"O Fundo de Catástrofe reforça o apoio do governo brasileiro às atividades rurais", disse Wagner Rossi, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no dia 26 de agosto, durante cerimônia em Brasília. A lei que cria o fundo foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. A medida vai garantir cobertura suplementar às seguradoras e resseguradoras em caso de catástrofes climáticas, como secas intensas ou excesso de chuva. Para o ministro da Agricultura, o novo instrumento é fundamental, porque a agropecuária é uma atividade de riscos específicos relacionados ao clima, que não podem ser controlados pelo empreendedor rural.
O governo federal vai aplicar até R$ 4 bilhões por meio de títulos públicos, sendo metade neste primeiro ano de execução. "O fundo vai ajudar o agricultor a enfrentar um grande desafio, que é esse risco adicional em uma atividade tão importante para a economia brasileira", afirmou. Wagner Rossi lembrou que a agricultura é responsável pelo superávit da balança comercial do País, mesmo em momentos de crise. Em 2009, o setor foi responsável por 42,5% das exportações brasileiras.
De acordo com o ministro, a medida faz parte de um conjunto de ações para incentivar a produção agropecuária, com sustentabilidade e garantia de renda ao produtor. Além da consolidação do seguro rural com a criação do fundo, Rossi mencionou a ampliação da oferta do crédito rural nos últimos sete anos e a retomada do programa de estoques públicos.
"O seguro rural bem estruturado é um sonho antigo do setor e começou com o programa de subvenção do governo federal, em 2005. Com o Fundo de Catástrofe, vamos conseguir estabilidade para ampliar esse seguro no País", disse Márcio Freitas, presidente da Organização Brasileira de Cooperativa (OCB).
Diretor da seguradora líder no mercado nacional, Wady Cury compartilha a opinião. Ele considera que o Fundo de Catástrofe vai permitir que novas empresas seguradoras ingressem na agricultura, reduzindo custos das apólices e dando garantia ao produtor rural da manutenção desse tipo de seguro. Cury aponta o crescimento significativo do setor no Brasil. Em cinco anos, o número de apólices contratadas cresceu mais de 8.000% e a área segurada aumentou 9.686%.
Cooperativas - "O fundo permitirá que, nos próximos dez anos, o valor segurado das lavouras seja elevado de R$ 9,6 bilhões para R$ 50 bilhões", diz Wagner Rossi. Serão beneficiados pelo Fundo de Catástrofe 300 mil produtores. Os recursos vão garantir a cobertura de aproximadamente 35 milhões de hectares, o que representa 56% da área cultivada de grãos, frutas, cana-de-açúcar, florestas e hortaliças no País. Atualmente, apenas 10% da área plantada têm cobertura do seguro rural. Além da União, seguradoras, resseguradoras, agroindústrias e cooperativas serão cotistas do fundo.
Reivindicação - A iniciativa atende a uma antiga reivindicação dos setores agropecuário e securitário para proteger as operações de seguro rural, caso as lavouras seguradas sejam afetadas por eventos climáticos considerados catastróficos. A partir da instituição do fundo, as empresas securitárias vão contratar as operações, cientes de que suas responsabilidades terão limite determinado para sinistro, a partir do qual o fundo propiciará a cobertura suplementar.
Adversidades climáticas - A medida dá sustentabilidade e amplia a oferta de seguro rural no Brasil, de acordo com Welington Soares Almeida, diretor de Gestão de Risco Rural do Ministério da Agricultura. As empresas que atuam no mercado terão mais confiança para expandir as contratações nas regiões de clima mais instável ou para aquelas culturas mais sensíveis às adversidades climáticas. "Hoje, poucas empresas de seguro atuam no segmento rural. O fundo vai atrair outras seguradoras e resseguradoras para operar no Brasil, aumentando a concorrência na oferta de produtos, o que reduzirá o custo das apólices", aponta. Almeida explica que, para entrar em operação, o fundo precisa ser regulamentado pelo governo federal.
Funcionamento - O Fundo de Catástrofe, que substitui o Fundo de Estabilidade do Seguro Rural (FESR), será privado e administrado por pessoa jurídica, criada especificamente para esse fim. Pela nova legislação, o fundo terá um conselho diretor formado por representantes do governo e, pelo menos, um representante de cada segmento envolvido, como seguradoras, resseguradoras, cooperativas e empresas agroindustriais. Atualmente, o seguro rural no Brasil funciona com três pilares: os produtores rurais, o segmento securitário, representado pelas seguradoras e resseguradas, e o governo federal.
Resseguradoras - As seguradoras, beneficiárias da subvenção oficial, fecham os contratos com os produtores nas modalidades agrícola, florestal, aquícola e pecuária, sendo responsáveis por, em média, 10% do risco de perdas na lavoura por fenômenos climáticos adversos. As empresas resseguradoras, que atuam em conjunto com as seguradoras, assumem o restante desse risco. O governo, por meio do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), paga parte do prêmio contratado pelos produtores rurais junto às seguradoras. Esse valor varia entre 30% e 70% do prêmio, conforme a modalidade e cultura contratada e tem o limite de R$ 96 mil por produtor para agricultura e de R$ 32 mil para pecuária, florestal e aquicultura.
Cerca de 40% da carteira de microcrédito do BNDES é constituída por repasses para as cooperativas que operam com micro e pequenas empresas e empreendedores individuais. Segundo o painel ' Cooperativismo de Crédito e Microfinanças", que fez parte da Programação do II Fórum Nacional de Cooperativas de Crédito de MPE, realizado em Foz do Iguaçu na última semana, há uma sinergia já consolidada entre o BNDES e esse segmento financeiro, tendo o Sebrae como articulador para promover o desenvolvimento local. As informações são da Agência Sebrae.
Coordenado pelo gerente de acesso de serviços financeiros do Sebrae em Minas Gerais, Alessandro Barbosa Chaves, o painel mostrou experiências de sucesso das cooperativas Sicoob Credinova, de Morada Nova (RJ); Sicredi Empresarial, de Campo Grande (MS); Sicredi Noroeste e Três de Maio (RS) e da Cresol Cerro Azul (PR).
Carlos de Paula Coelho de Souza, da Sicoob Credinova , informou que a cooperativa tem 6.500 clientes espalhados por 15 municípios do centro-oeste mineiro. A grande inovação da cooperativa, que nasceu rural e se adequou ao regime de livre admissão em 2007, foi a diversificação dos serviços prestados aos associados e a implementação da metodologia do microcrédito nas operações de financiamento para toda a carteira de clientes.
Antes disso, a inadimplência na área de microcrédito, em 2008, era de 0,4%, enquanto nas demais operações estava em torno de 5,11%. Agora, considerando-se todas as operações, a inadimplência geral caiu, em dois anos, para 1,8%.
Paulo Bender de Camargo, da Sicredi Noroeste informou que a cooperativa atua de acordo com as necessidades do negócio do cliente, dando atenção, por exemplo, a jovens que queiram instalar lan-houses. Também pretende associar sete mil crianças e adolescentes, além de financiar reformas de casas e reparos de veículos. Trabalha em conjunto com as associações comerciais e empresariais e com sindicatos de agricultores.
Segundo Patrícia Belter Grau, a Sicredi Empresarial fez uma parceria com a Associação de Ambulantes de Campo Grande, o que ampliou em 479 o número de seus associados. A cooperativa passou a atuar dentro do "camelódromo", facilitando a vida dos lojistas.
Ocorreu no dia 18 de agosto em Brasília, durante a premiação do 1º Desafio Nacional Máxima Produtividade safra 2009/2010, o 1º Fórum Nacional de Produtividade da Soja, promovido pelo CESB- Comitê Estratégico Soja Brasil, no qual a Copasul esteve presente. O desafio teve como objetivo criar um ambiente nacional que estimulasse os produtores e técnicos recomendantes de todo o país a desafiar seus conhecimentos e incentivar o desenvolvimento de práticas inovadoras de cultivo, aumentando a produtividade de forma sustentável.
Antes da premiação, os participantes do desafio puderam acompanhar o 1º Fórum Nacional que discutiu os temas técnicos pertinentes à produtividade do cultivo da soja. Para enriquecer os debates do fórum, os grupos regionais foram formados por produtores, consultores técnicos, pesquisadores da EMBRAPA, pesquisadores das diversas fundações brasileiras, pesquisadores das universidades nacionais e membros da CESB. Os grupos formados, receberam no crachá cor específica por região.
Durante as discussões em plenária, ficou estabelecido a realização de novas pesquisas para a adubação de alta produtividade, estudo de população de plantas por hectares e estudo de velocidade de plantio com distribuição de sementes. Após os debates, houve palestra do Ex-Ministro da Agricultura, Alysson Paulinelli e o encerramento do 1º Fórum Nacional de Produtividade da Soja.
O produtor rural Salazar José da Silva e seus sócios, com consultoria técnica do Engenheiro Agrônomo Antônio José Meireles Flores (Tuca), funcionário da Copasul, participaram do Desafio Nacional, com o plantio realizado na Fazenda Água Vermelha, em 10 hectares que há melhor fertilidade.
Foram utilizados no plantio “Tratamento de sementes com uso de fitohormônios enraizadores, Adubações folheares com micronutrientes, fosfito e bioreguladores”, que resultou em 82,54 sacas por hectares.
Este resultado garantiu, na categoria soja não irrigada, o 2º lugar de produtividade no Estado do Mato Grosso do Sul, 3º lugar na Região Centro-Oeste, 16º lugar na classificação nacional. Premiação realizada entre 800 inscritos no Desafio.
Oferecer alimento seguro com qualidade é um dos princípios da Produção Integrada Agropecuária (PI Brasil), oficializada, nesta terça-feira, 31 de agosto, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Com a Instrução Normativa nº 27, o sistema, antes restrito às frutas, passa a valer também para toda a cadeia agropecuária. Leite, mel, amendoim, arroz e flores são alguns exemplos de cadeias produtivas que já se inseriram voluntariamente no sistema e que passarão a ter norma técnica específica apoiada pelo Mapa. A expectativa é que outros setores manifestem interesse em se habilitar.
Sustentabilidade é a principal característica dos alimentos obtidos nesse processo. Baseada nas boas práticas, a produção integrada garante a conservação do solo e da água, a partir racionalização do uso de agrotóxicos e insumos; melhora a qualidade de vida dos produtores rurais e a segurança do trabalhador rural, além de garantir a sanidade dos animais e vegetais.
Segurança e qualidade são as grandes vantagens para o consumidor e, para o produtor, mas os benefícios que vão desde a organização da base produtiva e diminuição dos custos de produção, até a racionalização de agrotóxicos e insumos poluentes, resultando no aumento da produtividade.
Essa redução no uso de defensivos é significativa na escolha do sistema sustentável. Dados do Ministério da Agricultura mostram que a adoção da produção integrada reduz significativamente o emprego de inseticidas e fungicidas em diversas culturas. O uso de herbicidas no cultivo do café cai 66% e no da maçã, 100%, só para citar alguns exemplos. Os indicadores de racionalização de fertilizantes apontam a média geral de redução em 28%.
O coordenador de Produção Integrada da Cadeia Agrícola, Adilson Kososki, acredita que a certificação com fundamentos sustentáveis é tendência irreversível, tendo em vista a modificação de comportamento dos compradores, principalmente no exterior. “Há uma mudança de hábitos dos consumidores, que querem alimentos sem resíduos, sem causar danos à saúde e que tenham embutida a visão sustentável, social e ambiental”, afirma.
Kososki lembra, ainda, que a rastreabilidade - uma das características da certificação PI Brasil - é outra exigência crescente do mercado internacional. “É preciso que o País se adapte a essas condições para continuar como grande exportador de alimentos”, diz. As boas práticas na produção, com higiene, acondicionamento adequado e embalagem diferenciada garantem maior qualidade e conquistam a confiança do consumidor. (Fonte: Mapa)
Caros amigos:
Hoje completo 25 anos de OCB/MS, sentindo o mesmo prazer e coragem de quando comecei.
A satisfação de viver reside sobretudo na aventura de perseguir o sonho. O trabalho por ser edificante, não precisa representar um fardo, mas pode representar uma fonte de prazer.
O trabalho que eu desenvolvi ao longo da minha vida sempre foi motivo de contentamento e aprendizado. Eu sou uma feliz exceção de mulher que pôde aliar realização pessoal e profissional, e fazer aquilo que realmente eleva o espírito.
A vida profissional é pontuada de competição, e eu tive o privilégio de pontuar a minha com a cooperação e conduzi-la com honestidade de propósitos, no desejo real de realizar as tarefas e responsabilidades que me foram atribuídas, com ética, dignidade e respeito, cumprindo fielmente a doutrina e a filosofia cooperativista.
Depois de décadas de trabalho, posso afirmar que o trabalho é uma forma de realização. Momentos críticos e de incerteza, desafios incríveis, certamente marcaram a jornada, mas não há como evitá-los. A sabedoria consiste em reconhecê-los e usá-los como instrumento de aprendizado, desenvolvimento e ganhos de experiência.
Nesses 25 anos na OCB/MS pude estreitar laços com várias pessoas que se tornaram muito importantes na minha vida, pude intercambiar idéias e opiniões com pessoas generosas e sábias. Tive a oportunidade de aprender com o talento de várias pessoas, e meu desejo era me aproximar de cada um para apertar a mão, colher um abraço e dizer o quanto foi importante estarmos juntos nestes anos todos partilhando das mesmas alegrias, do mesmo ideal e porque não dizer dos mesmos percalços da luta rotineira e desafiadora. Sou grata pelos ensinamentos, propostas, conselhos, pelas riquíssimas experiências, especialmente de algumas pessoas que compõem o sistema cooperativo brasileiro.
O sucesso na vida profissional e pessoal depende de recriação permanente. Você tem que se reinventar todo dia e gerir competentemente a mudança. Não basta ter novas idéias é preciso materializá-las. Não basta ter sonhos, é preciso harmonizá-los com a realidade, conciliar o propósito com a ação. Outro imperativo é estar focado na geração de valor para os stakeholders (cooperados, funcionários, fornecedores, clientes e sociedade). Para que esses objetivos sejam alcançados é necessário ser um bom planejador, ter visão e saber implementar o que se concebe na imaginação. Portanto, a informação, a visão e ação são os pilares do profissional capaz de intuir e transformar.
Mas para que tudo isso ganhe sentido é preciso alguns referenciais. O primeiro é a família, é nela que buscamos a seiva para a regeneração diária, buscamos o afeto para adquirirmos o equilíbrio. Apesar das longas horas dedicadas à empresa, no final do dia tudo a que aspiramos é o sossego da nossa casa, onde vivem os nossos amores. Sinceramente, o amor na minha relação familiar foi o sustentáculo da minha realização profissional.
O segundo referencial é o das amizades. Para me realizar profissionalmente, não precisei descartar os amigos. Pelo contrário, conquistei novos e autênticos amigos que me apoiaram , que confiaram em mim e se solidarizaram comigo nas tempestades.
E por último, a busca da felicidade foi meu objetivo em todos os momentos, com perseverança e autenticidade de compromisso. Não só a minha felicidade , mas também a dos que estão próximos e de toda a coletividade. Como diz Roberto Rodrigues: “A vida só faz sentido se cada um ajudar a melhorar o mundo para todos”.
E para que todos tivessem acesso a minha felicidade, resolvi compartilhar estas reflexões.
Agradeço a cada um com quem pude conviver e aprender.
Espero que Deus me permita ter energia e saúde suficientes para viver mais 25 anos os valores e princípios do cooperativismo, que para mim é muito mais que uma doutrina, é uma realizadora opção de vida.
Abraços,
Dalva Garcia Caramalac