A iniciativa pioneira no Brasil busca preparar e qualificar a demanda de acesso a crédito das cooperativas, ampliando as possibilidades de aprovação das propostas de financiamento. Será feita a capacitação dos técnicos das unidades da OCB, pré-seleção de cooperativas financeiras aptas a operar os recursos e capacitação de cooperativas que irão pleitear o crédito. Os estados do Tocantins, Rondônia e Pará serão os primeiros a receber o projeto piloto.
Na última quarta-feira (16), representantes do Banco estiveram em Belém para conhecer o cooperativismo do estado e apresentar a proposta que objetiva desenvolver a economia da região. Estiveram presentes no encontro a diretoria da OCB/PA, o presidente da OCB/AM, José Merched, a presidente da OCB/AP, Maria Nascimento, representantes de cooperativas de crédito e representantes do BNDES, entre eles o diretor de Crédito Produtivo e Socioambiental, Bruno Aranha e o Chefe do Departamento de Clientes e RI, Tiago Peroba.
O encontro é resultado de articulações que vêm sendo realizadas pela OCB nacional desde o ano de 2018, período em que foi oficializado o Termo de Cooperação Técnica entre OCB e BNDES. Já em 2020, a OCB/PA realizou reuniões estratégicas com a instituição, culminando no importante encontro do dia 16.
“A OCB/PA vem realizando o alinhamento com o BNDES. O principal resultado que esperamos é obter linhas de crédito para financiar as atividades das nossas cooperativas. Então, esse é o nosso objetivo com a reunião, desenvolver cada vez mais o cooperativismo paraense e consequentemente a região norte”, afirma Ernandes Raiol, presidente do Sistema OCB/PA.
As agendas do BNDES a Belém contaram com visita à COOPPERTRANS, na ilha do Combu, onde foi apresentado o case da cooperativa, suas potencialidades e necessidades de crédito. Após esse momento, ocorreu a reunião na casa do cooperativismo, sede da OCB/PA, onde o banco apresentou de forma mais detalhada a proposta para o projeto que está sendo desenvolvido em conjunto com a OCB.
“O BNDES tem como missão transformar a vida dos brasileiros e no momento vimos a necessidade de ter um olhar mais específico para a região norte. Dessa forma, pretendemos atuar de forma transversal na região, focando em aspectos como: agricultura sustentável, pecuária sustentável, bioeconomia, infraestrutura e o ordenamento territorial. Sendo assim, identificamos que o cooperativismo é um modelo de negócios em ascensão e muito propício para fundamentar o desenvolvimento que objetivamos para a região”, expõe Bruno Aranha.
O primeiro passo será a capacitação dos técnicos das unidades estaduais sobre como operacionalizar as linhas de financiamento, tornando-os agentes facilitadores das cooperativas. Em um segundo momento, serão feitos encontros com a equipe do BNDES para apresentação e instrução do passo a passo para a contração de linhas de financiamento a 102 cooperativas.
Posteriormente, serão desenvolvidos cursos EaD para o primeiro contato com as cooperativas interessadas e nivelamento dos conhecimentos dos dirigentes participantes. Também serão realização 2 encontros entre cada cooperativa e os consultores, com o objetivo de melhor capacitar os dirigentes sobre a gestão financeira do negócio.
“O projeto visa fortalecer o cooperativismo da Região Norte, atuando em duas frentes: o cooperativismo de crédito e o cooperativismo de produção. Iremos aprimorar a gestão financeira e capacitar os dirigentes de cooperativas, buscando também identificar as linhas de financiamento adequadas ao fortalecimento da região”, reiterou Thiago Peroba.
As cooperativas de crédito possuem um papel fundamental na realização do projeto. Para Emerson Viana, Assessor de Negócios Agro da Sicredi Sudoeste MT/PA, a ação da OCB em conjunto com o BNDES é algo inovador que irá ajudar a alavancar a produção das cooperativas paraenses. Márcia Coutinho, presidente da SICOOB Cooesa, destaca ainda a relevância do projeto. “Com o trabalho do BNDES e da OCB podemos trabalhar a base da concessão de crédito e conseguiremos potencializar ainda mais o trabalho desenvolvido pelas cooperativas do nosso estado”.
É com grande pesar, que o Sistema OCB/MS, comunica o falecimento do Sr. Arão Antônio Moraes, Presidente da Cercampo- Cooperativa de Eletrificação Rural da Grande Campo Grande. Ele era suinocultor e conselheiro da OCB/MS, grande parceiro do agro-cooperativo e foi vítima de um infarto.
O Sistema OCB/MS presta solidariedade aos amigos e familiares de nosso estimado cooperativista, por esta irreparável perda, e rogamos para que Deus possa confortá-los nesse momento de grande dor, em que as palavras se apequenam e o espírito busca amparo na Fé.
O velório acontecerá no cemitério Memorial Park, a partir das 14h até amanhã às 8h. E o enterro acontecerá amanhã às 8h30, em Campo Grande
A Copasul, Cooperativa Agrícola Sul-mato-grossense, sediada em Naviraí/MS, divulgou em sua 44ª Assembleia Geral Ordinária realizada nesta quarta-feira (16), o faturamento obtido pela cooperativa no ano de 2021, que foi de R$ 3,3 Bilhões, possibilitando um resultado de R$ 126 milhões.
Em 2020, a Copasul registrou um resultado de R$ 82,7 milhões, referente ao faturamento de R$ 2,1 bilhões. “No ano passado já tivemos bons resultados e esse ano apresentamos um número ainda melhor. Isso significa que a missão da Copasul, que é a de fortalecer os produtores, vem sendo cumprida dia após dia e isso nos deixa muito honrados”, declarou o Presidente do Conselho de Administração da Cooperativa, Gervasio Kamitani.
Os números da cooperativa demonstram um crescimento de 53% em relação ao ano passado. A receita de 2021 foi obtida de R$ 2,01 bilhões a partir da comercialização de grãos e R$ 904 milhões em insumos agrícolas. Também obteve R$ 71,3 milhões provenientes da fecularia, R$ 234,6 milhões da fiação e R$ 82,6 milhões das demais soluções oferecidas, como o TRR, irrigação etc.
Crescimento Consciente
Nos últimos cinco anos, a cooperativa apresentou um crescimento exponencial, triplicando o seu faturamento. Adroaldo Taguti, Presidente Executivo da Copasul, reiterou que esses números são o reflexo de 43 anos de muito trabalho e dedicação “Não nascemos grandes, pelo contrário, toda essa estrutura de silos, indústrias e unidades de atendimento ao cooperado foram construídas ao longo de todos esses anos. É importante ressaltar que é responsabilidade e dever de todos, colaboradores e cooperados, juntos, manter e melhorar essa cooperativa, para que ela continue cada vez mais cumprindo sua missão de fortalecer o cooperado”.
Taguti também lembrou que na quebra da safra do milho em 2021, a cooperativa desenvolveu várias ações para diminuir a dificuldade do produtor e isso impactou positivamente o resultado. E esse novo evento climático crítico, agora em relação à soja, exigirá novas medidas e um grande esforço de todos para que se obtenha mais um ano de sucesso. “Somos uma cooperativa sólida financeiramente, competitiva operacionalmente e se continuarmos unidos, certamente sairemos vitoriosos. A cooperativa conta com o apoio de todos”, finalizou.
Compromisso e tradição
Durante a assembleia, a cooperativa lançou um novo desafio: atingir a meta de R$ 10 bilhões em faturamento para o ano de 2026, com resultado mínimo de 3,5% sobre esse valor. O resultado seria composto por 40% das Unidades de Negócios Industriais e Comerciais e os outros 60% de Grãos e Insumos.
O compromisso de trabalho entre cooperativa e associados foi selado com a pintura do olho do Daruma, tradicional amuleto japonês, feita por todos os membros do Conselho de Administração, Diretorias e pelo associado Sr Cesário Ramalho, presidente da Abramilho, grande amigo do Sr Sakae Kamitani, fundador da Copasul.
A utilização de amuletos é muito popular no Japão, pois materializa a fé na busca por proteção e boa sorte, explicou o Presidente Executivo Adroaldo Taguti, completando que “o Daruma é um desses amuletos, que simboliza a perseverança e a paciência. Através da pintura de um dos olhos do Daruma, desejamos boa sorte e força de vontade para conseguir superar quaisquer obstáculos para atingir nosso objetivo”.
A cerimônia do Daruma foi realizada em duas outras ocasiões. O primeiro Daruma, com a meta de R$1 Bilhão, teve o seu olho pintado em Agosto de 2012, cuja meta foi atingida em 2017, três anos antes do prazo. O segundo Daruma, com a meta de R$ 2 Bilhões, teve o olho pintado em Dezembro de 2017, com a meta sendo atingida em 2020, com cinco anos de antecedência.
“Eu acredito que tudo tem uma razão de ser e, mesmo diante de uma sequência de duas safras com frustrações recorde, temos plenas condições de superar essas dificuldades e atingir essa meta”, reforçou Taguti.
O evento
Esta foi a primeira AGO feita após a mudança no sistema de Governança Corporativa e os trabalhos foram liderados pelo presidente do Conselho de Administração, Gervasio Kamitani, secretariado pelo presidente executivo, Adroaldo Taguti. A mesa foi composta ainda pelo vice-presidente do Conselho, Nelson Antonini, conselheiros administrativos Aguinaldo Miguel de Souza Junior, Alexander Lira, Edson Yukishigue Shingu, Garon Alves de Paula Rubim, Gerard Knibbe, Jair Alves de Araujo, Sebastiaan Simon Petrus Spekken.
O evento aconteceu de forma presencial, obedecendo critérios de biossegurança por conta da pandemia. Estiveram na solenidade os cooperados da Copasul, o presidente da OCB/MS, Celso Regis, presidente da Abramilho, Cesario Ramalho, os conselheiros fiscais Antonio José Meireles Flores, Cassia Margarete Santi Hakamada, José Carlos Marchetti, Luciano Pompílio Brescansin, Rodrigo de Pauli Fragnan, Rosenilton Pereira de Assis, e também os representantes de bancos.
Representantes do Sistema Unimed participaram, entre os dias 5 e 11 de fevereiro, de missão internacional à Espanha. O objetivo foi conhecer exemplos de sucesso em governança e organização empresarial do modelo societário da Asistencia Sanitária Interprovincial (Asisa). Organizada pela Faculdade Unimed, em parceria com a Unimed do Brasil e o Sistema OCB, a missão permitiu ampliar conhecimentos para garantir uma integração cada vez mais eficaz das cooperativas e diferentes estruturas da Unimed em todo o Brasil.
Controlado pela Lavinia, maior cooperativa de saúde da Espanha, o Grupo Asisa possui 2 milhões de clientes e seus modelos societário, de gestão, tecnologia, integração hospitalar e governança são reconhecidos na lista dos mais eficientes do mundo.
A inovação em governança e organização empresarial das diversas entidades do Sistema Unimed é um dos objetivos estruturantes do planejamento integrado da rede para o período 2021-2025. Para o presidente da Unimed Brasil, Omar Abujamra Junior, o contato com as experiências espanholas evidenciou as oportunidades de intercâmbio do cooperativismo.
“Diante dos novos cenários do mercado e do setor de saúde, precisamos encontrar um caminho de integração e estruturação conjunta, realmente cooperativa, para que ganhemos em escala e gestão cada vez mais competentes. Esses atributos complementam nossa capilaridade e representatividade em todo o país e farão com que possamos remunerar ainda melhor o médico e oferecer uma assistência excepcional a nossos clientes, dentro de uma lógica racional que não desperdice recursos, com soluções bastante qualificadas”, afirmou.
Adelson Severino Chagas, presidente da Unimed Participações, ressaltou que a missão representou uma imersão importante para identificar oportunidades de crescimento sustentável das Unimeds, principalmente na verticalização de estruturas. “Foi um verdadeiro fomento à integração das lideranças nacionais do Sistema Unimed. Pudemos ampliar conhecimentos diante de estruturas cooperativas de referência na Europa e modelos de negócios empresariais que seguem os princípios cooperativistas”.
O representante da OCB na missão e coordenador de Ramos do Sistema, Hugo Andrade, destacou a força e a importância do negócio cooperativo de saúde, bem como as diversas possibilidades que o segmento representa. “Observar in loco as experiências e vivenciar o momento atual do Sistema Unimed foi muito importante. Continuamos à disposição para avançarmos em novos projetos e ações, sempre visando à construção de um Ramo Saúde cada vez mais forte”.
Confira matéria completa sobre a missão no Boletim Notícias UB
Na última sexta-feira, dia 18 de fevereiro, ocorreu o 4º Seminário Excelência em Gestão, que teve como objetivo proporcionar um momento de reflexão sobre temas relacionados à gestão e governança nas cooperativas.
O presidente do Sistema OCB/MS, Celso Régis, deu as boas-vindas e destacou o desempenho das cooperativas no PDGC- Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas e desejou um ano produtivo a todos.
O evento também estabeleceu um link com o início do Ciclo 2022 do Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC), desenvolvido pelo Sescoop em parceria com Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), com sua base no Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) voltado ao desenvolvimento da autogestão das cooperativas.
E para inspirar as cooperativas, o seminário teve a participação de Arthur Igreja, que debateu sobre “A gestão sob a ótica da transformação digital”. Até que ponto criar um site ou digitalizar um processo, é de fato estar transformando seu negócio para se integrar as mudanças digitais ocorridas?
A pandemia acelerou o processo de digitalização das empresas e dos hábitos de consumo das pessoas, o que afetou diretamente a gestão dos negócios.
“Até as relações estão se digitalizando e os sinais estão a nossa volta, é impossível não estar nesse mundo, até porque o Brasil é o país que mais usa smartphone e não podemos deixar de ter contato com tudo que está surgindo”, destacou.
E segundo o palestrante, migrar os processos para o mundo digital, não é uma transformação digital. É apenas levar a burocracia para meios digitais, sendo que o ideal é mudar e facilitar os processos através de meios digitais.
“E muita coisa está para acontecer, é desde 5G até Metaverso e não adianta querer negar essa revolução, porque vai acontecer de qualquer maneira. E não enxergar essas novas tecnologias como inimigas e sim como aliadas dos negócios”, explicou Igreja.
E as cooperativas sabem se reinventar. “Quanto mais eu estudo sobre inovação, mas eu estou convencido que não há nada mais moderno que o cooperativismo. É apenas inserir e acoplar a tecnologia no cotidiano da cooperativa, pois já está no DNA desses empreendimentos a inovação, o relacionamento e o compartilhamento”, finalizou ainda dizendo que tudo é um a questão do equilíbrio, como unir a tradição com a tecnologia.
A transmissão foi via canal do youtube do Sistema OCB/MS e está disponível no link www.youtube.com/ocbms