Waldemir Moka e Ana Amélia querem prioridade para o cooperativismo na pauta de 2012

 Projetos que tratam de questões relativas ao cooperativismo e debates sobre o assunto terão destaque na agenda do Senado ao longo de 2012, escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como Ano Internacional das Cooperativas. Conforme o vice-presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), senador Waldemir Moka (PMDB-MS), a importância da participação das cooperativas no desenvolvimento do Brasil justifica prioridade ao tema na pauta legislativa, não apenas da comissão, mas do Senado como um todo.


- Mais de 40% de toda a exportação de alimentos passa por cooperativas agropecuárias, que também são essenciais para tornar os pequenos produtores mais fortes e competitivos – ressalta Waldemir Moka. A opinião é compartilhada pela senadora Ana Amélia (PP-RS), ao lembrar que seu estado é o berço do cooperativismo brasileiro.
Entre as matérias para fortalecer o cooperativismo que devem ser votadas na Casa, estão as que buscam melhorar a infraestrutura produtiva e de comercialização e também as que tratam dos problemas enfrentados pelas cooperativas de trabalho. Waldemir Moka destaca ainda a importância das cooperativas de crédito.


- São as cooperativas de crédito que chegam ao pequeno e ao médio agricultor em municípios onde não há agência bancária e que conseguem fazer com que o custo do dinheiro seja menor – frisou o senador pelo Mato Grosso do Sul. Ele lembrou a aprovação, em 2011, de projeto de Ana Amélia que abre a bancos cooperativos e cooperativas de crédito acesso a recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).


Ao falar sobre o projeto, Ana Amélia ressaltou a contribuição do relator, senador Casildo Maldaner (PMDB-SC), que incluiu entre os beneficiários dos empréstimos micro e pequenas empresas, sejam rurais ou urbanas. O texto (PLS 40/2011) aprovado no Senado e que foi enviado à Câmara também foi modificado para incluir mecanismos de proteção aos recursos do FAT.


Comemorações
Para comemorar o Ano Internacional das Cooperativas, Ana Amélia vai apresentar, em conjunto com Waldemir Moka, requerimento para realização de sessão especial no Senado. A senadora gaúcha também vai propor à CRA a realização de audiência pública, em março, para discutir o seguro agrícola, durante a Expodireto Cotrijal, no Rio Grande do Sul.
A parlamentar lembra que não apenas a produção agropecuária do seu estado, que é majoritariamente cooperativada, mas o conjunto do agronegócio do país sofre pela falta de mecanismos mais eficazes de proteção de lavouras e criações, frequentemente afetadas por eventos climáticos.


As iniciativas sugeridas por Waldemir Moka e Ana Amélia para marcar o Ano Internacional das Cooperativas seguem os objetivos propostos pela ONU, entre os quais a ampliação da legislação e das políticas públicas visando fortalecer a atuação das cooperativas no país.


Iara Guimarães Altafin / Agência Senado

Fevereiro comeca com superávit de US$ 196 milhões

 As exportações brasileiras, na primeira semana de fevereiro (1º a 5), com três dias úteis, foram de US$ 2,604 bilhões, com média diária de US$ 868 milhões. O resultado é 3,8% superior à média de US$ 836,6 milhões, registrada em fevereiro de 2011.

Neste comparativo, houve aumento nas exportações de manufaturados (28,6%), com destaques para energia elétrica, centrifugadores para filtrar e depurar, aviões, automóveis, óleos combustíveis, máquinas e aparelhos para terraplanagem, e partes de motores para veículos e autopeças. Por outro lado, decresceram as vendas de básicos (-13,8%), por conta, principalmente, de petróleo, em bruto, milho em grão, carne bovina, suína e de frango, minério de ferro e farelo de soja, e também de semimanufaturados (-1,7%), devido à retração nos embarques de açúcar em bruto, alumínio em bruto, celulose, catodos de níquel e catodos de cobre.

Na comparação com a média de janeiro deste ano (US$ 733,7 milhões), as exportações tiveram alta de 18,3%, com aumento nas vendas de produtos manufaturados (44,2%), semimanufaturados (7,3%) e básicos (1,8%).

Na primeira semana do mês, as importações somaram US$ 2,408 bilhões, com resultado médio diário de US$ 802,7 milhões. Por esse critério, houve aumento de 3,3% em relação a fevereiro do ano passado (média de US$ 776,9 milhões). Aumentaram os gastos, principalmente, com adubos e fertilizantes (41,9%), instrumentos de ótica e precisão (35,5%), equipamentos mecânicos (30,9%), plásticos e obras (18,9%), combustíveis e lubrificantes (13,1%), siderúrgicos (10,3%) e farmacêuticos (3,4%).

Na comparação com janeiro de 2012 (média de US$ 792,4 milhões), houve aumento de 1,3% nas aquisições no mercado externo. Houve crescimento, principalmente, nas compras de instrumentos de ótica e precisão (28,4%), equipamentos mecânicos (24,9%), plásticos e obras (17,4%), farmacêuticos (16,6%), e combustíveis e lubrificantes (12,9%).

Com estes dados, a balança comercial brasileira registrou, na primeira semana de fevereiro, superávit de US$ 196 milhões, com média diária de US$ 65,3 milhões. A corrente de comércio (soma das exportações e importações) totalizou US$ 5,012 bilhões, com média diária de US$ 1,670 bilhão. Houve crescimento de 3,5% na comparação com a média de fevereiro de 2011 (US$ 1,613 bilhão) e aumento de 9,5% sobre a de janeiro deste ano (US$ 1,526 bilhão).

Ano
De janeiro à primeira semana de fevereiro deste ano (25 dias úteis), as vendas ao exterior somaram US$ 18,746 bilhões (média diária de US$ 749,8 milhões). O resultado é igual ao aferido no mesmo período de 2011 (US$ 749,8 milhões). As importações no ano estão em US$ 19,841 bilhões, com média diária de US$ 793,6 milhões. O valor é 10,8% maior em relação à média registrada no mesmo período de 2011 (US$ 716,6 milhões).

No acumulado do ano, o saldo da balança comercial está deficitário em US$ 1,095 bilhão, com média diária negativa de US$ 43,8 milhões. A corrente de comércio somou US$ 38,587 bilhões, com média diária de US$ 1,543 bilhão. O valor é 5,3% maior que a média aferida no mesmo período no ano passado (US$ 1,466 bilhão).
(Fonte: Mapa)

Cooperativismo e sustentabilidade são prioridades do Mapa

 O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, destacou a importância das cooperativas para alavancar o desenvolvimento da agropecuária do país, especialmente pela geração de emprego e renda. Foi durante a abertura do Show Rural, feira realizada pela cooperativa Coopavel, em Cascavel (PR), nesta segunda-feira, dia 06 de fevereiro. Para ele, o ministério precisa estar cada vez mais perto do produtor e as cooperativas serão um instrumento para isso. “Quero regionalizar o Ministério da Agricultura e transformar o pequeno produtor em médio produtor. O médio produtor em grande produtor e o Brasil em uma enorme potência mundial e, para alcançar esse objetivo, as cooperativas são fundamentais”, salientou.

Durante a visita, Mendes Ribeiro reiterou a importância de o governo desenvolver a agricultura de maneira sustentável. No entendimento dele, o governo tem um compromisso sério com a sustentabilidade e por isso o meio ambiente é um assunto que tem de estar dentro de todos os segmentos da sociedade. "Ninguém cuida mais do meio ambiente do que o agricultor. O país já avançou nessa questão e nós estamos nos adaptando cada vez mais para o controle do meio ambiente", disse.

Ao ser questionado sobre as questões de sanidade animal no país, o ministro destacou a necessidade de avançar no Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) para beneficiar o pequeno produtor. “O Suasa tem de ser um instrumento para permitir que os pequenos possam comercializar o seu produto. Isso é um trabalho contínuo e uma determinação minha”, enfatizou. O Mapa reconheceu a equivalência do serviço de inspeção do Paraná em 2010 e, do município de Cascavel, no ano passado.

Acompanhado do presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, e pelo prefeito de Cascavel, Edgar Bueno, o ministro visitou a estrutura do Show Rural, feira que tem 72 hectares da extensão. Mendes Ribeiro conheceu o estande do Ministério da Agricultura e o espaço destinado à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). No percurso, passou ainda pela vitrine de cultivares, pela estação do conhecimento, local onde a Empresa está realizando palestras ao longo da programação da feira, e visitou a Casa da Embrapa, espaço onde estão sendo expostas as tecnologias da vinculada.

Após a visita, o ministro almoçou no restaurante do Show Rural. O secretário de Desenvolvimento Sustentável e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Erikson Chandoha, e o superintendente federal de Agricultura do Paraná, Daniel Gonçalves, acompanharam o ministro no almoço.
(Fonte: Mapa)

OCB recebe comitiva de funcionáros do governo do Chile

 Funcionários do governo do Chile e dirigentes agricultores foram recebidos na tarde desta segunda-feira (6/2) por gestores da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília (DF). O grupo pertence ao Instituto Nacional de Desarollo Agropecuario (Indap), entidade vinculada ao Ministério da Agricultura chileno, que tem por finalidade apoiar o desenvolvimento de pequenos produtores agrícolas por meio de ações de fomento produtivo.

Recebidos pelo superintendente e pelos gerentes de Relações Institucionais (Gerin) e de Ramos e Mercados (Gemerc) da instituição, os chilenos foram apresentados ao sistema cooperativista brasileiro, seu funcionamento e características. “Fizemos primeiramente uma apresentação institucional sobre o cooperativismo, sua atuação e peculiaridades. Em seguida, o grupo teve acesso aos números que retratam a nossa expressiva participação no agronegócio brasileiro”, disse o gerente de Ramos e Mercados, Gregory Honczar.

De acordo com o superintendente Renato Nobile, iniciativas como essa apresentam-se como oportunidade para disseminação do cooperativismo a um público cada vez maior. “Ao sermos procurados por comitivas como esta do Chile, podemos mostrar, dentro e fora do país, o poder transformador do cooperativismo, que gera incontáveis benefícios aos seus membros”, destacou.

A recepção ao grupo partiu de solicitação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que vai orientar a comitiva chilena em visitas a outras entidades durante a semana, como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), sede do Sindicato e Organização das Cooperativas no Estado do Paraná (Ocepar), e das cooperativas Coopavel, Coamo e Cocamar, também no Paraná.

Cooperativismo brasileiro é referência no Timor Leste

 Um modelo de negócios que promove o desenvolvimento econômico e, ao mesmo tempo, a inclusão social despertou o interesse do governo de Timor Leste. Para mostrar o panorama do setor, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) participou do Fórum de Crescimento Inclusivo, promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNU) e pelo Ministério da Economia daquele país. O encontro ocorreu nesta segunda-feira, em Dili, e contou com presença de diversas autoridades da ONU, de representantes do governo da Indonésia e da Malásia, além do primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão.

Como integrante da Organização das Cooperativas dos Países de Língua Portuguesa (OCPLP), a OCB apresentou o modelo de gestão adotado no Brasil, os principais números e os diferenciais competitivos do segmento. A proximidade da língua e das áreas produtivas, como o café, foram fatores que também atraíram os timorenses.

Hoje, existem 100 cooperativas registradas no Timor, que beneficiam 10 mil sócios. &&147;É grande o potencial de crescimento do cooperativismo na região, especialmente no setor agrícola e de pesca&&148;, disse a analista de Relações Institucionais da OCB Joana Nogueira. Segundo ela, as cooperativas de crédito são as mais desenvolvidas, tanto que já alcançaram um US$ 1,6 milhão em ativos.

Para crescer com sustentabilidade, o governo timorense precisa investir em infraestrutura e em capacitação, apontados como os maiores desafios do setor.

Saiba mais - O Timor Leste é uma ilha localizada no sudeste asiático que, no passado, foi colônia portuguesa. Posteriormente, passou ao domínio da Indonésia e, desde 2000, tornou-se um país independente. Entre os principais produtos produzidos, destaca-se o café. A maior parte da produção agrícola é direcionada ao mercado interno. Por meio da ABC/MRE, o governo brasileiro mantém projetos de cooperação no local. Por ser uma forma de organização econômica e social, o cooperativismo figura como um tema transversal nesses projetos.

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