Sistema OCB lanca Agenda Legislativa do Cooperativismo 2012

 Com o objetivo de estreitar os laços entre os representantes do cooperativismo no Legislativo e dar visibilidade aos projetos de interesse do setor, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) lançou, em Brasília (DF), a sexta edição da Agenda Legislativa do Cooperativismo no dia 28 de fevereiro. A publicação traz as propostas prioritárias em tramitação no Congresso Nacional.

Para vê-las aprovadas, a OCB conta com o trabalho da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), composta hoje por 255 membros, entre deputados e senadores. Outros posicionamentos da instituição acerca de temas importantes, como a conferência Rio+20, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, terceirização e Ato Cooperativo, também estão contemplados. O lançamento ocorreu no mesmo período em que o Congresso retoma os trabalhos da sua 54ª legislatura.


A publicação é fundamental para divulgar no Congresso Nacional o posicionamento do setor em relação a proposições prioritárias que beneficiam ou não as 6.652 cooperativas brasileiras. Este ano, ela traz algumas novidades: um encarte especial sobre o Ano Internacional das Cooperativas e o acréscimo de projetos de lei de interesse do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop).


“Para que o cooperativismo brasileiro continue crescendo, é necessário que o nosso segmento tenha um ambiente favorável, que ofereça caminhos ao seu desenvolvimento. E, nesse contexto, a definição de marcos regulatórios será determinante em 2012”, declarou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. O dirigente destaca como essencial a parceria firmada há 26 anos entre OCB e Frencoop: “Nosso trabalho em conjunto resultou em vitórias fundamentais para o setor. Por isso, contamos com o compromisso dos deputados e senadores da Frencoop para conquistarmos avanços na legislação”.


O presidente da Frencoop, senador Waldemir Moka, ressalta o destaque que será dado ao movimento cooperativista em 2012, em razão da declaração pela Organização das Nações Unidas (ONU) do Ano Internacional das Cooperativas. “Este ano, teremos a chance de apresentar para a sociedade os benefícios do cooperativismo. Devemos atuar estrategicamente com o intuito de esclarecer e, ao mesmo tempo, reforçar as particularidades do setor, visando à aprovação de normas que atendam a essas características e contribuam para o seu crescimento”, afirmou.


O evento de lançamento reuniu lideranças do movimento, parlamentares e representantes do governo federal, de outras instituições e das unidades estaduais da OCB.

 

Conselho Nacional do Sescoop aprova alteracões em normativos para compras

 Normativos que beneficiarão os processos de compras e aquisições do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) foram aprovados na 70ª reunião ordinária do colegiado, ocorrida nesta terça-feira (28/2), em Brasília (DF). Entre as novidades estão a possibilidade de realizar licitações nas modalidades Pregão ou Concorrência com registro de preços. Segundo o gerente Geral de Operações do Sescoop, Ryan Carlo, as alterações refletirão em ganhos para a instituição: “As unidades estaduais e nacional poderão, inclusive, dentro das normas estabelecidas, aderir a atas de registro de preços de outras entidades do Sistema “S” e do próprio Sescoop, o que nos trará economia de tempo e recursos”.

Os conselheiros decidiram favoravelmente, também, pela homologação do convênio firmado entre o Sescoop/RS e a Confederação das Cooperativas Alemãs (DGRV) em novembro do ano passado. Por meio do instrumento, será executado o projeto de intercâmbio de estudantes da Faculdade de Tecnologia do Cooperativismo (Escoop), que terão a oportunidade de participar de estágios nas cooperativas da Alemanha.

Foram aprovados, também, dez projetos a serem executados por meio do Fundo Solidário de Desenvolvimento Cooperativo (Fundecoop). De acordo com a assessora em Gestão Estratégica do Sescoop, Karla Tadeu Oliveira, as propostas estão alinhadas com quatro dos objetivos traçados no planejamento estratégico da instituição para o período 2011-2013. “São projetos na área de monitoramento de cooperativas, disseminação da cultura da cooperação, adoção de boas práticas de governança e ampliação do acesso à formação em gestão cooperativista, por meio dos quais poderemos visualizar resultados ainda em 2012”, explicou Karla.

Cooperativas podem garantir juro menor, diz Tombini

 O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse, na noite desta terça-feira, que as tarifas e juros de empréstimos tendem a ser mais baixos nos municípios com forte presença de cooperativas de crédito.

"Esse é um segmento importante e que o Banco Central valoriza", afirmou Tombini durante o lançamento da Agenda Legislativa do Cooperativismo 2012, da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

Tombini defendeu ainda uma consolidação desse segmento, para que haja escala maior, "de forma a atender melhor".

Os números apresentados por Tombini mostram que há hoje 5.500 participantes do sistema, ante menos de 1.500 há dez anos, e que o número médio de filiados por cooperativa passou de 1.100 para 4.400.

O presidente do BC disse ainda que o sistema de cooperativismo passou bem pela crise de 2008 e 2009 e deu uma contribuição importante, principalmente para o crédito nos municípios no interior do País.

Disse ainda que o BC participou desse processo de crescimento, contribuindo, por exemplo, com uma regulação "adequada". "O cooperativismo está sujeito a uma regulação ampla e uma supervisão intensa", afirmou.

Fonte: Jornal de Brasília

Cooperativismo e Prosperidade

 O capitalismo é um Sistema que sabe gerar riqueza, porém não sabe distribuí-la. O Comunismo e o Socialismo sabem distribuir riqueza, mas não sabem gerá-la. Entretanto, o Cooperativismo é o único Sistema econômico que sabe fazer as duas coisas: gerar riqueza e distribuí-la.

A importância do Cooperativismo para o desenvolvimento social e econômico e seu crescimento pelo mundo fizeram com que a Organização das Nações Unidas (ONU) declarasse 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas.

O intuito da ONU é de sensibilizar sobre a importância desta ferramenta econômica e social, e de promover a criação e o desenvolvimento desse modelo que, nos últimos anos, vem atraindo o interesse tanto dos economistas como dos empreendedores.

Cooperativismo significa a união de pessoas para criação de riqueza sob uma base de gestão democrática e a distribuição desta de uma forma equitativa. Uma cooperativa é definida como uma associação autônoma de pessoas (acima de 20) que se unem, voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e/ou culturais comuns, por meio de uma empresa de propriedade coletiva e democraticamente gerida.

Forte de valores como equidade, solidariedade, gestão compartilhada, valorização e priorização do capital humano em detrimento do capital financeiro, distribuição, e sustentabilidade, o cooperativismo é muito mais que um negócio, é uma filosofia capaz de unir desenvolvimento econômico e bem estar social. É um modelo alternativo que combina produtividade e responsabilidade social e que busca uma sociedade próspera, mais justa e mais humana.

O Cooperativismo é um movimento que gera hoje qualidade de vida para mais de um bilhão de cooperados no mundo. Este número é muito superior aos 328 milhões de acionistas de empresas de capital. O cooperativismo emprega atualmente mais de 100 milhões de pessoas. Nos Estados Unidos, a população cooperativista é de 120 milhões de pessoas. No Brasil, segundo a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), existem hoje no país cerca de 6.700 cooperativas com mais de 9 milhões de associados e cerca de 300 mil funcionários. As cooperativas atuam em 13 segmentos diferentes. Porém, um pouco menos da metade das cooperativas brasileiras atuam nos setores de agropecuária e de crédito congregando 4 milhões de associados de um total de 9 milhões. No Maranhão, há cerca de 600 cooperativas. Porém, apenas 50 delas têm suas documentações em dia.

Para aprendermos a importância das cooperativas em relação aos bancos, basta observarmos, por exemplo, o desempenho dos bancos. De acordo com dados do Banco Central (Bacen), as 76 agências bancárias instaladas em São Luís lucraram de janeiro de 2010 a junho de 2011 (18 meses) 692 milhões de reais. Infelizmente, este dinheiro tem achado seu paradeiro nos grandes centros financeiros do País, deixando a comunidade ludovicense e a economia local carente de recursos para o desenvolvimento de suas atividades.

Em nível nacional, apenas nas regiões Sudeste e Centro-oeste que o volume das captações dos bancos é menor que o volume dos investimentos (empréstimo, financiamentos, etc.). Isto mostra que tais regiões recebem recursos externos vindo das outras regiões. No Maranhão, o superávit total das 276 agências bancárias do estado é de 317 milhões em 2011. Na realidade, em quase a totalidade dos municípios dos estados do norte e do nordeste, o volume de captação (depósitos de correntistas, empresas, etc.) é maior que o volume dos investimentos, implicando em uma evasão dos recursos para as outras regiões.

Diferentemente do sistema bancário, o cooperativismo é um mecanismo que proporciona que os recursos fiquem nos municípios e beneficiem seus titulares. As cooperativas de crédito, por exemplo, é um importante mecanismo para implementar ações que promovam a inserção de comunidades carentes na cadeia produtiva e fomentar, portanto, o crescimento econômico. Suas vantagens são enormes, pois a cooperativa de crédito é dirigida e controlada pelos próprios cooperados, todos os associados têm acesso ao crédito sem distinção, e com menor custo operacional em relação aos bancos, menor taxa de juros nas operações de crédito, menores tarifas de prestação de serviços, menos impostos e tributos, e maior rendimento nas aplicações financeiras. A concessão do crédito é imediata e sem burocracia, o atendimento é personalizado, a aplicação dos recursos é feita na própria classe e as sobras e excedentes são distribuídas entre os cooperados. Além disso, as cooperativas têm um fundo de assistência aos cooperados e um fundo de reserva.

Ficou comprovado que as cooperativas exercem um papel fundamental no desenvolvimento econômico e social de centenas de milhões de pessoas pelo mundo. Portanto, cabe a todos: governos, cooperativas e as organizações representativas do setor encontrar as formas de dar ênfase à decisão da ONU. As universidades precisam contribuir, por exemplo, criando cursos relacionados como o de “Gestão de cooperativas”, etc. As secretarias de trabalho e renda devem dar mais importância a esta ferramenta extraordinária de combate à pobreza e à desigualdade. O Sebrae e a Fiema podem, também, ter um papel fundamental no fortalecimento do setor.

Salientamos ainda a bela iniciativa da Associação Comercial do Maranhão que, no Ano Internacional das Cooperativas e quadricentenário de nossa querida São Luís, está instalando a cooperativa de crédito dos empresários do Maranhão. Também, a Organização das Cooperativas do Estado do Maranhão (Ocema) e os órgãos municipais competentes, pelo esforço na definição e implantação da Política Municipal de Cooperativismo.

Precisamos entender que há milhares de maneiras de fazer negócios e que necessitamos trabalhar juntos de forma cooperativa. Fica aqui registrada a nossa homenagem e nosso reconhecimento do papel fundamental das cooperativas na promoção do desenvolvimento socioeconômico de centenas de milhões de pessoas em todo o mundo e parabenizamos a categoria pelo Ano Internacional das Cooperativas. (Sofiane Labidi, professor universitário e pesquisador, escreve no Jornal Pequeno/MA aos domingos).

Agenda Legislativa do Cooperativismo apresenta desafios para 2012

Agenda Legislativa do Cooperativismo apresenta desafios para 2012

 “No Ano Internacional das Cooperativas, nossa meta é conquistar novos marcos regulatórios que serão determinantes para o desenvolvimento sustentável do setor. Para isso, contamos, mais uma vez, com o apoio e compromisso da Frente Parlamentar do Cooperativismo, a Frencoop”. Com essas palavras, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, apresentou a sexta edição da Agenda Legislativa do Cooperativismo, na noite desta terça-feira (28/02), durante cerimônia realizada na Fundação Casa do Cerrado, em Brasília (DF). O evento contou com a presença do presidente do Banco Central do Brasil (BC), Alexandre Tombini, do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, do presidente da Frencoop, senador Waldemir Moka (MS), entre outras autoridades e lideranças do segmento.

Em seu pronunciamento, Freitas ressaltou o número de proposições de interesse do setor cooperativista em tramitação no Congresso Nacional, chamando a atenção para temas prioritários. “Mais de 400 projetos impactam de alguma forma no dia a dia do movimento, mas existem alguns pontos que pedem maior urgência na aprovação. Um deles é o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo. Esse processo precisa ser compreendido. O que não queremos é a bi-tributação”, disse.

A definição de um novo Código Florestal para o país também foi destacada pelo presidente do sistema. “A aprovação definitiva do texto é fundamental para que seja restabelecida a segurança no campo. Temos de trabalhar para isso”, comentou. Freitas ainda chamou a atenção dos presentes para outros assuntos importantes voltados à sustentabilidade, como a realização da Rio + 20 - Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, que ocorrerá entre os dias 20 e 22 de junho, no Rio de Janeiro (RJ), e faz parte da Agenda Legislativa do Cooperativismo.

A cerimônia de lançamento da publicação, que reúne 57 proposições, foi prestigiada por 360 pessoas, entre estas, 55 deputados federais e 11 senadores. Vários parlamentares de MS prestigiaram o evento além do Senador Moka, como o senador Antônio Russo e os deputados federais Mandetta e Reinaldo Azambija.

Image
SISTEMA OCB © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.