A presidente Aliança Cooperativa Internacional (ACI), Dame Pauline Green, anunciou ontem (8/10) que será lançada em novembro, na Cidade do Cabo (África), uma nova logomarca para o cooperativismo mundial. O “blue print” – como tem sido chamado pelos conferencistas da ACI – tem por objetivo posicionar as cooperativas de todo mundo como empresas sustentáveis, modernas e rentáveis. A nova logomarca ainda não foi oficialmente apresentada, mas seu conceito já ficou bem claro. Confira as ‘dicas’ repassadas por Pauline Green:
IMAGEM SUSTENTÁVEL - “O “blue print” vai nos posicionar como empresas sustentáveis perante ao público e formadores de opinião. Se não usarmos uma nova marca, poderemos continuar com o estigma de sermos organizações menos competitivas e menos rentáveis. Nós queremos mudar esse posicionamento para ocupar o espaço que nos é de direito no mercado”.
OBJETIVO DO BLUE PRINT - “Queremos uma logomarca que nos identifique ao redor do mundo, nos mercados, em nossos produtos. Queremos que todas as cooperativas usem e, para isso, pedimos que todos os membros nos ajudassem nessa missão. Um total de 86 países participou enviando sugestões para a criação dessa nova marca, mais moderna e capaz de transmitir conceitos como sustentabilidade, solidez e rentabilidade. Agora, teremos uma logomarca que, espero, nos represente ao redor do mundo pelos próximos anos”.
ANO INTERNACIONAL - “Enfrentamos a maior e a mais drástica mudança na história das economias mundiais. Esse novo paradigma foi provocado pela chegada das novas tecnologias de informação e também pelas mudanças climáticas que afetarão 9 bilhões de pessoas em todo o planeta. Em meio a essas transformações sociais, o desemprego cresceu, sonhos deixaram de ser realizados e entramos em um período de forte recessão. Nesse contexto, a ONU nos homenageou com um ano dedicado às cooperativas (2012). Disposta a aproveitar essa oportunidade, a ACI pediu às organizações dos países membros que utilizassem suas verbas de marketing para mostrar o cooperativismo à mídia, aos políticos e aos formadores de opinião. Queríamos aumentar a família cooperativista ao redor do mundo e conseguimos. E não vamos deixar isso morrer. Por isso, para nós, 2012 marcou o início da Década do Cooperativismo”.
AGRADECIMENTO - “Agradecemos a você, Américo Utumi, por todo o trabalho realizado frente à ACI. Você foi um grande diretor. Fala quando tem realmente algo a dizer e é sempre ouvido. Nós todos sentiremos sua falta e queremos agradecê-lo por tudo o que tem feito pelo cooperativismo”.
Fonte: OCB
O voluntariado cooperativista é mais do que uma bandeira. É um manto de ações que cobrirá o Brasil em 2014. Estamos falando do Dia de Cooperar (Dia C), uma campanha permanente de atividades voluntárias realizadas por cooperados, seus familiares e empregados de cooperativas. A iniciativa neste ano aconteceu em oito estados. A experiência foi discutida e avaliada hoje por analistas de promoção e de comunicação social do Sistema OCB e suas unidades estaduais.
O encontro aconteceu na Casa do Cooperativismo, em Brasília. A reunião contou com a participação de 10 representantes dos estados do Ceará, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte. O objetivo foi refletir sobre a realização das ações, o envolvido de parceiros, apontar os pontos a serem melhorados e o cronograma de ações para o ano que vem.
Em 2013, as ações do Dia C aconteceram no dia 14 de setembro. O estado de Minas Gerais é o idealizador do Dia de Cooperar e, visando à sua realização em nível nacional, cedeu todo o projeto, incluindo as artes gráficas – ao Sistema OCB, que estimulou cinco estados (acima) a testarem o piloto da campanha.
Além desses cinco estados-pilotos, também aderiram ao chamamento, os estados do Amazonas e de Alagoas.
“Conseguimos números impressionantes: quase 70% das cooperativas dos estados-pilotos realizaram atividades; as inserções na mídia representaram uma economia de cerca de R$ 1,5 milhão, mais de 4,1 pessoas vestiram, literalmente, a camiseta do voluntariado cooperativista. Os estados-pilotos são guerreiros. Estão de parabéns pela capacidade de mobilização exemplar”, afirma a gerente geral do Sescoop, Karla Oliveira, afirmando que, como referências, cada estado-piloto tem um compromisso grande com os demais estados brasileiros tendo em vista que, em 2014, o Dia C, deverá ser realizado em todo o País.
Fonte: OCB
Os desafios da comunicação para o cooperativismo são similares em toda a América Latina. O primeiro – e principal deles – é elaborar um discurso forte, sólido e atrativo sobre nossa doutrina. Esse foi o tema central do painel "Informação e Comunicação: a mensagem do cooperativismo", realizado hoje de manhã, durante a XVII Conferência Regional ACI Américas.
De acordo com os três debatedores, atualmente, o cooperativismo é praticamente desconhecido pelas pessoas que não participam do movimento. Além disso, os próprios cooperativistas têm dificuldade para apresentar os diferenciais do nosso modelo de negócios de forma clara, convincente e chamativa. Confira, a seguir, um pouco dos gargalos da comunicação dos três países representados no fórum de comunicação:
BRASIL: aposta na divulgação digital
"Em 2005, o Sistema OCB realizou uma pesquisa que mostrou: 92% dos brasileiros não sabe o que é cooperativismo. Para nós, da comunicação, essa é uma grande oportunidade, pois temos uma tela em branco para pintar como quisermos. Basta definir uma mensagem sólida, atrativa e coerente para começar a divulgá-la de maneira uníssona e constante, em todo o país. Queremos trabalhar especialmente nas mídias digitais, já que é lá que estão os nossos públicos-alvo preferenciais: os jovens (pois irão renovar a base); as mulheres (donas do poder de decidir como a família irá gerenciar sua vida financeira) e os formadores de opinião (capazes de dar maior visibilidade ao movimento)". Guaíra Flor, gerente de comunicação do Sistema OCB.
ARGENTINA: cooperativas se organizaram em uma rede de comunicação
"A Argentina vive um momento de luta pela democratização da palavra. Nossa comunicação está concentrada nas mãos de alguns poucos grupos econômicos, o que dificulta nossa missão de difundir o cooperativismo. Na Argentina, as pessoas também não entendem o são as cooperativas, nem tampouco sua função social. Mas nós estamos trabalhando fortemente para mudar isso por meio de uma rede de comunicação cooperativista que hoje reúne 500 veículos de comunicação cooperativistas, 400 distribuidores de TV a cabo, 1,5mil km de rede digital. Trabalhamos em conjunto para a produção de conteúdo em rede sobre o cooperativismo e queremos ser mais conhecidos nos próximos anos". Ariel Guarco, representante da Argentina.
COLÔMBIA: defesa de uma marca mais forte
"Na Colômbia as pessoas também não sabem o que é uma cooperativa. Fizemos um concurso cultural nas escolas para saber: o que vocês acham que é uma cooperativa. Uma das crianças, de uns 7 anos, disse: "cooperativa é o lugar que empresa dinheiro para minha avozinha". É essa imagem que nós queremos? Eu creio que não. Temos de desmistificar o cooperativismo e apresentá-lo como uma alternativa sustentável de desenvolvimento. E essa é um trabalho que precisamos fazer agora, porque temos o desafio da década do cooperativismo para vencer. Temos de mostrar que o cooperativismo é o modelo de negócios que mais cresce no mundo, o mais sustentável e o preferido das pessoas". Carlos Acero, representante da Colômbia.
Fonte: OCB
Sem vetos aos pleitos do cooperativismo, a presidente Dilma Rousseff sancionou nesta quarta-feira a medida provisória nº 615/13 que, dentre outros temas, garante a reforma do PIS/Cofins para a cadeia de produção da soja, desonerando o grão comercializado no mercado interno. A medida possibilita que as empresas e as cooperativas passem a calcular os créditos presumidos na comercialização dos produtos derivados de sua industrialização, sem limitações de aproveitamento, mesmo que vendidos com alíquota zero.
A conquista só foi possível graças ao importante trabalho realizado pelo Sistema OCB, que participou de intensas negociações junto ao governo federal e entidades de representação, além de sensibilizar os parlamentares sobre a importância da aprovação da medida provisória (MPV). Há muito tempo o sistema cooperativista tenta revogar legislação atual do PIS/Cofins que impõe limitações de aproveitamento de créditos presumidos pelas indústrias cooperativas na comercialização da produção recebida de seus cooperados. Esta nova legislação fez com que tais limitações perdessem seu alcance.
BENEFÍCIO - Estima-se que, com a aprovação da matéria, o incremento de créditos a serem aproveitados anualmente pelas cooperativas ultrapasse a casa dos R$ 300 milhões. A medida de desoneração melhorará, ainda, a renda do produtor rural (cooperado/cooperativa), já que haverá igualdade de condições tributárias na disputa pela produção do setor. Ou seja, os preços se equilibrarão com a neutralização de eventuais atravessadores entre a cooperativa e o mercado (industrialização e exportações), assim como ocorreu com o setor de café e pecuária.
COOPERATIVAS DE TÁXI: A sanção da MPV nº 615/2013 atendeu também à demanda das cooperativas de taxistas. Pela proposta, a permissão para realizar transporte de passageiros poderá ser repassada, como herança, aos sucessores diretos, caso o condutor venha a falecer. Isso proporciona o direito à exploração do serviço pelos descendentes do titular, durante o período de validade da concessão. Tal medida proporciona às famílias um tempo de recuperação e reorganização patrimonial. Uma medida justa, visto que elas também herdam as dívidas relativas aos veículos.
REFIS: A matéria também traz a reabertura do prazo de adesão ao programa de refinanciamento de dívidas da Receita Federal, conhecido por “Refis da Crise” (Lei nº 11.941/09). A medida é favorável a todos os contribuintes com dívidas vencidas na Receita Federal até 30 de novembro de 2008, que não tenham aderido ao Refis. Se a MPV nº 615/13 for aprovada, eles terão até 31 de dezembro deste ano, para concluir o procedimento. O último prazo para adesão venceu em julho de 2011.
Fonte; OCB
O profissionalismo e a transparência na gestão, aliados à adoção de uma governança moderna e cooperativa, são pontos fundamentais para que o movimento cooperativista se consolide como modelo de negócios sustentável. A todo o momento, tais questões são apontadas pelos participantes da XVIII Conferência Regional da Aliança Cooperativa Internacional para as Américas (ACI-Américas) como prioritárias ao desenvolvimento do setor e ao seu posicionamento da Década do Cooperativismo. Da mesma forma, os cooperativistas sul-americanos ressaltam a necessidade de formação de lideranças para o sucesso do negócio cooperativo.
SISTEMA FINANCEIRO – O presidente do Banco Sicredi, Ademar Schardong, por exemplo, destacou desafios apresentados às cooperativas de crédito pela competividade do mercado financeiro nacional. Entre os principais, está o oferecimento de produtos e serviços financeiros eficientes aos associados. “As cooperativas de crédito têm de entregar o produto pretendido pelo cooperado, da mesma qualidade ou até superior ao do mercado bancário e, ao final do exercício financeiro, ainda gerar resultado. É isto que faz o cooperativismo ser um modelo interessante. Por realizar bem o seu papel, o segmento tem crescido uma média de 20% ao ano”. Segundo ele, cerca de 80% do sistema financeiro são controlados por cinco instituições – duas públicas e três privadas. Outro ponto citado por Schardong é a busca dos sistemas que atuam no cooperativismo de crédito por um balanço combinado que mostre a contabilização de patrimônio de referência. “Isso faria com que as cooperativas de credito se tornassem muito mais competitivas no mercado financeiro de varejo", disse.
GOVERNANÇA COOPERATIVA - A participação ativa dos associados, dentro do que propõe a autogestão, é outro ponto determinante para o sucesso das cooperativas. Tão importante quanto, segundo Helmut Egewarth, parceiro do Sistema OCB, é a inclusão crescente de mulheres e jovens nesse processo. “É necessário sair do discurso para a prática. Podemos, por exemplo, prever nas eleições das cooperativas a inscrição de, no mínimo, três candidatos aos cargos de direção, prevendo sempre a participação de mulheres e jovens. O fato de ter três pessoas abre a possibilidade para a discussão de propostas. Outro mecanismo interessante, no sentindo de reforçar que os cooperados devem trabalhar juntos para o crescimento da cooperativa, é o compromisso público dos candidatos, de apoiar aquele que for eleito”, ressaltou.
ICPC 14 - O tema “capital” mereceu um colóquio especial na Conferência da ACI, do qual participou a Analista Giulianna Fardini, que falou sobre o ICPC 14, que tem preocupado as cooperativas brasileiras. Pelo ICPC 14, de aplicação obrigatória adiada para 2016, após esforços da OCB, o capital social das cooperativas terá que ser classificado no Passivo e não no Patrimônio Líquido, como é feito hoje na Contabilidade. O Passivo registra as dívidas da sociedade, enquanto o Patrimônio Líquido registra o capital próprio, que é a parte do patrimônio que não está comprometida com as dívidas; a principal fonte de capital próprio é o capital social, ou seja, o capital que os associados colocam na sociedade para viabilizar seu negócio. É o capital próprio que inspira a confiança nos novos credores de que a sociedade é sólida e tem condições de honrar seus compromissos financeiros; classificar o capital social como dívida causará um impacto muito negativo no mercado de credores das cooperativas e afetará sua competitividade, sua capacidade de captar novos recursos e, consequentemente, sua sustentabilidade. O problema não afeta apenas as cooperativas do Brasil, já que o ICPC 14 é a versão brasileira para a IFRIC 2, emitida pelo Internacional Acounting Stards Board – IASB, entidade responsável pela emissão das normas internacionais de Contabilidade. Após sua apresentação, Giulianna foi abordada por representantes de outros países da América, como Uruguai, Colômbia, Costa Rica, El Salvador e Peru, que mostraram interesse em participar do grupo técnico que irá elaborar um documento a ser enviado ao IASB para a revisão da norma.
NOVAS LIDERANÇAS – A importância da formação de jovens lideranças para a continuidade do negócio cooperativo foi outra questão em destaque na conferência. Filhos de cooperados e integrantes do Coopa Jovem em Patrocínio, Thais Anselmo e Caciano Sangaletti, falaram sobre o tema no IX Encontro da Juventude promovido no evento. Eles apresentaram o Coopa Jovem, um projeto desenvolvido pela Cooperativa Agropecuária de Patrocínio. Segundo Thais, o objetivo é fortalecer a agropecuária na região, formando uma juventude consciente e atuante na cooperativa. Os dois jovens integraram o grupo do Sistema Ocemg que representou Minas Gerais na conferência.
CONFERÊNCIA - O evento, que conta com o apoio do Sistema OCB, também é uma realização do Sistema Unimed. Acompanhe no Informativo OCB outros temas debatidos durante a XVIII Conferência Regional da ACI-Américas.
Fonte: OCB