Aprimorar conhecimentos e técnicas dos membros dos Conselhos Administrativos Estaduais para o exercício efetivo de suas atividades. Esse é o foco do Encontro de Conselheiros Administrativos Estaduais do Sescoop, que acontece até sexta-feira (15/10) na sede da OCB, em Brasília (DF).
Presidentes, superintendentes, conselheiros, gerentes e técnicos das 26 unidades estaduais e da unidade do DF da OCB estão reunidos para aprender, discutir e aprimorar conhecimentos no que diz respeito a governança corporativa, responsabilidades e melhores práticas para Conselhos de Administração. Mato Grosso do Sul está representado pelo presidente Celso Régis e pela superientendente Dalva Caramalac no primeiro dia do encontro e pelos conselheiros Waldir Pimenta, Ademir Pinesso e Julio César de Souza que irão participar de todo o evento.
O presidente do Sistema OCB/Sescoop, Márcio Lopes de Freitas, ressaltou na abertura do Encontro que, neste momento em que se busca a consolidação do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) como um Sistema, a união de todos os membros da instituição é fundamental. “Sabemos das dificuldades em reunir todos vocês, em arrumar tempo. Por isso, essa reunião é uma vitória para o Conselho”, agradeceu o presidente aos participantes.
Segundo Freitas, o objetivo maior deste Encontro é criar ferramentas para o desenvolvimento sistêmico. “As diferenças, diversidades culturais nos estados são imensas, mas precisamos criar pontos em comum no cooperativismo”, disse.
Compondo a mesa de abertura do Encontro, o representante do Governo Federal, Ismael Lisboa, destacou a estrita observância sobre o cooperativismo com a aproximação das Olimpíadas e da Copa do Mundo no Brasil. “O governo está olhando muito atentamente para esse sistema. O cooperativismo no Brasil tem uma importância muito grande, e com esses dois eventos se aproximando, vai ter que se preparar muito bem.”
O Encontro será, ainda, um momento de alinhamento dos Conselhos Estaduais com o Nacional e das diretrizes nacionais aprovadas no Planejamento Estratégico do Sescoop para o período 2010-2013 que, na oportunidade da abertura do evento, foi apresentado brevemente aos presentes.
Tendo como diretrizes principais a formação profissional, a promoção social e o monitoramento das cooperativas, o Planejamento Estratégico do Sescoop é, nas palavras do presidente Márcio, “uma ferramenta importantíssima para nos tornarmos, enfim, um Sistema consolidado”.
As boas margens projetadas para a nova safra nacional de grãos, fibras e cereais devem elevar a renda dos produtores, aumentar os investimentos no setor rural e reduzir o endividamento no campo.
A quebra das safras do norte da Europa pela seca aliada a custos menores e subsídios do governo federal serão a "ponte" para atravessar um ano que se desenhava negativo em termos de preços e rentabilidade.
O faturamento bruto do setor deve subir 1%, chegando próximo do recorde de 2008. E as exportações em 12 meses superaram a marca histórica de US$ 72 bilhões. "O cenário é positivo, mas depende de análises individuais", diz o diretor de Agronegócio do Banco do Brasil, José Carlos Vaz. "No Centro-Oeste, os mais capitalizados vão investir e os mais endividados vão pagar. No Sul, quem não for afetado pela seca fará o mesmo. Se perder até 15% ou 20%, o preço vai compensar eventual quebra".
No caso da soja, as margens médias projetadas por consultorias e bancos, como o BB, vão de 47% a 86% em Mato Grosso até 100% a 140% no Rio Grande do Sul. Para o milho, vão de 20% a 50% em Goiás a 30% a 55% no Paraná. Os cálculos não levam em conta investimentos, aquisições ou dívidas prorrogadas, mas apenas desembolsos diretos. "Estou otimista, o preço era para despencar, mas está positivo. Se tivesse mais capital, faria opções e esperaria o preços subir ainda mais", diz o presidente da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Glauber Silveira.
Quem vendeu a saca a US$ 17 viu o preço subir a US$ 21. "Vai ser um ano bom, de médias boas. Mas tem gente com dívidas. A margem média não é maravilhosa e o clima pode mudar tudo", adverte Silveira. O câmbio também é um perigo. Com soja a US$ 21 e dólar a R$ 1,65, o preço roça os R$ 35. Mas se a cotação recuar a US$ 17 e o dólar se mantiver igual, o preço cai a R$ 28. "O mínimo seria R$ 35 para cobrir custo e dar margem", diz Silveira.
Há três meses, não havia perspectivas de "sobras". O cenário era desanimador: a safra cheia de soja derrubaria o bushel a US$ 8,50 ou US$ 9. No milho, haveria uma safrinha grande com problemas para exportar. Os estoques acima de 10 milhões de toneladas pressionariam os preços.
Agora, o cenário mudou. Em 12 meses, os preços da soja subiram 15% em dólar. O milho decolou 37% e o algodão, quase 70%, segundo o Ministério da Agricultura.
A retomada da demanda, especialmente na China, a redução dos estoques mundiais e a produção menor mexeram nas cotações. "Os preços estão bons e vamos ter margens boas. Mas os passivos ainda pesam", avalia o diretor da Federação Brasileira de Bancos, Ademiro Vian. "Por isso, é hora de botar a casa em ordem. Rever custos, refazer planejamento e reduzir dívidas. Se tiver que ajustar, é um bom momento porque as crises são cíclicas".
O recado vale para dívidas de investimento de produtores de algodão, soja e café. A Febraban estima haver R$ 117 bilhões de empréstimos ativos na carteira agrícola do sistema financeiro nacional, inclusive BNDES.
Há ainda problemas pontuais na liquidação da safrinha em Mato Grosso, onde o governo gastou quase R$ 885 milhões para apoiar produtores de milho. Desde 2008, segundo a consultoria AgroSecurity, que analisa cenários para o BB, a liquidez caía junto com preços e o câmbio era desfavorável. A pressão para pagar contas de investimento aumentava a incerteza.
Agora, já tem "alguma sobra" para acertar contas históricas. "O câmbio tende a subir, não deve cair muito mais. Não haverá descasamento negativo do dólar no plantio e na colheita", aposta José Carlos Vaz. E ainda que haja uma quebra por causas climáticas será "positiva" em preços e reduzirá riscos de liquidez. "Hoje, os produtores estão em uma posição mais confortável, podendo até sofrer eventuais perdas moderadas em um cenário de oferta mais apertada", diz o economista Fernando Pimentel, da AgroSecurity.
Agora, o "mercado de clima" da América do Sul influencia a bolsa de Chicago, o que serve em parte como um "seguro" para o produtor brasileiro. Na soja, já houve ganhos de R$ 4 a R$ 7,50 no campo, o que levou produtores do "break even" (ponto de equilíbrio) à rentabilidade. "O Cerrado agora está em um momento único, em particular Mato Grosso. Os projetos de logística em andamento dão nova perspectiva. E a agroindústria vai propagar projetos por todo o Estado, buscando matéria-prima na origem e escoamento mais barato", avalia Pimentel.
No algodão, é só alegria, já que a arroba na Bahia chegou a R$ 71. Em Nova York, bateu US$ 1 por libra-peso após 15 anos. Mesmo quem "errou a mão", vendendo ainda no primeiro semestre, deve ter lucro de R$ 1,5 mil por hectare, calcula a AgroSecurity. Até aqui, as coisas parecem ficar mais claras. "O cenário é muito bom. Vendemos a US$ 0,75 (libra-peso), bem acima do custo", diz o presidente da associação dos produtores (Abrapa), Haroldo Cunha. No milho, a exportação pode passar do recorde de 11 milhões de toneladas - antes, esperava-se 8,5 milhões.
No caso do arroz, também há perspectivas favoráveis. Mesmo com preços baixos, as margens são positivas. Choveu bastante, as barragens estão cheias e um La Niña no Sul favorecerá as lavouras irrigadas com mais produtividade, avaliam as análises de bancos e consultorias.
(Fonte: Valor Econômico)
Foi assinado nesta sexta-feira (15) um acordo de cooperação técnica entre a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o governo federal e instituições parceiras com a intenção de disseminar projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) no campo. O objetivo é desenvolver ações de capacitação e transferência de tecnologia junto às cooperativas agropecuárias, além de informá-las sobre linhas de financiamento e oportunidades de negócio.
O documento foi assinado pelo presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, os ministros do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, da Ciência e Tecnologia, Sergio Machado Rezende, o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcio Portocarrero, o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Pedro Arraes, o diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo, e o diretor de Agronegócios do Banco do Brasil (BB), José Carlos Vaz. O evento ocorreu na sede da instituição, em Brasília (DF).
A ideia é, em princípio, direcionar as ações para a Mata Atlântica e depois estendê-las para outras regiões. “Queremos contribuir para a mitigação das mudanças climáticas e preservação da Mata Atlântica, além de promover o desenvolvimento sustentável, garantindo o bem-estar dos associados e suas famílias, dos empregados de cooperativas e da comunidade onde elas estão presentes. No cooperativismo, a busca pelo desenvolvimento sustentável é uma realidade, mas, acima de tudo, um princípio e um processo constante de conscientização”, disse Freitas.
Para o presidente da OCB, o acordo reflete a busca do setor pelo alinhamento entre a preservação do meio ambiente e sua viabilidade econômica. “Além de dar continuidade aos trabalhos de MDL já iniciados pelas cooperativas, precisamos incentivar e fomentar novas iniciativas. Neste processo, vale frisar a importância da intercooperação. Estamos falando de ações conjuntas entre cooperativas e o estabelecimento de importantes alianças estratégicas como esta hoje firmada”, ressaltou.
O ministro Cassel destacou a eficiência da intercooperação e afirmou: “O acordo de cooperação nos permite jogar ‘biocombustível’ no negócio. O trabalho em equipe promove, entre outras coisas, a celeridade do processo.”
Para viabilizar as ações estruturantes, foi formado um Grupo de Acompanhamento de MDL composto por representantes das instituições e dos órgãos participantes do acordo de cooperação, além dos ministérios do Meio Ambiente (MMA) e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Estão abertas as inscrições para o XIII Congresso Brasiliense de Direito Constitucional, realizado pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP). Sob coordenação científica do professor Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), este ano o evento traz o tema Constituição e Desenvolvimento - Propostas e Perspectivas para um Novo Horizonte, e acontecerá de 28 a 30 de outubro. O evento tem o apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Grandes nomes do Direito brasileiro já têm presença confirmada para participar dos painéis e palestras da programação. Entre eles estão os ministros do STF Carlos Ayres Britto, Carmen Lúcia, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, além outros ministros de tribunais superiores.
O XIII Congresso Brasiliense de Direito Constitucional contará ainda com nomes internacionais. Os professores Carlos Miguel Herrera (França), Ockert Dupper (África do Sul), Reinhard Singer (Alemanha) e Michael Bertrams (Alemanha) vêm do exterior para participar do evento.
Entre os temas que serão debatidos nos três dias de Congresso estão Ordem Econômica – Cooperação e Concorrência, que contará com a coordenação do gerente jurídico do Sescoop, Paulo Roberto Chuery; e Tributação, Cooperativismo e Desenvolvimento Econômico, que terá à frente dos debates o coordenado jurídico da OCB, Adriano Alves.
Inscrições
Para se inscrever basta acessar o site www.idp.edu.br/xiiicongresso e preencher a ficha de inscrição. Os valores variam de R$ 200,00 (para estudantes) a R$ 1.000,00 (para profissionais que se inscreverem na última hora).
O aumento da demanda e a quebra das safras em importantes produtores mundiais fez o mercado revisar a previsão de estabilidade nos preços. A questão foi discutida durante o congresso da Federação Internacional de Fabricantes Têxteis (ITMF, na sigla em inglês), que reúne cerca de 300 participantes cerca de 40 países em São Paulo.
A estimativa do diretor-executivo do Comitê Consultivo Internacional do Algodão (ICAC), Terry Townsend, é que o preço da libra se estabilize em US$ 0,96. Em Nova York, os preços negociados na última semana alcançaram o maior valor desde que a commodity começou a ser negociada na bolsa americana, há 140 anos.
Haroldo Cunha, presidente da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), diz que é esperado um aumento de 40% na produção da fibra na safra de 2011. Este ano, o país perdeu 200 mil toneladas por conta do clima instável. Segundo Cunha, a previsão é de cultivo de 1,1 milhão de hectares no ano que vem e de colheita de 1,5 milhão de toneladas.
(Fonte: Cocamar)