A melhoria das negociações e do processo de exportação de produtos verde-e-amarelos esteve na pauta de uma rodada de apresentação de demandas para adidos brasileiros, residentes em 10 países (Rússia, Vietnã, África do Sul, União Europeia, Tailândia, Japão, Indonésia, Coréia do Sul, Índia e China). A série de reuniões virtuais teve por objetivo promover a interação do setor privado, o que inclui as cooperativas, via instituições de representação, com os especialistas, do Ministério da Agricultura, em mercados relevantes para o Brasil. Foi um momento para apresentar aos adidos as demandas dos setores da cadeia produtiva agrícola brasileira.
Os encontros foram realizados pelos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e das Relações Exteriores, por meio da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil). A OCB representou 10 pleitos de cooperativas do Ramo Agropecuário. Os pleitos envolviam proteína animal, grãos, frutas e legumes. Representantes do Sistema Ocepar também acompanharam as reuniões.
A rodada começou no dia 14 e terminou nesta segunda-feira (21/9), sendo que ainda estão previstos contatos com os representantes do Brasil nos Estados Unidos, México e Arábia Saudita, sem data definida para ocorrer.
O ministro Luís Roberto Barroso conduziu nestas segunda e terça-feira (21 e 22/9), no Supremo Tribunal Federal, uma audiência pública para debater a captação de recursos para o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo do Clima) e a forma de usá-los em políticas públicas voltadas à preservação ambiental no Brasil.
A audiência foi convocada para fundamentar a decisão a ser tomada pelo STF na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 708, em que o Partido Socialista Brasileiro (PSB), o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), o Partido dos Trabalhadores (PT) e a Rede Sustentabilidade apontam omissão do governo federal por não adotar providências para o funcionamento do Fundo do Clima, bem como diversas outras ações que estariam levando a uma crise ambiental, com implicações na questão da mudança climática, do aquecimento global e dos impactos que promovem sobre o meio ambiente.
Na abertura da audiência pública, o ministro Barroso destacou a necessidade de se debater de forma plural a questão do aquecimento global, decorrente do efeito estufa, e das mudanças climáticas, indicados como principais problemas ambientais vividos em todo o planeta. Afirmou que o desenvolvimento sustentável é o conceito central em matéria de mudança climática, meta buscada por todos os países. Nas palavras do Ministro, "o desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades presentes sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades".
O ministro Barroso frisou, ainda, que a audiência não é contra nem a favor de qualquer corrente, mas um instrumento plural para que se alcance informações adequadas sobre a realidade fática vigente. "É uma audiência em favor de todos, do Brasil e da Constituição e não, e em nenhuma hipótese, contra ninguém".
PARTICIPANTES
Participaram das discussões, por videoconferência ou presencialmente, representantes do Legislativo, ministros de Estado, especialistas em clima, empresários, acadêmicos, institutos de pesquisa e outros representantes de organizações da sociedade civil e de povos da floresta.
A OCB também foi convidada para prestar sua contribuição na audiência pública, reafirmando a compreensão do STF quanto à ampla representatividade do cooperativismo, inclusive em temas que envolvam o debate sobre sustentabilidade e produção.
A audiência foi dividida em dois dias, em virtude da quantidade de participantes, com as apresentações organizadas em blocos pelo ministro Luís Roberto Barroso.
PRIMEIRO DIA DE EXPOSIÇÕES
No primeiro dia do evento, participaram das discussões, pela manhã, um conjunto de autoridades públicas, como o presidente da Câmara dos Deputados e diversos ministros de Estado, que puderam expor as iniciativas e práticas que têm sido colocadas em efeito pelo governo na área.
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, relembrou as iniciativas do governo para que a agricultura nacional esteja cada vez mais aliada à pauta sustentável. Cristina mencionou a regularização ambiental por meio dos Cadastros Ambientais Rurais e os programas de investimentos verdes como o Plano ABC.
“A produtividade representa a chave para que a agropecuária brasileira continue a crescer em sintonia com a conservação do nosso valioso patrimônio ambiental. O Brasil utiliza hoje 30% do seu território para a agropecuária e mantém mais de 66% com a vegetação nativa. Estima-se que cerca de 25% dessa área se encontre em propriedades privadas, algo sem paralelo em outros países do mundo”, comparou Tereza Cristina.
Na parte da tarde, foram ouvidos depoimentos de representantes de instituições como o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e institutos de pesquisa e de atuação na área ambiental (Greenpeace, Human Rights Watch, Conectas, Transparência internacional, WWF, Nature Conservacy, dentre outros).
SEGUNDO DIA DE EXPOSIÇÕES
No segundo e último dia do evento, foram feitas exposições, pela manhã, de professores e estudiosos da questão ambiental e da questão econômica associada ao meio ambiente. Participaram do evento diversos pesquisadores e professores de instituições acadêmicas nacionais e internacionais.
Na visão geral dos acadêmicos que tiveram direito de fala durante a manhã do dia 22/09, foram apontadas diversas ações e omissões na área ambiental que estariam levando a uma situação de retrocesso e de desproteção em matéria ambiental, com implicações na questão da mudança climática, do aquecimento global e dos impactos que promovem sobre o meio ambiente.
No período da tarde, foram ouvidos expositores indicados por diversas frentes de atividades empresariais relacionadas à Amazônia.
Merece destaque a participação do representante do cooperativismo e da OCB na audiência, o ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, coordenador de agronegócios da FGV e embaixador da FAO para as cooperativas, Roberto Rodrigues.
Roberto Rodrigues tratou da interface entre segurança alimentar (e segurança do alimento) com os aspectos de proteção da qualidade do meio ambiente, considerando o contexto global atual e futuro, a partir do papel que está sendo (ou pode ser) desempenhado pelo Brasil em tal cenário, como país que congrega, concomitantemente, destacada e desafiadora posição de liderança mundial na produção de alimentos e também reúne uma das principais biodiversidades do planeta.
“O agronegócio brasileiro profissional é a favor da legalidade em todo setor e em todos os segmentos. [...] Com o cooperativismo, não é diferente. O cooperativismo é um movimento global que tem mais de três séculos de idade enquanto doutrina. [...] O cooperativismo tem mais da metade da população do mundo ligada diretamente a esse movimento doutrinário, que no Brasil é representado pela OCB com muita competência. [...] o cooperativismo é um instrumento que traz a inclusão social para pessoas, produtores, instituições que sem a condição de agrupamento dificilmente teriam condições de escala para avançar no mercado interno e internacional. [...] é fundamental que o Brasil mostre ao mundo todo que temos uma agricultura sustentável de fato e que os erros e ilegalidades precisam ser corrigidos”
ENCERRAMENTO
No encerramento da audiência pública, o ministro Luís Roberto Barroso afirmou que o objetivo da reunião foi conhecer os fatos e as diferentes perspectivas envolvidas. “O mundo comporta diversos pontos de observação, e a verdade não tem dono, embora a mentira deliberada tenha”, assinalou. “Um de nossos esforços aqui foi identificar narrativas que não têm apoio nos fatos”.
Barroso destacou ainda que, a partir das apresentações, é possível extrair alguns fatos objetivos e incontroversos, entre eles o de que o desmatamento ilegal e as queimadas causadas por ação humana cresceram expressivamente em 2019 e, “ainda mais” em 2020. Ainda segundo o ministro, os relatos permitem constatar uma redução significativa na fiscalização e no número de autuações por infrações ambientais, conforme reconhecido pelo presidente do Ibama, ainda que com divergência quanto às causas.
Outro fato constatado pelo relator foi que, até a propositura da ADPF 708, o Fundo Clima não havia aprovado o plano de investimento nem alocado seus recursos nas finalidades legais. Barroso observou que o ministro do Meio Ambiente justificou a demora e assegurou que a omissão já teria sido sanada.
O ministro frisou ser consenso que o Fundo Clima, ao viabilizar estudos, projetos e empreendimentos de preservação da floresta, tem papel importante no atingimento das metas de redução de emissões assumidas pelo país. Observou, ainda, a constatação de que não há incompatibilidade entre a preservação da floresta e o agronegócio e que ambos são prejudicados por atividades ilegais. “Para resolvermos nossos problemas, precisamos fazer diagnósticos corretos, e não criar uma realidade imaginária paralela. Olhando para frente, todos, governo, ONGs, acadêmicos e empresas, têm a posição de que a floresta de pé vale mais que a derrubada”, concluiu.
O sub-procurador-geral da República, Juliano Baiochi Villa-Verde de Carvalho, e o advogado-geral da União, José Levy do Amaral, também destacaram a importância da audiência para embasar a decisão do Supremo na ADPF 708.
Cooperativas do Sicredi em 22 estados e no Distrito Federal contam agora com uma estratégia nacional para formação do Comitê Mulher, iniciativa que tem como principal objetivo a maior participação de mulheres nos cargos de liderança das cooperativas
Para potencializar a pauta da inclusão e diversidade em toda sua estrutura, o Sicredi lançou neste mês o programa Comitê Mulher Sicredi em nível nacional. Indo além da formação de grupos de discussão sobre estes temas, a iniciativa engloba um conjunto de ações que buscam promover a equidade de gênero, o empoderamento e a capacitação de mulheres para que elas possam participar da gestão em todos os níveis da organização e aumentar sua representatividade no cooperativismo de crédito. O lançamento nacional do programa coloca as questões de equidade de gênero no centro das discussões estratégicas da instituição e cria diretrizes para que todas as mais de 100 cooperativas de crédito integrantes do Sistema possam desenvolver a iniciativa localmente.
O programa tem como causa o desenvolvimento pessoal e profissional, assim como o crescimento e fortalecimento das participantes, por meio de capacitações e encontros periódicos. Os comitês podem ser formados em todas as cooperativas do Sicredi, sendo compostos por mulheres associadas à instituição, de forma voluntária.
“Buscamos ser uma instituição financeira cooperativa cada vez mais comprometida com o desenvolvimento econômico e social dos associados e das comunidades. Para que isso seja alcançado de maneira sustentável e coerente, entendemos ser imprescindível reforçar o debate sobre inclusão e diversidade em toda a organização. Nesse sentido, um dos nossos objetivos é proporcionar espaços para que as mulheres sejam ainda mais atuantes em nossas cooperativas de crédito, participando ativamente dos comitês e do quadro social das entidades.”, afirma Manfred Alfonso Dasenbrock, presidente da SicrediPar, da Central Sicredi PR/SP/RJ e conselheiro do Woccu (sigla em inglês para Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito).
Cada Comitê Mulher tem como abrangência a área de atuação de sua cooperativa, possui um plano de ação claro e objetivo, que será acompanhado pelo Conselho de Administração da própria cooperativa. Esse plano tem por base os direcionadores de sustentabilidade do Sicredi: relacionamento e cooperativismo, desenvolvimento local e soluções responsáveis. Ao longo do ano, as membras cumprem uma agenda de interações entre si, com encontros locais, regionais e nacionais para troca de experiências.
“Queremos ampliar a participação feminina no cooperativismo de crédito, buscando aumentar a presença de mulheres em cargos de liderança. Iniciamos esse movimento no Sicredi em 2016, quando cada cooperativa criava suas iniciativas. Agora, com o programa Comitê Mulher institucionalizado, a nossa estratégia certamente será potencializada. Somos pioneiros no setor por termos introduzido o nosso modelo de negócio no país, e também passaremos a ser reconhecidos por abrir as portas do cooperativismo à maior participação feminina nele”, explica João Tavares, diretor presidente da Fundação Sicredi.
Integração global
Inclusão e diversidade são temas debatidos em empresas de diversos perfis no mundo todo e vêm tendo sua implementação impulsionada por meio da agenda 2030 do Pacto Global da ONU e seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
O programa Comitê Mulher Sicredi atende a três deles: “Educação de Qualidade” (ODS 4), que visa assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos; “Igualdade de Gênero” (ODS 5), alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas; “Trabalho Decente e Crescimento Econômico” (ODS 8), promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, o emprego pleno e produtivo e o trabalho decente para todos.
A iniciativa também está alinhada à criação da Rede Global de Mulheres Líderes, criada em 2009 pelo Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito (WOCCU, na sigla em inglês) para oferecer às mulheres oportunidade e recursos de desenvolvimento de carreira nas cooperativas de crédito em que trabalham.
“Com o programa Comitê Mulher Sicredi queremos dar as ferramentas para aumentar a equidade de gênero em todos os níveis de gestão das cooperativas, empoderando as mulheres para que possam liderar, empreender e promover o desenvolvimento sustentável do cooperativismo de crédito no Brasil e no mundo”, reforça Gisele Gomes, associada do Sicredi e embaixadora da Rede Global de Mulheres Líderes, iniciativa apoiada pelo Sicredi no Brasil.
Sobre o Sicredi
O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa comprometida com o crescimento dos seus associados e com o desenvolvimento das regiões onde atua. O modelo de gestão do Sicredi valoriza a participação dos mais de 4,5 milhões de associados, os quais exercem papel de donos do negócio. Com presença nacional, o Sicredi está em 22 estados* e no Distrito Federal, com mais de 1.900 agências, e oferece mais de 300 produtos e serviços financeiros (www.sicredi.com.br).
*Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
“Um trabalho feito com muito cuidado e dedicação e do qual nos orgulhamos por saber que superou as expectativas das nossas coops”, foi a fala da Gerente-Geral da OCB no encerramento do Ciclo de Debates do Ramo Trabalho, Produção de Bens e Serviços, cuja última rodada aconteceu na tarde desta quinta-feira (24/9).
A iniciativa promovida pelo Sistema OCB trouxe à luz para reflexão temas como Planejamento e Organização Financeira; Participação de Cooperativas em Contratações Públicas; e Olhar para o Futuro, com o intuito de contribuir e estimular os resultados das cooperativas do ramo no período pós pandemia.
“Muitas cooperativas tiveram seus produtos/serviços fortemente impactados na pandemia. E o Sistema OCB está comprometido em ajudar a todas a pensarem seus processos de retomada”, acrescentou o Superintendente da instituição, Renato Nobile.
Foram três dias de encontros virtuais, com palestrantes e convidados especialistas nos temas selecionados. No total, cerca de 150 cooperativas participaram ao vivo dos eventos que agora estão disponíveis no canal do Sistema OCB no YouTube para um alcance ainda maior.
A futurista especialista em inovação, marketing e transformação digital, Martha Gabriel, foi escolhida para encerrar os temas da programação. Em sua apresentação, abordou diversos temas que passaram a fazer parte da realidade de todos – pessoas e cooperativas – e que precisam ser enxergados de forma diferente. “A característica mais importante no ‘próximo normal’ que vem por aí será o pensamento crítico. Todas as ferramentas, habilidade e conhecimentos que estamos adquirindo, em uma velocidade exponencial, só serão bem aplicados se praticarmos o pensamento crítico”, reforçou a especialista.
Se você quiser acompanhar todo o Ciclo de Debates, ele está disponível no canal do Sistema OCB no YouTube. Passa lá e aproveita!
Segue a atualização dos boletins semanais produzidos pela OCB, com análises políticas e econômicas, um resumo dos pleitos das cooperativas e infográfico com o levantamento de todas as medidas tributárias de interesse. Além do nosso novo informativo semanal sobre o andamento da Reforma Tributária e seus impactos para o cooperativismo brasileiro. Leiam e compartilhem!
1) Análise Política: elaborada por nossa equipe resumindo as principais tendências e cenários durante a crise. Para acessar, clique aqui. 2) Análise Econômica: elaborada por nossa equipe trazendo impactos da pandemia na economia nacional e para o cooperativismo. Para acessar, clique aqui. 3) Reforma Tributária: resumo semanal sobre o andamento da proposta, reuniões realizadas pela OCB e possíveis impactos para o cooperativismo. Para acessar, clique aqui. 4) Pleitos do Cooperativismo: planilha compilando todas as demandas recebidas das unidades estaduais e ramos relacionadas com a Covid-19, com descrição e encaminhamentos da unidade nacional. Para acessar, clique aqui. 5) Normativos: compilação dos principais normativos federais relacionados com a Covid-19, com link para acesso rápido e análise resumida da unidade nacional. Para acessar, clique aqui. 6) Medidas Tributárias: nossa equipe montou um infográfico para facilitar o acompanhamento das medidas tributárias de interesse das cooperativas. Para acessar, clique aqui.
Está sendo um período de muitos pleitos e insegurança, mas reforçamos que estamos com a equipe em atenção máxima atuando. Todas nossas ações também estão sendo postadas na página especial: https://www.somoscooperativismo.coop.br/covid-19. |