A adoção de boas práticas de gestão e governança faz parte de um processo contínuo e permanente. Medir os resultados sobre a efetividade dessas práticas também. E esse é o objetivo do Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas, mais conhecido como PDGC, que acaba de ter o ciclo 2022 lançado pelo Sescoop.
Composto por instrumentos de autoavaliação desenvolvidos em um sistema próprio e voltado para a realidade das cooperativas, o PDGC permite um diagnóstico objetivo sobre a evolução das práticas de gestão e governança e facilita a elaboração de planos de ações que busquem a melhoria contínua dos processos gerenciais.
“Trata-se de um programa realizado em ciclos anuais que respeita as características do nosso modelo de negócios e as particularidades de cada cooperativa na busca por um referencial de excelência em suas atividades de gestão e governança”, afirma Pamella Jerônimo de Lima, analista de Monitoramento de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB.
Novidade
Para o ciclo 2022, o PDGC traz uma novidade: a inclusão de um quarto questionário denominado identidade cooperativa. A partir dele, é possível analisar as práticas relacionadas aos princípios e valores cooperativistas. Segundo Pamella, o novo questionário passar a fazer parte do primeiro nível avaliativo para diagnosticar se a cooperativa está realmente cumprindo os requisitos básicos que permeiam a filosofia do modelo de negócios.
Números
Desde o lançamento do PDGC, em 2013, o número de participações no programa aumenta a cada ciclo. Em 2021, 1094 cooperativas utilizaram os instrumentos avaliativos, um acréscimo de 9% em relação a 2020, quando 1003 responderam os questionários. Nos nove anos de existência do programa, as participações cresceram 41%. O ramo Crédito foi o que apresentou o maior número de cooperativas participantes (362) seguido do Saúde (289) e do Agro (213).
Prêmio
É também a partir do PDGC que o Sistema OCB realiza o Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão. A premiação ocorre a cada dois anos e, em 2021, entregou o selo ouro para 30 cooperativas, enquanto o de prata ficou com outras 39 e o de bronze com 34. Das 103 cooperativas reconhecidas, 9 receberam o selo ouro no nível de maturidade rumo a excelência, que representa a categoria mais avançada da premiação.
As cooperativas reconhecidas pelas boas práticas de gestão e excelência são divididas em três faixas: ouro, prata e bronze. Cada faixa conta também com três níveis de maturidade: primeiros passos para a excelência; compromisso com a excelência; e rumo a excelência.
A Câmara dos Deputados concluiu nessa quinta-feira (10) a votação da Medida Provisória (MP) 1070/2021 que trata do financiamento habitacional para profissionais de segurança pública e inclui as cooperativas de crédito como agentes financeiros das operações do Programa Habite Seguro. O texto-base, aprovado na quarta-feira (9), em votação simbólica, segue agora para análise no Senado.
“As cooperativas de crédito são instituições financeiras que promovem a poupança e oferecem soluções financeiras adequadas às necessidades de cada cooperado, visando democratizar o acesso de inúmeros cidadãos aos serviços bancários”, argumentou o deputado Coronel Tadeu (PSL-SP), relator da medida ao defender a inclusão do dispositivo proposto por ele para permitir que as cooperativas também atuem como agentes financeiros do programa.
Ainda segundo ele, “entre as cooperativas que existem no país, muitas são compostas pelos profissionais da segurança pública, e gozam de estreito relacionamento com a categoria, podendo atuar como facilitadoras na implementação do programa”.
Além dos integrantes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, das polícias civis, das polícias penais e das polícias militares, ativos ou inativos, bombeiros, agentes penitenciários e guardas municipais, o relator deputado Coronel Tadeu (PSL-SP) estendeu o programa para agentes socioeducativos e de trânsito concursados, bem como para os policiais legislativos.
Segundo o texto, o objetivo da medida é ajudar a superar “carências de natureza habitacional dos profissionais de segurança pública” e “reduzir a exposição dos profissionais de segurança pública a riscos em decorrência de condições habitacionais a que estejam submetidos”. Além disso, o projeto busca valorizar "profissionais portadores de deficiência, concedendo, quando possível, prioridade de atendimento”.
Os recursos orçamentários para implementação e execução do programa sairão do Fundo Nacional de Segurança Pública. O subsídio concedido para a compra ou construção da casa própria será dado apenas uma vez por beneficiário. Além disso, segundo o texto, o subsídio poderá ser cumulativo com outros de programas habitacionais previstos em lei de âmbito federal, estadual, distrital ou municipal.
De acordo com a MP, o subsídio não poderá ser concedido para titular de financiamento ativo de imóvel ou para quem já tem imóvel. Os recursos também não podem ser usados para reforma, ampliação, conclusão ou melhoria de imóvel, compra de terra, aquisição ou construção de imóveis rurais ou comerciais.
Quando se observa pesquisas em torno do comportamento do investidor no Brasil, facilmente conclui-se que o Brasileiro não tem o hábito de constituir reservas. Em pesquisa divulgada pela ANBIMA (RAIO X do Investidor 2021 4ª edição), os dados mostram queda no número de investidores em 2020 em relação as pesquisas anteriores, representando atualmente 40% da amostra, ou seja, nos leva a entender que em momento de vulnerabilidade mais da metade da população estaria sem reservas. Quando olhamos para o planejamento de aposentaria o cenário também preocupa, pois 48% dos entrevistados que ainda não estavam aposentados indicaram acreditar que serão sustentados pela previdência social após a aposentadoria.
É claro que sabemos que em 2020 a pandemia impactou o bolso do Brasileiro. A pesquisa identificou que 55% da população teve perda de rendimento ao longo do ano, mas é interessante reforçar que a perda de emprego e renda foi maior entre as pessoas classificadas como não investidoras. Entre os investidores, 50% do total da amostra conseguiram manter a renda, e aí é possível concluir o papel dos investimentos em nossa vida.
Mas por que metade da população não investe?
É claro que primeiro é preciso considerar o cenário econômico, mas também podemos citar a falta de planejamento, o consumo inconsciente, ou seja, questões ligadas à educação financeira. Poupar não depende exclusivamente de salário, e sim saber que não se deve gastar tudo que se ganha. De acordo com a sua realidade, as pessoas devem buscar ter uma reserva para imprevistos. Para quem já venceu essas etapas, outras reservas devem ser constituídas na sequência, para aproveitar oportunidades, realizar os sonhos de quem amamos e ter uma aposentadoria financeiramente tranquila. E a melhor forma de fazer essas reservas é investindo, para que o dinheiro renda e a pessoa não perca poder de compra por causa da inflação.
Especialistas costumam indicar uma regra de reserva de 20% da renda para poupança e investimentos, mas se você se sentir à vontade pode avançar para reservar até 30% ou mais para fins financeiros, pois esse é o melhor cenário para construir patrimônio. Exige uma dose de disciplina, consciência e principalmente dar o primeiro passo, mas não é impossível. Vale destacar que independente da parcela da renda que você irá guardar, é importante manter o equilíbrio entre viver o momento atual e investir para o futuro.
Vamos à prática? Veja abaixo algumas dicas para começar seu planejamento financeiro e tornar-se um investidor. E vale dizer que investidor não é só quem tem muito dinheiro investido, mas sim toda a pessoa que se preocupa com futuro e constitui reservas, ou seja, todas as pessoas podem ser investidores.
Tabule todos seus ganhos e despesas, entenda se está sobrando ou faltando mensalmente dinheiro. Primeiro passo é fazer essa conta fechar, trabalhando para que comece a sobrar. Esse exercício poderá ser mais fácil ou difícil para algumas pessoas, pois pode significar mudança de hábitos, abdicações e muita disciplina.
Agora já sobra? Ótimo, vamos começar a fazer a reserva de emergência. Pense em acumular pelo menos seis vezes o seu salário mensal para gastos imediatos ou que serão usados em até um ano. Essa será sua reserva para curto prazo.
Já tem reserva de emergência constituída? Está em um investimento seguro e disponível? É importante que essa reserva esteja em alternativas conservadoras e de fácil acesso caso você precise resgatar. Para reserva de emergência recomenda-se alternativas com baixo risco e que tenham liquidez como: Poupança, CDB, RDC e fundos de investimento de baixo risco.
Tem um objetivo de médio prazo? Exemplo: Fazer um intercâmbio daqui a três anos. Para esse investimento talvez você possa recorrer a alternativas com risco moderado, dado que você tem um horizonte de tempo maior para suprir variações que podem acontecer. Para investimentos de médio prazo, uma alternativa é a LCA que é isenta de Imposto de Renda.
Certamente você também tem objetivos de longo prazo, aqueles que são para mais de cinco anos, como por exemplo a casa da praia. Para essas metas você poderá optar pela diversificação em alternativas de investimento mais arrojadas, que busquem potencializar os ganhos, e ainda separar uma parte para a previdência privada com o objetivo de ter tranquilidade na aposentadoria.
Além disso há espaço para diversificação em, por exemplo, fundos de investimento e até renda variável. Mas para identificar quais as soluções mais adequadas para você, é primordial antes conhecer o seu perfil de investidor, que nada mais é do que identificar o seu apetite por risco. Pois de nada adianta um investimento com alta possibilidade de retorno se ele não trouxer tranquilidade, e vale ressaltar que todo investimento tem algum nível de risco.
Por todo esse contexto, uma orientação adequada facilita muito a vida financeira de quem quer investir. As instituições financeiras cooperativas oferecem, de forma segura, alternativas variadas de investimentos que cabem em todos os bolsos. Além disso, ao associar-se à uma cooperativa de crédito, além de obter rendimentos para seus investimentos, você estará colaborando para um mundo melhor a partir de um modelo que faz o dinheiro girar nas economias locais!
Por Lenise Nunes, analista de Investimentos do Sicredi.
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) lançaram, na última quinta-feira (10/02), o segundo Edital do Agro 4.0. O novo concurso vai selecionar oito projetos-pilotos de Ambientes de Inovação, nas cinco regiões do país, que irão receber, ao todo, R$ 1,5 milhão para disseminar práticas de adoção e difusão de tecnologias 4.0 para o agronegócio.
O Programa Agro 4.0 é uma iniciativa que visa estimular e fomentar o uso de tecnologias 4.0 no agronegócio, por meio de editais, eventos, encontros, informações e demais ações focadas em aumento de eficiência, de produtividade e redução de custos.
Os recursos financeiros totais disponibilizados pela ABDI serão de até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais), para seleção de até 8 projetos. Será realizada a classificação das propostas dos projetos-piloto, baseada na pontuação obtida, em conformidade com os critérios estabelecidos no edital. Os valores, por projeto, serão definidos de acordo com as categorias:
- 4.1.1. Categoria 1: Região Sul (até 1 projeto – R$ 300.000,00).
- 4.1.2. Categoria 2: Região Sudeste (até 1 projeto – R$ 300.000,00).
- 4.1.3. Categoria 3: Região Centro-Oeste (até 2 projetos – R$ 150.000,00 cada projeto).
- 4.1.4. Categoria 4: Região Nordeste (até 2 projetos – R$ 150.000,00 cada projeto).
- 4.1.5. Categoria 5: Região Norte (até 2 projetos – R$ 150.000,00 cada projeto).
As inscrições podem ser realizadas até o dia 09/03/2022 e o a íntegra do edital está disponível por meio do seguinte link.
Senadores defendem novas tecnologias e incentivos para agricultores
Comissão de Agricultura realizou audiência pública
sobre o PL 6.417/2019 na feira Show Rural, no Paraná
Integrante da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) defendeu, nesta quinta-feira (10), a ampliação do debate sobre o Projeto de Lei 6.417/2019, que moderniza o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação para a Agropecuária (SNPA). O parlamentar presidiu audiência pública realizada pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) na feira Show Rural Coopavel, em Cascavel (PR), sobre o acesso do produtor rural a tecnologias que aumentem a produtividade e a produção de alimentos.
Durante a discussão, o senador afirmou que a intenção é realizar os debates também nos estados para ouvir sugestões que ajudem a aprimorar a proposta — relatada por ele e em tramitação na Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT), a fim de colocar o texto para votação ainda no primeiro semestre de 2022.
“A nova proposta busca a integração das diversas instituições e plataformas de pesquisa numa única rede digital acessível aos pesquisadores e difusores de tecnologia, técnicos, extensionistas e agricultores, para o compartilhamento de informações e de pesquisas feitas com investimentos públicos ou privados e é importante ouvir a opinião do máximo de envolvidos”, disse.
Segundo Gurgacz, o Brasil é o terceiro maior produtor de pesquisas científicas voltadas para a agricultura no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China. Para ele, a integração do sistema em uma grande rede digital e com um sistema de governança moderno é fundamental para democratizar o acesso à ciência e tecnologia. “É necessário que todos, e principalmente os pequenos agricultores, possam usufruir dos avanços científicos”.
Ao se pronunciar sobre a relevância de a tecnologia chegar na ponta, tornando-a mais acessível aos agricultores de todo país, o senador Álvaro Dias (Podemos-PR) enfatizou a importância do cooperativismo que, de acordo com ele, “se tornou um instrumento fantástico do desenvolvimento nacional, com potencial único para levar as mais recentes técnicas as comunidades menores”.
Dias também destacou os produtores rurais como os principais responsáveis pela preservação do meio ambiente. “As autoridades precisam se voltar especialmente para os pequenos empreendedores e agricultores familiares por serem um orgulho nacional e retrato da pujança da produtividade do país”.
Audiência pública sobre o PL 6.417/2019
Pesquisas
O presidente da Federação e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Fecoopar-Ocepar), José Roberto Ricken, que também participou do debate, defendeu políticas de apoio para que as cooperativas e empresas privadas possam investir em pesquisas. “Se o Brasil quiser ser realmente grande tem que, obrigatoriamente, investir em duas áreas: educação e pesquisa. Infelizmente, em duas décadas, muito pouco se fez nessas áreas. Se não olharmos com muito cuidado para essas necessidades, não vamos conseguir sustentar o desenvolvimento do nosso país, principalmente, no setor agropecuário”, afirmou.
Ricken pontuou também demandas de curto e longo prazo que precisam de solução para os produtores no estado. “Estamos sofrendo com a estiagem que já ceifou cerca de 10 milhões de toneladas da safra de milho. Precisamos, neste momento, agilizar ao máximo as vistorias para estabelecer em tempo hábil e na época mais oportuna, ainda este ano, uma bela safra”.
Outro ponto ressaltado Ricken foi a paralisação da contração do crédito rural com recursos subvencionados aos agricultores. “Esperamos que seja apenas um ajuste no Orçamento e que tudo volte ao normal. Se demorar vai afetar as nossas safras e os produtores vão ficar preocupados porque não tendo crédito, não vai haver seguro, e isso vai refletir na economia do país como um todo”.
Crédito rural
Em mensagem aos parlamentares, lida pelo senador Acir Gurgacz, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, informou que a interrupção nas contratações de financiamentos do Plano Safra é temporária. “A Secretaria do Tesouro Nacional, responsável pelos recursos da União, enviou comunicado às instituições financeiras que operam com o crédito rural, determinando a suspensão, até o final de fevereiro, de novas contratações de financiamentos subvencionados”.
A nota da ministra diz ainda que o governo está remanejando valores entre as próprias linhas de financiamento do Plano Safra atual e deve solicitar ao Congresso Nacional recursos extras de mais de R$ 3 bilhões no Orçamento, de modo a permitir tanto o retorno das contratações do crédito rural quanto as medidas para socorrer os agricultores e pecuaristas atingidos pela seca na Região Sul e excesso de chuvas em outras regiões.
O debate na Show Rural Coopavel integrou um ciclo de audiências da CRA sobre o acesso do produtor rural a tecnologias que aumentem a produtividade e a produção de alimentos. Foi o primeiro evento da comissão em 2022, em uma retomada das audiências públicas após cerca de dois anos de interrupção pela pandemia de coronavírus. Para os próximos meses, estão agendadas participações do colegiado na Expodireto Cotrijal, de 7 a 11 de março, em Não-Me-Toque, Rio Grande do Sul; e na Rondônia Rural Show, entre os dias 23 a 28 de maio, em Ji-Paraná, Rondônia.
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