Secretário de Política Econômica recebe sugestões do coop
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Secretário de Política Econômica recebe sugestões do coop

O Sistema OCB levou as demandas do cooperativismo para o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, nesta segunda-feira (13). Participaram da reunião a superintendente, a gerente geral e a gerente de Relações Institucionais da entidade, Tania Zanella, Fabíola Nader Motta e Clara Maffia. “Estamos aproveitando esse momento de início do novo governo para tratarmos de temas relevantes e significativos não apenas para o cooperativismo, mas para o desenvolvimento econômico e social do Brasil”, afirmou Tania.

Guilherme Mello disse que “acredita no cooperativismo como modelo para o desenvolvimento do país” e se colocou à disposição para debater as pautas do setor junto à pasta da Fazenda.

Entre os temas abordados no encontro, destaque para a inclusão do adequado tratamento tributário ao ato cooperativo no escopo da Reforma Tributária, que, segundo a superintendente, “é vital para evitar o aumento da carga de impostos sobre as cooperativas com a bitributação”. Segundo detalhado ao secretário, as coops têm características diferentes de outros modelos societários, uma vez que não visa o lucro e, por isso, a cobrança dos impostos deve recair sobre o cooperado e não sobre a cooperativa.

No que tange a política agrícola e, levando em consideração as contribuições do Sistema OCB na formulação do Plano Safra, o cooperativismo defendeu junto ao secretário a manutenção da estrutura de financiamento e a garantia de recursos para linhas de investimento para potencializar, entre outros aspectos, a capacidade agroindustrial do coop. “A mesma pauta também já foi apresentada ao vice-presidente Geraldo Alckmin e ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para que realmente fique registrada a importância dessas medidas para o nosso movimento”, disse Tania.

Além disso, foi reforçada a importância do apoio aos produtores impactados pela estiagem no Sul. Sobre esse ponto, foram sugeridas medidas como a prorrogação das operações de custeio e investimento vencidas e vincendas do período compreendido entre 01/01 a e 31/07 de 2023; o fortalecimento da dotação para as culturas de inverno na safra 2023; a liberação de oferta de milho, via Conab, para produtores na modalidade venda em balcão para alimentação de animais; e o reforço para o PSR e Proagro, visando garantir a cobertura de perdas aos produtores de regiões com risco climático.

A ampliação da atuação das cooperativas no mercado de seguros foi outro ponto de destaque na reunião. A superintendente relatou que várias reuniões têm sido realizadas ao longo destes anos junto ao antigo Ministério da Economia e à Superintendência de Seguros Privados (Susep) para criar um entendimento comum que facilite a tramitação de propostas no Legislativo para garantir a segurança jurídica para o cooperativismo operar neste mercado como um todo.

Neste sentido, o Sistema OCB defende a aprovação do substitutivo do Projeto de Lei Complementar (PLP) 519/18, que está pronto para votação em Plenário, e permite a atuação do coop para além das operações no mercado agrícola, de saúde e de acidentes de trabalho.

“No mercado de seguros mundial existem 5,1 mil cooperativas, distribuídas em 77 países com mais de 900 milhões de segurados. Em ativos, os números alcançam quase USD 9 trilhões e representam 27% do mercado, gerando mais de 1 milhão de empregos, segundo dados da Federação Internacional de Cooperativas e Seguros Mútuos. Acreditamos que o cooperativismo brasileiro pode ser protagonista também neste setor”, evidenciou Tania.

O Programa Litígio Zero, oriundo da Portaria Conjunta da Receita Federal e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional nº 1/2023, também foi abordado. A superintendente ressaltou que o Sistema OCB apoia a iniciativa, mas pediu a correção do que considera uma distorção que passou despercebida. “Trata-se de uma medida excepcional para a regularização tributária. Entretanto, o normativo que permite a renegociação de créditos para micro e pequenas empresas no valor de até 60 mínimos não incluiu as coops de pequeno porte, o que contraria a Lei da Micro e Pequena Empresa para cooperativas (11.488/07)”, explicou.

Por fim, Tania pediu apoio para a aprovação do Projeto de Lei 815/22, que prevê a reorganização das sociedades cooperativas para permitir o uso de procedimentos de recuperação judicial e extrajudicial como ocorre com as empresas em geral quando passam por dificuldades financeiras, porém respeitando o modelo societário cooperativista. “Essa medida, além de garantir igualdade de condições mercadológicas e competitivas, vai dar maior segurança jurídica aos negócios do nosso movimento”, pontuou.

O economista, sociólogo e professor Guilherme Mello está no comando da Secretaria de Política Econômica, que dentro da estrutura do Ministério da Fazenda é responsável por formular, propor, acompanhar e coordenar políticas econômicas, traçando os cenários fiscais de curto, médio e longo prazo. As políticas agrícolas, negócios agroambientais e setor de seguros estão na alçada da secretaria.

Suinocultura estadual deve ter salto em 2023 com programa Leitão Vida e R$ 300 milhões do FCO Rural para o setor
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Suinocultura estadual deve ter salto em 2023 com programa Leitão Vida e R$ 300 milhões do FCO Rural para o setor

Com a expectativa de receber R$ 5 bilhões de investimentos nos próximos anos, a suinocultura sul-mato-grossense segue colhendo resultados positivos. Um deles é o Programa Leitão Vida, administrado pela Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação), que fechou 2022, pagando mais de R$ 50 milhões em incentivos financeiros a mais de 4,3 milhões animais incentivados.

Outro ponto favorável é a priorização de R$ 300 milhões em recursos do FCO Rural (Fundo Constitucional do Centro-Oeste) direcionados apenas para alocação em projetos de suinocultura neste ano no Estado.

Atualmente o programa Leitão Vida conta com 257 granjas inscritas. De 2,4 milhões de suínos abatidos dentro do Estado, somente no ano passado, 2.197.17 animais estavam cadastrados no Programa Leitão Vida.

O titular da Semadesc, Jaime Verruck, destaca que o programa foca principalmente na sustentabilidade, fazendo com que o produtor invista nas questões ambientais, sanitárias e econômicas. “Nossa meta vai além da qualidade do produto, com um olhar voltado também para o processo produtivo, como um todo”, afirmou.

Além de uma produção de animais de alta qualidade em rendimento de carcaça e genética de padrão elevado, atualmente, cerca de 33 propriedades transformam o biogás proveniente da queima de resíduos das granjas em energia elétrica. Por meio da queima destes resíduos são gerados mais 13,4 milhões de quilowatts/hora por ano. O volume daria para abastecer uma cidade com pouco mais de 5 mil habitantes durante um ano.

Empreendimentos

Outro case de sucesso, alavancado pela política de incentivos a industrialização do Governo do Estado é a construção da primeira etapa da UPL (Unidade de Produção de Leitões) da Cooperativa Alfa em Sidrolândia. Após 18 meses, o empreendimento está na reta final das obras. O investimento total é de R$ 360 milhões na estrutura em construção numa área de 325 hectares em Sidrolândia, delimitada por 9 quilômetros de cercamento.

O acesso de 1,5 quilômetro à UPL pela MS-162, obra do Governo do Estado também está quase concluído. Além disso, já estão a caminho as primeiras matrizes importadas da Áustria. Quando chegarem ao Brasil, os animais ficarão um período de quarentena sanitária numa ilha do litoral paulista.

Em abril as matrizes serão alojadas para inseminação. A expectativa é de que em abril de 2024 os primeiros leitões, quando atingirem 23 kg, serão encaminhados para 46 granjas (pocilgas) dos produtores integrados. No momento está em andamento o licenciamento ambiental das 10 primeiras.

Já estão prontos 3 barracões de 220 metros e 2 de barracões de 140 metros. As matrizes ficarão em três barracões maiores, enquanto a engorda dos leitões será feita nos dois menores. Cada barracão terá uma estrutura de higienização para os funcionários se deslocarem de um barracão para outro, com troca do vestuário recomendado. Houve também a construção da caixa d'água e a bacia da composteira.

No pico da construção, foram mobilizados 195 trabalhadores, 80% deles vindos do Nordeste e de estados do Sul, e só 20% eram de Sidrolândia.

As granjas terão capacidade para abrigar até 80 mil animais. Quando atingirem 127 kg, os suínos vão para o abate no frigorífico da Cooperativa Aurora em São Gabriel do Oeste. Os 20 produtores integrados são responsáveis pelo investimento na construção das pocilgas, enquanto a cooperativa vai custear a alimentação e os medicamentos dos animais. Cada granja terá capacidade para engordar 1.512 leitões.

“Empreendimentos como este da Alfa, captados pela nossa equipe, são apoiados por uma política de incentivos eficiente e oferta de crédito do FCO Rural. Nossas ações foram delineadas ainda em 2016, buscando um cenário propício para receber investimentos em suinocultura que agora estão se confirmando. Com a reformulação do programa buscamos estruturar a cadeia produtiva garantindo mais qualidade a produção e melhorando nível de tecnificação. Os esforços têm surtido efeito, com investimentos em todas as cadeias produtivas do Estado”, finalizou o secretário Jaime Verruck.

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Sicoob libera mais de R$ 21 bilhões em sete meses de safra e amplia participação no mercado

Enquanto o mercado ampliou em 21% suas liberações, o Sicoob cresceu 55% em comparação com o mesmo período da safra passada 

 Nos primeiros sete meses do Plano Safra 22/23, o Sicoob, um dos maiores apoiadores da produção agrícola do Brasil, liberou mais de R$ 21 bilhões para produtores rurais, um crescimento de 55% em relação ao mesmo período do ano anterior. Isso representa 8,5 pontos percentuais de market share, frente a 7,6 no mesmo período do ano passado. 

A instituição financeira cooperativa que atualmente conta com 7 milhões de cooperados — sendo mais de 440 mil produtores rurais — dispõe de recursos para estruturar, investir, custear e comercializar a produção dos seus cooperados. 

De acordo com o levantamento feito pelo Sicoob, desse volume R$ 19 bilhões são de crédito rural e R$ 1,4 bilhão de CPRF. O ticket médio da instituição na atual safra está em R$ 224.000, levando em conta todos os portes de produtores. Já considerando apenas o Pronaf, o ticket médio é de R$ 69.800. 

Entre os portes de produtores atendidos pelo Sicoob, 19% são respondidos pelo Pronaf (agricultores familiares); 25% pelo Pronamp (médios produtores); e 56% dos demais agricultores respondidos por recursos próprios livres e controlados, BNDES, FCO e Funcafé. 

O levantamento também destaca que na atual safra, 41% das operações foram destinadas às atividades pecuárias, principalmente a bovina de corte e leite. Os 59% restantes correspondem à agricultura, sendo em ordem de volume: café, soja, milho e cana-de-açúcar. 

“Os números são muito positivos e mostram que o Sicoob tem como compromisso apoiar o produtor rural, independente do seu porte. Essa parceria sempre esteve em nosso DNA e, nesta safra, acreditamos que vamos movimentar em torno de R$ 37 bilhões”, afirma Francisco Reposse Junior, diretor Comercial e de Canais do Sicoob.

“O agro é de extrema relevância para o crescimento do país e, no que depender do Sicoob, vai continuar desempenhando seu importante resultado no PIB brasileiro”, conclui o executivo.

Sobre o Sicoob – Instituição financeira cooperativa, o Sicoob tem 7 milhões de cooperados e está presente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal.

Oferecendo serviços de conta corrente, crédito, investimento, cartões, previdência, consórcio, seguros, cobrança bancária, adquirência de meios eletrônicos de pagamento, marketplace, dentre outras soluções financeiras, o Sicoob é a única instituição financeira presente em 360 municípios.

É formado por 348 cooperativas singulares, 14 cooperativas centrais e pelo Centro Cooperativo Sicoob (CCS), composto por uma confederação e um banco cooperativo, além de processadora e bandeira de cartões, administradora de consórcios, entidade de previdência complementar, seguradora e um instituto voltado para o investimento social.

Ocupa a primeira colocação entre as instituições financeiras com a maior quantidade de agências no Brasil, segundo ranking do Banco Central, com 4.159 pontos de atendimento em mais de 2 mil cidades brasileiras. Acesse o site para mais informações.

Tendências de vendas para ficar de olho e vender mais em 2023
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Tendências de vendas para ficar de olho e vender mais em 2023

Vender é um desafio que qualquer tipo de negócio precisa enfrentar – e não é de agora. Só que, por mais que muitos objetivos da jornada de vendas persistam com o passar dos séculos, as técnicas, ferramentas e plataformas mudam.

O mercado de vendas vive uma constante transformação. As tecnologias, contextos econômicos, cultura social e hábitos de consumo mudam incessantemente. Com isso, as formas de vender precisam acompanhar essas transformações. As televendas e os catálogos de produtos estão sendo substituídos pelas redes sociais e os marketplaces, por exemplo.

Esse cenário pode até ser um tanto difícil de prever, mas uma coisa é certa: não dá para deixar de acompanhar suas mudanças. Para tanto, o ConexãoCoop compilou nove tendências de vendas para sua cooperativa ficar de olho em 2023. Aproveite a leitura!

9 tendências de vendas que sua cooperativa deve acompanhar em 2023

As tendências de vendas para 2023 levam em conta a transformação digital, atendimento personalizado, o perfil dos consumidores, novas formas de vender e oportunidades de mercado. Confira!

1. Ambiente phygital e omnicanalidade

Nos últimos anos, com o impulso da pandemia de Covid-19, os ambientes digitais se tornaram centrais nas estratégias comerciais. Assim, mesmo as pessoas mais céticas em relação às compras pela internet tiveram de adaptar seus hábitos de compras.

Com a queda das restrições de circulação por causa da pandemia, a demanda pelo atendimento presencial voltou a crescer, mas sem diminuir a importância de quem foi para o digital de vez. Dessa forma, a adoção de um modelo phygital – ou seja, que mescla o físico e o digital – desponta como uma das principais tendências de vendas para 2023.

Modalidades que permitem, por exemplo, o processo de compra pela internet e a retirada de um produto na loja física devem seguir ganhando espaço. Esse tipo de venda proporciona comodidade e segurança para os clientes ao mesmo tempo em que permite que a loja tenha mais flexibilidade no estoque.

Em suma, o consumidor moderno é multicanal. As fronteiras entre as plataformas de vendas estão caindo. Hoje, a jornada de compra pode muito bem começar numa vitrine e terminar no aplicativo. Com isso, os negócios precisam se adaptar aos novos hábitos de consumo a fim de proporcionar uma transição suave dentre os diferentes caminhos para as vendas.

2. Autoatendimento

Fruto da transformação digital, o autoatendimento – um modelo de vendas que abre mão da necessidade de um vendedor – vem ganhando espaço graças às plataformas digitais. Um estudo realizado pela Forrester indica que, a cada 10 negócios, 8 já fornecem ao menos um tipo de aplicativo ou forma de autoatendimento para seus clientes.

Grandes redes do varejo online e os aplicativos que entregam as compras nas casas das pessoas são os grandes responsáveis pelo crescimento do autoatendimento. Contudo, essa ideia também está sendo adotada nos ambientes físicos. É o que acontece, por exemplo, quando compramos ingressos para o cinema em um totem de autoatendimento.

Uma outra pista que indica o aumento na demanda pelo autoatendimento é o setor de mercadinhos que ficam dentro de condomínios. Sem atendentes ou caixas, os clientes pegam os produtos, auferem o preço e finalizam o pagamento por conta própria. As varejistas que exploram esse mercado seguem apostando no crescimento acelerado dessa modalidade.

Os atrativos para o modelo de autoatendimento, seja na internet ou em lojas físicas, podem ser explicados em dois fatores: praticidade e agilidade. Já para quem vende, essa tendência ajuda a reduzir custos com pessoal e a suprir uma nova demanda de clientes que preferem estar 100% no controle.

3. Experiência do usuário e hiperpersonalização

Os dados são ferramentas imprescindíveis para os avanços no setor de vendas. Eles ajudam, afinal, a entender o comportamento dos consumidores, além de suas preferências, necessidades e limitações. Agora, o desafio é usar esses dados para oferecer os serviços adequados a cada indivíduo e proporcionar a melhor experiência de usuário.

A internet aumentou a competição de muitos setores. Em meio a esse ambiente, o diferencial competitivo pode estar justamente na hiperpersonalização de produtos e serviços. Com isso, a tendência é que os dados coletados sobre o comportamento dos consumidores sejam utilizados para otimizar a experiência e a jornada de compra.

Usar as informações dos clientes para proporcionar experiências individualizadas sob medida a cada situação é o conceito por trás do Open Finance. Além disso, a jornada de compra também deve ser satisfatória. A MJV Innovation explica a importância de proporcionar uma experiência positiva por meio dos seguintes dados:

  • 32% dos clientes deixam de fazer negócios com uma marca após uma experiência negativa.
  • 72% dos clientes compartilham com seis ou mais pessoas suas experiências de compra positivas.
  • 13% dos clientes insatisfeitos, por outro lado, compartilham a experiência negativa com 15 ou mais pessoas.

Esses elementos não estão somente dentre as principais tendências de vendas, mas também entre as tendências de inovação. Confira mais perspectivas sobre tecnologias e práticas inovadoras para ficar de olho em 2023 no InovaCoop.

4. Marketing de influência

Estamos vivendo na economia dos criadores. Os influenciadores digitais demonstram uma capacidade cada vez maior de impactar decisões de compras. De acordo com um estudo da plataforma Cupom Válido, 43% dos brasileiros já fizeram compras estimulados por influenciadores digitais – a maior proporção do mundo.

Assim, essa é uma das tendências de vendas mais específicas para o Brasil. Aqui, a relevância dos influenciadores é consideravelmente maior do que a média global. A título de comparação, nos Estados Unidos, somente 17% das pessoas já foram influenciadas por um criador de conteúdo digital a comprar algo.

A lógica por trás de tamanha relevância comercial dos influenciadores digitais é a segmentação. De forma geral, os influenciadores podem não alcançar o mesmo público que a mídia tradicional, mas atingem um público mais interessado em temas específicos. Com isso, a efetividade e a conversão são maiores.

Um canal de maquiagem vai ser a melhor plataforma para lançar um novo batom. Uma página de apaixonados por café será mais efetiva na hora de divulgar uma linha de cafés especiais – e essa dinâmica segue válida para muitos outros produtores e setores. Isto é, influenciadores podem ser ótimos vendedores para o seu produto.

5. Adaptabilidade

Vender está mais difícil. Quem diz isso é a Salesforce, uma das maiores autoridades em vendas, eu seu relatório State Of Sales. Qual a solução para contornar esse problema, então? A própria Salesforce responde: a capacidade de adaptar os negócios.

Muito dessa adaptabilidade passa pelos próprios profissionais de vendas. Ao todo, 69% dos profissionais da área ouvidos pelo estudo apontam que o trabalho ficou mais complicado. Ao mesmo tempo em que a competição ficou mais acirrada, as cadeias de suprimento ainda não estão normalizadas. Soma-se a isso a inflação, os juros para pegar empréstimo, e o cenário fica bastante incerto.

Em meio a todas essas dificuldades, os profissionais de vendas seguem pressionados para atingir metas e manter a arrecadação fluindo. Portanto, a solução é adaptar métodos e técnicas para essa nova realidade que se impõe com foco na eficiência e na produtividade – e rápido.

6. Prioridade na retenção de clientes

Uma pesquisa da Hubspot sobre as expectativas e perspectivas no universo das vendas em 2023 registrou que um a cada quatro líderes da área apontam que uma das prioridades do ano é conseguir vender mais para os clientes já conquistados.

Isso se dá porque o custo de fechar novas vendas é menor. Logo, o desafio é encontrar maneiras de fomentar a lealdade à marca. Além disso, um consumidor contente e satisfeito com os serviços e produtos de uma marca pode ajudar a promovê-la, ao compartilhar suas experiências positivas.

Com isso, além de conquistar novos clientes, será importante priorizar a retenção de quem já tem o hábito de comprar a sua marca. No ambiente digital, as pessoas estão cercadas por muitas opções do mundo todo. Consequentemente, manter os clientes satisfeitos e felizes nunca foi tão importante.

7. Eficiência e foco no crescimento sustentável

A importância da área de vendas para o planejamento estratégico das organizações está crescendo, registra a Salesforce. Em 2022, 65% dos líderes disseram que a operação de vendas é um ponto-chave para a estratégia corporativa. Já em 2020, essa taxa era de apenas 54%.

Com isso, as áreas de vendas agora são protagonistas indiscutíveis na jornada em prol da eficiência, da redução de custos e do crescimento sustentável nos negócios. A cada dez profissionais de vendas, 8 acreditam que o setor tem um papel crítico no progresso das organizações.

A tecnologia se mostra como uma aliada inseparável no trajeto para alcançar tais objetivos. A análise de dados e sistemas de apoio aos profissionais de vendas aumentam a eficiência nas vendas. Assim, 94% das organizações planejam consolidar as ferramentas tecnológicas ligadas às vendas no decorrer deste ano.

8. Live commerce: vendendo ao vivo

As plataformas que permitem o streaming ao vivo – como Twitch, YouTube e Instagram – comprovam que há uma grande demanda por conteúdo produzido em tempo real. O alto engajamento que esse tipo de conteúdo gera deu origem a uma nova modalidade de vendas: o live commerce.

Na prática, o live commerce funciona como um programa ao vivo com interações e engajamento com o objetivo de efetivar vendas. Influenciadores relevantes para o produto que está sendo vendido funciona como um atrativo para angariar público.

live commerce já é uma modalidade de vendas bastante forte no mercado chinês. Assim, unindo entretenimento, promoções exclusivas e facilidade para as compras, esse formato está começando a chegar com mais força no ocidente. De forma que vale a pena ficar de olho nele como uma das tendências de vendas para 2023.

9. Oportunidades para exportar

O mercado internacional é amplo e proporciona uma série de oportunidades de exportação. Com a economia globalizada, as fronteiras caem e o mercado externo fica mais competitivo.

O Brasil ainda tem potencial e margem para crescer em participação no mercado externo. O país respondeu por 1,3% na movimentação global de exportações e importações. Os números, todavia, estão melhorando – e muito disso tem a ver com o cooperativismo.

Desde 2016, o crescimento anual no número de cooperativas que exportam é, em média, 6,6%. O cooperativismo agropecuário já ocupa um espaço importante na balança comercial brasileira. Em 2023, novas oportunidades devem surgir no mercado externo – por isso é importante ficar atento.

ConexãoCoop registra feiras e missões internacionais que podem servir como porta de entrada para as cooperativas no mundo da exportação. Além disso, você pode conferir como se comunicar e negociar suas vendas com compradores internacionais, assim como aprender a preparar seus produtos para exportação.

Conclusão

As tendências de vendas e as tendências de consumo, fortemente ligadas entre si, refletem um momento de transição rápida nas dinâmicas comerciais. Os avanços tecnológicos e as mudanças no estilo de vida das pessoas seguem a todo vapor, de forma que a estrutura de vendas seguirá nessa metamorfose.

Diante desse contexto, os times de venda são cruciais para o sucesso de todos os negócios. Com isso, ficar de olho nas tendências de vendas é decisivo para manter sua cooperativa competitiva.

Se quiser saber mais sobre técnicas para vender mais, confira também o curso Vender, comprar, ganhar, no CapacitaCoop! Nele, você vai aprender a aperfeiçoar sua habilidade de negociação; novas técnicas de negociação; quais ferramentas usar na hora de negociar.

Presidente do Banco Central exalta cooperativismo de crédito por inclusão social
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Presidente do Banco Central exalta cooperativismo de crédito por inclusão social

O presidente do Banco Central do Brasil (BCB), Roberto Campos Neto, afirmou que o cooperativismo oferece uma forma de crédito que “gera uma inclusão social enorme”. A declaração foi feita durante entrevista ao programa Roda Viva da TV Cultura nessa segunda-feira (13). Ao ser questionado sobre o papel social que o banco deve exercer e o que foi feito nos últimos nesse sentido, Campos Neto exaltou o crescimento e a capilaridade do cooperativismo de crédito como ferramenta fundamental para o país.

“Em volume de crédito para o pequeno e o microempreendedor, o setor saltou de 10 para 22% nos últimos quatro anos. Para o médio, o crescimento foi de 5% para 11%. As cooperativas estão presentes em 54% dos municípios brasileiros. Além disso, temos vários estudos comprovando que nas cidades onde as cooperativas estão presentes, há ganho econômico e social”, ressaltou.

Ainda segundo o presidente, “o microcrédito é superimportante porque gera educação financeira, gera movimento na ponta, onde as pessoas conseguem fazer seus pequenos negócios. É, portanto, uma agenda social que impacta diretamente as pessoas”. Ele destacou ainda outras iniciativas que ajudam na inclusão financeira como o open finance e o PIX, que se transformou no meio de pagamentos mais utilizado no país.

Contribuição

A participação das cooperativas de crédito na vida dos brasileiros é maior ano após ano. Entre dezembro de 2017 e dezembro de 2021, o número de associados às cooperativas de crédito aumentou de 9,6 milhões para 14,6 milhões, sendo 12,3 milhões de pessoas físicas (PF) e 2,2 milhões de pessoas jurídicas (PJ). Em dezembro de 2021 eram, no total, 818 instituições, garantindo mais de 89 mil empregos diretos.

O número de pontos de atendimento também cresceu de 4.929 para 7.247, o que coloca o cooperativismo de crédito como a principal rede de atendimento físico do país. Além disso, em 275 municípios, as cooperativas de crédito são a única instituição financeira presente, atendendo com qualidade e de acordo com todas as exigências legais e regulatórias estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central do Brasil (BCB).

O Sistema Nacional do Cooperativismo de Crédito (SNCC) integra o Sistema Financeiro Nacional (SFN) com seus serviços de crédito, depósitos, empréstimos, poupança, cartões, seguros, previdência privada e consórcios. Dados do Banco Central do Brasil (BCB), de 2020, indicam que o crescimento do crédito do SNCC foi maior que o do Sistema Financeiro Nacional nos últimos quatro anos. Em 2020, o crescimento anual da carteira de crédito do SNCC atingiu 35% ao final do ano, contra 15% do SFN. Em outro dado, os depósitos do SNCC aumentaram 42,4% no ano, enquanto no SFN (sem o SNCC) o crescimento foi de 25,7%.

Segundo estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), as cidades brasileiras com presença de cooperativas de crédito possuem incremento no Produto Interno Bruto (PIB) per capita de 5,6%, com a criação de 6,2% a mais de empregos e aumento de 15,7% no número de estabelecimentos comerciais. O estudo aponta ainda que a cada R$ 1,00 concedido em crédito pelas cooperativas são gerados R$ 2,45 no PIB local.

 “O cooperativismo financeiro exerce papel fundamental por sua capilaridade e capacidade de distribuição de recursos para as mais diferentes atividades e ações, não apenas de cooperativas e cooperados, mas para a sociedade em geral. O crédito rural, instrumento prioritário para que os objetivos da política agrícola nacional sejam atingidos, passa por uma cooperativa de crédito. A garantia de acesso a financiamentos junto aos pequenos produtores, bem como as possibilidades de custeio se repete também em outras áreas como infraestrutura, transporte, saúde, educação e energia”, ressalta o presidente do Sistema OCB, Marcio Lopes de Freitas.

Confira a fala de Roberto Campos Neto sobre o cooperativismo: 

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