Foi lançado em Campo Grande, o Projeto de Desenvolvimento da Bacia Leiteira na Região Central de MS – Leite Forte. O programa pretende, através da qualificação dos produtores, ampliar a atual produção do Estado destinada às indústrias, de 900 mil para 2 milhões de litros ao dia, até 2015 - aumento de 122%.
“Temos essa capacidade com a atual quantidade de produtores, o que falta é qualificação para que eles implementem medidas de aumento da produção, que vão desde higiene, nutrição, sanidade, até genética”, afirma Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, titular da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo do Estado (Seprotur).
O Leite Forte deve auxiliar na gestão e assistência técnica das propriedades leiteiras. Numa primeira etapa 1,5 mil produtores na região central de MS serão atendidos em 17 municípios: Anastácio, Aquidauana, Bandeirantes, Camapuã, Campo Grande, Corguinho, Dois Irmãos do Buriti, Jaraguari, Nova Alvorada do Sul, Nioaque, Ribas do Rio Pardo, Rio Brilhante, Rio Negro, Rochedo, São Gabriel do Oeste, Sidrolândia e Terenos.
Iniciativa do governo federal de estímulo à redução de CO2, o Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) vai estar em dois painéis durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). O primeiro será nesta sexta-feira, 15 de junho, às 17h30, no Riocentro. O outro acontece no dia 20 de junho, às 9h, na sede da Embrapa Solos, local que concentrará a maior parte da programação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e vinculadas.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Erikson Chandoha, a proposta é divulgar para os participantes do evento – especialmente agricultores brasileiros e estrangeiros – a importância econômica e ambiental das práticas financiadas pelo ABC. “Pretendemos apresentar práticas que podem ser adotadas em outros países. O programa é um exemplo de incentivo ao desenvolvimento agropecuário em conjunto com a preservação ambiental”, afirmou Chandoha, que estará presente na abertura do painel do dia 15 de junho, no Riocentro, junto com representantes dos ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Agrário.
O evento do dia 15 terá quatro exposições: o plano ABC no contexto da implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima; plano setorial da agricultura; potencial e estratégias do uso de biogás para a agricultura familiar e construção de capacidades técnicas focadas no bioma, na profissionalização e na viabilidade econômica do médio produtor rural.
Criado em 2010, o ABC oferece crédito aos produtores rurais para a adoção de técnicas agrícolas sustentáveis. Entre as práticas financiadas, estão sistema de plantio direto, tratamento de resíduos animais, integração lavoura-pecuária-floresta, fixação biológica de nitrogênio, plantio de florestas e recuperação de áreas degradadas. O principal objetivo é fazer frente aos desafios trazidos pelas mudanças climáticas, com a meta de reduzir, até 2020, entre 133 a 162 milhões de toneladas de CO2.
Entre julho de 2011 e abril de 2012, produtores rurais e cooperativas contrataram R$ 840,9 milhões por meio do ABC, com juros de 5,5% ao ano praticados pelo Banco do Brasil e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O prazo para pagamento é de 5 a 15 anos, e o limite de financiamento é de R$ 1 milhão.
(Fonte: Mapa)
A Comissão de Agricultura do Senado (CRA) discutiu hoje (14/6), durante audiência pública, as taxas de juros oferecidas ao setor agropecuário. Representantes do Governo e do setor produtivo foram convidados para debater o assunto .
Dentre os expositores, o analista de Ramos e Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Paulo César do Nascimento, defendeu que existe forte espaço para redução das taxas de juros, reforçando a necessidade de maiores estímulos para o crescimento da produção no campo. "A agropecuária é um setor altamente estratégico para o país e por isso deveria ser tratada em condições especiais", destacou. O analista reiterou, ainda, a importância do desempenho superavitário da balança comercial, fruto da alta performance do agronegócio brasileiro.
Com isso, a CRA enviará ao governo federal proposta para que o Plano Agrícola e Pecuário para 2012/2013 preveja crédito para custeio da safra com juros máximos de 4,5% para a agricultura empresarial e 3% para o médio produtor rural. Atualmente, os grandes produtores pagam juros de até 6,75% e os médios de até 6,25%.
A proposta foi anunciada pelo presidente da Comissão, senador Acir Gurgacz (RO), durante a audiência, quando foi discutido o novo Plano Safra, que deverá ser anunciado pelo governo ainda este mês.
Em apoio aos argumentos do senador, o analista Paulo César afirmou que a redução do custo do financiamento rural representaria grande estímulo ao produtor.
Fonte: OCB
O Banco Central do Brasil (BC) aprovou nesta semana a realização de audiência pública para avaliar duas propostas de atos normativos sobre responsabilidade socioambiental para instituições financeiras (IF’s). Foi durante o ciclo de debates sobre finanças sustentáveis, promovido em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) na conferência da ONU para o desenvolvimento sustentável, Rio+20, que acontece na capital fluminense. As resoluções propostas pelo BC vão fazer com que todas as IF’s, inclusive as cooperativas de crédito, tenham que adotar critérios mínimos de normas, respeitando as políticas socioambientais vigentes, bem como a proporcionalidade das instituições.
O presidente do BC, ministro Alexandre Tombini, afirmou que “a intenção é tornar as instituições financeiras instrumentos de apoio e contribuição para as políticas socioambientais do país”. De acordo com o gerente do Ramo Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Sílvio Giusti, a atuação das IF’s no que diz respeito a sustentabilidade está sendo cada vez mais salientada e elas podem contribuir de maneira significativa. “Em geral, tido tipo de empreendimento demanda crédito. Na medida em que as instituições financeiras conseguem mapear esse ambiente, podem restringir a concessão do crédito que possa vir a impactar de forma negativa no meio ambiente. Assim como podem, também, identificar alternativas econômicas em determinados locais, que evitem a degradação do ambiente, fomentando esta atividade por meio de concessões especiais”, explicou.
Segundo Giusti, a preocupação pelas questões socioambientais já estão presentes, por natureza, no dia a dia das cooperativas de crédito: “O respeito ao princípio cooperativista do interesse pela comunidade traduz muito dessa questão de responsabilidade social e políticas de sustentabilidade. Está no DNA das cooperativas agir pensando no desenvolvimento sustentável, sempre buscando o impacto social – a preservação do ambiente por meio de um melhor ambiente social. Nada mais coerente do que as cooperativas serem grandes referências nesse aspecto. Faz parte da genética delas.”
Giusti afirma ainda que o Conselho Consultivo de Crédito da OCB (Ceco) deverá apresentar posicionamento durante a audiência, abrangendo os interesses do setor. O prazo da audiência pública será de 90 dias. Portanto, as IF’s interessadas em contribuir com a redação dos futuros normativos têm até o dia 11 de setembro para fazê-lo acessando o site www.bcb.gov.br.
O Brasil vai assumir a presidência pro-tempore da Reunião Especializada de Cooperativas do Mercosul (RECM), por um mandato de seis meses durante o segundo semestre de 2012. A decisão foi anunciada durante a última Seção Nacional da RECM, realizada no dia 14 de junho, na sede do Departamento Nacional de Cooperativismo (Denacoop) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília (DF). O objetivo do encontro foi fazer um balanço das ações empreendidas pelo grupo no Ano Internacional das Cooperativas, com destaque para a participação da RECM na Feira AgroBrasília, onde aconteceu o Fórum de Intercooperação de Negócios das Cooperativas do Mercosul.
A Presidência da RECM será exercida pelo Denacoop, em parceria com a Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego (Senaes/MTE), por meio de atuação conjunta e decisão colegiada entre os representantes governamentais, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários (UNISOL) e a União Nacional de Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (UNICAFES).
De acordo com a analista de Relações Institucionais da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Patrícia Rocha, que acompanhou a reunião, as próximas atividades do grupo serão norteadas pelo Plano de Ação 2011/2014. “O objetivo é difundir e dar visibilidade às conquistas do modelo cooperativo, além de estabelecer parcerias estratégicas para o financiamento de redes e cadeias produtivas e minimizar as interferências produzidas pelas mudanças de governo dos países membros”, afirmou.
Na próxima Reunião Plenária da RECM, prevista para o dia 25 de junho em Buenos Aires, Argentina, serão discutidos os mecanismos para desenvolvimento de projetos no campo do cooperativismo, em particular no que se refere à harmonização de aspectos legislativos e implementação de políticas públicas efetivas; aos avanços no ambiente político-institucional; à promoção da liberdade de circulação e instalação de cooperativas na região; e à sensibilização dos governos para a importância da criação de um marco regulatório em prol do desenvolvimento econômico e social das cooperativas do Mercosul.
Fonte: OCB