Diferente da safra passada, em que as cotações da soja foram influenciadas por fatores especulativos, em 2011 a formação dos preços para comercialização da oleaginosa será fundamentada na lógica da oferta e demanda. “O preço da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) ficou engessado ao longo deste ano, entre US$ 9 o bushel e US$ 10 o bushel. Apenas recentemente subiu para US$ 12 o bushel, quando boa parte da safra brasileira já foi comercializada. A perspectiva é que esse patamar se mantenha na comercialização da safra 2011, mas com a diferença de que não haverá especulação, o seja, os preços serão mais firmes e consistentes”, disse o economista Flávio Roberto de França Júnior, diretor técnico da área de soja e oleaginosas e analista sênior do Grupo Safras & Mercado.
Margens apertadas
Ao analisar as tendências para o mercado de soja durante o Seminário Tendência do Agronegócio 2010, na manhã desta terça-feira (19/10), no auditório do Sistema Ocepar, em Curitiba, França Júnior afirmou que as projeções para a safra 2011 de soja apontam um cenário muito diferente em relação a 2010, em que os produtores terão margens mais apertadas em relação à safra passada, porém, ainda positivas. “Os aspectos favoráveis são os custos menores, tecnologia e possivelmente as cotações mais firmes na CBOT. Outro fator positivo são os prêmios de exportação, os quais devem se manter, em média, no patamar entre US$ 0,40 a 0,50 o bushell para a soja em grão no porto de Paranaguá (PR)”, comentou. Já as preocupações estarão focadas em dois pontos: clima e câmbio instável. “O clima não apenas preocupa como provoca mudanças no perfil de plantio, tanto que o plantio no Centro Oeste o Brasil já está atrasado”, disse. Em relação ao câmbio, França Júnior comentou que o governo brasileiro está tomando medidas internas para conter o ritmo de queda , no entanto, externamente não há o que fazer para evitar a desvalorização do dólar frente ao Real.
Apesar da tendência de preços melhores em 2011, o analista recomenda que o produtor tenha calma, ou seja, é prudente não ter pressa para comercializar a safra. “Ainda tem muita coisa para acontecer este ano e no próximo, que pode mudar tudo o que está projetado 2011. O meu conselho é vender a produção, mas sem ser agressivo. Não dá para deixar de aproveitar os bons preços, mas é bom seguir uma linha conservadora, sem falar que 2010 é um ano de margens apertadas, sendo que a expectativa é que os preços melhorem de 10% a 15% na época da colheita”, aconselha.
Produção
As estimativas apontam para uma produção mundial de 255,3 milhões de toneladas de soja na safra 2010/11, volume 2% inferior à safra passada. Os Estados Unidos, maior produtor mundial, deve produzir 92,8 milhões de toneladas, enquanto os países da América do Sul devem contabilizar 126,7 milhões de toneladas.
(Fonte: Ocepar)
Os preços internacionais do milho devem manter tendência de estabilidade na avaliação do analista Paulo Roberto Molinari. “A situação dos preços do milho é de firmeza daqui até a confirmação da safra do Hemisfério Norte do ano que vem; acho que só ela derruba preços”, afirmou ele na manhã desta terça-feira (19/10), em Curitiba, durante sua palestra no Seminário Tendências do Agronegócio - Cenários para 2011.
De acordo com Molinari, diversos fatos novos ocorridos no segundo semestre deste ano contribuíram para a elevação de US$ 3 a US$ 5,50 o bushel na cotação do milho na Bolsa de Chicago, entre eles, a quebra da safra de trigo na Rússia, a possibilidade de uma produtividade das lavouras americanas menor em relação à 2009 prevista no último relatório do Departamento de Agricultura do Estados Unidos (Usda) e a elevação de 10% para 15% de etanol na gasolina nos Estados Unidos que vigoraria a partir do ano que vem mas foi antecipada para este mês.
Molinari considera a América do Sul como a “bola da vez” devido aos efeitos do fenômeno La Niña que deverão se estender até junho de 2011. “Há um processo de volatilidade ligada ao desempenho da safra da América do Sul e à definição do que o produtor americano vai plantar na safra 2011. Esses são os dois pontos que poderão tornar o mercado um pouco mais especulativo. Mas eu acho que não há espaço para o preço ficar abaixo de US$ 5. Talvez no final da colheita americana possa atingir os UU$ 6 na Bolsa de Chicago”, disse.
Para o consultor, é uma boa oportunidade para o agricultor brasileiro colocar o milho no mercado externo. “O produtor tem que ir aproveitando para travar exportações no ano que vem, porque 260 a 270 dólares não são preços ruins de exportação. Já temos comprador para a safra nova no mercado interno brasileiro, o que é uma coisa rara”, disse Molinari. Ainda de acordo com ele os preços ao produtor também não estão relativamente bons mas alertou sobre mudanças que ainda podem ocorrer. “A Bolsa Chicago ainda não precificou a safra da América do Sul e os efeitos do La Niña. Portanto, temos aí gorduras a serem queimadas ou adicionadas nas cotações nas próximas semanas em Chicago”, acrescentou o analista.
La Niña
Molinari discorreu ainda sobre as tendências do La Niña, como seca para a região Sul do Brasil e parte da Argentina, com possível efeito sobre o trigo argentino. Ele disse ainda que o fenômeno climático deverá provocar efeito direto sobre o plantio do verão no Brasil. “Certamente, a implantação das lavouras não será igual à do ano passado. O perfil da safra do ano que vem é uma incógnita”, considerou. Em sua avaliação, poderá ocorrer atraso ou inviabilidade do plantio de soja precoce, com efeitos sobre o cultivo da safrinha 2011 e é preciso ficar muito atento ao que vai ocorrer em relação à primavera e ao verão. “As coisas parecem boas no Sul do Brasil, mas não é bem assim. As temperaturas estão muito baixas. Este mês de outubro é o mais frio da década”, disse. “Temos que torcer para que tenhamos uma safrinha muito boa em 2011. Em ano de La Niña não podemos ter uma safrinha ruim’, acrescentou.
Fatores de risco
Além do clima na América do Sul, o consultor avalila como fatores de risco para o milho na safra 2010/11: a exportação alavancada por leilões PEP (Prêmio de Escoamento ao Produto) e mercado internacional; safra de verão com retração de área; o volume de exportações; vendas de estoques no final do ano; comportamento do dólar, petróleo e da safra de trigo no cenário internacional, entre outros. Ele ainda considera importante observar os dados efetivos da economia mundial ligados ao PIB (Produto Interno Bruto), emprego e comércio.
(Fonte: Ocepar)
"Na minha visão, nós atingimos plenamente os objetivos, trazendo esses cenários com especialistas e proporcionando subsídios a cada uma das cooperativas para suas tomadas de decisões, suas estratégias de comercialização e de produção", afirmou o secretário executivo da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nóbile, no encerramento do Seminário Tendências do Agronegócio - Cenário para 2011, ocorrido nesta terça-feira (19/10), em Curitiba. O evento, promovido pela OCB com apoio da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), reuniu mais de 140 participantes, entre presidentes, coordenadores e técnicos de cooperativas de produção, representantes de organizações estaduais do cooperativismo de várias regiões do Brasil e lideranças do agronegócio.
Na avaliação do gerente de mercados da OCB, Evandro Ninaut, o seminário mostrou que há boas perspectivas para o agronegócio. "A questão era falar de tendências e nós alcançamos essa meta por meio dos palestrantes que falaram sobre milho, soja e câmbio, dentro de uma visão macro, mostrando que nós precisamos entender o nosso negócio e que o cenário para 2011 se torna positivo, desde que estejamos fazendo o nosso dever de casa. O produtor nasceu para produzir e nós precisamos exportar os nossos excedentes. As condições são interessantes para o agronegócio brasileiro. Vimos isso claramente nesse evento", disse Ninaut.
Para o coordenador do ramo agropecuário da OCB e presidente da cooperativa Bom Jesus, Luiz Roberto Baggio Baggio, o evento foi importante por promover um alinhamento de informações entre os representantes do ramo agropecuário. E, diante do que foi exposto no evento, ele acredita que as cooperativas devem ficar reforçar sua atenção na condução de suas atividades. "Eu não vejo com muita simplicidade o desenho que nós temos da nossa agricultura por conta de alguns motivos como a seca, deficiência de infraestrutura, investimentos, entre outros fatores. Mas também não é motivo de desânimo. Nós pudemos observar aqui que o cenário não é crítico, mas também não é tão confortável. Então, isso leva à atenção maior das cooperativas, em relação à gestão, gestão financeira e na assessoria aos nossos produtores. Isso é o que fica de mais importante", frisou Baggio.
O superintende do sistema Ocepar, José Roberto Ricken, destacou os debates sobre a questão cambial. "O evento foi muito prestigiado. As cooperativas estiveram presentes, tanto do Paraná como de outros estados. O professor Nathan Blanche forneceu uma visão esclarecedora sobre o câmbio. Não podemos ter a ilusão que vamos conseguir desvalorizar o real para facilitar as exportações do agronegócio. Isso ficou muito claro e foi muito importante o que aconteceu aqui hoje", afirmou Ricken.
A participação no Seminário Tendências do Agronegócio representou um aprendizado para o presidente da OCB/Amazonas, Petrúcio Magalhães Jr. "Foi uma grande oportunidade não só para as cooperativas do Paraná, mas para todo o Brasil. Eu vejo que é importante a gente avaliar os cenários e as tendências para o ano que vem. Nós vemos mudanças se aproximando, mudanças políticas e econômicas. E nós, no Amazonas, mesmo não tendo o agronegócio tão forte, tão bem estabelecido como aqui no Paraná, é importante que a gente venha buscar as informações, reciclar efetivamente o entendimento sobre os fundamentos e fatores que impactam na agricultura brasileira", disse. "O Amazonas está agora passando por uma etapa nova, com novas perspectivas na produção primária, evidentemente respeitando a questão ambiental, já que uma característica diferente de todo o País que nós temos é a floresta Amazônica. Ela não pode ser, de maneira nenhuma, esquecida porque faz parte de todo o planejamento de produção. Aqui tivermos uma grande oportunidade de aprendermos com o Paraná, que é um modelo do cooperativismo que respeita o meio ambiente, obtém resultado econômico e, sobretudo, nunca esquece o social", acrescentou Petrúcio.
Resultado
O presidente da cooperativa Castrolanda, Frans Borg, considera que as informações repassadas no seminário vão refletir positivamente nas atividades das cooperativas. "Foi um evento importante para a ampliação da nossa visão de negócio. Nós precisamos estar atualizados e, com certeza, um evento como esse sempre traz informações que podem ser úteis para a tomada de decisões. Por isso, temos que parabenizar a OCB e a Ocepar pela organização do seminário. Acredito que os resultados de ações em cima de informações que pudemos obter aqui vão acontecer", afirmou. Em sua avaliação, o agronegócio apresenta um quadro com pontos positivos e outros preocupantes. "Em relação aos preços das commodities há um certo otimismo. Mas nem tudo são mil maravilhas. Nós sentimos isso nitidamente pois existe um outro lado de preocupação, como a questão de clima podendo afetar a produtividade das lavouras e tem ainda o câmbio, que também nos preocupa", completou Borg.
(Fonte: Ocepar)
No dia 21 de Outubro de 2010 é comemorado o Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito (DICC).
Desde 1948, as cooperativas de crédito tem se reunido anualmente na terceira quinta-feira do mês de outubro para comemorar a história do movimento do cooperativismo de crédito e suas conquistas. Este ano, o Woccu (Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito) escolheu o tema “Um lugar confiável para servi-lo” para embasar a celebração.
O tema incorpora as razões pelas quais milhões de pessoas no mundo escolhem o cooperativismo de crédito para ter acesso a serviços financeiros confiáveis e acessíveis. Este ano, o Cooperativismo de Crédito deve se orgulhar por ser considerado instituições de resistência e excelência em serviços para os membros, mesmo em tempos de dificuldades econômicas.
Os serviços de comprometimento e confiabilidade oferecidos são apenas um exemplo do modo que o Cooperativismo de Crédito se difere dos tradicionais bancos e instituições financeiras que visam o lucro. O Cooperativismo de Crédito é bastante diferente também em sua filosofia e estrutura. Por mais de 150 anos, as uniões de crédito mundiais têm se orgulhado de colocar o ser humano antes do lucro para que todos os membros possam desfrutar dos seus serviços financeiros acessíveis. Como cooperativas financeiras não-lucrativas, as cooperativas de crédito investem seu lucro na ajuda aos membros. E para diminuir ainda mais os encargos e melhorar os serviços, os membros experimentam a diferença que vem através da nossa estrutura democrática, o nosso serviço diferenciado e as metas sociais que o Cooperativismo de Crédito reforça com a filosofia de “pessoa-ajuda-pessoa”.
O Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito é para o Sistema de Crédito Cooperativo Mundial, a data que vem ao longo dos anos levantando a bandeira em razão das Cooperativas de Crédito de todo o globo.
.O Woccu, órgão máximo do Cooperativismo de Crédito Mundial, e idealizador da comemoração DICC, como também do tema, acredita que são com atributos no patamar da confiança, da transparência, da união, do comprometimento, e da busca por melhores serviços financeiros, que as Cooperativas de Crédito vão conquistando o coração de mais cooperados satisfeitos. E isso, é sintetizado em cada tema, estando também explícito na temática da atual celebração.
O A OCB/MS parabeniza todas as cooperativas de crédito de Mato Grosso do Sul, que ajudam a desenvolver a nossa economia.
Veja no site http://www.confebras.com.br/dicc/ o material completo em alusão ao Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito
Esta semana, 36 líderes cooperativistas de MS estão em Missão de Estudos pelo Paraná e Santa Catarina visitando cooperativas que ganharam o Prêmio Coopertiva do Ano, promovido pela OCB e pela Revista Globo Rural. Essa missão de estudos faz parte do programa de capacitação de desenvolvimento de líderes cooperativistas 2010 do Sescoop/MS e tem como objetivo conhecer casos de sucesso de cooperativas. A formatura dessde programa ocorrerá dia 02 de dezembro, durante o Encontro Estadual de Líderes.
A visita começou pela Copasul – Cooperativa Agrícola Sulmatogrossense em Naviraí/MS, que ganhou o prêmio em 2007. Depois o grupo seguiu para a Cooperativa Agrária Mista Entre Rios em Guarapuava/PR, que venceu na categoria Desenvolvimento Sustentável (Edição 2010) do Ramo Agropecuário. O projeto vencedor se chama ”Programa Gestão Ambiental Agrária”.
Hoje a visita será na Cooperativa de Transporte de Cargas do Estado de SC – COOPERCARGA em Concórdia/SC, que venceu com o projeto "Paz- Projeto Acidente Zero" na categoria Gestão Profissional (Edição 2009) do Ramo Transporte. No mesmo dia visitam a Cooperativa de Produção e Consumo Concórdia COPÉRDIA, também em Concórdia/SC.
E amanhã a visita continua pela Cooperativa Central Oeste Catarinense – AURORA em Chapecó/SC, que ganhou na Categoria Marketing (edição 2008) pelo Ramo Agropecuário com o projeto "Tá na hora de experimentar algo novo - Aurora, a hora mais gostosa do dia". E para encerrar vão até a Cooperativa Regional Alfa – COOPERALFA, também em Chapecó/SC.
Veja fotos da visita AQUI.