vetados pelo presidente, está o que incluía "cooperados ou associados em cooperativas" entre as categorias aptas a receberem o auxílio. De acordo com a justificativa do governo, a inclusão dessa especificação feria o princípio da isonomia por privilegiar algumas profissões em detrimento de outras. Além disso, o Executivo também informou que o Congresso Nacional aprovou o projeto sem especificar qual seria a fonte de custeio e o impacto orçamentário dessa ampliação do auxílio nas contas públicas.

A OCB e a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frecooop) trabalharam ativamente para incluir os cooperados de todas categorias no projeto e na sanção e vamos continuar buscando novas soluções para trazer essa segurança jurídica.

Confira quais os requisitos para que cooperados possam acessar o benefício de acordo com as regras da Lei 13.982/20: https://bit.ly/2TbjzI5

Para conhecer todas as ações do Sistema OCB durante a pandemia, acesse: https://www.somoscooperativismo.coop.br/covid-19

Aprenda a fazer AGO digital
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Aprenda a fazer AGO digital

As cooperativas estão passando por vários processos de adaptação que vieram com as exigências de isolamento social. Um deles é sobre a realização das suas Assembleias Gerais Ordinárias (AGO), que a partir deste ano poderão acontecer no formato semipresencial e em ambiente virtual. E esse é o tema do quarto e-book da série “Inovação na Crise”.

Em uma situação “normal”, as AGOs acontecem anualmente, até o final do mês de março para as cooperativas no geral, ou até o final de abril para as cooperativas de crédito. Este ano, devido à pandemia, as assembleias poderão ser realizadas até o final do mês de julho. Além disso, também foi regulamentada recentemente a possibilidade de promover esse tipo de reunião on-line, por meio de aplicativo próprio para isso.

Com o título “Como realizar assembleias digitais”, o nosso novo guia traz informações sobre legislação, o passo a passo para organizar as reuniões virtualmente e qual plataforma é mais indicada para sua realização.

Para baixar o e-book, clique aqui.


Nossa série – “Inovação na Crise”

A série com 10 mini-guias vai ajudar a sua cooperativa a inovar e impulsionar os negócios durante e após a crise. Clique aqui e acesse os e-books que j

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