Governo federal altera regras para pulverizacão aérea nas lavouras

As aplicações aéreas de produtos agrotóxicos que contem Imidacloprido, Tiametoxam, Clotianidina e Fipronil para as culturas de algodão e de soja serão flexibilizadas de acordo com o ciclo de cada região do país. A partir de agora, a aplicação será permitida apenas para algumas culturas, cujo uso da aviação agrícola é essencial, preservando o máximo possível o período de visitação das abelhas. Antes, existia um prazo fixo para todos os estados.
Em 3 de outubro deste ano, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autorizaram e regulamentaram a aplicação do uso desses quatro produtos de forma excepcional e temporária para as culturas de arroz, cana-de-açúcar, soja e trigo, até 30 de junho de 2013.

A regulamentação foi publicada nesta sexta-feira, dia 4 de janeiro, no Diário a Oficial da União (DOU) em Ato conjunto da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA/Mapa) e o Ibama.

De acordo com o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins do Mapa, Luís Rangel, a utilização dos aviões é fundamental para o processo de produção dessas culturas. "Identificamos que o período crítico de controle de percevejos na soja é logo após a floração, quando ocorre a formação e o enchimento dos grãos. Criamos regras de aplicação segura que contam com a restrição no momento de visitação das abelhas, mas permitem o controle dos percevejos, no caso da soja. Construímos junto com o Ibama as exceções e consideramos as necessidades do agricultor. O Mapa apóia fortemente a medida que visa proteger o Meio Ambiente e os polinizadores", explicou.

Condições - A aplicação aérea para controle de pragas agrícolas desses produtos deve seguir uma série de condições. Antes da aplicação, os produtores rurais deverão notificar os apicultores localizados em um raio de 6 km com antecedência mínima de 48h.

A cultura do algodão foi incluída na exceção aprovada pelo governo, somando-se às culturas da soja, cana-de-açúcar, trigo e arroz para o uso desses produtos por meio da aviação agrícola. Essas empresas ficam responsáveis por comunicar o Mapa, mensalmente, sobre a aplicação dos produtos. A fiscalização dessa modalidade de uso será intensificada no período de validade da restrição do Ibama.
(Fonte: Mapa)

 

Cooperativas agropecuárias apoiarão o Cadastro Ambiental Rural

 As cooperativas agropecuárias atuarão fortemente em 2013 para regularizar os estabelecimentos rurais de seus cooperados frente às exigências do novo Código Florestal brasileiro. Ao fazer o registro, o presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), Marcos Antônio Zordan, destacou o acordo de cooperação técnica que a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) assinou no início de janeiro com o Ministério do Meio Ambiente (MMA).

O convênio permitirá acelerar o processo de implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e cumprir a meta de cadastrar 100% das propriedades rurais do país em um prazo de cinco anos. Zordan lembra que mais de 90% das propriedades rurais não estão regularizadas perante o governo federal. Antes da aprovação do novo Código Florestal, esse processo era burocrático e oneroso: agora, será autodeclaratório e simplificado.

O dirigente destacou que o produtor rural cooperado continuará produzindo de maneira sustentável, preservando a biodiversidade, protegendo o solo e os recursos hídrico de sua propriedade, completamente regularizado frente ao novo ordenamento legal. O pequeno e médio produtor rural que tiver um passivo ambiental, terá tempo para corrigi-lo e -- cadastrando-se no CAR -- ficará isento de multas anteriores a julho de 2008. Paralelamente, voltará a ter acesso ao crédito, o que pode melhorar a qualidade e a quantidade de sua produção.

As cooperativas do Sistema OCB atuarão como orientadoras e apoiadoras durante o processo de cadastramento, pois essa é a única maneira de produzir com segurança jurídica, acesso ao crédito rural e sustentabilidade.

O presidente da Ocesc lembra que "a promessa é que o cadastro substitua processos burocráticos e onerosos exigidos anteriormente, como as necessidades de averbação da Reserva Legal (RL) em cartórios de imóveis e o consequente georreferenciamento das propriedades, além de fornecer informações importantes para a formulação de políticas públicas".

Marcos Zordan observa que as cooperativas devem receber completa orientação a respeito do Cadastro Ambiental Rural e que os proprietários -- produtores e empresários rurais -- devem prestar as informações com atenção e cuidado.

O novo Código Florestal traz mecanismos mais claros e justos que a versão anterior (Lei 4771/1965). Em termos globais, o texto sancionado pela presidência da república reconhece a importância do campo brasileiro na geração de renda, observa a segurança alimentar do país e estabelece diretrizes de atuação alinhadas ao desenvolvimento sustentável.
(Fonte: MB Comunicação)

Ano promissor para a ovinocultura

Alguns setores da agropecuária mato-grossense mostraram organização, recuperação e capacidade de investimento em 2012. O que pode significar um 2013 promissor e de boas expectativas. Um deles é o segmento da ovinocaprinocultura, que segundo especialistas se torna a cada dia uma atividade rentável e por isso tem atraído mais adeptos. De acordo com dados do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado Mato Grosso (Indea-MT) o rebanho de ovinos e caprinos no Estado é de 1,4 milhão de cabeças, com uma taxa de crescimento de 27% ao ano, respondendo por cerca de 11% do rebanho nacional, que é de 17 milhões de animais.

Uma das ações realizadas para o desenvolvimento desta cadeia foi a criação do Grupo Gestor da Ovinocaprinocultura, cujo compromisso é fortalecer de modo capacitado todas as estruturas do setor, para que haja o crescimento da atividade. De acordo com Paulo de Tarso, coordenador da Cadeia Produtiva da Ovinocaprinocultura no Estado, vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), um dos alicerces do deste grupo são os Consórcios Intermunicipais, que estão realizando o acompanhamento de todas as atividades. O objetivo é mapear toda a cadeia produtiva, com ações voltadas para as demandas que serão levantadas.

A ideia é de que o produto chegue aos consumidores com alto padrão de qualidade, sendo que para isso é preciso mobilizar todo o Estado. Em função disso, foi realizada uma parceria entre a Embrapa e o Estado de Mato Grosso, para a elaboração de um projeto com ênfase na capacitação continuada de técnicos multiplicadores. O papel da instituição é oferecer tecnologia com base nas potencialidades dos municípios mato-grossenses. Os trabalhos a serem executados preveem a criação das Unidades de Referências Técnicas (URTs) a serem instaladas em determinadas propriedades rurais estrategicamente situadas, que servirão de referência técnica aos produtores das regiões abrangentes.

O repasse do conhecimento será de responsabilidade das instituições de Mato Grosso, como Unemat e UFMT, além do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Sebrae, Senai, Organização das cooperativas do Brasil (OCB), entre outros. A proposta prevê a modernização dos frigoríficos, buscando produtos finais competitivos junto aos mercados de carne.Tarso destaca ainda que 2013 pode ser um ano positivo para o setor, já que a ovinocultura tem se tornado cada vez mais uma atividade lucrativa, com a carne de cordeiro ganhando mercado, com uma excelente remuneração. Segundo ele, comparando com a pecuária de corte na produtividade por hectare a produção de cordeiros rende três vezes mais que o boi. "Nosso grande desafio é a organização da produção para transformar a atividade em lucros direto para o produtor. Hoje temos os frigoríficos de Rondonópolis e Alta Floresta funcionando em pleno vapor, mas esperamos mais investimentos neste sentido".
(Fonte: A Gazeta-MT)

Ano promissor para a ovinocultura

Alguns setores da agropecuária mato-grossense mostraram organização, recuperação e capacidade de investimento em 2012. O que pode significar um 2013 promissor e de boas expectativas. Um deles é o segmento da ovinocaprinocultura, que segundo especialistas se torna a cada dia uma atividade rentável e por isso tem atraído mais adeptos. De acordo com dados do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado Mato Grosso (Indea-MT) o rebanho de ovinos e caprinos no Estado é de 1,4 milhão de cabeças, com uma taxa de crescimento de 27% ao ano, respondendo por cerca de 11% do rebanho nacional, que é de 17 milhões de animais.

Uma das ações realizadas para o desenvolvimento desta cadeia foi a criação do Grupo Gestor da Ovinocaprinocultura, cujo compromisso é fortalecer de modo capacitado todas as estruturas do setor, para que haja o crescimento da atividade. De acordo com Paulo de Tarso, coordenador da Cadeia Produtiva da Ovinocaprinocultura no Estado, vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), um dos alicerces do deste grupo são os Consórcios Intermunicipais, que estão realizando o acompanhamento de todas as atividades. O objetivo é mapear toda a cadeia produtiva, com ações voltadas para as demandas que serão levantadas.

A ideia é de que o produto chegue aos consumidores com alto padrão de qualidade, sendo que para isso é preciso mobilizar todo o Estado. Em função disso, foi realizada uma parceria entre a Embrapa e o Estado de Mato Grosso, para a elaboração de um projeto com ênfase na capacitação continuada de técnicos multiplicadores. O papel da instituição é oferecer tecnologia com base nas potencialidades dos municípios mato-grossenses. Os trabalhos a serem executados preveem a criação das Unidades de Referências Técnicas (URTs) a serem instaladas em determinadas propriedades rurais estrategicamente situadas, que servirão de referência técnica aos produtores das regiões abrangentes.

O repasse do conhecimento será de responsabilidade das instituições de Mato Grosso, como Unemat e UFMT, além do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Sebrae, Senai, Organização das cooperativas do Brasil (OCB), entre outros. A proposta prevê a modernização dos frigoríficos, buscando produtos finais competitivos junto aos mercados de carne.Tarso destaca ainda que 2013 pode ser um ano positivo para o setor, já que a ovinocultura tem se tornado cada vez mais uma atividade lucrativa, com a carne de cordeiro ganhando mercado, com uma excelente remuneração. Segundo ele, comparando com a pecuária de corte na produtividade por hectare a produção de cordeiros rende três vezes mais que o boi. "Nosso grande desafio é a organização da produção para transformar a atividade em lucros direto para o produtor. Hoje temos os frigoríficos de Rondonópolis e Alta Floresta funcionando em pleno vapor, mas esperamos mais investimentos neste sentido".
(Fonte: A Gazeta-MT)

"Dez anos em um"

Artigo de autoria do presidente do Sistema Ocesp, Edvaldo Del Grande, publicado no Jornal do Brasil, sobre o desenvolvimento do setor cooperativista


Ultrapassamos a linha de mais um ano. Tenho a sensação de que tudo correu rápido demais. No entanto, desta vez, mais que a celeridade, a vastidão de conquistas e a notoriedade para o Cooperativismo é o que me falam mais alto.

Por decisão da Organização das Nações Unidas, 2012 foi aclamado o Ano Internacional das cooperativas. Como que a proclamação da ONU determinasse que tudo ou quase tudo devesse ocorrer para o reconhecimento e o respeito ao movimento cooperativista, assim foi feito.

Foi em 2012 que, finalmente, vimos aprovada a Lei 12.690, que confere regras claras para a organização e o funcionamento das cooperativas de trabalho. Também em 2012 a Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp) determinou a exigência do registro das cooperativas na Organização das cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp) para continuar a arquivar os seus atos. Medida que contribui significativamente para preservar e valorizar as cooperativas de fato e dificultar o funcionamento das cooperativas de fachada. Ainda, neste mesmo ano, em reconhecimento à importância do nosso movimento, a Jucesp reduziu os custos para arquivamentos dos atos Cooperativistas.

Outra clara demonstração de entendimento sobre a importância do Cooperativismo veio do Banco Central. O Bacen decidiu simplificar a contabilidade das cooperativas de crédito com ativos inferiores a R$ 200 milhões, e também de centrais de cooperativas de crédito com ativos menores que R$ 100 milhões. Determinação que dá maior competitividade ao setor e possibilita promover empréstimos a juros ainda menores, já que reduz custos administrativos. Também em 2012, o Banco Central autorizou a criação do Fundo Garantidor do Cooperativismo de crédito. Uma decisão importante, na medida em que passa a oferecer garantias aos investidores sobre os depósitos em cooperativas, prática comum aos bancos.

O Plano Safra da Pesca, lançado há menos de um mês, traz em seu escopo especial atenção ao Cooperativismo, prevendo R$ 4,1 bilhões de financiamento ao setor, que conta com duas linhas específicas: o Prodecoop e Procap-Agro. Pela primeira vez, o Plano determina ainda a criação de diversas bases de assistência técnica para atender as cooperativas em todas as regiões do país.

E, para completar, no mês de dezembro, a Câmara Federal aprovou em plenário a medida provisória que prevê desonerações tributárias com pertinência às atividades das cooperativas, principalmente no que diz respeito ao aproveitamento de crédito presumido dos insumos de animais vivos para os segmentos de carnes de aves, suínos e bovinos. Um pleito antigo e importante para o setor, que agora está nas mãos da presidente Dilma para sanção. O reconhecimento ao Cooperativismo foi também percebido no processo de discussão e aprovação do novo Código Florestal. O resultado não satisfez completamente o setor agropecuário, mas foi possível tornar mais próximo do ideal tanto para o Meio Ambiente quanto para o setor produtivo. E esse equilíbrio foi, de certa forma, balizado pelas cooperativas, formadas em sua maioria por pequenos produtores rurais que entendem a importância do Meio Ambiente para manter a sua atividade.

Como se vê, 2012 foi recheado de coisas boas. Na cerimônia de encerramento do Ano Internacional das cooperativas, em Manchester, Inglaterra, percebemos que não só no Brasil mas em todo o mundo o Cooperativismo avançou como nunca. A presidente da Aliança cooperativa Internacional (ACI), Pauline Green, afirmou que, em suas viagens a dezenas de países, constatou um grande impulso à promoção do Cooperativismo.

Assim como o mundo inteiro comemorou de alguma maneira, nossas cooperativas aderiram em prol do ano internacional. Várias cidades realizaram sessões solenes em suas casas legislativas em homenagem às cooperativas. Em alguns lugares tivemos grandes eventos culturais e Cooperativistas em praça pública. Os vereadores começam a entender que não somos sistema de um partido só ou que segue uma determinada ideologia. Pelo contrário, nossas frentes parlamentares reúnem representantes de todos os partidos, sejam da situação ou da oposição. E a população, principalmente nos municípios do interior, compreende cada vez mais que as cooperativas não são empresas comuns. As cooperativas são de seus cooperados, de seus trabalhadores. Elas não visam lucro para poucos; e, sim, distribuem melhor a renda, fazendo girar a economia e melhorar a Qualidade de vida em toda a região onde atuam.

2012 nos trouxe conquistas de lutas travadas há anos. Podemos dizer que avançamos dez anos em um. Mas agora é preciso nos concentrarmos em 2013, para que este novo ano seja ainda mais cooperativista. E o mundo, cada vez melhor.
(Fonte: JB)

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