Três cooperativas foram selecionadas no edital do programa Agro 4.0, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), com apoio da OCB. São elas: Cocamar, Lar Cooperativa Agropecuária e Industrial e a Cotrijal Cooperativa Agropecuária e Industrial. Os projetos das coops fazem parte de uma lista com 14 ideias que envolvem a adoção e de difusão de tecnologias 4.0 que vão receber um investimento total de R$ 4,8 milhões. Ao todo, 100 propostas foram inscritas.
O objetivo do programa é promover, por meio dessas tecnologias, o aumento de eficiência e de produtividade, e redução de custos no agronegócio brasileiro. Os projetos selecionados têm, agora, um prazo de sete meses para a execução e outros 12 meses para o monitoramento dos resultados.
CONFIRA AS COOPS SELECIONADAS
Categoria Processamento
- Cocamar + parcerias
Projeto: implantação de solução, incluindo equipamento que classifica diversos tipos de grãos automaticamente e torna o processo de classificação mais ágil e transparente para todos os envolvidos na cadeia de comercialização de grãos.
Categoria Produção e Colheita
- Cotrijal Cooperativa Agropecuária e Industrial + parcerias
Projeto: Implantação de uma plataforma/aplicativo que permita quantificar o nível tecnológico e grau de informação dos produtores rurais em uma escala nacional, ao mesmo tempo que indique caminhos sólidos para adoção de tecnologias 4.0, respeitando a curva de aprendizagem e aumentando a eficiência da adoção destas tecnologias.
- Lar Cooperativa + parcerias
Projeto: Aviot: Avicultura Conectada, Inteligente e Otimizada (implantação de solução para monitoramento constante da produção e aplicação de técnicas de inteligência artificial e aprendizagem de máquina para que se obtenha os melhores parâmetros para produção de aves de corte e que deverão proporcionar melhorias constantes na qualidade e rentabilidade do produtor e da cooperativa, com identificação de correlação de eventuais doenças nas aves-ambiência-homegeneidade de peso e qualidade).
OPORTUNIDADE
Para a OCB, que participou da discussão do edital desde o início, essa é uma oportunidade singular para que as coops que querem trabalhar com adoção e difusão de tecnologias no agronegócio encontre os meios para isso. Vale destacar que a OCB faz parte do conselho superior da Câmara Agro 4.0, no âmbito do governo federal.
DISSEMINAÇÃO DE TECNOLOGIA
O programa é executado pela ABDI e pelos Ministérios da Agricultura (MAPA), da Economia (ME) e da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). De acordo com o presidente da ABDI, Igor Calvet, o programa Agro 4.0 irá possibilitar e gerar uma maior disseminação de tecnologias digitais no agronegócio, com foco em aumento de eficiência, produtividade e redução de custos junto a produtores e indústrias.
O superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nobile, destacou nesta quarta-feira (2), a importância do papel do cooperativismo no fortalecimento da assistência técnica e extensão rural. Ele citou dados do Censo Agropecuário 2017 ao apontar que, entre os cooperados que responderam à pesquisa, 63,8% recebe assistência técnica, enquanto apenas 20,2% do montante total de produtores têm acesso a esse serviço. “Ao considerar que temos mais 1,6 mil de cooperativas agrícolas registradas junto ao Sistema OCB, reunindo mais de um milhão de cooperados, os dados ganham ainda mais relevância, afirmou.
Ainda segundo ele, as cooperativas agropecuárias brasileiras reúnem cerca de 8 mil profissionais de assistência técnica e extensão rural. “Além da orientação técnica em si, esses profissionais também possuem um papel estratégico na relação de confiança entre a cooperativa e seus cooperados, eixo de fundamental importância para o sucesso desses empreendimentos, principalmente se levarmos em conta que segundo o levantamento do IBGE, 71,2% dos estabelecimentos rurais de produtores associados a cooperativas são do perfil da agricultura familiar, público esse que necessita de suporte para acessar esses serviços”.
Nobile participou de evento virtual promovido pelo deputado Zé Silva (Solidariedade-MG), presidente da Frente Parlamentar de Assistência Técnica e Extensão Rural e membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) para debater e apresentar ações de fortalecimento da Ater e também em comemoração aos 72 anos do movimento extensionista no Brasil. “Essa iniciativa é fundamental para darmos continuidade aos avanços na área. O deputado Zé Silva está de parabéns”, concluiu.
O deputado Zé Silva ressaltou que, como parlamentar, tem orgulho de ter incluído a extensão rural e a agricultura familiar na pauta prioritária do Congresso Nacional, e de ter atuado para a criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). “O serviço de extensão rural é a única esperança e ligação entre o estado e o trabalhador rural. Portanto seguirei lutando no Congresso Nacional para garantir a valorização desse serviço fundamental”.
O presidente da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), Ariel Guarco, participou nesta terça-feira, da celebração dos 45 anos de ensino superior em cooperativismo na Universidade Federal de Viçosa (MG). O evento foi transmitido ao vivo pelo canal do Sistema OCB, no Youtube, e também contou com a participação de Geâne Ferreira, gerente de Desenvolvimento Humano em Cooperativismo do Sistema OCB. Além de representantes da própria universidade.
Segundo ele, quando se fala em desafios para a pesquisa que envolve o cooperativismo, há algumas áreas que podem e merecem ser bastante exploradas. “Com certeza, temos a educação cooperativa, como um dos primeiros temas; a economia digital, em segundo lugar; e, ainda, as cadeias de produção sustentáveis, que envolve o cuidado do meio ambiente, com o trabalho decente e a com a igualdade de gênero”, pontua Ariel Guarco.
A gerente de Desenvolvimento Humano em Cooperativismo, Geâne Ferreira, que estudou na instituição, disse que celebrar essa data é essencial para o desenvolvimento do cooperativismo no país, utilizando, como estratégia a união entre teoria e prática.
“Esse é um marco! E, como tal, uma excelente oportunidade para reunir as universidades, o Sistema OCB e suas unidades estaduais e comemorar as conquistas dessa parceria – academia e cooperativas. É também uma oportunidade para falarmos sobre como o Sistema OCB tem trabalhado para estimular as pesquisas em cooperativismo em nível nacional”, comentou a gerente.
NA PRÁTICA
Ana Louise Fiuza, professora do programa de Pós Graduação em Economia Doméstica e chefe do Departamento de Economia Rural da UFV, reforçou a necessidade de as pesquisas estarem voltadas às demandas. “Precisamos aproveitar este evento para refletirmos sobre a importância do ensino nos cursos de cooperativismo se voltarem mais para as demandas e necessidades da sociedade, com uma leitura voltada às perspectivas concretas acerca das transformações pelas quais a sociedade e a economia mundial atravessam”, enfatizou.
ASSISTA
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A Copasul –Cooperativa Agrícola Sul-Mato-Grossense entrou para um seleto grupo de empresas brasileiras ao conquistar, na manhã desta quarta-feira(2), a marca de R$ 2 bilhões em faturamento, número que representa o montante em vendas realizadas pela cooperativa.A meta de R$ 2 bilhões foi estipulada em dezembro de 2017 com o planejamento de ser atingida até 2025. Em 2019, com um faturamento de R$ 1,4 bilhão, a expectativa era de que a marca seria alcançada anos mais tarde, mas por diversos fatores acabou batida já em 2020, correspondendo a um crescimento em torno de 40%.
O faturamento recorde vem no ano em que o agro brasileiro ‘segurou as pontas’no contexto da pandemia e é precedido, por exemplo, do recorde de recebimento de grãos alcançado pela Copasul em 2020, com 20,7 milhões de sacas recebidas, algo em torno de 17% mais que no ano passado.
Como ressalta o presidente da cooperativa, Gervasio Kamitani, são números que representam a presença forte da Copasul na sociedade. “Seu Sakae sempre falava que uma empresa que deixa de ser importante para a comunidade ela perde a razão de existir. Temos uma boa posição na lista de melhores empresas do Brasil e aqui no Estado estamos entreas primeiras. Isto só é possível graças ao empenho dos colaboradores, o acolhimento da comunidade e os cooperados. Meu pai sempre falava da importância de gerar empregos e dar reconhecimento aos colaboradores. A Copasul impacta positivamente a comunidade e reconhece quem trabalha aqui. Humildade sempre e manter a tradição para buscarmos as próximas metas”, disse Gervasio.
O vice-presidente da cooperativa, Nelson Antonini destacou a participação de todos na conquista. “Me sinto muito feliz por ter contribuído com esta história. Tenho 32 anos de cooperado e estar aqui neste momento é muito importante. Quero agradecer a cada colaborador, desde o mais humilde ao mais graduado, cada cooperado, desde o que planta pouquinho ao que planta bastante, todos são fundamentais. Ninguém consegue uma meta dessa sozinho e eu agradeço muito a Deus por participar disso com todos”, comemorou.
O conselheiro José Carlos Marchetti destacou a força da tradição da Copasul como empresa correta e dedicada. “Em primeiro lugar temos que agradecer a Deus, por que sem Ele não conseguimos realizar nada. No mais, isto é trabalho sério e honesto. Vemos o jeito que a Copasul é respeitada pelo jeito que trabalha, a maneira que trata os colaboradores. Não foi fácil, mas estamos felizes por ter conseguido a meta e por estar aqui participando disso”, disse.
Daruma
Como manutenção da tradição e ligação com as raízes nipônicas, a Copasul realizou um evento para a pintura do olho do daruma, em razão da meta conquistada. Na tradição japonesa, quando se estabelece um objetivo, pinta-se um dos olhos de uma peça chamada daruma e, ao atingir a meta, é feita a pintura do outro olho.Na tarde destaquarta-feira, o presidente da Copasul, Gervasio Kamitani, o vice-presidente, Nelson Antonini e os conselheiros administrativos que estiveram na cerimônia procederam com a pintura do segundo olho do daruma que fica exposto na sede administrativa da cooperativa, em Naviraí.
Um momento que contou com poucas pessoas e que teve todos os cuidados relativos à biossegurança dos participantes.
Fotos: Divulgação
Coamo implanta mais uma unidade em Dourados no distrito de Macaúba para atender produtores da região
O presidente-executivo da Coamo Cooperativa Agroindustrial Airton Galinari anunciou na manhã desta quarta-feira, 02, durante o programa Informativo Coamo na Rádio Coração de Dourados e outras 28 emissoras no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, a aquisição de uma nova unidade no município de Dourados.
A nova unidade está localizada no Distrito de Macaúba e irá já a partir da próxima safra 2020/2021 atender os produtores da região do Guassu, Deodápolis e Fátima do Sul. Galinari afirmou que a Coamo assumiu a unidade no dai 16 de novembro e estão sendo feitos investimentos para melhorar as instalações.
O diretor de Logística e Operações, Edenilson Carlos de Oliveira, que também participou do programa afirmou que as grandes distâncias entre os municípios de Mato Grosso do Sul fez com que a Coamo optasse em adquirir mais esta unidade para facilitar o transporte da produção dos cooperados.
Edenilson disse que a nova unidade ficará mais perto dos produtores dessa região com secagem de qualidade, fluxo ágil e moderno na recepção da produção bem mais perto das propriedades.
Edenilson e Galinari
Galinari afirmou que o foco da cooperativa é atender bem o cooperado com insumos de qualidade, assistência técnica e uma boa recepção da produção. “Com esta unidade as indústrias da Coamo em Dourados serão beneficiadas com mais matéria prima”, disse o presidente, ressaltando o crescimento sustentável da cooperativa.”Com planejamento garantido sendo uma empresa moderna e mais competitiva no mercado”, afirmou o executivo.
Assumiu recentemente a gerencia do entreposto da Coamo nas unidades de Dourados e Macaúba o engenheiro agrônomo douradense Eduardo Xavier do nascimento, que é v graduado pela Universidade federal da Grande Dourados e estava gerenciando anteriormente a unidade da cooperativa em Amambai.
O novo gerente douradense iniciou a carreira na Coamo em 2007 no departamento Técnico da unidade de Aral Moreira. Em 2012 foi para a unidade de Maracaju também na parte técnica onde permaneceu por quatro anos sendo transferido para amambai em 2017 como gerente da unidade. Agora assumiu a gerência os entrepostos de Dourados e Macaúba.