A pegada de carbono (medida que calcula a emissão de carbono na atmosfera por atividade da pecuária de leite a pasto) que já é uma realidade no Brasil poderá ser adequada também à produção leiteira de Mato Grosso do Sul. O assunto foi destaque nesta quinta-feira (27), na abertura da Tecleite, que aconteceu no Cepaer (Centro de Pesquisa e Capacitação da Agraer), em Campo Grande, saída para Rochedo.

A “Produção de Leite Baixo Carbono” foi tema da palestra da pesquisadora da Embrapa Gado de Leite de MG, Vanessa Romário de Paula. Ela falou da pesquisa realizada pela Embrapa Gado de Leite em parceria com empresas do setor que pretendem diminuir e até anular a pegada de carbono do leite. A instituição já reuniu dados de mais de 300 sistemas de produção leiteira, estabelecendo uma escala de “baixa”, “média” e “alta” pegada de carbono.

“Quando se fala em mensurar pegada, a primeira etapa é conhecer os sistemas locais, fazer uma caracterização, que representa conhecer e coletar os dados. Para isso precisamos do apoio da Agraer, Senar das instituições que fazem extensionismo aqui em Mato Grosso do Sul. Com isso podemos fazer os cálculos e a partir dos resultados que encontrarmos, desmembrar os resultados de emissões, pois temos vários indicativos como o próprio animal, o dejeto, ou o tipo de dieta que se faz. Conhecendo isso, nós podemos ter a caracterização da pegada de carbono de MS”, explicou a pesquisadora.

O dia de campo reuniu mais de 350 pessoas, e visa promover a transferência de tecnologias para produtores de leite do Estado. Inédita em Mato Grosso do Sul, a iniciativa é promovida pela Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) e pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, unidade Gado de Leite – de Minas Gerais).

A Tecleite contou com a presença do secretário da Semadesc, Jaime Verruck, do secretário-adjunto da Semadesc Walter Pereira Júnior, do diretor-presidente da Agraer, Washington Willeman, e o chefe de transferência de tecnologia da Embrapa Gado de Leite (Minas Gerais), Fábio Homero, do secretário-executivo de desenvolvimento Econômico Sustentável Rogério Beretta, além de autoridades locais.

O secretário destacou a relevância do evento em reunir a cadeia leiteira para debater temas ligados à difusão de tecnologias. “Logo na chegada tivemos a percepção da dimensão do evento e pretendemos incorporá-lo ao Proleite (Programa de Desenvolvimento da Bovinocultura de Leite) que será lançado em breve pelo Governo”, salientou.

Verruck também lembrou que a Agraer deverá ampliar a contratação de técnicos por meio de processo seletivo, para atender com mais efetividade a agricultura familiar. “Vamos contratar mais 100 técnicos para atender a Agraer e melhorar o extensionismo rural. O governador já autorizou este processo seletivo. Temos deficiência no número de pessoas e vamos buscar esta contratação além do concurso, visando inserir novos profissionais de apoio aos produtores e à estrutura de produção da Agraer”, acrescentou.

Inédito em Mato Grosso do Sul, a TecLeite que já faz história em outros estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, em termos de participação de produtores de leite e transferência de tecnologia, teve também um resultado surpreendente por aqui. Isso porque o evento contou com cerca de 350 participantes, sendo 80% do público composto por produtores rurais (grande, médio e pequeno porte).

De acordo com a organização do evento, a adesão superou as expectativas por ter um público heterogêneo com 35% dos municípios de MS que marcaram presença por meio dos participantes que, em sua maioria, eram oriundos de cidades como Água Clara, Anaurilândia, Bodoquena, Camapuã, Campo Grande, Corguinho, Coronel Sapucaia, Corumbá, Dois Irmãos do Buriti, Dourados, Glória de Dourados, Guia Lopes, Iguatemi, Itaquiraí, Jaraguari, Juti, Nova Alvorada do Sul, Paraíso das Águas, Ponta Porã, Rio Negro, Ribas do Rio Pardo, Rochedo, Santa Rita do Pardo, São Gabriel do Oeste, Selvíria, Sidrolândia e Terenos.

“Queremos que o evento faça parte do calendário de MS e que seja executado de modo itinerante. Tenho certeza que isso será possível com o apoio do Governo do Estado e da nossa Assembleia Legislativa”, pontuou o diretor-presidente da Agraer, Washington Willeman que viu na TecLeite a preocupação em pautar a sustentabilidade dentro da programação “vai ao encontro de uma determinação do governador Eduardo Riedel que tem trabalhado para promover uma gestão digital, inclusiva e verde. Inclusive, ele assinou um protocolo em que consta que até 2030 o MS seja carbono neutro. Tudo isso demonstra as prioridades e as preocupações da atual gestão e a Agraer com seus parceiros têm buscado alinhar suas atividades a essas demandas”.

Inventário

No ano passado, a Embrapa concluiu o primeiro Inventário do Ciclo de Vida (ICV) do leite bovino in natura produzido no País.  O ICV do setor é um marco para a pecuária de leite do Brasil, que passa a ter uma base de informações que possibilita mensurar os impactos da atividade no meio ambiente. “Os dados que estavam disponíveis até então referiam-se à pecuária de leite de outros países, que não representam as condições de clima tropical brasileiras”, conta. “O ICV – Leite se apresenta como uma base pública de dados para estudos que envolvam gestão ambiental e sustentabilidade da pecuária de leite”, explica a pesquisadora.

Para construir o ICV de um produto ou serviço é realizada coleta de dados sobre as etapas que compõem o ciclo de vida do produto ou serviço. O processo de construção do ICV – Leite incluiu a identificação das matérias-primas utilizadas na produção, o consumo de energia e água, entre outros recursos, bem como a geração de resíduos e emissões ao longo do ciclo de vida do produto “leite”. Foi um avanço que permitirá o direcionamento de novos estudos sobre Análise do Ciclo de Vida (ACV), possibilitando mensurar impactos ambientais do setor produtivo. A bonificação de preço pela produção sustentável é uma forma de incentivar a redução da pegada de carbono do leite.

TecLeite MS

O 1º TecLeite MS é uma realização do Governo do Estado, por meio da Agraer e Semadesc – Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, e da Embrapa, órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, o Ministério da Agricultura e Pecuária e o Governo Federal.

O evento conta com apoio da Ceasa de MS, CSPL MS, Frente Parlamentar de Leite de MS, Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Núcleo de Criadores de Girolando, Sebrae MS, Instituto Bi sistêmico, Silems. Além das entidades parceiras, Casa da Ordenha, Comak, Fundapan, Granfer, Imbaúba Laticínios, Integração Sementes, Sistema OCB/MS, Organogreen, Protons e Sicredi.

45 anos da OCB/MS marcará a premiação em grandioso evento

O Sistema OCB/MS anuncia os finalistas do VII Prêmio de Jornalismo, que reconhece os melhores trabalhos jornalísticos sobre cooperativismo. A premiação será realizada no dia 04 de julho, no Gran Murano Buffet, durante a celebração dos 45 anos da OCB/MS.

Os finalistas foram selecionados nas quatro categorias: jornalismo impresso, telejornalismo, radiojornalismo e jornalismo online. Os trabalhos foram avaliados por um júri de especialistas que considerou fidelidade ao tema, conteúdo e estrutura de texto no que tange a abordagem do tema cooperativista e que reconhece e destaca na divulgação das iniciativas, projetos e impactos econômicos e sociais das cooperativas sul-mato-grossenses. Os dois primeiros colocados de cada categoria receberão, respectivamente, R$ 6 mil (1º lugar) e R$ 4 mil (2º lugar), totalizando R$ 40 mil em premiações.

A cerimônia contará com a presença de líderes cooperativistas, autoridades locais e profissionais da imprensa, celebrando tanto o talento jornalístico quanto os avanços do cooperativismo no estado. O presidente do Sistema OCB/MS, Celso Régis, ressaltou a importância do prêmio: “Este é um momento para celebrar nossas conquistas e reconhecer os jornalistas que ajudam a dar visibilidade ao cooperativismo. Estamos muito orgulhosos do caminho percorrido e entusiasmados com o futuro.”

FINALISTAS

•    Impresso
- Com técnica de "mulching" El Niño e aquecimento global não limitam pequeno produtor | Julisandy Ferreira da Costa – O Estado MS
- Cooperativas 'transbordam' investimentos para o Mato Grosso do Sul | Bruno Arce – O Estado MS
- Orgânicos transformam vidas e geram emprego e renda para mais de 100 associados de Cooperativa | Rayani Santa Cruz -  O Estado MS
- Poder do cooperativismo consolida economia e facilita vida dos sul-mato-grossenses | Carlos Guilherme – A Crítica

•    Telejornalismo
- Copasul: uma história de sucesso | Osmar Pereira Bastos - Rede E - Fundação Jornalista Luiz Chagas de Rádio e Televisão de MS
- Em período de quebra de safra, cooperativa amplia capacidade de estocagem de olho no mercado | Endrio Ribeiro da Silva Francescon – TV Morena
- Para sobreviver à concorrência, taxistas apostam em carros elétricos e aplicativo próprio em Campo Grande | Graziela Rezende Macedo – Midiamax
- Projeto no Jardim Campo Belo oferece curso de capacitação de graça para jovens | Caio Tumelero – TV Morena

•    Online
- Cooperar faz bem: toneladas de produtos sul-mato-grossenses chegam às vítimas de enchentes do RS | Thalya Godoy – Midiamax
- Para sobreviver à concorrência, taxistas apostam em carros elétricos e aplicativo próprio em Campo Grande | Graziela Rezende Macedo - Midiamax
- Poder do cooperativismo consolida economia e facilita vida dos sul-mato-grossenses | Carlos Guilherme – A Crítica
- BNDES vai financiar esmagadora de soja da Copasul | Rafael Fritsch Walendorff - Valor Econômico / Globo Rural

•    Radiojornalismo
- Cooperar e desenvolver: a força do Cooperativismo há 45 anos no Mato Grosso do Sul | Vanessa Bordin – CBN Campo Grande
- Crescendo Juntos: O impacto do Cooperativismo em Mato Grosso do Sul | Rodrigo do Nascimento Rodrigues – Rádio FM Cidade 97
- Pujança e resultados sólidos confirmam nova era do cooperativismo em Mato Grosso do Sul | Carlos Guilherme – Band FM Grupo Feitosa de Comunicação
- O rádio como ferramenta para a divulgação dos serviços do cooperativismo em MS | Rodrigo do Nascimento Rodrigues – Rádio FM Cidade 97

Um dos destaques do Dia C é o compromisso social das cooperativas, que estarão recebendo doações de alimentos e agasalhos durante o evento. As doações serão destinadas às entidades do município.

No próximo sábado (6), o Parque Ecológico Águas do Guarani de São Gabriel do Oeste será palco de um evento especial: o "Dia de Cooperar 2024". Organizado pelas cooperativas locais, a ação é uma oportunidade de unir a comunidade em torno de atividades recreativas e educativas, promovendo a cooperação e a solidariedade.

O evento, que ocorrerá das 14h às 17h, oferece uma programação variada para toda a família. Entre as atividades estão oficinas de Educação Financeira e Informações de Saúde, além de Pintura Facial para as crianças, uma Trilha Ecológica e barracas de Algodão Doce e Pipoca para garantir a diversão de todos os presentes.

Um dos destaques do "Dia C" é o compromisso social das cooperativas, que estarão recebendo doações de alimentos e agasalhos durante o evento. Esta é uma oportunidade para os moradores de São Gabriel do Oeste não apenas se divertirem, mas também contribuírem com aqueles que mais precisam.

O evento é uma realização das cooperativas Aurora Coop, Sicredi, Cooasgo, Coamo, Sicoob Fronteiras e CooperOeste com o apoio do Sistema OCB/MS. As entidades esperam reunir um grande público e reforçar a importância do cooperativismo para o desenvolvimento sustentável e solidário da comunidade.

Compareça com sua família e participe deste dia de cooperação, onde atitudes simples podem mover o mundo. Sua presença é fundamental para o sucesso desta iniciativa.

Serviço

    Dia de Cooperar 2024
    Data: 6 de julho de 2024
    Local: Parque Ecológico, São Gabriel do Oeste
    Horário: 14h às 17h
    Atividades: Educação Financeira, Informações de Saúde, Pintura Facial, Trilha Ecológica, Barracas de Algodão Doce e Pipoca
    Doações: Alimentos e agasalhos

Fonte: IDEST

No dia 07 de junho, a Organização das Cooperativas Brasileiras de Mato Grosso do Sul (OCB/MS), instituição que representa e defende os interesses das cooperativas no Mato Grosso do Sul, celebrou 45 anos de fundação. Este marco significativo será comemorado em grande estilo no próximo dia 04 de julho, com um evento grandioso e especial, em Campo Grande. A festividade também incluirá a entrega do VII Prêmio OCB/MS de Jornalismo, destacando as melhores reportagens sobre cooperativismo no estado.

Fundada em 1979 com aproximadamente 16 cooperativas registradas, a OCB/MS tem sido um pilar fundamental para o fortalecimento das cooperativas no estado. A missão sempre foi clara: promover a união, inclusão, crescimento e prosperidade econômica e social, consolidando-se como uma referência de inovação e boas práticas cooperativistas. São 45 anos marcados por conquistas e pelo desenvolvimento contínuo do cooperativismo em Mato Grosso do Sul.

Ao longo desses anos, o Sistema OCB/MS tem desempenhado um papel vital na promoção do desenvolvimento sustentável e na melhoria da qualidade de vida das comunidades onde as cooperativas atuam. As iniciativas e programas desenvolvidos têm fortalecido o movimento cooperativista, criando oportunidades de crescimento econômico e social. O presidente do Sistema OCB/MS, Celso Ramos, expressou sua gratidão: "Celebrar 45 anos é celebrar a dedicação, o esforço e o comprometimento de todos que fazem parte desta grande família cooperativista. É uma honra estar à frente de uma instituição que tanto contribuiu e continua a contribuir para o desenvolvimento do nosso estado."

O evento comemorativo promete ser uma noite de celebração e reconhecimento. A programação inclui homenagens, premiações e apresentações culturais, tudo para celebrar as conquistas alcançadas ao longo das últimas quatro décadas e meia. Um dos pontos altos da noite será a entrega do VII Prêmio OCB/MS de Jornalismo. Este prêmio, que reconhece as melhores reportagens sobre o cooperativismo, visa incentivar a cobertura jornalística de qualidade sobre o setor. As categorias incluem jornalismo impresso, TV, rádio e online.

Com mais de 130 cooperativas registradas e de 500 mil cooperados, o futuro da OCB/MS é promissor, com planos de expandir ainda mais suas ações e continuar sendo um agente de transformação, reafirmando seu compromisso com a cooperação e o desenvolvimento sustentável em Mato Grosso do Sul.