O presidente Jair Bolsonaro participou, nesta terça-feira (5/11), da cerimônia no Palácio do Planalto para marcar os 300 dias à frente do governo do país. Foi feito um balanço das ações implementadas no período e de propostas entregues ou que ainda serão enviadas ao Congresso, como o pacote anticrime do ministro Sérgio Moro e a reforma administrativa.
O presidente da República destacou o avanço do Brasil com relação à sua imagem enquanto player internacional e agradeceu à sua equipe de ministros por acreditarem no Brasil. “Tudo o que queremos é fazer o bem ao próximo. Muito obrigado por terem ajudado o país a sair da crise”, comentou.
COOPERATIVISMO
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, participou da cerimônia. Para ele, as cooperativas do país têm muitas conquistas a celebrar. “O Sistema OCB atua em prol do nosso setor, apresentando os impactos positivos que geramos, sugerindo ações e com participação em reuniões e grupos de trabalho no âmbito do governo. As conquistas deste ano merecem ser celebradas, sim, pois representam um reconhecimento ante a nova administração. Continuaremos trabalhando para que os próximos 300 dias tragam mais e mais resultados para as nossas cooperativas”, declarou o presidente do Sistema OCB.
CONQUISTAS DAS COOPS
Dentre as principais conquistas do cooperativismo, ao longo desses 300 dias, estão:
DAP
• 7 de fevereiro: o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ampliou para dois anos o prazo de validade das Declarações de Aptidão (DAP) do Programa Nacional da Agricultura Familiar, garantindo a continuidade do acesso a milhões de pequenos produtores e suas cooperativas a políticas de promoção da agricultura familiar.
SELO AGRO+INTEGRIDADE
• 15 de fevereiro: Após atuação da OCB, as cooperativas agropecuárias poderão obter o Selo Agro+ Integridade (edição 2019-2020), criado com o objetivo de reconhecer iniciativas do agronegócio detentoras de práticas de governança e gestão capazes de evitar desvios de conduta e de fazer cumprir a legislação de compliance. Além disso, a Organização das Cooperativas Brasileiras foi incluída na composição do Comitê Gestor do Selo Agro+ Integridade.
CRÉDITO RURAL
• 26 de abril: O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu que as cooperativas singulares de crédito poderão solicitar autorização para captar depósitos de poupança rural. O objetivo da medida é ampliar as fontes de recursos para o crédito rural e aumentar a competição nesse segmento, por meio da ampliação da autonomia de captação das cooperativas e, ainda, do aproveitamento da capilaridade do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo.
ICMS
• 27 de maio: O Sistema OCB foi convidado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para participar das reuniões que tratam sobre a revisão do Convênio ICMS 100/97, que reduz a base de cálculo do ICMS sobre a comercialização de insumos agropecuários. Na oportunidade, o sistema apresentou a defesa do setor cooperativista, evidenciando que o fim do convênio poderá resultar no aumento significativo dos custos dos produtores. As reuniões prosseguem com vistas a reduzir ao máximo o prejuízo à agricultura brasileira.
AGENDA BC#
• 29 de maio: O cooperativismo foi incluído como parte importante da estratégia do Banco Central do Brasil (BCB) para fortalecer o sistema financeiro do país. Assim, o BCB atuará, em conjunto com as cooperativas, em três grandes vetores: 1) Fomento de atividades e negócios; 2) Aprimoramento da organização sistêmica e promoção do aumento da eficiência do segmento; e 3) Aprimoramento da gestão e da governança. Entre as ações previstas da Agenda BC#, está a modernização da LCP 130/09, sobre o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo.
PLANO SAFRA
• 18 de junho: Após construção conjunta entre o Governo Federal, o Sistema OCB e diversas outras entidades do setor agropecuário foi lançado o Plano Safra 2019/2020, contando, inclusive, com discurso do Presidente Márcio Lopes de Freitas na cerimônia, em reconhecimento à participação do setor cooperativista. Essa é a primeira vez, em 20 anos, que o governo une numa mesma política pública os planos Safra da Agricultura Familiar e o Agrícola e Pecuário.
PRONAF
• 3 de julho: O Mapa atualizou as a forma de cálculo para concessão da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) para ampliar o acesso às cooperativas agropecuárias com perfil do programa. De acordo com a nova regra, para que uma cooperativa singular possa ser beneficiária da DAP Jurídica, o quadro de cooperados deve ser constituído por mais da metade de agricultores familiares com DAP ativa.
BR+COOPERATIVO
• 4 de julho: inspirado no documento de prioridades do cooperativismo para o novo governo, o Mapa criou o programa para apoiar o cooperativismo e o associativismo rurais brasileiros através da oferta de assistência especializada, da promoção da intercooperação, da formação técnica e da qualificação de processos de gestão, produção e comercialização nos mercados institucionais e privados. No âmbito do programa, foi assinado Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre Mapa e OCB com foco em ações conjuntas.
SELO ARTE
• 18 de julho: foi assinado o decreto que regulamenta o Selo Arte, responsável por identificar os produtos artesanais (primeiramente os derivados de leite), no processo de comercialização em todo o território nacional. O superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, participou da solenidade, junto com o presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Evair de melo (ES), autor da Lei 13.680/18 que desburocratiza a produção e a venda desses alimentos, ampliando o mercado para o setor.
COMBUSTÍVEL SOCIAL
• 24 de julho: Portaria publicada pelo Mapa possibilitou aos agricultores familiares associados às cooperativas agropecuárias não detentoras de DAP Jurídica comercializarem sua matéria-prima no âmbito do Selo Combustível Social, que auxilia a inclusão produtiva e social dos agricultores familiares fornecedores de matéria-prima para a produção de biodiesel.
IOF CÂMBIO
• 25 de julho: a Receita Federal do Brasil (RFB) revisou o entendimento anterior sobre câmbio exportação e reconheceu a aplicação da alíquota zerada do Imposto sobre Operações000 Financeiras (IOF) mesmo quando os recursos forem mantidos no exterior. Essa revisão era um pleito das cooperativas exportadoras e contou com forte atuação da OCB.
LAVRA GARIMPEIRA
• 8 de agosto: A OCB foi convidada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) a contribuir com o grupo de trabalho criado para a discutir o regime de exploração mineral de Permissão de Lavra Garimpeira (PLG). Além de conhecer mais de perto o cooperativismo mineral, foi solicitada à OCB uma lista de prioridades para atualização do regime de PLG.
TRANSPORTE DE CARGAS
• 15 de agosto: Soluções para o transporte de cargas: a OCB foi incluída como ator-chave pelo Ministério de Infraestrura (MInfra) na discussão sobre soluções para o transporte autônomo de cargas. O cooperativismo foi colocado pelo governo como uma das soluções para garantir um mercado mais saudável para demandantes e ofertantes do serviço no país. Esse entendimento é compartilhado também por embarcadores e transportadores autônomos, que ficaram interessados em conhecer mais sobre o cooperativismo.
AGRO 4.0
• 16 de agosto: OCB foi incluída no Conselho Superior da Câmara do Agro 4.0, criada pelo Mapa e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) com objetivo promover ações de expansão da internet no campo e a aquisição de tecnologias e serviços inovadores no ambiente rural.
AGRONORDESTE
• 10 de outubro: A OCB foi incluída no Comitê Central de Coordenação do Plano de Ação para o Nordeste, ou Plano Agronordeste, juntamente com Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Sebrae, CNA/Senar e Aneel. A OCB participou da elaboração do plano, cujo objetivo é criar soluções para os entraves que comprometem a competitividade do setor produtivo nos estados nordestinos com potencial de desenvolvimento.
PRONAF
• 25 de outubro: O CMN promoveu quatro ajustes nas normas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Dentre as mudanças, inclui-se a elevação do limite individual para pessoa física e para associado de cooperativa em financiamentos da linha de crédito de industrialização para a agroindústria familiar, que passou de R$ 12 mil para R$ 45 mil. Essa era uma demanda antiga da OCB junto ao Mapa.
CENSO AGRO
• 25 de outubro: A OCB participou ativamente do planejamento e entregas do Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que levantou informações importantíssimas sobre os produtores rurais brasileiros associados às cooperativas agropecuárias.
NO LEGISLATIVO
PREVIDÊNCIA
• 23 de outubro: Durante toda a tramitação da PEC 6/2019 (Reforma da Previdência), no Senado, a OCB atuou para adequar o texto da proposta conforme as especificidades do cooperativismo. Dentre as principais alterações efetivadas no texto final, destacam-se:
- CSLL de cooperativas de crédito: Alíquota de 15% de CSLL para as cooperativas de crédito. No caso dos bancos, a alíquota foi ampliada para 20%.
- FAT ao BNDES: Manutenção da redução de 40% para 28% dos recursos do FAT ao BNDES, para garantir a continuidade dos programas de desenvolvimento do setor produtivo financiados pelo banco.
- Aposentadoria rural: Idade mínima de 60 anos para homens e 55 anos para mulheres. E mais: tempo de atividade rural será reconhecido para concessão de aposentadoria de acordo com as regras vigentes à época do exercício da atividade.
- Imunidade tributária das exportações: Retirado dispositivo que colocava fim à imunidade das exportações para os setores que participam da desoneração da folha e que pagam a tributação pela receita bruta (aves e suínos, por exemplo).
- Funrural: Retirado dispositivo que vedava qualquer nova remissão ou prorrogação de dívidas fora da folha de pagamento, dentre elas, o Funrural.
CAR
• 17 de outubro: A OCB foi um dos atores-chave para a aprovação e sanção da medida provisória que instituiu o Cadastro Ambiental Rural (CAR) permanente, para que este cumpra sua função pública de reunir informações de monitoramento ambiental das propriedades atualizado. A lei estabelece prazo máximo de dois anos para inscrição dos produtores rurais no Programa de Regularização Ambiental (PRA), caso estes queiram ter acesso aos benefícios da política pública. Para a OCB, a matéria é importante para o país, uma vez que consolida a possibilidade de o novo Código Florestal cumprir todo o ciclo de monitoramento e regularização dos imóveis rurais pretendido desde a sua edição, indo ao encontro da preservação e recuperação ambiental do país.
LIBERDADE ECONÔMICA
• 20 de setembro: Durante toda a tramitação da Lei nº 13.784, de 2019 (MPV 881/2019), a OCB atuou para simplificar e desburocratizar o registro de cooperativas. Para que a medida seja efetiva, a OCB está trabalhando em conjunto com o DREI para elaboração dos documentos padronizados, que têm como base cases de sucesso das unidades estaduais. Outros pontos trazidos pela Lei:
- Substituição do eSocial por novo sistema simplificado;
- Extinção de alvarás e licenças para atividades de baixo risco;
- Preservação da autonomia da vontade, prestigiando atos e contratos dos particulares, ou seja, segurança jurídica nas relações e intervenção mínima do Estado;
- Afastamento de normas infralegais desatualizadas;
- Efeito vinculante em decisões administrativas de liberação e in dubio pro libertate, com regra de interpretação;
- Proibição de exigências, como definição de preços, sem previsão em lei;
- Vedação de emissão de certidões com prazo de validade sobre fatos imutáveis;
- Positivação de conceitos afetos à desconsideração de personalidade jurídica;
- Carteira de trabalho digital;
- Imunidade burocrática para atividade econômica de inovação;
- Vedação da emissão de certidões com prazo de validade sobre fatos imutáveis;
- Afastamento do abuso regulatório; e
- Obrigatoriedade de Análise de Impacto Regulatório (AIR) para novos normativos.
AGÊNCIAS REGULADORAS
• 25 de junho: A OCB acompanhou a tramitação da Lei nº 13.848/2019 (SCD 10/2018) — Lei das Agências Reguladoras, tendo em vista a busca de maior eficiência e transparência das agências reguladoras em seu papel de fiscalização e regulamentação de diversos ramos de atividade cooperativismo. Segundo texto do relator, a proposta é garantir maior eficiência orçamentária, financeira e administrativa a esses órgãos, unificando as regras sobre gestão e governança, e dando maior autonomia e transparência ao controle social das agências reguladoras, além de estabelecer novas regras para a indicação de diretores. O texto também prevê a elaboração de Plano Estratégico (com duração quadrienal) e de Plano de Gestão Anual que contemplará ações, para que atos normativos sejam precedidos de Análise de Impacto Regulatório (AIR).
Com o tema “As perspectivas para a economia e o agronegócio brasileiro”, o MS Agro chega a sua 10ª edição no dia 20 de novembro, no auditório do Sistema Famasul, em Campo Grande e conta com o apoio do Sistema OCB/MS. Já considerado um dos principais eventos de debate e reflexão estratégica do agronegócio sul-mato-grossense, o encontro traz na programação palestras técnicas e um painel sobre o assunto, mediado pela jornalista Kellen Severo.
A 10ª Edição do MS Agro tem como objetivo conscientizar os participantes sobre a importância de se elevar o agronegócio a um alto nível de desenvolvimento sustentável. Também vai abordar questões relacionadas aos desafios atuais do setor e a necessidade de se investir na qualificação profissional e formação dos gestores.
O evento terá público-alvo composto por dirigentes sindicais, empresários rurais, profissionais liberais, lideranças do setor agropecuário, representantes de instituições públicas e privadas ligadas ao agro, representantes de câmaras setoriais e cooperativas, entre outros.
Após abertura do evento com o presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito, programada para 18h30, a primeira palestra terá como tema “Contexto internacional: comércio e potenciais mercados para o Agro do Brasil”, ministrada pela superintendente de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra.
Em seguida, o economista Celso Toledo vai falar sobre “Cenário Macroeconômico Brasileiro: perspectivas para o Agronegócio”. Por fim, um debate será mediado pela jornalista Kellen Severo com a presença dos palestrantes, do público e do presidente do Sistema Famasul.
Inscrições são limitadas. Clique aqui.
Trabalho realizado pela instituição financeira cooperativa foi reconhecido em rankings do jornal O Estado de S. Paulo e da revista Época Negócios
O Sicredi – instituição financeira cooperativa com mais de 4 milhões de associados e atuação em 22 estados brasileiros e no Distrito Federal – foi destaque em duas importantes premiações organizadas por veículos de comunicação em outubro deste ano.
No anuário Empresas Mais, do jornal O Estado de S. Paulo, que reconhece as companhias com os melhores resultados financeiros do Brasil, o Sicredi ficou em segundo lugar no ranking geral da categoria Governança Corporativa de empresas de capital fechado. O ranking é organizado pelo jornal em parceria com a Fundação Instituto de Administração (FIA) e a Austin Rating.
Já no anuário Época Negócios 360°, que elegeu as 300 melhores empresas do Brasil neste ano com base em seis dimensões (Desempenho Financeiro, Governança Corporativa, Inovação, Pessoas, Sustentabilidade e Visão de Futuro), o Sicredi ocupa a 73ª colocação no ranking geral. No guia, realizado pela revista em parceria com a Fundação Dom Cabral, a instituição financeira cooperativa figurou também a 9ª posição na categoria das Melhores da Região Sul.
No ranking setorial de Bancos, o Sicredi se destacou no 1º lugar em Desempenho Financeiro, 4ª colocação em Pessoas e a 5ª posição em Governança Corporativa. Ainda no ranking, a instituição aparece no 8ª lugar em Visão de futuro, 9ª em Inovação e 12ª colocação em Sustentabilidade.
Na lista dos 100 Maiores Bancos do guia, o Sicredi aparece no 6ª lugar na categoria Bancos e ocupa a 7ª colocação nas categorias Maiores Bancos Por Lucro Líquido e Maiores Bancos Por Depósitos, enquanto que em Maiores Bancos Por Patrimônio Líquido, o Sicredi ocupa a 8º colocação e a 10ª posição em Maiores Bancos Por Ativo Total.
Para complementar, ainda na lista dos 100 Maiores Bancos, a instituição ocupa o 90º lugar na categoria Melhores nas Práticas, a 105º colocação em Melhores em Desempenho Financeiro e a 28º posição em Abertura: Capital Fechado.
Sobre o Sicredi
O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa comprometida com o crescimento dos seus associados e com o desenvolvimento das regiões onde atua. O modelo de gestão do Sicredi valoriza a participação dos mais de 4 milhões de associados, os quais exercem papel de donos do negócio. Com presença nacional, o Sicredi está em 22 estados* e no Distrito Federal, com mais de 1.700 agências, e oferece mais de 300 produtos e serviços financeiros (www.sicredi.com.br).
*Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
A população mundial está envelhecendo muito rapidamente e, em pouco tempo, haverá mais gente recebendo benefícios do que contribuindo para a Previdência. As pessoas estão vivendo mais e, no Brasil, a situação não é diferente. De acordo com o governo federal, em 2016, 52,1 milhões de brasileiros contribuíram para a Previdência e havia 33,2 milhões de aposentados. Para cada pessoa que recebia a aposentadoria, havia pouco mais de 1,5 contribuinte. Mas as projeções indicam que, sem a reforma da Previdência, em 2050, o número de contribuintes cairá para 43,9 milhões de pessoas e haverá quase o dobro de aposentados: 61 milhões de brasileiros, ou seja, a conta não fechará em breve. A reforma é, sim, necessária. A dúvida é: em quais moldes?
Em meio a discursos de apoio e de críticas à Reforma da Previdência, convidamos o secretário adjunto de Previdência, Narlon Gutierre Nogueira, da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, para nos explicar sobre a proposta de Nova Previdência e os impactos para a economia do País. Confira:
Quais são as três principais mudanças previstas pela Reforma da Previdência, na sua opinião, e como elas devem afetar a economia do país?
Em linhas gerais, podemos destacar, como diretrizes principais da Nova Previdência, tornar o nosso sistema previdenciário mais justo, exigir um esforço maior daqueles que têm condições de contribuir mais e buscar garantir um sistema sustentável, diante do rápido processo de envelhecimento populacional por que o Brasil passa. Entre as medidas específicas que constam da proposta, podem ser destacadas a instituição de idade mínima para todas as aposentadorias e a alteração nas regras de cálculo dos benefícios, para que a taxa de reposição por eles proporcionada esteja mais adequada em relação às contribuições efetuadas.
Enquanto sociedades empregadoras, qual será o impacto da Reforma da Previdência para as cooperativas brasileiras?
Ao produzir um sistema mais equilibrado e sustentável, a Nova Previdência contribuirá para a melhoria das finanças públicas, o que aumentará a capacidade de investimento e de atendimento a outras políticas públicas pelo Estado, bem como melhorará as expectativas do mercado e a disposição dos agentes privados para investirem na atividade produtiva. Os efeitos serão positivos para a geração de empregos e para a economia como um todo.
Quando os cooperados ou funcionários de cooperativas exercem atividades insalubres, eles têm direito a algum benefício no cálculo de sua aposentadoria? Qual seria ele?
A aposentadoria especial dos segurados que exerçam atividades com efetiva exposição a agentes nocivos químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde continua existindo, porém, passa a ser exigido o cumprimento de uma idade mínima, conforme a natureza da atividade (55 anos de idade para atividades que exijam exposição de 15 anos; 58 anos para as de 20 anos; e 60 anos para as de 25 anos).
Para o setor rural, a proposta traz mudanças nas regras de contribuição para a aposentadoria?
Não. A Câmara dos Deputados decidiu manter sem alteração as regras de acesso aos benefícios dos trabalhadores rurais e as contribuições devidas pelos empregadores.
Se a Reforma não for aprovada, ou for muito alterada, qual seria o impacto disso para o nosso País — em especial para as nossas cooperativas?
O Governo Federal acredita que a reforma será aprovada pelo Senado Federal, como já ocorreu na Câmara dos Deputados. As atuais e as futuras gerações precisam dessa aprovação.
O segundo dia da HSM Expo 2019 em São Paulo, o maior evento de gestão da América Latina teve como foco trazer insights e soluções sobre as práticas de sucesso, a necessidade de colaboração e coletividade, a inserção de novas tecnologias e tantos outros temas que impactam a gestão das organizações no presente e no futuro.
No espaço Coofuturo, montado pelo Sistema OCB para apresentar o cooperativismo ao público do evento, é um dos grandes facilitadores de conteúdo na HSM, trazendo todos os dias uma grade de palestras importantes tanto para o universo das cooperativas quanto para as empresas mercantis.
STARTUPS
A primeira palestra desta terça-feira (4/11) foi ministrada por Marina Miranda, sócia-fundadora da Rethink, que falou ao público sobre a importância da disruptura. Sua fala exemplificou o medo que as grandes empresas têm das startups e a necessidade das organizações se conectarem ao ecossistema delas. Segundo Marina, essa aproximação do universo das startups pode acontecer por meio da participação em uma aceleradora, da participação em eventos para geração de parcerias/networking e da criação de espaços de co-working dentro das empresas, entre outras formas.
A palestrante completou ressaltando a importância de se discutir as ideias para entender a necessidade de formação de equipes para desenvolvê-las e de estar sempre atento às tendências ou o que ela chama de “megatendências” dos setores – disponíveis na internet e tão vital para as decisões a respeito do futuro.
BOAS HISTÓRIAS
Na segunda palestra do dia, Daniela Lemke, gerente de comunicação do Sistema OCB, e a especialista em Marketing Digital, Martha Gabriel, abordaram a importância da relação das marcas com as pessoas. Um dos exemplos é o Movimento Somoscoop. “Ele nasceu com dois objetivos: reforçar o sentimento de orgulho de quem já é cooperado e vive do cooperativismo e, ainda, divulgar para a sociedade as vantagens de se escolher um produto ou serviço com o carimbo Coop, valorizando centenas de milhares de famílias nos quatro cantos do país”, comenta Daniela.
A continuação da palestra se deu em torno da importância de as empresas contarem boas histórias ao seu público – o chamado storytelling, que informa às pessoas o que as marcas desejam dizer, mas de um jeito inovador e envolvente. “A tecnologia viabiliza, mas a história é o que faz a diferença. E no cooperativismo, são as histórias inovadoras que vão gerar o um futuro mais cooperativo”, comentou Martha.
INOVANDO NA GESTÃO
Finalizando a programação do dia no auditório, Romeo Busarello, diretor de Marketing da Tecnisa, dividiu com o público sua experiência de gestão e as formas atuais que utiliza para se manter informado, se relacionar no mercado e estar sempre em processo de requalificação. Ele reforçou a necessidade de as empresas e cooperativas estarem atentas à inovação para assegurar melhores resultados. E um bom caminho, segundo ele, é ficar atento às novidades tecnológicas.
“Quem poderia imaginar as mudanças advindas do uso de smartphones e seus impactos na economia? Em pouco mais de uma década, os smartphones criaram milhões de novos negócios. Sem eles não teríamos aplicativos de transporte, comida, nem mesmo o Instagran. Como é que iríamos postar coisas no Instagran via desktop? Você se imagina repetindo: pega a máquina fotográfica, tira a foto, pega o cabo, descarrega no computador para postar? O legal é você ver e postar a foto. Então, sem os smartphones, esses milhares de negócios não seriam viáveis”, exemplifica.
COOP INTERNACIONAL
Reforçando o papel de destaque que o cooperativismo exerce, Graciela Fernández, presidente da ACI-Américas (Aliança Cooperativa Internacional), palestrou no auditório principal da HSM Expo sobre o modelo de negócio para o desenvolvimento sustentável. Entre outros pontos, Graciela abordou a importância do cooperativismo dentro da Agenda 2030, com seus 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, elaborada pela ONU, visando erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir que as pessoas alcancem a paz e a prosperidade até o fim da próxima década.
PROGRAMAÇÃO
Confira a programação do Auditório OCB, o Poder do Colaborativo, nesta quarta-feira:
QUARTA-FEIRA - 6/11 | ||
Horário | Título da palestra | Palestrante |
11h40 - 12h40 | Cultura e Propósito: qual é a importância de um porquê para as organizações? | Renato Nobile (mediador) |
11h40 - 12h40 | Cultura e Propósito: qual é a importância de um porquê para as organizações? | Marco Aurélio Almada |
11h40 - 12h40 | Cultura e Propósito: qual é a importância de um porquê para as organizações? | Odair Dalagasparina |
14h20 - 15h20 | Empatia e competitividade: ouvir mais pode melhorar os resultados da sua cooperativa? | Thomas Brieu |
15h40 - 16h40 | A força do coletivo: é possível unir desenvolvimento social e econômico? | Fabíola Nader |