“Redução de custos gera benefícios diretos, que serão sentidos por toda a sociedade. Com a racionalização de processos, ganharemos tempo e principalmente qualidade nas informações relevantes para acompanhamento do Sistema Financeiro Nacional, incluindo as cooperativas. O próprio cooperado sairá ganhando, no final”, afirmou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, sobre o lançamento do novo programa do Banco Central: Otimiza BC. Anunciado na tarde de ontem (19/2), em Brasília (DF), o objetivo da ação é, em primeiro lugar, otimizar recursos, inclusive financeiros, gerando mais qualidade em um novo modelo de governança da informação.
Entre as primeiras medidas previstas está a desburocratização do Sistema Financeiro Nacional, com a eliminação de praticamente 40% de normas replicadas, atualmente vigentes. Além da eliminação da obrigatoriedade do documento de informações financeiras trimestrais (IFT), redução do número de tarifas do sistema de transferência de reservas, modernização do sistema de transferências em reais, criação de um novo regulamento de comunicação de dados no Sistema e a extinção do Manual de Normas e Instruções. Com isso, espera-se alcançar um novo padrão qualitativo para acompanhamento do setor. “Trata-se de um passo importante em busca da maior eficiência do Sistema Financeiro Nacional, em especial, do sistema cooperativista, não apenas do ponto de vista da redução de custos, mas também da racionalização das informações, pontuou José Salvino de Menezes, coordenador do Conselho Especializado do Ramo Crédito, ligado à Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Em seu discurso durante o lançamento do Otimiza BC, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, corroborou a expectativa relatada pelos dirigentes cooperativistas: “O que buscamos com este programa é dar um tratamento institucional às várias demandas de racionalização de processos e de fluxos de informação, de forma coordenada e articulada no âmbito do Banco Central. A coordenação de diversas áreas irá assegurar qualidade, tempestividade, continuidade e abrangência das informações necessárias ao cumprimento da missão institucional do Banco Central, nas suas diversas configurações e naturezas”. E frisou: "o novo programa reduz o custo de sistemas com impacto positivo para toda a sociedade".
De acordo com o secretário executivo do BC, Geraldo Magela, não é possível definir em valores a redução dos custos, mas as medidas ajudam a melhorar a eficiência e a aumentar competitividade do setor bancário. “Isso beneficia toda a cadeia produtiva”, disse. Segundo Magela, objetivo do projeto não é aumentar o lucro dos bancos. Endossando o que declarou o presidente Freitas, o secretário argumentou ainda que, com a maior concorrência no setor, os clientes também podem ser beneficiados com a redução de despesas bancárias: “Todos os atores ganham. Estamos visando à economia como um todo”.
(Com informações: BC e Exame.com)
O Sistema OCB/MS informa que suspenderá suas atividades no dia 22 de fevereiro de 2013 (sexta-feira), em razão da realização de evento para capacitação da equipe de colaboradores. Retornaremos as atividades no dia 25/02 as 07:30hs.
“É impossível falar em sucesso da agricultura familiar brasileira sem mencionar a grande importância das cooperativas nesse segmento”. A declaração do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, ressoou com alegria dentro do Sistema Cooperativista por revelar que o governo federal reconhece as contribuições do setor para a economia nacional.
O ministro recebeu ontem, em seu gabinete, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, acompanhado de importantes lideranças do setor coopertivista (veja ao final). Dentre os temas tratados no encontro estiveram a ampliação do acesso das cooperativas ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), a redução dos juros dessa linha de financiamento e a assinatura de acordo de cooperação técnica para o desenvolvimento de iniciativas que potencializem as exportações do setor lácteo.
Também durante a reunião – agendada a pedido do vice-presidente da Câmara dos Deputados e integrante da Frencoop, deputado André Vargas (PR) –, o ministro destacou a importância das cooperativas para o crescimento da agricultura familiar brasileira. “O sistema cooperativista ajuda o agronegócio brasileiro e a crescer”, ressaltou.
No dia seguinte – durante a assinatura do convênio do projeto PS-Lácteos - Vargas recordou a reunião e antecipou: “Na última terça, o presidente Márcio nos apresentou uma série de propostas com as quais estamos muito alinhados. Se não colocarmos 100% da pauta para funcionar, com certeza vamos tentar viabilizar a maior parte desses pleitos, ampliando o acesso das cooperativas ao PRONAF”.
BALANÇO
De acordo com nosso presidente, a reunião – apesar de preliminar – foi bastante produtiva “O Conselho Consultivo do Ramo Agropecuário da OCB ainda está trabalhando para concluir as demandas a serem apresentadas formalmente ao MDA. Mas, a concordância e a clara aceitação por parte do ministro Pepe Vargas nos deixa muito otimistas em ver, efetivamente, evoluções no ramo dentro dos próximos anos”, declarou Lopes de Freitas.
Comitiva da cooperação
O encontro com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, contou com a participação do presidente Márcio Lopes de Freitas e das seguintes lideranças: o secretário nacional de agricultura familiar do MDA, Valter Bianchini; o vice-presidente da Câmara dos Deputados, André Vargas, integrante da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop); o coordenador executivo da Frencoop, deputado Odacir Zonta; o superintendente da OCB, Renato Nobile e o analista responsável pelo projeto PS-Lácteos, Gustavo Beduschi.
Fonte: OCB
Boas notícias para as cooperativas de leite de todo o Brasil. Foi assinado hoje (21/2), em Brasília, um acordo entre a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). As três instituições agora são parceiras na execução de um projeto ambicioso, que visa a ampliar a exportação de lácteos em cerca de 30% nos próximos dois anos: o Projeto Setorial de Promoção de Exportações de Produtos Lácteos (PS-Lácteos).
“O Brasil pode muito mais do que tem feito no setor do leite”, destacou o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, durante a cerimônia de assinatura do convênio. “Acredito que podemos ser uma plataforma exportadora não só dos produtos lácteos, mas também da nossa inteligência na área de produção e regulação”.
Na opinião do nosso presidente, as cooperativas têm um papel fundamental nesse cenário. Atualmente, mais de 40% da produção brasileira de lácteos passa – de alguma maneira – por uma cooperativa. Além disso, dentre as doze maiores captadoras de leite do país, quatro pertencem ao setor. “Vamos mobilizar as cooperativas de lácteos a aderirem ao projeto e, juntos, vamos transformar o Brasil em uma potência também neste setor – a exemplo do que já ocorre com a soja e o frango”.
O diretor de negócios da Apex-Brasil, Rogério Bellini, concorda com Lopes de Freitas sobre o potencial de exportação do setor lácteo brasileiro. “Necessitamos de ações estruturantes para fortalecer o setor e, principalmente, da parceria com as empresas produtoras de leite e derivados”, avaliou Bellini. Vale destacar: o PS-Lácteos já conta com 11 empresas participantes (veja quadro). Destas, oito são cooperativas.
PARCERIA COM O GOVERNO
Durante a cerimônia de assinatura do convênio, o ministro do desenvolvimento agrário, Pepe Vargas, parabenizou a OCB e a Apex-Brasil pela iniciativa: “Com esse projeto, vamos recuperar um espaço que era nosso no mercado internacional”, afirmou o ministro. “Até 2008, nós éramos exportadores de lácteos, mas a crise internacional nos transformou em importadores do produto, apesar de a nossa produção ter crescido muito. Agora, chegou a hora de voltarmos a exportar o leite e seus derivados”.
O ministro destacou, ainda, o importante papel das cooperativas para o fortalecimento do agronegócio brasileiro. “A maioria dos casos de sucesso da agricultura familiar está vinculada a esse modelo de negócios”, afirmou. “O Ministério do Desenvolvimento Agrário reconhece a força do movimento cooperativista e está alinhado com os pleitos da OCB para o setor”.
ENTENDA O PS-LÁCTEOS
Aberto a cooperativas de laticínios e empresas individuais de todos os portes, o PS-Lácteos prevê ações de fortalecimento da imagem e a melhoria da qualidade da produção do setor. Estão previstas missões de prospecção de novos mercados, em eventos e feiras internacionais. Também pretende-se trazer importadores, jornalistas e formadores de opinião estrangeiros para conhecer as empresas do setor e estabelecer negócios. Foram definidos como mercados prioritários das ações: Angola, Arábia Saudita, Argélia, China, Egito, Emirados Árabes, Iraque e Venezuela.
Empresas que já aderiram ao PS-Lácteos (em ordem alfabética) | Estado |
Confepar Agro Industrial Cooperativa Central | Paraná |
Cooperativa Agropecuária Castrolanda | Paraná |
Cooperativa Central Aurora Alimentos | Santa Catarina |
Cooperativa Central de Laticínios de Goiás (Centroleite) | Goiás |
Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL) | Rio Grande do Sul |
Cooperativa Central Mineira de Laticínios Ltda (CEMIL) | Minas Gerais |
Cooperativa Sul Riograndense de Laticínios Ltda (Cosulati) | Rio Grande do Sul |
Embaré Indústrias Alimentícias S.A | Minas Gerais |
Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (Itambé) | Minas Gerais |
Laticínios Bela Vista Ltda. | Goiás |
Laticínios Tirolez Ltda. | São Paulo |
Depois de um "boom" na década passada, vendas brasileiras do setor caíram e muitas empresas saíram do mercado externo. Projeto pretende retomar negócios e cinco nações árabes estão na mira
O Brasil escolheu o mercado árabe como principal foco do projeto de retomada das exportações de lácteos, fruto de um convênio firmado recentemente pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA)
Dos oito países escolhidos como alvos das ações de promoção, cinco são árabes: Argélia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Iraque. "O trabalho de inteligência comercial da Apex coincidiu com os interesses das empresas", disse o analista da OCB e gerente do projeto, Gustavo Beduschi, que visita a Gulfood, feira do ramo de alimentos que começou nesta segunda-feira (25) em Dubai, nos Emirados. "São mercados interessantes mesmo", acrescentou.
A procura por lácteos é grande na região e o assunto volta e meia surge quando se conversa com algum empresário local sobre as exportações brasileiras de alimentos e bebidas, como ocorreu com um empresário de Gaza, na Palestina, que disse ter interesse em importar produtos do ramo, ao passar pelo estande que a Câmara de Comércio Árabe Brasileira tem em parceria com a Apex na feira. O próprio diretor da mostra, Mark Napier, questionou a reportagem da ANBA sobre a produção de lácteos no Brasil.
A Gulfood e outros eventos no Oriente Médio já tiveram presença maciça de exportadores brasileiros de lácteos no passado, mas nos últimos anos muitas empresas saíram do mercado externo. Uma conjunção de fatores fez com que o Brasil passasse de importador líquido de leite para exportador ao longo da década passada, como problemas ocorridos em outros países fornecedores, demanda e preços em alta.
No entanto, com a crise financeira internacional e a valorização de real frente ao dólar, a rentabilidade das companhias exportadoras diminuiu e leite brasileiro passou a custar caro demais para um mercado deprimido. Para se ter uma ideia, o Brasil exportou o equivalente a US$ 120 milhões em lácteos no ano passado, segundo Beduschi, mas em 2008, ano em que a crise estourou, as vendas externas somaram US$ 541 milhões.
"A crise deu uma travada no mercado", disse o executivo. "Agora precisamos ver o que fazer para manter o mercado internacional, que é interessante para nós. Não podemos só viver de momentos", acrescentou.
Nesse sentido, o projeto pretende atacar duas frentes. A primeira é a promoção, com a realização de eventos, organização de missões e participação em feiras, como a Gulfood de 2014. A outra é na seara da produção, daí a parceria com o MDA. Beduschi lembra que o leite é fornecido principalmente por pequenos produtores. A ideia é fornecer meios para que eles ganhem produtividade e aumentem a qualidade do produto.
"A indústria depende do produtor para ter leite. Com um produto melhor, melhora também o rendimento da indústria e diminui o custo tanto para o mercado interno quanto para o externo", observou o gerente.
O orçamento do projeto de lácteos é de R$ 2 milhões a serem investidos nos próximos dois anos. Beduschi disse que a primeira ação será levar um grupo de importadores ao Brasil em julho. Ele acrescentou que 11 empresas integram o projeto, mas o número deverá aumentar.
O objetivo é colocar as vendas externas em uma trajetória sustentável. "O setor de lácteos, se tiver estrutura, consegue se manter [no mercado externo]", declarou o executivo.
Fico - Mas nem todas as empresas saíram do mercado internacional. É o caso da paulista Mococa, que expõe na Gulfood. "Nuca saímos, nossas exportações só cresceram desde então", afirmou o diretor de comércio exterior da companhia, Sandro da Conceição, referindo-se ao momento em que a marca decidiu investir nas vendas externas, justamente em 2008. "No comércio exterior não dá para falar: 'Eu vou sair'. Senão repetimos a história e trazemos má fama ao Brasil", acrescentou.
Segundo ele, a diferença da Mococa é que ela não considera as exportações algo casuístico, conjuntural, mas estratégico para seus negócios. "Ainda temos espaço em algumas categorias", declarou. A empresa vende ao exterior principalmente leite condensado. "Nosso modelo tem por objetivo um relacionamento de longo prazo com o mercado, fazemos um trabalho forte para mantê-lo", garantiu.
(Fonte: Agência Brasil-Árabe)