Entre os dias 6 e 18 de novembro, Sharm El-Sheik, no Egito, sediará a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. A COP 27, como é popularmente denominada, reunirá representantes de todo o mundo para debater temas ligados às mudanças climáticas no planeta e o Sistema OCB também estará presente mostrar e valorizar as ações sustentáveis realizadas por cooperativas e produtores do Ramo Agro.
Marcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB, coordenará, na próxima quinta-feira (11), o painel A importância das cooperativas para o agro sustentável, que contará também com a participação de dirigentes da CCPR (MG), Coopercitrus (SP), Cocamar (PR) e Coplana (SP). O painel fará parte do seminário Energia, Indústria, Agro e Investimentos Verdes, organizado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) no Pavilhão Brasil. O início está previsto para às 9h da manhã e terá transmissão ao vivo pelo canal Youtube do Sistema OCB.
O convite para a participação foi feito pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, em função do importante papel que as cooperativas desempenham em prol da sustentabilidade e preservação ambiental. “O Brasil é uma potência capaz de transmitir tecnologias importantes e o cooperativismo é um dos protagonistas na busca de soluções coletivas e sustentáveis que fazem a diferença”.
“Faz parte da natureza do cooperativismo a busca e a implementação de soluções que conciliem o desenvolvimento econômico com o combate ao aquecimento global e a preservação do meio ambiente. Somos, definitivamente, parte da solução no que diz respeito às questões climáticas, tanto que já somos referência mundial na produção sustentável. O agronegócio cooperativo é pautado em sustentabilidade e no desafio de alcançar uma economia neutra em carbono, com destaque para a redução das emissões de metano”, afirma o presidente Marcio.
Alguns exemplos das ações sustentáveis desenvolvidas pelas cooperativas agro também serão detalhadas durante o painel.
Clique aqui e conheça os cases que serão apresentados na Conferência.
O Governo Federal através do Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração - DREI, nomeou como representante da União no colegiado da Junta Comercial de Mato Grosso do Sul, Diego Linhares da Cunha e Rogério Alexandre de Jorge Napoleão Piva, representantes da OCB/MS, para exercerem as funções de Vogal Titular e Vogal Suplente, respectivamente, para o mandato que corresponde ao quadriênio de fevereiro de 2019 a fevereiro de 2023. A posse será realiazada nesta quinta-feira, dia 18 de julho, às 9h, na sede da Jucems.
Pela primeira vez em 70 anos, a UFMS sedia maior evento científico da América Latina, 71ª Reunião Anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência).
O evento é aberto ao público e ainda é possível se inscrever gratuitamente no site. Com o tema “Ciência e Inovação nas Fronteiras da Bioeconomia, da Diversidade e do Desenvolvimento”, mais de 250 atividades estão na programação, incluindo conferências, palestras, rodas de conversa, encontros, oficinas e minicursos de todas as áreas do conhecimento. Entre elas estão realizações que abordam temáticas Afro e Indígena, Inovação e Educação, além da SBPC Jovem, que reúne exposição de pôsteres no Integra UFMS, Fetec-MS, Mostra de Ciências, Sessão de pôsteres SBPC, Avenida da Ciência e Caminhões da Ciência.
Entre os conferencistas estão o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações Marcos Pontes; o presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) Anderson Ribeiro Correia; o presidente do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) João Luiz Filgueiras de Azevedo; e o presidente da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) Reinaldo Centoducatte, além de pesquisadores de instituições de educação, ciência e tecnologia de todo o Brasil.
O cooperativismo também estará presente no evento. Confira a agenda:
Conferência: PANORAMA E DESAFIOS DO COOPERATIVISMO NO BRASIL (UFMS)
Segunda-feira, 22/7/2019 - das 10h30 às 12h00
Conferencista: Valéria Gama Fully Bressan (UFMG)
Apresentador: Davi Rogério de Moura Costa (USP)
Oficina: UTILIZAÇÃO DA COOPSERVER PARA PESQUISADORES DE COOPERATIVAS (UFMS)
Ministrantes: Alessandro Gustavo Souza Arruda (UFMS) e Davi Rogério de Moura Costa (USP)
Público alvo: Geral
Bl. 15 - sala 010
23/7/2019 - das 13h00 às 15h00
Cooperativas de saúde iniciaram nesta segunda-feira uma missão técnica na Europa. A viagem técnica, realizada pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), tem por objetivo proporcionar o conhecimento aprofundado da realidade das cooperativas europeias de saúde, sobretudo com relação a financiamentos. A equipe é formada por representantes dos Sistemas Unimed e Uniodonto, da Confemed (Confederação Nacional das Cooperativas Médicas) e da OCB.
A programação desta segunda-feira ocorreu em Bruxelas, na Bélgica, e incluiu uma reunião com o diretor Geral da ACI, Bruno Roelants, e com a diretora geral da ACI Europa, Agnés Mattis. O objetivo foi conhecer aspectos gerais do cooperativismo em nível internacional e, mais detalhadamente, na União Europeia. A equipe verde-amarela, obteve informações sobre o cooperativismo de saúde, as modalidades de seguros e o trabalho de lobby da ACI Europa em prol do fortalecimento do modelo no continente europeu.
A missão brasileira também participou de uma audiência com o diretor para Sistemas de Saúde, Produtos Médicos e Inovação da União Europeia, Andrej Rys. A discussão girou em torno de assuntos como regulação, supervisão, financiamento e integração dos serviços públicos e privados nos países da União Europeia. Os cooperativistas também conheceram um pouco mais sobre a atuação da União Europeia no setor de saúde e a participação da iniciativa privada no mercado.
SOBRE A MISSÃO
A programação da missão técnica continua até sexta-feira, dia 19/7, e inclui reuniões e audiências com representantes da Federação Belga de Cooperativas, da Associação Alemã dos Fundos Estatutários de Saúde, do Ministério da Saúde da Alemanha, da Associação Alemã de Seguros Privados de Saúde e, ainda, da Confederação das Cooperativas Alemãs e da Fundação de Ciências da Saúde da Alemanha.
Foi-se o tempo em que agência bancária era sinônimo de dinheiro. Pelo menos é nisto o que aposta o Sicredi, instituição financeira cooperativa à frente da Agência Smart, projeto-piloto que realiza transações financeiras sem circulação de papel moeda, cujo projeto será apresentado na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, em evento a ser realizado nesta terça-feira (16). O convite parte do fato de o modelo estar alinhado ao que propõem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da instituição.
Instalada em Cafeara, no interior do Paraná, a agência foi inspirada no conceito cashless cities (cidades sem dinheiro, em tradução livre), aplicado em cidades da China e da Índia, e opera há pouco mais de um ano sem dinheiro em espécie ou cofre, levando serviços bancários para o pequeno município, que conta com pouco mais de 2,5 mil habitantes.
“Tínhamos um problema relacionado ao custo de instalação de uma agência bancária em cidades de pequeno porte devido ao alto nível de segurança que ela deve ter (seguro, sistema de monitoramento, vigia, carro-forte). É difícil que estes municípios consigam manter um volume de transações que gerem receita suficiente para pagar esta conta”, explica David Conchon, superintendente de negócios do Sicredi, ao justificar a adoção pelo modelo Smart. Mesmo com outras duas agências em funcionamento desde o início deste ano, nos distritos de Guaravera (Londrina) e São Benedito das Areias (Mococa, São Paulo), ele ainda opera em fase de testes.
Modelo enxuto e sustentável garante oferta dos serviços
Para solucionar a questão, o Sicredi apostou em um modelo de agência que oferta todos os produtos e serviços da cooperativa, mas que não movimenta nem um centavo em espécie em sua agência física. Nela, os clientes podem abrir a conta corrente, contratar crédito, consórcios, seguros, cartão de crédito e depositar cheques. O pagamento de contas e transferências, por sua vez, são feitos no ambiente online, por meio de aplicativo próprio. Os clientes, inclusive, têm wi-fi liberado e à disposição para tal no interior da agência e também na praça onde ela está instalada, em área cedida pela igreja da cidade.
Construída em contêiner, a agência têm na sua estrutura física outra inovação em relação às instalações bancárias tradicionais. Sistemas de captação de água e de geração de energia fotovoltaica, com produção excedente à necessária para seu funcionamento, são outros diferenciais do projeto.
“A iniciativa democratiza o acesso aos produtos financeiros e possibilita que os moradores tenham um ponto de atendimento onde podem ter suas necessidades atendidas”, resume, em nota, Rogério Machado, diretor executivo da Sicredi União PR/SP. Ele destaca este ponto baseado no fato de, em geral, os grandes bancos não costumarem investir na abertura de agências em cidades ou comunidades muito pequenas, justamente pelos custos envolvidos em sua operacionalização, que giram em torno de R$ 50 mil, no caso do Sicredi, segundo estimativa de Conchon. Dados do Banco Central, divulgados em abril de 2019, apontam que 376 municípios brasileiros não possuem dependências bancárias.
Atenção ao todo garante adesão ao modelo
De nada adiantaria, no entanto, inovar na oferta do serviço sem a circulação de moeda ao cliente se ele precisasse do dinheiro físico para continuar comprando e pagando suas contas junto ao comércio. Assim, além da conta-corrente e dos produtos financeiros voltados à pessoa física, a Agência Smart passou a oferecer maquininhas gratuitas aos comerciantes locais, como forma de fechar o ciclo do dinheiro, cobrindo do recebimento do salário ao gasto dele nas despesas domésticas e pessoais.
“Até o padre passou a receber o dízimo na maquininha. Fizemos um trabalho para a transação e a transformação financeira”, avalia o superintendente de negócios do Sicredi. Isso fez com que, das cerca de 750 pessoas listadas entre as economicamente ativas no município, quase 600 já tenham se associado à Agência Smart, como conta Cochon.
A meta do Sicredi, agora, é a de expandir o modelo e levá-lo para outras cidades e comunidades brasileiras a partir de 2020. A cooperativa ainda não tem mapeado quantas e onde elas serão instaladas, mas afirma que o foco continuará nas localidades pequenas, que não são assistidas por instituições financeiras, do Paraná e de São Paulo, a princípio.