Startups apresentam soluções para desafios de coops do agro
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Startups apresentam soluções para desafios de coops do agro

A 2ª edição do Programa Conexão com Startups, do Sistema OCB, realizou a apresentação de três soluções de desafios de cooperativas, nesta terça-feira (6). O evento ocorreu de forma virtual e é uma parceria entre o Sistema OCB e o Silo Hub (Hub de inovação originado da parceria entre a Embrapa e a Neo Ventures).  As cooperativas Cemil (MG), Coplana (SP) e Santa Clara (RS) foram selecionadas nesta segunda edição do programa, que é voltado para inovações no Ramo Agro.

Na abertura do encontro, a gerente geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta, pontuou os avanços que a iniciativa proporciona para o cooperativismo como um todo e lembrou do Desafio BRC 1 Tri, lançado na Semana de Competitividade 2022, pelo presidente Márcio Lopes de Freitas. “É uma alegria ajudar a construir um agro cada vez mais inovador. Temos milhares de coops que fazem a diferença na produção brasileira. O cooperativismo quer ser sinônimo de inovação e, por isso, temos no nosso site InovaCoop uma série de conteúdos para estimular essa prática”.

Fabíola também destacou a importância dessa segunda edição do programa. “Esta edição voltada ao agro é para viabilizar desenvolvimento, aumentar a eficiência e reduzir custos. O Conexão com Startups é mais um programa que vem ao encontro do desafio de gerar R$ 1 trilhão em prosperidade e congregar 30 milhões de cooperados, em cinco anos. A inovação certamente vai nos ajudar a chegar lá”.

Coplana: A paulista Coplana lançou o desafio de estimar e prever a colheita de amendoim. O diretor comercial da startup Deadalus, Leonardo Moreno, apresentou a proposta para alcançar esse objetivo. “Nosso desafio era estimar de forma padronizada a produção e a colheita de amendoim da Coplana. Como solução, elaboramos um aplicativo capaz de calcular essa estimativa por meio de processamento de imagem. Conversamos com a equipe da Coplana para saber qual tipo de dado é coletado rotineiramente para direcionarmos a criação do app. Agora, o agrônomo registra dados no aplicativo, que é enviado para um servidor na nuvem”, disse Moreno.

Segundo explicado pelo diretor, o próprio aplicativo identifica a imagem coletada pelo produtor e faz a contagem automática de amendoins detectando quantas das vagens estão presentes na imagem. Então, há estimativa de sacas por hectares, por produção e perdas também. O desafio foi solucionado pela facilitação de coleta de dados e padronização dos processos envolvendo a produção do amendoim.

Eduardo Rodriguez, gerente de tecnologia e inovação da Coplana considerou que “os resultados são promissores. A solução superou nossas expectativas e fizemos mais do que foi desenhado. Estamos entusiasmados e queremos pôr em prática para valer”, comemorou.

Os próximos passos são a implementação da inteligência artificial e a coleta de mais dados para refinar modelos e adicionar campos de registro, além de treinamento de novos agrônomos para utilizarem o app.

Santa Clara: O desafio apresentado pela cooperativa gaúcha Santa Clara foi o desenvolvimento de uma cortadora de queijo para fracionar os produtos em pesos e formas variadas, evitando prejuízos e para adequar as porções aos padrões do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (InMetro). A startup Eixo Consultoria de dispões a elaborar uma máquina de corte com recursos de inteligência artificial que se encontra em fase de construção.

A diretora de projetos da Eixo, Rebeca Couto, explicou que a máquina vai fazer o corte preciso do queijo com auxílio de uma lâmina ultrassônica adequada as normas regulatórias vigentes. “O descarte relatado pela cooperativa e o desperdício de material são consideráveis. A máquina projetada conta com balança industrial e corta o queijo redondo ou quadrado a partir de leitura pelo sistema de automação com o auxílio de softwares que mensuram o volume e a altura, mesmo com as deformidades das peças. Estamos finalizando para colocarmos em testes e trazer os resultados de corte com maior velocidade, redução de desperdícios e automatização de processos repetitivos”, explicou Rebeca.

O supervisor de engenharia de processos da Santa Clara, Cleiton Nunes, declarou que está com fortes expectativas em relação aos resultados. “Esse fator inovação precisa estar dentro das instituições. O consumidor muda seus hábitos e a indústria precisa atender essas demandas. Nosso desafio é complexo, porque o produto tem inúmeras características, o que justifica os atrasos, mas é algo muito inovador. Estamos com enorme expectativa para vê-lo agindo e melhorando nossa competitividade”.

Cemil: a coop mineira precisava prever os preços de leite longa vida (UHT) desde o início da produção até a chegada ao varejo para ter mais competitividade. A startup UPTech aceitou o desafio. O diretor da startup, Gustavo Lenzi, explicou que, para a oscilação constante de preços, a assertividade na precificação e embasamento para a tomada de decisão, a solução proposta é um sistema integrado para precificação que também utiliza inteligência artificial.

“Trabalhamos em conjunto com a Cemil para levantar dados, estruturá-los e filtrar o que pode ser utilizado. Propomos o desenvolvimento de modelos matemáticos e métodos de inteligência artificial, a construção de relatórios e a validação do modelo junto a Cemil. Já geramos até aqui 10 relatórios, mas como queremos um modelo mais robusto estendemos para 15 a fim de consolidar os números”, explicou Lenzi.

Ainda segundo o diretor, com o número maior de variáveis foi possível prever um milhão de situações e resultados o que os levou a trabalhar com um valor médio. “Com todo esse processo garantimos 95% de assertividade e precisão. Este modelo matemático não é restrito ao leite, podemos aplicá-lo em outras commodities como café e soja”.

Além do preço determinado, a startup gerou médias de confiança, criando outros cenários baseados em econometria. O diretor de marketing da Cemil, Warlei Tana, agradeceu o empenho e declarou que a UPTech continuará com a Cemil nesta parceria. “Com os resultados conseguimos alcançar uma média e agora temos um modelo. Vamos maturá-lo muito mais a medida de em que a inteligência artificial for aprendendo. O modelo de leite é complexo e estamos em um ano atípico. Mesmo assim o software acompanhou cada dado”, ressaltou.

Coops brasileiras e alemãs trocam experiências e soluções sobre distribuição de energia
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Coops brasileiras e alemãs trocam experiências e soluções sobre distribuição de energia

A eficiência na gestão de energia atrelada à busca pela sustentabilidade foi o foco da troca de experiências entre cooperativas brasileiras e alemãs.  Entre os dias 28 de agosto e 2 de setembro, dez cooperativas do Sistema OCB realizaram missão técnica à Alemanha, onde foram recebidas pela Confederação Alemã das Cooperativas (DGRV). As coops foram selecionadas pela diversidade de modelos e pelo relacionamento com as Unidades Estaduais do Sistema.

Para conhecer melhor os exemplos de geração distribuída da Alemanha, além do apoio institucional, as coops brasileiras conheceram a estrutura da DGRV, o Sistema Cooperativo Elétrico Alemão e as estruturas voltadas para o cooperativismo de energia, bem como realizaram três visitas técnicas para conhecer os cases de referência. A comitiva foi até as sedes de duas cooperativas de energia fotovoltaica e de uma outra que atua com produção de biogás. Esta, além de produzir energia elétrica, fornece aquecimento e internet de fibra óptica para 150 famílias.

O grupo visitou também o Instituto de Pesquisa Fraunhofer e conheceu as técnicas aplicadas no Sistema AgriFotovoltaica, que demonstra a possibilidade de realização de duas atividades: agricultura e geração de energia para o melhor aproveitamento do terreno. O interesse em um software de soluções de gestão das usinas chamou atenção da comitiva brasileiras.

O coordenador de Meio Ambiente e Energia do Sistema OCB, Marco Morato, avaliou a visita como uma importante reflexão do que pode ser feito para estruturar um futuro mais sustentável e competitivo para as coops, por meio da prestação desse serviço. 

“Nossa visita foi muito rica porque conseguimos enxergar que, embora sejamos países em continentes diferentes, temos muitas afinidades e desafios em comuns. Entre eles, fazer da geração distribuída um negócio permanentemente viável. As alterações regulatórias da Alemanha dificultaram esse processo e eles precisaram ser criativos para fazer novos arranjos e buscar soluções conjuntas para ter maior eficiência, competitividade e perenidade”, explicou.

Para o coordenador, esse desafio também acontece no Brasil e, por isso, os exemplos vistos podem contribuir significativamente. “Estamos passando por um momento entre uma legislação maior e outra um pouco mais restritiva, que é a Lei 14.300/22 [geração de energia distribuída], em que, apesar de manter bons incentivos para quem já está conectado, exige enxergar novos caminhos, novas soluções”.

Morato ressaltou ainda que pensar em soluções efetivas é fortalecer o cooperativismo de energia de maneira eficiente e perene. “Foi isso que vimos lá, a caminhada alemã nessa transição é uma experiência muito boa para refletirmos como podemos fazer um futuro mais sustentável por meio das cooperativas brasileiras”, pontuou.

Experiências

As cooperativas brasileiras também retribuíram o conhecimento adquirido demonstrando como vêm atuando de múltiplas formas para fortalecer e buscar soluções para o compartilhamento de energias. Há o destaque para o modelo de duas delas que atuam dentro de comunidades: Bem Viver, da Paraíba; e Percília e Lúcio, do Rio de Janeiro.

A cooperativa Bem Viver, além de compartilhar a energia gerada por ela, capacita pessoas de baixa renda para atuarem na atividade. Já a coop Percília e Lúcio, atua no Morro da Babilônia, onde gera e compartilha energia entre a comunidade.

“O encontro foi enriquecido pela heterogeneidade do nosso grupo. Ao mesmo tempo em que tínhamos lá cooperativas com aspectos mais sociais, de inclusão e acesso à energia, também levamos coops maiores que tem parceria, inclusive, com cervejarias para construir e possibilitar energia renovável para seus cooperados. Essas diferenças nos trazem oportunidades de criar soluções mais robustas. Certamente, essa visita nos dará bons resultados”, acrescentou Morato.

Na oportunidade, um grupo de trabalho (GT) para intercâmbio de informações foi criado e já tem reunião agendada para a próxima segunda-feira (12). As cooperativas brasileiras que integraram a comitiva e pertencem ao GT são: Ambicoop e Sinergi, do Paraná; Ciclos, do Espírito Santo; Coopervales, do Rio Grande do Sul; Coopsolar e Bem Viver, da Paraíba; Revolusolar e Percília e Lúcio, do Rio de Janeiro; Photon, do Sergipe; e Sol Invictus, de Goiás.

Sistema OCB/MS tem convênio com curso de gestão de cooperativas avaliado com nota máxima pelo MEC
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Sistema OCB/MS tem convênio com curso de gestão de cooperativas avaliado com nota máxima pelo MEC

A graduação Gestão em Cooperativas, da Unigran EAD, foi avaliada com nota máxima pelo Ministério da Educação (MEC). O curso, que teve início em 2019, recebeu nota 5, em uma escala de 1 a 5, e cumpre os itens dispostos no rol de obrigatoriedades com máxima excelência. O Sistema OCB/MS possui convênio que concede desconto de 20% sobre o valor cheio das mensalidades do curso de graduação EAD em Gestão de Cooperativas, se pagos até o dia 10 de cada mês. 

O curso foi avaliado pelo MEC, através do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), que verificou uma série de requisitos para validar que a graduação e a instituição oferecem as ferramentas necessárias aos acadêmicos para uma formação de qualidade.

Com duração de quatro semestres, a graduação possibilita a compreensão dos principais temas relacionados ao cooperativismo, setor fundamental para a nossa economia.
 
De acordo com o AnuárioCoop 2022, no Brasil há mais de 18 milhões de cooperados e 4.880 cooperativas registradas, distribuídas nos sete ramos do cooperativismo: agropecuário, consumo, crédito, infraestrutura, saúde, trabalho, produção de bens e serviços e transporte.

No Mato Grosso do Sul, segundo dados do Panorama do Cooperativismo 2022, desenvolvido pelo Sistema OCB/MS, há 125 cooperativas registradas e cerca de 393 mil cooperados. 

A Unigran EAD está com inscrições abertas para o vestibular da graduação em Gestão de Cooperativas. Saiba mais no site Unigran.br ou no telefone 3411-4141.

Prêmio SomosCoop Melhores do Ano: inscrições terminam dia 15
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Prêmio SomosCoop Melhores do Ano: inscrições terminam dia 15

Ainda está em tempo de as cooperativas garantirem a participação na 13ª edição do Prêmio SomosCoop Melhores do Ano. O prazo para as inscrições termina no próximo dia 15, às 18h, horário de Brasília. Podem se inscrever as cooperativas singulares e centrais, confederações e federações sediadas no Brasil, regulares com o Sistema OCB. Cada cooperativa pode concorrer com um case por categoria.

Diversas coops já fizeram seu registro pelo site https://melhores.premiosomoscoop.coop.br/, no qual é possível acessar o regulamento. Para tirar dúvidas sobre o preenchimento das fichas cadastral da cooperativa e de apresentação de case, o Sistema OCB disponibilizou consultoria especializada para contato por e-mail (Este endereço de e-mail está sendo protegido de spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo.) ou WhatsApp (11) 94543-4428.

A premiação é uma oportunidade de mostrar o quanto as coops são importantes, social e economicamente. Promovida pelo Sistema OCB, a iniciativa acontece sempre em anos pares e tem como objetivo reconhecer e destacar as boas práticas das cooperativas que proporcionam benefícios aos seus associados e à comunidade onde atuam.

O evento de divulgação das contempladas está previsto para o dia 7 de dezembro e, neste ano, além do troféu, as primeiras colocadas de cada categoria ganham duas vagas em um intercâmbio cooperativista. Para a edição deste ano, seis categorias integram o prêmio: Comunicação e Difusão do Coop; Coop Cidadã; Desenvolvimento Ambiental; Fidelização; Inovação; e Intercooperação.

  • Comunicação e Difusão do Coop: contempla as coops que promovem a cultura do cooperativismo também para a sociedade. Os cases envolvem desde o selo SomosCoop nos produtos da cooperativa, até a promoção de cursos, palestras, eventos, campanhas e demais ações vinculadas ao Movimento SomosCoop que divulguem o movimento cooperativista como um todo.
  • Coop Cidadã: está voltada para os projetos que beneficiem a comunidade onde a cooperativa está inserida. Também podem ser inscritas as ações similares às realizadas no Dia de Cooperar, ou Dia C.
  • Desenvolvimento Ambiental: é direcionada a projetos de boas práticas ambientais desenvolvidas por cooperativas e que tenham sido estratégicos para o uso consciente dos recursos naturais, seja por meio da recuperação de nascentes, reutilização de recursos, reciclagem e outras ações que preservem o meio ambiente.
  • Fidelização: reconhece as boas práticas das cooperativas que promovem maior integração com seus cooperados. Por exemplo, melhorando o espaço físico e formas de atendimento, ampliando e ofertando melhorias dos serviços, bem como aumentando o uso dos serviços oferecidos pelos cooperados.
  • Inovação: atribuído às soluções que promovem mudanças na rotina diária das coops como a modernização de produtos e serviços, técnicas e ferramentas de gestão da inovação e outras ações que viabilizem melhores resultados financeiros e ganho de produtividade.
  • Intercooperação: premia projetos desenvolvidos de forma conjunta, realizados por duas ou mais cooperativas, que viabilizem objetivos comuns. Por exemplo, a compra de insumos ou serviços, comercialização conjunta de produtos, implantação de projetos, e troca de experiências e boas práticas de gestão.

A avaliação dos projetos é feita por duas bancas distintas: a primeira com uma comissão técnica, composta por especialistas em projetos; e a segunda, pela comissão julgadora, formada por representantes de entidades e parceiros do cooperativismo.

Cooperativas levam prosperidade às comunidades em que estão inseridas
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Cooperativas levam prosperidade às comunidades em que estão inseridas

As cooperativas podem contribuir, ainda mais, com o governo para prestação de serviços de interesse público com dinamismo e eficiência. É o que destaca o terceiro eixo da publicação Propostas para um Brasil Mais Cooperativo, produzida pelo Sistema OCB para auxiliar os candidatos à Presidência da República na construção de políticas públicas voltadas para o movimento.

As cooperativas, em seus diversos segmentos, têm como uma das suas principais características o alcance de municípios do interior do país ainda pouco atendidos pelo poder público e que, por muitas vezes, outros grupos econômicos não têm interesse em atuar. Baseadas na união de pessoas, as cooperativas congregam, por meio de atividades econômicas, soluções para a melhoria do bem-estar social da comunidade onde se inserem. Ao invés de concentrar o lucro em uma ou em poucas pessoas, os resultados das cooperativas são distribuídos entre todos os seus associados, impulsionando a geração de renda e a inserção social. Isso acontece pelo vínculo de confiança, efeito multiplicador e desenvolvimento local nas comunidades onde estão inseridas.

Ao longo da crise sanitária da Covid-19, mais uma vez, o cooperativismo esteve presente em benefício da comunidade. As cooperativas médicas, além de estarem na linha de frente da batalha para conter a crise sanitária, por meio do Movimento Saúde e Ação, captaram R$ 4,1 milhões em ações voluntárias, beneficiando 45 instituições e mais de 22 mil famílias (set/2021), em iniciativas de responsabilidade social voltadas para combate à fome, distribuição de kits de proteção individual e apoio psicológico, tanto para a comunidade quanto para profissionais da linha de frente.

 O movimento “Agro Fraterno”, que contou com a participação de produtores rurais e cooperativas de todo o país, registrou doações de 217,8 toneladas de alimentos, mais de 64,9 mil cestas básicas, além de doações em dinheiro, em mais de 100 cidades (set/2021). Exemplos como estes se multiplicaram em todos os segmentos do cooperativismo, inclusive no âmbito das ações voluntárias do “Dia de Cooperar” que, em 2020, contou com 6,7 mil iniciativas, em 2,9 mil municípios em todo o país, com 314 mil voluntários.

O presidente do Sistema, Márcio Lopes de Freitas, reforça o papel do cooperativismo para gerar prosperidade e desenvolvimento local. “As cooperativas são estratégicas para a ampliação no atendimento de saúde, no acesso à energia elétrica, nos avanços para uma educação mais inclusiva e de qualidade. Isso é desenvolvimento local na prática”, afirma. Ele também destaca a participação ativa das cooperativas de crédito na inclusão financeira e no desenvolvimento regional por meio de seus serviços.

Desenvolvimento local e regional

Com papel importante para girar a economia local, as cooperativas de crédito têm sido importantes atores na aplicação de políticas voltadas aos produtores rurais e aos pequenos negócios. Exemplo disso tem sido a sua importante contribuição no Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), por meio da oferta de microcrédito com juros mais baixos e melhores condições a empreendedores de todo o país, o que reflete diretamente na geração de emprego e renda.

As cooperativas de crédito também se destacam como solução para dar maior eficiência na aplicação dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), do Nordeste (FNE) e do Norte (FNO). O objetivo é garantir maior previsibilidade no repasse desses recursos, em volumes adequados para fortalecer a Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). Em mais de 250 municípios brasileiros, as cooperativas de crédito são as únicas instituições financeiras presentes.

A inclusão do cooperativismo como agente de desenvolvimento do Norte e do Nordeste também está pautada na publicação, que evidencia a relevância do movimento, em especial, na organização das cadeias produtivas destas regiões. É ressaltado ainda o fomento à maior competitividade das cooperativas, nos moldes do acordo de cooperação técnica entre o Sistema OCB e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Saúde

As parcerias público-privadas (PPPs) no ramo de Saúde seguem como alternativa viável para o acesso da população a estes serviços, em especial, na atenção básica e na medicina preventiva. As cooperativas de saúde têm competência para ser a extensão do Sistema Único de Saúde (SUS) nas três esferas: federal, estadual e municipal. Para isso, o debate junto ao Governo Federal precisa ser ampliado, principalmente quando se trata da Atenção Primária à Saúde (APS), em que as cooperativas podem contribuir de forma significativa na prevenção de doenças.

No âmbito normativo, o texto reflete sobre a regulamentação definitiva da telessaúde e medicina preventiva por cooperativas, para reduzir distâncias e aumentar interações entre especialistas e paciente. Durante a crise sanitária da Covid-19, as cooperativas colaboraram consideravelmente em setores estratégicos para o enfrentamento da doença. Mais de R$ 1 bilhão foram investidos pelo setor em novos hospitais e leitos, aumento no quadro de profissionais, digitalização de processos e inovação em toda a cadeia de atendimento, iniciativas que permanecem à disposição da sociedade.

Energia

Outra perspectiva abordada no terceiro eixo é a relação das cooperativas no ganho de escala na produção de energia renovável.  A sugestão deste item é no sentido de desenvolver políticas que fomentem o crescimento de cooperativas de energia renovável como fotovoltaica, eólica e por biogás. Há inúmeros cases de cooperativas agro que já transformam passivos ambientais em biogás e garantiram autossuficiência energética, por exemplo.

Por sua capilaridade, a publicação demonstra que as cooperativas têm papel fundamental na oferta de energia elétrica no interior do país. Para isso, o texto indica que há de se estipular regras adequadas, respeitando o modelo de negócios cooperativista.

Cooperativas por toda a parte

O documento reforça a importância das cooperativas no alcance de diversos serviços de interesse público, com amplo espaço para se avançar nas políticas de apoio e estímulo à educação inclusiva, equitativa e de qualidade, nas ações de incremento à mobilidade urbana, aproveitamento do potencial turístico e de lazer e de acesso da população à moradia própria.

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