O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e o presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato, receberão logo mais em Uberlândia/MG, lideranças cooperativistas do setor lácteo para debaterem as prioridades e principais desafios da cadeia produtiva. O evento ocorre após as atividades do 3º Encontro Milk Point para a Indústria de Laticínios, ocorrido hoje, na cidade mineira.
Dentre as necessidades mais urgentes, estão a elaboração de um decreto específico para as cooperativas de Infraestrutura, visando a defesa de suas demandas, com vistas à sua sustentabilidade e, também, ajustes urgentes nos instrumentos reguladores de metodologia de revisão tarifária, o que deve ocorrer no âmbito na Aneel.
O superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, disse que todos os assuntos da pauta são de extrema relevância para o desenvolvimento integral do ramo e que o trabalho de atuação das equipes da OCB e do Sescoop não para.
“No dia a dia, temos um trabalho muito intenso junto ao governo federal e à Aneel. Essas atividades envolvem necessariamente a cooperação de várias áreas das unidades nacional e estaduais. É um trabalho incansável e por isso não mediremos esforços para superar as barreiras, dificuldades e desafios que atrapalham o desenvolvimento sustentável das cooperativas”, argumenta o Nobile.
A reunião foi aberta pelo presidente da Confederação Nacional das Cooperativas de Eletrificação Rural (Infracoop), Jânio Stefanello. Segundo ele, é importantíssimo que as cooperativas representadas no encontro se posicionem em relação às necessidades do setor, neste período eleitoral.
“Precisamos buscar aliados que vejam o setor com os olhos de quem faz parte do setor. Como se sabe, não queremos privilégios, apenas o reconhecimento como agentes promotores de desenvolvimento que somos. Por isso, é necessário termos um único discurso”, comenta o presidente da Infracoop.
Segundo ele, as representações estaduais da Infracoop deverão identificar, em breve, parlamentares que deverão ser municiados de informações e dados sobre o setor, a fim de contribuírem mais efetivamente com a defesa dos interesses das cooperativas de eletrificação rural.
Além disso, segundo Stefanello, se for preciso, a discussão sobre a importância de o governo olhar para as cooperativas do ramo Infraestrutura percebendo-as como agentes de desenvolvimento econômico, sobretudo no meio rural, poderá ser levada ao Judiciário.
“Não somos adeptos da política de confronto, apenas precisamos criar um mecanismo eficaz de diálogo, a fim de buscarmos caminhos e políticas públicas que assegurem a sobrevivência das cooperativas de eletrificação, em especial as menores. O que percebemos é que o governo não percebeu, ainda, a importância dessas cooperativas”, avalia o presidente da Infracoop.
Ao longo do evento que também contou com a participação do representante nacional do Conselho Consultivo do Ramo Infraestrutura da OCB, Danilo Roque Pasin, também foi tratada a necessidade de um treinamento, que ocorrerá até o fim deste ano, com o objetivo visando a melhor inserção das cooperativas no ambiente regulado.
A Aliança Cooperativa Internacional completa, hoje, 119 anos. A organização foi fundada em 1895 na cidade de Londres, na Inglaterra, durante o I Congresso Cooperativista Internacional. A ACI, como é mais conhecida, se manteve forte e próspera ao longo das décadas e se tornou a primeira entidade não governamental a fazer parte do conselho social da Organização das Nações Unidas.
O Jornal da Cultura, 2ª edição, apresentou há alguns dias uma reportagem sobre as vantagens e os desafios de se pertencer a uma cooperativa, um sistema empresarial que emprega 11,5 milhões de pessoas no Brasil e que cresce a cada ano.
A confiança do agronegócio piorou acentuadamente no segundo trimestre do ano. A principal influência para essa percepção é uma avaliação mais negativa, por parte dos empresários, com relação aos rumos da economia brasileira em geral. A conclusão é resultado do Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro), pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). O estudo foi divulgado nesta segunda-feira (25/8).