O 92º Dia Internacional do Cooperativismo será comemorado no primeiro sábado do mês de julho, dia 5. A Aliança Cooperativa Internacional (ACI) escolheu o tema "Cooperativas conquistam o desenvolvimento sustentável para todos" para celebrar a data, promover a reflexão e demonstrar como as cooperativas são o modelo adequado para desenvolver e construir a sustentabilidade no século XXI.
De acordo com dados da ACI, mais de 1 bilhão de pessoas no mundo estão ligadas ao cooperativismo, direta ou indiretamente, e 100 milhões de empregos são gerados pelas cooperativas e seus processos. As cooperativas estão se consolidado como agentes para o desenvolvimento das comunidades e para um universo cada vez maior de indivíduos.
Fundamentado em princípios como adesão voluntária e livre, gestão democrática, intercooperação e autonomia para a prosperidade conjunta, o cooperativismo é adotado em diversas atividades econômicas - ligadas principalmente a relações de consumo, produção ou de prestação de serviços -, nos segmentos crédito, saúde, educação, habitacional, entre outros. Segundo dados de 2013 da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), são 6.603 cooperativas, com mais de 11 milhões de associados e 321 mil empregos diretos. Em todo o País, cerca de 44 milhões de pessoas estão ligadas ao movimento cooperativista.
O modelo de organização das cooperativas está alinhado aos pressupostos de crescimento sustentado, no qual a organização das pessoas é a base do seu desenvolvimento. Dessa maneira, as cooperativas incentivam o empreendedorismo, criam oportunidades de negócio, promovem crescimento de sua atividade, a educação e o fortalecimento de cada região em que estão presentes. Nas cooperativas, além da redução de custos, os associados ganham poder de barganha pela força do grupo que faz com que o produto ou trabalho consiga se inserir de forma competitiva no mercado.
O Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito (Woccu), a partir de informações de suas filiadas, registrou, em 2012, 56 mil cooperativas de crédito em 101 países, nos cinco continentes, totalizando 200 milhões de pessoas.
Dos 13 ramos do cooperativismo brasileiro, o crédito destaca-se no cenário nacional pelo crescimento gradativo do número de associados, de ativos, rede de atendimento e novos produtos, entre outros. Segundo a OCB, o segmento fechou 2013 com 1.255 cooperativas, 6,5 milhões de associados e cerca de 40 mil empregados. Os ativos atingiram R$ 109,2 bilhões e os depósitos R$ 52,7 bilhões.
O Sicredi, encerrou 2013 com 2,5 milhões de associados, um volume de ativos de R$ 38,4 bilhões, expansão de 24% em relação a 2012. As sobras geradas no ano tiveram um aumento de 26% sobre 2012, totalizando R$ 846,3 milhões. No primeiro trimestre de 2014, a instituição financeira cooperativa atingiu R$ 40,3 bilhões em ativos, 23 bilhões em operações de crédito e 25,9 bilhões em depósitos.
A presidenta da República, Dilma Rousseff, sancionou na última segunda-feira (23/6) a lei que garante ao agricultor familiar, ao Microempreendedor Individual (MEI) e ao empreendedor da economia solidária a isenção do pagamento da Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária da Anvisa. A medida está no artigo 18 da lei 13.001/14, publicada nesta segunda-feira (23/6) no Diário Oficial da União.
De acordo com o artigo, os três tipos de empreendedores não precisam mais pagar as taxas para regularizar suas empresas e produtos na Agência. A medida é resultado do programa Inclusão Produtiva com Segurança Sanitária, da Anvisa, que faz parte do programa Brasil Sem Miséria, do Governo Federal. A proposta é de que as ações de vigilância sanitária sirvam como alavanca e suporte ao empreendimento familiar rural, ao empreendimento da economia solidária e o microeempreendedor individual. Este é o publico que enfrenta maior dificuldade na formalização de seus negócios e atendimento às regras sanitárias.
É o caso, por exemplo, de um agricultor familiar que produza doces ou geléias e que legalizados perante a vigilância sanitária terão mais qualidade e oportunidades de negócios. Até a publicação da lei, por exemplo, a notificação de fabricação de um alimento por um microempreendedor individual custava R$ 90,00. A medida também alcança farmácias e drogarias que funcionem como MEI, e neste caso estarão isentos da taxa anual de R$ 500,00 que incide sobre cada estabelecimento para poderem funcionar.
Em outubro do ano passado a Agência já havia aprovado uma resolução que racionalizou e simplificou os procedimentos e requisitos de regularização do MEI e do agricultor familiar junto ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. Com a sanção da lei pela presidente, a legislação sanitária brasileira garante ao agricultor familiar, ao MEI e ao empreendedor da economia solidária melhores condições de prosperar em seus negócios sem perder de vista a segurança sanitária dos produtos.
O que é cooperativismo? Qual a importância deste setor? Como funciona? Essas e outras perguntas serão respondidas durante o Curso Cooperativismo ao Alcance de Todos, oferecido pelo Sescoop de Mato Grosso do Sul com início no dia 21 de julho. O curso é destinado a estudantes, trabalhadores, profissionais liberais de qualquer área.
A ideia é ampliar a visão dos participantes através de elementos básicos necessários para gestão do empreendimento cooperativo na atual conjuntura econômica e social. As aulas terão uma metodologia dinâmica com estudo de casos, aulas expositivas e dinâmicas de grupo.
O conteúdo programático se baseia em princípios e globalização da economia e o cooperativismo, atuação no mercado, os ramos do cooperativismo, tributação e legislação cooperativista, estrutura organizacional da cooperativa e processo de tomada de decisão na cooperativa.
Para se inscrever é simples. Clique AQUI, doe 5 quilos de alimentos ou apresente o comprovante de doação de sangue. As aulas ocorrerão de 21 a 23 de julho, das 19 às 22 horas. Todos os participantes receberão certificado.
Outras informações e inscrição pelo telefone (67) 3389 0200. Acompanhe a OCB/MS!
Os novos passos para o ramo Crédito foram o assunto principal da primeira reunião dos integrantes da Coordenação do Conselho Consultivo do Ramo Crédito (CECO), na gestão do Celso Regis, presidente da Confederação Brasileira de Cooperativas de Crédito (Confebras), também diretor do Sistema OCB para o ramo Crédito e, ainda, presidente da unidade estadual do Sistema OCB em Mato Grosso do Sul. A reunião ocorreu hoje, ao longo do dia, na Casa do Cooperativismo, em Brasília. Das discussões, participaram: Leo Trombka (Unicred), vice-coordenador do CECO, Manfred Dasenbrock (Sicredi), primeiro secretário, Henrique Vilares (Sicoob), segundo secretário, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o superintendente, Renato Nobile.