Cerca 40 jovens de vários municípios da área de ação da Coamo no Paraná e Mato Grosso do Sul participaram nesta terça-feira (24) da formatura da 25ª turma de Jovens Líderes Cooperativistas. Durante mais de quatro meses, os participantes tiveram a oportunidade de se aperfeiçoar sobre a gestão da propriedade rural. Diante a pandemia ocasionada pela Covid-19, o curso e a formatura foram realizados no formato virtual.
O Programa Coamo de Formação de Jovens Líderes Cooperativistas começou em 1998 e é uma realização anual da Coamo com apoio do Sescoop/PR. Da sua primeira edição até a atual, foram capacitados mais de mil jovens cooperados, representando todos os entrepostos da Coamo no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
A formatura contou com a participação do presidente do Conselho de Administração da Coamo e Credicoamo, José Aroldo Gallassini, dos presidentes Executivos da Coamo, Airton Galinari e da Credicoamo, Alcir José Goldoni, e do superintendente do Sescoop-PR, Leonardo Boesch e de representantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR), responsável por ministrar o curso com um total de 144 horas/aula.
Gallassini recorda que a preocupação da Coamo é formar os seus cooperados para a perpetuação da cooperativa. “A Coamo não foi feita para uma ou duas gerações, mas para vida toda. O curso é importante e os participantes terão noções de administração e gestão para atuarem como empreendedores no agronegócio. Os jovens cooperativistas representam o presente e o futuro promissor do cooperativismo e do agronegócio. Este curso visa o desenvolvimento pessoal e profissional, e o interesse em desempenhar uma administração voltada para o incremento dos negócios e da cooperativa", afirma.
Os alunos do curso são de diversos municípios da área de ação da Coamo. Mayara de Nardo Vanzela, por exemplo, é de Roncador (Centro-Oeste do Paraná). Ela fez parte desta turma e destaca que aprendeu sobre assuntos muito relevantes para o seu dia a dia na propriedade. “Aprendemos desde como lidar com pessoas, por meio da gestão de recursos humanos, custos e finanças, sobre cooperativismo, que nos ajudou a entender melhor nossa relação com a cooperativa, e como ela funciona.”
Outro formando desta turma é Walaf Ribeiro de Melo, de Barbosa Ferraz (Centro-Oeste do Paraná). Para o cooperado, o curso foi espetacular, com material de qualidade e fácil compreensão. “Aprendemos sobre muitas áreas. Algo interessante foi o Projeto Integrador, onde demos ideias à diretoria para analisar e colocar em prática na cooperativa. Além disso, foi muito interessante contar com a participação dos diretores durante o curso, onde eles compartilharam conosco, um pouco da sua rotina, sendo sempre muito atenciosos.”
Brasília (25/8/21) – O comportamento de consumo de alimentos mudou! E quais são os impactos nos negócios agro? A resposta para esta pergunta foi o tema da segunda live da série Estratégia e Inovação no Cooperativismo, com Marcos Fava Neves, realizada hoje, pelo canal do Sistema OCB, no Youtube.
O evento contou com a participação do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e dois convidados especiais: do presidente da Subway, no Brasil, Philippe de Grivel, e do diretor da Minerva, Francisco Assis.
O apresentador explicou que o objetivo desse segundo debate é focar no que está acontecendo no mundo e que vai alterando o perfil do e, ainda, como essas mudanças podem ser traduzidas em estratégia de mercado.
Já o presidente do Sistema OCB explicou que a série de lives tem o propósito de preparar cada vez mais os líderes das cooperativas para esses desafios que batem à porta todos os dias.
Philippe de Grivel, por sua vez, compartilhou um pouco do conhecimento sobre os consumidores da marca global de restaurantes, que já soma mais de 40 mil unidades no mundo (1,7 mil aqui no Brasil). “Nossa conexão com o agro é muito forte, pois o nosso produto é comida, vegetais, grãos, frutas e carnes. Para nós, ter o agronegócio saudável e sustentável é um ponto crítico para o nosso sucesso. Sem ele, a gente não sobrevive”, destacou.
O diretor da Minerva, Francisco Minerva, discorreu sobre como a marca está vendo o movimento do consumidor e sua atuação no sentido de manter e ampliar mercados, com base em estratégias de dados, digitalização e sustentabilidade.
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Para rever ou assistir a live, basta clicar aqui.
A sustentabilidade do Sistema Sindical Cooperativista e o contexto da representação sindical das cooperativas foram debatidos na terceira reunião ordinária da diretoria da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop). A reunião virtual ocorreu nesta terça-feira (24/8) e contou com a presença dos diretores Ronaldo Scucato (Fecoop/Sulene), Celso Régis (Fecoop CO/TO), André Pacelli (Fecoop/NE) e Nelson Costa (Fecoopar) e, como convidado, José Merched (Fecoop/Norte).
Foi apresentado o panorama geral da cobrança e da arrecadação da contribuição confederativa 2021. Vale destacar que essa contribuição foi instituída em 2018 para intensificar a integração e o fortalecimento dos sindicatos e das federações da base da CNCoop.
Segundo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, é importante que a CNCoop coordene o estudo e o aprimoramento das melhores formas de otimização de receitas e de saúde financeira do sistema sindical cooperativista. “É essencial que, no sistema sindical cooperativista, boas práticas sejam adotadas para que a contribuição confederativa se converta em serviços especializados e em assistência qualificada para as nossas coops em suas relações trabalhistas e sindicais”, avalia.
A reunião virtual também contou com a presença do superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, da gerente geral da OCB, Tânia Zanella, da gerente geral do Sescoop, Karla Oliveira, e do corpo técnico da Gerência Sindical da Confederação.
Belo Horizonte (25/8/21) – A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), nº 13.709, aprovada em 2018 e com vigência desde 2020, busca criar um ambiente de segurança jurídica, com a padronização de normas e práticas, a fim de promover a proteção, de forma igualitária, aos dados pessoais de todo cidadão que esteja no Brasil. E, a partir deste mês de agosto, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) já pode aplicar sanções a empresas, cooperativas e organizações que não se adequarem ao que é proposto pela legislação.
Para explicar sobre o objetivo, a abrangência, os benefícios e as novidades que a lei traz para as cooperativas e para a sociedade, o Sistema Ocemg convidou o advogado, especialista em Direito da Proteção de Dados Pessoais, doutor e mestre em Direito pelas Universidade de Paris 2 Panthéon-Assas, Fernando Santiago. O profissional é sócio fundador do escritório Chenut Oliveira Santiago Advogados Associados e foi indicado pela Câmara dos Deputados para o Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoas (CNPD).
Qual é o objetivo e a abrangência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)?
O objetivo da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais é tornar o titular o verdadeiro mestre dos seus dados pessoais, invertendo a ordem na qual nos encontrávamos. Vale dizer que a LGPD não veio para impedir a atividade empresarial ou complicar a vida das empresas. Pelo contrário, uma pesquisa recente que fizemos pela Fundação Dom Cabral (FDC), da qual fui o coautor junto com o prof.
Dalton Sardenberg, revela que 60% das empresas afirmam que a LGPD traz valor para o negócio. Sobre a abrangência, trata-se de uma das raras leis brasileiras totalmente transversais, ou seja, ela atinge todo e qualquer ramo de atividade, seja ele empresarial, associativo ou cooperativo. A partir do momento em que alguém trata dados pessoais para fins não particulares ele está submetido à LGPD, independentemente da sua atividade e finalidade.
O que muda com a LGPD e quais são os benefícios para a sociedade?
A LGPD traz várias mudanças para as empresas, cooperativas e demais organizações que têm a obrigação de incorporar uma série de novas habilidades e rotinas que até então não lhes eram exigidas. As cooperativas devem, num primeiro momento, mapear todas as suas atividades que abordam dados pessoais e identificar as características desses tratamentos: que tipo de dados tratam, quais as categorias de titulares envolvidos, com quem são compartilhados, a que título esses dados são tratados (bases legais) etc.
Aquelas que já ultrapassaram essa fase devem trabalhar intensamente para implementar as mudanças eventualmente preconizadas e sobretudo evitar a obsolescência desse mapeamento, pois as coisas mudam muito rápido, por exemplo: basta a contratação de um novo software relacionado a uma atividade para que o registro de tratamento daquela atividade deva ser atualizado.
E os benefícios para a sociedade são imensos. Como a sociedade é formada por cidadãos, não seria um exagero dizer que ela está retomando o poder no que diz respeito à utilização dos seus dados pessoais. A gestão desses dados passa a ser mais transparente, dando oportunidade aos titulares de se oporem a determinadas práticas, no mínimo duvidosas.
Quais são os principais pontos de atenção para as cooperativas com relação à adequação à LGPD?
Muitas vezes o básico é o mais eficaz. O primeiro passo é realizar o mapeamento das atividades que tratam dados pessoais, criando uma “fotografia” da situação atual e identificando o que deve ser modificado para a adequação à lei. O segundo passo consiste em implementar o plano de ação traçado, o que, na grande maioria das vezes, é bem mais complexo do que parece, pois implica na mudança de processos e, sobretudo, na mudança de cultura muito grande.
Nessa parte do processo é muito importante trazer as competências para dentro da cooperativa – seja contratando internamente ou externalizando a sua execução por meio de uma consultoria, pois as dúvidas que surgirão nos próximos meses serão imensas. Não só pela novidade do tema, mas também porque as regras pertinentes estão em plena evolução, as resoluções normativas da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) ainda nem começaram a ser editadas. Os riscos de desvios de conduta por desconhecimento do tema são imensos e o sistema cooperativo não pode pecar por omissão.
Neste mês de agosto entram em vigor as sanções que serão aplicadas em caso da não conformidade com a Lei. Como irão funcionar a fiscalização e a aplicação dessas sanções?
A ANPD ainda não tem um quadro extenso de funcionários responsáveis pela aplicação das penalidades. Contudo, ela tem celebrado diversos acordos com outras entidades como Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), de forma a utilizar sua estrutura para alcançar os infratores onde eles estejam.
Teremos rapidamente uma melhor visibilidade da ação punitiva da ANPD, pois eles publicarão uma resolução normativa explicando os critérios que os guiarão no exercício dessa função. Uma coisa é clara: o sistema cooperativo brasileiro, que representa um segmento tão importante da economia, não pode esperar de braços cruzados. É preciso agir e rapidamente. (Fonte: Sistema Ocemg)
Quando o assunto envolve a produção científica sobre temas que envolvem o dia-a-dia das cooperativas, os brasileiros fazem muito bem o dever de casa. Um exemplo disso é que dos 181 artigos a serem apresentados durante a Conferência Mundial de Pesquisa em Cooperativismo, 19 são verde-e-amarelo.
Neste ano, a Conferência será realizada em formato híbrido, entre os dias 28 e 30 de novembro, em Seul, na Coreia do Sul. A organização fica a cargo do Comitê de Pesquisa em Cooperativismo da Aliança Cooperativa Internacional (CCR) – instância da ACI responsável pela cooperação com o setor acadêmico e tem como membros pesquisadores de trinta países.
Vale dizer que o evento antecede o 33º Congresso Mundial do Cooperativismo, que será realizado também em formato híbrido, em parceria com as organizações cooperativistas coreanas.
Segundo o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, essa é a maior participação já registrada do cooperativismo brasileiro na conferência da ACI que, neste ano, tem o seguinte tema: Aprofundando nossa Identidade Cooperativa.
Também é importante ressaltar que os colaboradores do Sistema OCB foram os autores da maioria dos artigos selecionados. Do total, 4 são de autoria de pesquisadores da unidade nacional da OCB; quatro, do Sistema Ocemg; um, do Sistema OCB/MT; e, um, do Sistema OCB/MS.
“Quando a gente vê um resultado como esse, no qual temos o Brasil despontando com um dos maiores pesquisadores em cooperativismo do mundo, temos a certeza de que a união entre teoria e prática vale a pena. De um lado temos a validação do que as cooperativas fazem e, do outro, a constatação de que a rotina de uma cooperativa é um campo vasto para a pesquisa acadêmica”, ressalta Renato Nobile.
Além disso, é essencial destacar que pesquisadores vinculados à Escoop, à Universidade Federal de Viçosa, à PUC-PR, à UFSC, à Unesc e à UFRA também tiveram artigos aprovados. E, ainda, representantes do Sicoob e do Sicredi completam o time que apresentará os trabalhos sobre o cooperativismo brasileiro.
QUER SABER MAIS?
Os estudos produzidos no Brasil serão disponibilizados em inglês e espanhol pela Aliança Cooperativa Internacional no mês de dezembro deste ano. Para obter mais informações sobre a Conferência acesse o site oficial do evento: https://ccr.ica.coop/en/events/ica-cooperative-research-conference-cooperative-identity.