As novas inserções de imóveis no Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR), uma exigência do Código Florestal, revelam que os agricultores brasileiros são responsáveis pela preservação da vegetação nativa de mais de 218 milhões de hectares, o equivalente a um quarto do território nacional (25,6%).
Coleta - Os números de 2017 foram coletados pela Embrapa Territorial (SP), a partir das informações mantidas no SiCAR pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB). Em média, é como se cada produtor rural utilizasse apenas metade de suas terras. A outra metade é ocupada com áreas de preservação permanente (às margens de corpos d’água e topos de morros), reserva legal e vegetação excedente. Segundo a Embrapa, o valor do patrimônio fundiário imobilizado em preservação ambiental chega à cifra de R$ 3,1 trilhões.
Área total - Mapeada detalhadamente pela Embrapa Territorial, a área total destinada à preservação, manutenção e proteção da vegetação nativa no Brasil ocupa 66,3% do território. Nesse número, estão os espaços preservados pelo segmento rural, as unidades de conservação integral, as terras indígenas, as terras devolutas e as ainda não cadastradas no SiCAR. Elas somam 631 milhões de hectares, área equivalente a 48 países da Europa somados.
CAR - O Cadastro Ambiental Rural (CAR) é uma exigência do Código Florestal Brasileiro de 2012 para todas as propriedades e posses rurais no Brasil. No CAR, cada produtor delimitou, além do perímetro do imóvel, suas áreas de preservação permanente, reserva legal e de vegetação excedente. Essa base de dados geocodificados foi construída sobre imagens de satélite com cinco metros de resolução espacial. No caso do estado de São Paulo, a resolução é melhor, de um metro. “Os dados são muito precisos”, afirma Evaristo de Miranda, chefe-geral da Embrapa Territorial.
Cálculo - Para calcular o território dedicado à vegetação nativa, a equipe da Embrapa Territorial baixou e integrou ao seu Sistema de Inteligência Territorial Estratégica 180 gigabytes de dados de cada um dos 5.570 municípios brasileiros. Os materiais e os métodos utilizados, bem como os resultados, estão disponíveis na página da Embrapa sobre o CAR.
Cadastrados - Até 31 de janeiro deste ano, estavam cadastrados no SiCAR pouco mais de 4,8 milhões de imóveis e 436,8 milhões de hectares de terras. Essa área já supera em 30% a que foi identificada no Censo Agropecuário de 2006. Por isso, Miranda avalia que a análise da dimensão territorial da participação do segmento rural na preservação da vegetação nativa no Brasil está mensurada, pois os números do novo censo devem ter pouca variação.
Despesas - Atualmente, a Embrapa Territorial faz um estudo sobre as despesas que os agricultores têm com a manutenção das áreas de preservação determinada por lei. A instituição trabalhará ainda no custo de oportunidade e nas avaliações de impacto sobre empregos, impostos, estoques de carbono, indicadores de biodiversidade e serviços ambientais.
Recortes regionais - No Pará, em média, 57,6% dos imóveis rurais não são utilizados para atividades econômicas, mas destinados a áreas de preservação permanente, reserva legal, vegetação excedente e hidrografia. Essas terras correspondem a 23% do território paraense. O estado ainda é caracterizado por extensas unidades de conservação e terras indígenas que, somadas e descontadas as sobreposições, ocupam mais de 45% do território paraense, cerca de 85,7 milhões de hectares.
Amazônia Legal - O Pará está na chamada Amazônia Legal, onde o Código Florestal exige que 80% da propriedade seja reservada para vegetação nativa nas regiões com floresta. Mas o estado também tem áreas de cerrado e de campos gerais, em que a reserva legal pode ser de 35% e 20%, respectivamente.
Oeste da Bahia - No Oeste da Bahia, a parcela dos imóveis rurais dedicada à preservação da vegetação nativa supera os 50%, em média, e atinge 52,1%, enquanto a exigência legal é de 20%. Isso equivale a 30,2% da área total da região preservada nos imóveis rurais. O Oeste baiano está no bioma Cerrado e compõe a região do Matopiba, acrônimo da área de expansão da agricultura no Brasil formada por partes dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
Mancha verde - A mancha verde dos espaços reservados à preservação do Cerrado dentro das propriedades privadas recobre mais de quatro milhões de hectares, nos 32 municípios, cujos dados do CAR foram avaliados pela Embrapa Territorial. Nessa região, o valor médio do patrimônio fundiário imobilizado com vegetação nativa foi estimado, pelo centro de pesquisa, em aproximadamente R$ 11 bilhões.
Mato Grosso - Se Mato Grosso fosse um país, com seus 20,1% de áreas protegidas, o estado só perderia para o Brasil em termos de percentagem territorial dedicada à proteção da vegetação nativa e biodiversidade. “O contrassenso ambiental do Brasil não está no fato de o país proteger um percentual três vezes maior de seu território, se comparado à média dos demais países do mundo. Sem sombra de dúvida, o Brasil é o campeão planetário da proteção territorial, em termos relativos e absolutos. O paradoxo reside no fato de o país ser criticado internacionalmente por não ampliar a área de proteção a florestas e ecossistemas por nações que protegem áreas ínfimas de seus desmatados e densamente ocupados territórios”, avalia Evaristo de Miranda no livro “Tons de Verde, a sustentabilidade da Agricultura no Brasil”. (Gazeta do Povo)
No dia 16 de agosto, o Sistema OCB/MS promove o VII Seminário Jurídico do Cooperativismo, que tem o objetivo de promover a reflexão e o debate das mais importantes teses e hipóteses pertinentes ao cooperativismo brasileiro.
Na programação, juristas de renome nacional irão abordar a compreensão da operacionalização das cooperativas brasileiras, através de palestras que tratam do Direito Cooperativo, aspectos de regulação em cooperativas, ato cooperativo e os reflexos da Reforma Trabalhista nas cooperativas.
“O evento busca estimular a produção de conhecimento e o seu aproveitamento pelos operadores do Direito no Estado. O cooperativismo é uma das formas de organização da nossa sociedade e ainda é pouco discutido pelo Direito, temos que promover mais eventos que possibilitem refletir e discutir sobre esses assuntos que são tão relevantes na nossa sociedade’’, enfatizou o presidente do Sistema OCB/MS, celso Régis.
O seminário é destinado a magistrados, membros do Ministério Público, da Defensoria Pública, advogados, assessores/consultores jurídicos das cooperativas e acadêmicos de Direito.
O evento será realizado no auditório do Sistema OCB/MS, a partir das 8h30, com emissão de certificado de 8 horas/aulas. As inscrições são gratuitas pelo site www.ocbms.org.br e conta com o apoio do escritório ACVS Advogados, OAB/MS – Ordem dos Advogados do Brasil e UCDB - Universidade Católica Dom Bosco.
A inscrição é gratuita e você pode fazer clicando aqui.
A diversificação no campo é algo cada vez mais necessário para tornar a atividade mais competitiva e rentável e uma das áreas que tem crescido em Mato Grosso do Sul é a piscicultura. Segundo a Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), o Estado é o 11º produtor nacional com mais de 1.000 produtores atuantes. Mas, ainda é necessário investimento principalmente em mercado. Pensando em estimular novos negócios e a diversificação para o produtor rural, a Copasul vai promover no dia 08 de agosto, a partir das 13 horas na Câmara Municipal de Naviraí um evento com palestras com autoridades na criação e mercado de tilápias, além disso, o evento terá a apresentação do projeto de piscicultura da Cooperativa.
"Ao longo da história da Copasul sempre priorizamos o estímulo para a diversificação no campo, e assim foi com a instalação das unidades industriais da fiação e fecularia e também com a irrigação, que trouxe mais segurança ao produtor. Agora há uma demanda para essa nova área e acreditamos que pode ser um negócio muito rentável ao produtor rural. Dessa forma, a Copasul cumpre uma das suas missões, que é o fortalecimento do associado e segurança de sua atividade", disse o presidente, Gervásio Kamitani. Acredita-se que vários fatores sejam favoráveis ao projeto como o clima da região, abundância de recursos hídricos e produtores interessados nessa atividade. O evento é aberto a toda a comunidade e é necessário fazer inscrição pelo telefone (67) 3409-1234.
Inscrições pelo site www.copasul.coop.br
Confira programação completa:
HORÁRIO | ATIVIDADE/PALESTRANTE |
13h às 13h15 | Recepção/Inscrições |
13h15 | Abertura |
13h45 às 14h30 | Avanços Genéticos da Tilápia - Ricardo Neukirchner (Aquabel) |
14h30 às 15h15 | Visão Panorâmica da Piscicultura no Estado de Mato Grosso do Sul - André Nunes (Consultor Técnico de Piscicultura do Senar) |
15h15 | Intervalo |
15h45 às 16h15 | Linhas de Crédito para o Piscicultor e para Indústria, Custeio/Plano Safra da Piscicultura - Carmem Rodrigues Truite (Gerente de Operações Adjunta/BRDE) |
16h15 às 17h | Incentivos fiscais para a Piscicultura e Indústria em MS - Jaime E. Verruck - Sec. de Estado de Meio Ambiente, Desenv. Econômico, Produção e Agricultura Familiar |
17h | Encerramento |
Cooperativas fortes, com resultados sociais e econômicos cada vez maiores e fazendo sua parte para transformar a realidade das cidades brasileiras. Esse é o cenário positivo pelo qual o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) tem trabalhado desde que surgiu, há 20 anos.
E, para marcar essas duas décadas de trabalho e, ainda, visando contribuir com o desenvolvimento sustentável do movimento cooperativista brasileiro, foi lançada hoje a Diretriz de Atuação do Sescoop, durante evento realizado nesta terça-feira (31/7), em Brasília, e que contou com a participação de representantes das organizações estaduais do Sistema OCB, composto pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), pela Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop) e, claro, pelo Sescoop.
Durante a abertura do evento, o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, fez questão de destacar que o Sescoop foi criado há duas décadas para acompanhar de perto as cooperativas brasileiras e, com isso, oferecer soluções para a sustentabilidade do negócio. “Isso faz parte da missão do Sescoop: promover a cultura cooperativista e o aperfeiçoamento da gestão para o desenvolvimento das cooperativas brasileiras”, reforça Nobile.
Além disso, segundo ele, a Diretriz de Atuação representa um marco na história do movimento cooperativista brasileiro. “O cooperativismo é feito por pessoas e para pessoas, por isso, a padronização dos processos é importante na busca de respostas adequadas diante da diversidade de todo o país”, avalia.
COMO VAI FUNCIONAR
O documento lançado nesta terça-feira, pretende oferecer uma linha orientadora para a atuação de todas as unidades estaduais do Sescoop, considerando o contexto atual e a visão de futuro do cooperativismo brasileiro, de modo a potencializar os resultados em benefício dos cooperados e seus familiares e empregados.
“Nossa intenção é consolidar e evidenciar as ações realizadas pelo Sescoop, focadas nas cooperativas, de modo consistente e coerente com uma política nacional, de acordo com os pressupostos legais, regimentais e doutrinários. Para isso, foi necessário construir uma linha-mestra que norteie a atuação das unidades estaduais, respeitando as particularidades regionais”, explica a gerente geral do Sescoop, Karla Oliveira.
Segundo ela, o modelo de atuação preconizado pela diretriz considera o desenvolvimento das pessoas, por meio da redução das lacunas de competências necessárias ao desenvolvimento das cooperativas, conforme necessidades identificadas por meio dos diagnósticos. “Assim, nosso trabalho é um ciclo virtuoso que gera mais e mais valor. Esse processo trará soluções que fazem sentido para cada cooperativa e, assim, gerará impactos positivos nos resultados”, frisa Karla.
Ela explicou, ainda, que a Diretriz de Atuação do Sescoop trabalha com base em quatro eixos de atuação:
- Identidade: ajuda as cooperativas a se adequarem à legislação cooperativista, a se manterem fieis ao estatuto e a garantirem a integridade dos valores cooperativistas no dia-a-dia do negócio.
- Governança: oferece um modelo de governança e liderança estratégicas baseado nos princípios cooperativistas de tomada de decisão coletiva.
- Gestão: possibilita a implementação e o aperfeiçoamento de processos de gestão, com base em modelo de excelência.
- Desempenho: monitora o resultado da cooperativa para que seja possível adotar medidas para a melhoria do desempenho global do negócio.
PARTICIPAÇÃO
“Temos uma grande expectativa com relação aos desdobramentos dessa Diretriz de Atuação, por isso, pedimos que todos se envolvam, afinal, o trabalho depende do empenho de todos, como Sistema. Por isso, a dedicação de cada um de nós será essencial na hora de colocar tudo isso em prática. As pessoas são o início, o meio e o fim de todo o nosso processo. Venha com a gente, e nos ajude a desenvolver as cooperativas e o cooperativismo no Brasil”, conclui Renato Nobile.
EFETIVIDADE
“A diretriz dá um Norte, ao mesmo tempo que mantém a individualidade cada região, de cada estado, aquilo que cada um já construiu, baseado nas suas realidades e necessidades. O fato de termos um pensamento sistêmico melhora a coleta de dados e nos permite mais segurança na hora de nos expormos aos órgãos consultores e fiscalizadores.” Élvio Silveira, coordenador de Formação Profissional e do Monitoramento do Sescoop/SC
Fonte: Sistema OCB
Sem medir esforços para melhorar a vida dos cooperados e da comunidade onde estão localizadas, as cooperativas brasileiras têm mostrado como o cooperativismo é capaz de transformar a realidade socioeconômica do país inteiro.
É por isso que o Sistema OCB realiza, a cada dois anos, o Prêmio SomosCoop – Melhores do Ano. A ideia é reconhecer essas iniciativas, estimulando a troca de experiências entre as mais de 6,6 mil cooperativas.
Para participar, basta clicar aqui e se inscrever. O prazo vai até o dia 30 de agosto.
SOBRE O PRÊMIO
Desde sua primeira edição, em 2004, já foram premiadas ações de mais de 80 cooperativas, elevando, assim, o nível de comprometimento tanto com a sustentabilidade do negócio quanto com as questões sociais.
O prêmio está dividido em sete categorias: Comunicação e Difusão do Cooperativismo, Cooperativa Cidadã, Desenvolvimento Sustentável, Fidelização, Inovação e Tecnologia, Intercooperação e Cooperjovem.
Os projetos devem conter benefícios comprovados aos cooperados e à comunidade local. A avaliação das iniciativas inscritas será realizada a partir de uma matriz de pontuação, conduzida por uma comissão indicada e nomeada pelo Sistema OCB, entidade composta pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e pela Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop).
QUER SABER MAIS?
Clique aqui ou fala com a gente.
Meu nome é Aurélio Prado e meus contatos são: 61 3217-1525 ou
Fonte: Sistema OCB
- Cooperativismo: caminho da sustentabilidade
- Seminário Desafios e Oportunidades para o Cooperativismo de Energia ocorre dia 8
- Sicredi entrega Praca Esportiva Belmar Fidaldo revitalizada junto com a Prefeitura
- Parceria de futuro: Sicredi apresenta o RoboCoop, a Robótica Cooperativa para alunos de escola pública em Maracaju