Nesta quarta-feira (16), a Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) lançou, durante o Fórum de Desenvolvimento ABDE 2022, o edital do Prêmio ABDE-BID 2022 e o livro com o compilado dos artigos premiados em 2021.
A premiação tem apoio do Sistema OCB e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), além de contar com uma categoria para destacar a importância do cooperativismo de crédito para a democratização financeira do país.
Desde 2017, as organizações são parceiras na realização do prêmio, que já contemplou 21 pesquisadores na categoria Sistema OCB: Desenvolvimento e Cooperativismo de Crédito. Os temas dos artigos vencedores nos últimos cinco anos abordaram desde a relação entre o cooperativismo de crédito e o desenvolvimento econômico sustentável e inclusivo, até estratégias de colaboração financeira para o desenvolvimento regional, bem como de estratégias colaborativas e novos instrumentos de Fintech.
Para Thiago Borba, coordenador do Ramo Crédito no Sistema OCB, as parcerias estabelecidas são fundamentais para propagar ainda mais o cooperativismo de crédito na sociedade. “É muito valioso para o setor contar com essa importante rede de parceiros no fomento do cooperativismo financeiro como ferramenta de desenvolvimento social e econômico, por meio da inclusão financeira”, destacou.
Para 2022, o Sistema OCB tem como proposta a reformulação da categoria para se alinhar ao Plano ABDE 2030, cujo objetivo é apresentar propostas concretas de políticas públicas que contribuam para um desenvolvimento mais sustentável, inclusivo e inovador. Dessa forma, a orientação é que o tema aborde questões relacionadas ao desenvolvimento econômico sustentável e sua aplicabilidade no dia a dia das cooperativas.
Para saber mais sobre o Prêmio ABDE-BID 2022, acesse o site: https://abde.org.br/.
Impulsionar o crescimento na região Norte do país tem sido uma das metas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que conta com o apoio cooperativista do Sistema OCB para alcançar este objetivo.
Na terça-feira (15), uma comitiva do banco esteve na Casa do Cooperativismo para tratar de temas de interesse comum entre as duas instituições. O ponto central da reunião foi o desenvolvimento das cooperativas nortistas por meio de ações realizadas a partir da parceria firmada via acordo de cooperação técnica.
Juntos, o Sistema OCB e o BNDES têm trabalhado em iniciativas variadas, como por exemplo, o Guia de Produtos para Cooperativas e a capacitação de representantes das unidades estaduais para orientar as coops sobre como acessar linhas de financiamento oferecidas pela instituição financeira.
O projeto específico para a região Norte tem como enfoque o preparo e a qualificação das cooperativas para acessarem o crédito disponibilizado pelo BNDES, ampliando as possibilidades de aprovação das propostas de financiamento. O caminho é a capacitação dos técnicos das UEs, em seguida a pré-seleção de cooperativas financeiras aptas a operar os recursos e, por fim, a capacitação de cooperativas que irão pleitear o crédito. Os estados de implementação do projeto piloto são Tocantins, Rondônia e Pará.
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a parceria entre a organização e o BNDES é fundamental para o desenvolvimento econômico e social da região. “É necessário destacar que o BNDES é um agente indispensável para o fomento de políticas públicas cruciais para o país, em especial na região Norte. E, mais que um parceiro do Sistema OCB, o BNDES é um aliado importante para o cooperativismo”, afirmou.
Outro ponto abordado durante a reunião foi o crédito rural. Os representantes das duas instituições têm preocupações semelhantes quanto a liberação de recursos para a retomada das linhas de financiamento voltadas para o agro e que estão suspensas. Além disso, há a expectativa quanto ao montante que será disponibilizado para o próximo Plano Safra.
Além do presidente, participaram da reunião a superintendente do Sistema OCB, Tânia Zanella; a gerente de Relações Institucionais da OCB, Clara Maffia; o superintendente da Área de Operações e Canais Digitais do BNDES, Marcelo Porteiro; Tiago Peroba, chefe do Departamento de Clientes e Relacionamento Institucional do BNDES; e o chefe do Departamento da Área de Operações e Canais Digitais do BNDES, Caio Barbosa.
Representantes do Sistema OCB participaram, nesta quarta-feira (16), de reunião com a deputada Bia Kicis (DF) para defender as emendas 125 e 127 apresentadas pelo deputado Evair de Melo (ES) à Medida Provisória 1099/2022, da qual a parlamentar é relatora.
A medida criou o Programa Nacional de Prestação de Serviço Civil Voluntário para reduzir os impactos sociais no mercado de trabalho causados pela Covid-19, a partir da oferta de vagas e qualificação profissional de jovens de 18 a 29 anos, e dos trabalhadores com idade acima de 50 anos.
A qualificação é prevista por meio de cursos ofertados pelos Serviços Nacionais de Aprendizagem (Sescoop, Senai, Senat, Senac, Senar e Sebrae) com base em atividades consideradas prioritárias nos municípios em que os trabalhadores forem contratados. Para ter direito, os interessados precisam estar desempregados há mais de dois anos. As contratações são feitas pelas prefeituras, sem a necessidade de concurso público e sem vínculo empregatício.
As emendas apresentadas pelo deputado Evair de Melo, presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), visam potencializar e incentivar a melhoria da empregabilidade dos participantes do programa ao definir que caberá aos municípios a disponibilização dos recursos tecnológicos necessários aos beneficiários quando da oferta de cursos nas modalidades semipresenciais ou remotos, e ao permitir a realização de acordos ou convênios para a oferta conjunta dos cursos entre as entidades do Sistema S.
Também membro da Frencoop, Bia Kicis afirmou que vai apoiar as emendas e que, inclusive, já destinou emenda parlamentar para uma cooperativa de reciclagem do Distrito Federal. “O cooperativismo é um dos principais meios de geração de renda e desenvolvimento econômico das pessoas e da sociedade. Portanto, merece sempre o nosso apoio”, declarou.
A importância do intercâmbio de informações e boas práticas entre cooperativas de todo o mundo foi o ponto central na reunião da Organização Internacional das Cooperativas Agropecuárias (ICAO), realizada nesta semana. Participaram da discussão representantes das coops agro do Brasil, de Uganda, da Polônia, da Turquia, da Índia, do Japão, e da Coreia do Sul, que são membros do comitê executivo da ICAO. A organização é um dos setores da Aliança Cooperativa Internacional (ACI).
Com o atual cenário de instabilidade no Leste Europeu, em razão da guerra entre Ucrânia e Rússia, os países da ICAO se reuniram para deliberar sobre a criação de uma campanha para prestar assistência às cooperativas agropecuárias ucranianas, com a doação de recursos.
“Em momentos como esse, em que todo o planeta se coloca em alerta por causa da crise trazida pela pandemia e, agora, devido à guerra envolvendo grandes atores internacionais, é que o cooperativismo se mostra ainda mais importante. Somente com muita cooperação e apoio mútuo conseguiremos passar por essa turbulência”, destacou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Outra pauta tratada na reunião foi a aprovação de projetos regionais voltados para o desenvolvimento do cooperativismo agro. O Sistema OCB vai liderar a iniciativa nas Américas, com o fomento ao intercâmbio de experiências e boas práticas entre cooperativas do Brasil, do Paraguai, do Uruguai, da Argentina, do Canadá e do Haiti.
Durante o encontro também foi definida a data para a realização da assembleia geral do ICAO, agendada para o dia 17 de junho, em Sevilha, na Espanha. Na oportunidade será eleito o novo presidente da organização.
O ICAO existe desde 1951 e já foi presidido por Roberto Rodrigues, ex-presidente do Sistema OCB e da ACI, e ex-ministro da Agricultura. O papel principal da organização é promover a intercooperação entre cooperativas agro no mundo todo, por meio de ações que favoreçam o desenvolvimento do modelo de negócios cooperativista.
A superintendente do Sistema OCB e vice-presidente tesoureira do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), Tânia Zanella, participou nesta terça-feira (22) do almoço em homenagem a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, promovido pelo fórum, que hoje reúne mais de 40 entidades do setor produtivo, em conjunto com a Frente Parlamentar da Agricultura (FPA).
“Foi um momento singelo, mas muito especial para marcar o trabalho primoroso que a ministra coordenou nos últimos anos. A agricultura brasileira avançou muito durante esse período e o movimento cooperativista tem muito a agradecer pela atenção e incentivo que recebeu durante esse período”, afirmou Tânia, que foi uma das idealizadoras da cerimônia.
“Quero agradecer por esse carinho e reforçar que esse foi um trabalho coletivo. Tive a sorte de contar com uma equipe muito boa e comprometida, além de parceiros que contribuíram diariamente para o sucesso das nossas atividades”, afirmou a ministra.
Para ela, foi um período de inúmeros desafios, desde a mudança de estrutura da pasta que passou a cuidar de todo o universo da agricultura brasileira até superar as dificuldades da pandemia da covid-19 e a busca mais recente por soluções que ajudem a minimizar os efeitos da guerra entre a Ucrânia e a Rússia.
“Trabalhamos com políticas públicas que apresentassem resultados, mantendo todas as ações programadas em andamento e evoluindo em outras frentes. Com a pandemia, muitos acreditaram que teríamos uma crise de abastecimento, o que não ocorreu. O agro continua a plantar, a colher e a entregar não apenas para os nossos consumidores internos, mas também para os inúmeros países que atendemos. Somos o único país preparado para continuar o abastecimento e garantir a segurança alimentar do mundo”, ressaltou.
Durante o evento, a ministra apresentou um balanço das atividades desenvolvidas pela pasta nos últimos três anos. Segundo ela, foi uma prestação de contas sobre projetos feitos, o que está sendo gestado e o que ainda precisa ser feito para que a agricultura brasileira continue avançando.
Entre as ações citadas pela ministra, a garantia do Seguro Rural e da oferta de fertilizantes foram destaque. Ela lembrou que ainda falta equalizar parte dos recursos prometidos para este ano no Plano Safra e que esta atuação continuará mesmo quando ela deixar a pasta no final de março para concorrer a uma cadeira no Senado.
Tereza Cristina ressaltou também que o Brasil tem discutido internacionalmente a possibilidade de incluir os fertilizantes no rol de produtos que devem ficar fora dos embargos comerciais. “Precisamos lembrar que para termos o alimento, precisamos ter também esses insumos”.