O Brasil lidera a produtividade agrícola na América Latina e Caribe e apresenta índices de crescimento acima da média mundial, segundo estudo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) de 2011. Os dados da OCDE mostram também que junto com o Brasil, China, África do Sul e países do Leste Europeu são os que apresentam as maiores taxas de crescimento da produtividade.
O movimento é contrário ao verificado no resto do mundo, especialmente entre os países desenvolvidos que apresentam decréscimo nas taxas de produtividade. Enquanto países como França, Inglaterra e Estados Unidos crescem abaixo da média histórica de 1,48% ao ano, verificada no período que compreende os anos de 1961 e 2007, o Brasil pressiona o crescimento produtivo agrícola na América Latina. O crescimento anual da produtividade do Brasil é de 3,6 % ao ano, comparativamente aos 2,6% da América Latina, 0,86 % dos países desenvolvidos e 1,98% para o conjunto de países em desenvolvimento.
Pelo menos três fatores contribuem para esses resultados, na avaliação do coordenador geral de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Garcia Gasques. O avanço na área da pesquisa, liderada pela Embrapa, é considerado preponderante no aumento da produtividade da agricultura brasileira. Aliado a isso, o aumento das exportações também contribuiu, assim como a variação positiva dos preços internos e ampliação do crédito rural. O Ministério da Agricultura está atento a esse cenário positivo e vem trabalhando na implementação de políticas para a área.
Resultados ainda preliminares sobre as projeções mostram que, até 2022, a produção de grãos deverá aumentar 22%. A soja é a cultura que vai puxar esse crescimento, com média de 2,3% ao ano, seguida do trigo (1,9%) e do milho (1,8%). O segmento de carnes também terá desempenho positivo, com incremento na produção de 40% nos próximos 10 anos. A carne de frango deverá liderar o ranking com estimativa de crescimento de 4,2% ao ano, seguida da carne bovina e suína, com 2% ao ano, cada segmento. “Esses dados são importantes porque exigem um conjunto de ações e medidas que o governo deverá adotar para que as projeções se concretizem, especialmente no aprimoramento da política agrícola e no direcionamento dos instrumentos para a concessão de crédito”, salienta.
O técnico destaca também o fato de o crescimento da produtividade agrícola ocorrer sem a ampliação, nas mesmas proporções, da área cultivada, reforçando a importância do incentivo à inovação e pesquisa que o Mapa vem dando à área. Um exemplo disso é o Plano de Emissão de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que incentiva a produção de várias culturas numa mesma área. Hoje, o país detém 65,3 milhões de hectares de áreas plantadas, sendo 50 milhões em grãos e o restante em hortaliças. (Fonte: Mapa)
A Gerência de Relações Institucionais da Organização das Cooperativas Brasileiras (Gerin/OCB) está trabalhando com ações em prol do cooperativismo, antes mesmo de iniciadas as atividades no Congresso Nacional, que serão retomadas no dia 2 de fevereiro. Nos últimos dias, a equipe se dedicou a analisar e atualizar o perfil de cada um dos 513 deputados e 81 senadores, avaliando desde o estado de origem até o histórico político de cada um.
Tânia Zanella, gestora da área, explica que, além do Legislativo, a entidade também promove uma articulação com o Executivo e o Judiciário, conduzida pela Gerin, de forma integrada com as demais gerências e assessorias da instituição, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e a Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop). "Nosso objetivo é intensificar o relacionamento em todas as esferas do governo, no sentido de identificar temas que estão em pauta e podem impactar no cooperativismo", diz.
“Como o cooperativismo é muito diversificado e está em todos os estados, nosso trabalho é extenso”, complementa Tânia. A cada ano, a organização traça novos desafios e estratégias inovadoras, que marquem a presença do cooperativismo e ratifiquem sua importância no desenvolvimento do país.
A Gerência de Relações Institucionais mantém ainda projetos com órgãos internacionais que visam parcerias e troca de experiências com países e organizações para o desenvolvimento do setor. O Ano Internacional das Cooperativas – 2012 tem merecido especial destaque neste trabalho, pois a OCB compõem a Organização das Cooperativas dos Países de Língua Portuguesa (OCPLP), com sede em Portugal, e Aliança Cooperativa Internacional (ACI), na Suíça.
Entre os desafios para este ano está a votação no novo Código Florestal, o PL 4622/2004, que regulamentará definitivamente o cooperativismo de trabalho e o PLP 271/2005 que trata do Ato Cooperativo. A compilação detalhadas destes e de outros projetos vão estar reunidos na “Agenda Legislativa do Cooperativismo” a ser lançada no dia 28 de fevereiro.
O professor da Universidade de São Paulo e palestrante do Showtec 2012, Marcos Fava Neves, defendeu que o agronegócio é o principal gerador de riqueza do Brasil. Na palestra “Agricultura Brasileira. Profissionalização, Competitividade e Sustentabilidade”. “Antes precisávamos pagar para participar dos congressos internacionais, hoje somos pagos para estarmos lá”, apontou.
Fava Neves afirmou que para acompanhar as novas tendências de mercado, as organizações cooperativas são o futuro do agronegócio. "O Brasili precisa aumentar o número de cooperativas, que ainda é baixo, para fortalecer o agronegócio", afirmou. O palestrante ainda apontou que até 2020, o agronegócio deve gerar US$ 200 bilhões. Em 2011, o setor rural gerou US$ 95 bilhões. Sem os números positivos da agropecuária brasileira, o saldo da balança comercial ficaria negativo. “Cairíamos de 44,7 bilhões de dólares positivos, para 20,2 bilhões de dólares”, apontou Fava Neves, comparando os saldos de 2005 para 2010.
Para ele a crise mundial não vai atrapalhar o crescimento brasileiro. Tudo porque em 2.000, 60% do que era exportado ficava centralizado para os Estados Unidos e os países da Europa. Já em 2010, o percentual de comércio com esses locais caiu para 34%. “Nossos compradores se diversificaram, logo se a Europa enfrenta uma crise, ela não afetará o Brasil”, conclui Fava Neves.
O palestrante também vê na África, além da Ásia, uma potencialidade como mercado consumidor. “O País [África] cresceu mais do que a Ásia, e esse reflexo vem na compra de mais alimento”, apontou, informando que as crises afetam menos a aquisição de alimentos.
Distribuição de renda
O professor da USP apontou ainda que o agronegócio brasileiro é também um distribuidor de renda. “O agronegócio reduz a desigualdade social”, comentou. Ele explica que é preciso gerar renda, antes de distribuí-la. Como o agronegócio produz riqueza, gerando empregos, aumentando o consumo interno e trazendo novos investimentos por meio da instalação de novas industrias, ele distribui melhor os recursos.
O Showtec 2012 é realizado pela Fundação MS, com a promoção do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo– Seprotur - e da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural – Agraer-, da Federação da Agricultura e Pecuária de MS – Famasul, da Associação de Produtores de Soja – Aprosoja/MS e o Sindicato e Organização da Cooperativas Brasileiras no Mato Grosso do Sul - OCB/SESCOOP/MS com o apoio da Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul – Biosul, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Embrapa, Prefeitura Municipal de Maracaju, Sebrae/MS e Banco do Brasil. Informações sobre evento podem ser obtidas pelo site www.fundacaoms.org.br, pelo telefone (67)3454-2631 ou pelo
Para aumentar a produtividade na agropecuária nacional, o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer. Essa é a análise do ministro interino da Agricultura e Pecuária, José Carlos Vaz. “Precisamos trabalhar no eixo da sustentabilidade, definindo e investindo em novas linhas de pesquisa e na capacitação do produtor rural para que ele produza com mais eficiência”, diz. O ministro esteve em Maracaju (MS), na abertura do Showtec 2012, que segue até o dia 27. O Sistema OCB/MS também esteve presente através de sua superintendente Dalva Caramalac, que destacou a importância da existência de centros de pesquisa como a Fundação MS para o desenvolvimento do agronegócio estadual.
“O Brasil precisa de uma política agrícola moderna para que produtores e investidores não tenham surpresas e principalmente investir em uma política que foque a produção e renda sazonal do produtor e assim ele trabalhe enfrentando com tranquilidade os riscos e adversidades sem geração de impacto em sua propriedade”, complementa o ministro. Para o presidente da Fundação MS, realizadora do Showtec , o produtor rural de Mato Grosso do Sul é modelo em inovação e superação de crise. “Nosso produtor é pioneiro porque tem contribuído, ao longo desses 20 anos, com as pesquisas que alavancaram a produção no Estado. São produtores conscientes porque são cobrados pela excelência e profissionalismo”, afirma Luis Alberto Moraes Novaes.
A governadora de Mato Grosso do Sul em exercício, Simone Tebet, ressaltou o peso do trabalho feito no Estado. “Somos o celeiro do Brasil e mundo. A sustentabilidade passa pela produção do agronegócio com a geração de energia limpa, por exemplo. As grandes indústrias que tem se instalado aqui vem em busca da nossa produção”, conclui.
Em Mato Grosso do Sul, com 55 mil produtores rurais, o agronegócio é responsável por 16,6% do PIB. “Isso mostra a força que o produtor rural tem. Ao longo dos anos, demonstramos o comprometimento e a garra do nosso produtor que sobrevive às crises e se fortalece ainda mais para enfrentar os desafios de contribuir na missão do Brasil de alimentar o mundo”, analisa o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de MS, Eduardo Riedel.
Showtec - O Showtec 2012, maior evento rural do Centro-Oeste, deve receber um público de 15 mil pessoas em busca de novas tecnologias em agricultura. Com tema do evento é a "Produção de Alimentos com Consciência Ambiental", o Showtec 2012 é realizado pela Fundação MS, que comemora 20 anos da criação.
O evento conta ainda com a promoção do Governo do Estado, por meio da Secretaria deEstado de Desenvolvimento Agrário da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo– Seprotur - e da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural – Agraer-, da Federação da Agricultura e Pecuária de MS – Famasul, da Associação deProdutores de Soja – Aprosoja/MS e o Sindicato e Organização da CooperativasBrasileiras no Mato Grosso do Sul - OCB/SESCOOP/MS com o apoio da Associaçãodos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul – Biosul, Ministério daAgricultura, Pecuária e Abastecimento, Embrapa, Prefeitura Municipal deMaracaju, Sebrae/MS e Banco do Brasil.
Informações sobre evento podem serobtidas pelo site www.fundacaoms.org.br, pelo telefone (67)3454-2631 ou pelo
Foi concluído o processo de suplementação de recursos ao Procap-Agro em R$ 1 bilhão e foi publicado na Portaria nº 10 do Ministério da Fazenda na sexta-feira, dia 20 de janeiro.
O sistema cooperativista fica otimista com consolidação do pleito que deverá atender o cooperativismo de todo país, inclusive pelo empenho pessoal do Presidente Márcio Freitas, requerendo o rápido posicionamento do Gabinete do Ministro da Fazenda.
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