HSM: OCB destaca propósito, empatia e coletividade
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HSM: OCB destaca propósito, empatia e coletividade

O último dia da HSM Expo 2019, o maior evento de gestão na América Latina, foi dedicado aos debates sobre as tendências de gestão dentro das empresas, para o presente e para o futuro. O evento foi realizado em São Paulo, durante três dias. Milhares de pessoas participaram da programação, absorvendo conteúdos sobre colaboração, inovação, sustentabilidade, humanização e muito mais.

O Espaço Coofuturo, da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), recebeu ao todo, desde segunda-feira, nove palestras que permearam todos esses temas e dialogaram com o público de cooperativas e de empresas tradicionais. A primeira palestra desta quarta-feira (7/11) reuniu Renato Nobile, superintendente do Sistema OCB; Marco Aurélio Almada, diretor-presidente do Bancoob; e Odair Dalagasperina, diretor-executivo da Sicredi Serrana. Renato iniciou destacando a relação que os clientes possuem com as empresas.

“As pessoas se tornam defensoras das marcas que representam algo maior”, comentou o superintendente ao explicar que propósito e cultura organizacional contribuem positivamente para o interesse do cliente pela marca. Segundo Renato, as empresas humanizadas, que têm paixão e são movidas por um propósito especial, atraem a atenção do público, e essas características já são encontradas no cooperativismo, desde a sua fundação. “O cooperativismo transforma o mundo em um lugar mais justo, feliz e equilibrado desde que surgiu há quase dois séculos”, finalizou o palestrante.

Na sequência, Marco Aurélio, que acrescentou, entre outras informações, que o propósito de uma empresa deve estar atrelado aos valores dela e que isso deve gerar ações concretas no dia a dia. “É importante se sacrificar por algo que vale a pena. E toda cooperativa tem uma história de sacrifício”, ressaltou do diretor-presidente do Bancoob.

Finalizando a palestra, Odair Dalagasperina falou ao público sobre a importância de as empresas fortalecerem o seu propósito e se aproximarem da comunidade. O representante da Sicred Serrana comentou algumas iniciativas da instituição neste contexto e traçou um paralelo entre o relacionamento clientes versus empresas com a sensação de confiança que as pessoas sentem por quem faz bem a elas.

A penúltima palestra do dia ficou por conta de Thomas Brieu, especialista em escutatória, que falou ao público sobre a importância de um padrão de linguagem cooperativo, capaz de provocar a aproximação entre as duas partes. Thomas ressaltou que, muitas vezes, os conflitos dentro das empresas acontecem porque várias pessoas diferentes precisam se comunicar, e que o segredo é transformar o conflito em negociação, escutando e tendo empatia pelo pensamento do outro, e ter uma liderança que coloque as equipes para atuarem juntas. Para exemplificar como colocar essa linguagem cooperativa em prática, o especialista citou casos e algumas técnicas de comunicação que trabalham com perguntas abertas, que dão espaço para o interlocutor trabalhar a resposta.

Finalizando a programação da OCB na HSM Expo 2019, Fabíola Nader, cientista política e gerente de Relações Institucionais da instituição, falou sobre as formas de se conciliar desenvolvimento social e desenvolvimento econômico, ressaltando a importância coletividade, as formas de geração de conteúdo, o avanço das tecnologias que favorecem a sociedade, e alguns conceitos como de economia compartilhada e capitalismo consciente. Citando cases para exemplificar sua fala, Fabíola ressaltou que “quanto mais a sociedade cooperar, sempre vai melhorar, sempre vai ocorrer crescimento” e que “o cooperativismo já trabalha a força do coletivo, que transforma a sociedade”.

 

FOTOS

Clique aqui par conferir as fotos do evento.

Brasil mergulha no cooperativismo de plataforma dos EUA
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Brasil mergulha no cooperativismo de plataforma dos EUA

Representantes do cooperativismo brasileiro estão nos Estados Unidos para compreender um pouco mais sobre o funcionamento das cooperativas de plataforma – um mercado pouco explorado aqui no Brasil. Lá, são cada vez mais comuns as cooperativas que prestam serviços diversos a partir de um aplicativo. É possível ter profissionais que levem seu cachorro para passear, manicure, limpeza doméstica, transporte de documentos e até quem se encarregue de fazer compras para os clientes.

Os brasileiros buscam estudar o modelo para implementa-lo no país e, como exemplos de caso de sucesso, conheceram a atuação de duas cooperativas: a Up&Go e a Savvy. Essa é uma das diretrizes estabelecidas durante o 14º Congresso do Cooperativismo, realizado em maio deste ano, em Brasília. (Clique aqui para conhecer as diretrizes).

A missão Coonecta tem programação em Nova York, começou no dia 4 e vai até o dia 9 deste mês, com um roteiro pensado exclusivamente para cooperativistas. A ideia é oferecer reuniões e visitas técnicas com cooperativas que já atuam com essa base tecnológica. Além disso, os brasileiros também participarão da Conferência Internacional de Cooperativismo de Plataforma, realizado num dos centros comerciais mais importantes do mundo.

 

REPENSAR

Para a coordenadora de Inovação do Sistema OCB, Samara Araújo, que participa da missão, o futuro é digital e o crescimento das plataformas tem deixado o mundo na mão de poucos. Segundo ela o cooperativismo de plataforma é bem importante, pois torna necessário repensar o modelo de negócios, considerando as tendências de consumo baseado em aplicativos, por exemplo.

Para ela, dúvidas sobre como democratizar as plataformas, permitindo que ela tenha vários donos e, ainda, como transformar as cooperativas existentes em negócios presentes no mundo digital, são questões fundamentais que merecem uma reflexão profunda, para que as cooperativas mantenham sua relevância no futuro.

“Realizando visitas e participamos de uma das mais importantes conferências sobre o assunto para aprendermos com as iniciativas que já existem e, assim, levarmos aprendizados para o Brasil, fomentando, cada vez mais essa nova forma de fazer negócios”, explica a coordenadora.

 

LIVRO

Especialista nesse novo jeito de oferecer produtos e prestar serviços, o professor americano Trebor Scholz escreveu o livro Cooperativismo de Plataforma, já traduzido para o português. O material é reúne informações importantes para quem quer conhecer melhor essa modalidade. Para acessar a versão digital, basta clicar aqui.

 

ECONOMIA DIGITAL

Recentemente, o presidente da Aliança Cooperativa Internacional, Ariel Guarco, se pronunciou sobre a necessidade de as cooperativas aderirem à era da economia digital. “As primeiras cooperativas lá em 1844 foram uma resposta à Revolução Industrial. Hoje, vivemos uma encruzilhada similar: a transformação digital está mudando nossas vidas, nosso futuro. As cooperativas precisam mostrar que há uma nova forma de construir essa economia digital. Devemos mostrar que é possível construir economia digital com raízes, a serviço das pessoas”, frisou a liderança.

Brasil busca exemplos de inovacão na Alemanha
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Brasil busca exemplos de inovacão na Alemanha

Com frequência, falamos sobre a velocidade com que os avanços tecnológicos chegam em nossos lares e o impacto que provocam em nosso modo de vida. Na agricultura, não é diferente. Num cenário onde o Brasil desponta como um dos principais produtores de alimentos, é importante que as cooperativas se fortaleçam em inovação. E a intercooperação é um caminho para isso.

Para facilitar esse processo, o Sistema OCB participa, de 10 a 16 de novembro, de uma missão técnica na Alemanha, com o objetivo de conhecer as estratégias implementadas por cooperativas agropecuárias alemãs e, quem sabe, transferir essas ideias para o Brasil.

Ao longo da semana, os participantes vão fazer visitas técnicas a algumas cooperativas, além de reuniões com representantes da plataforma de comércio eletrônico Raiffeisen Networld e, também, com especialistas do Sistema de ERP compartilhado. Na sexta (15), a Missão Técnica vai conhecer a feira Agritechnica. Realizada a cada dois anos, ela é uma das maiores exposições de máquinas agrícolas do mundo. O evento também é palco para a apresentação de produtos de fertilização e proteção das lavouras.

 

PARTICIPANTES

O grupo brasileiro é composto pelo diretor do Departamento de Cooperativismo e Acesso a Mercados da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Márcio de Andrade Madalena, pelo superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, e pela gerente de Relações Institucionais, Fabíola Nader. Além deles, a equipe verde-amarela também conta com representantes de unidades estaduais, cooperativas e federações do ramo agropecuário.

 

INOVAÇÃO

No Brasil, a transformação para o digital ainda é um desafio. Por isso, entre os pontos a serem observados nas visitas estão o tipo de liderança e gestão empregadas pelas cooperativas e qual a realidade tecnológica delas. A partir disso, o Sistema OCB deve fortalecer a parceria com a Confederação das Cooperativas Alemãs (DGRV) e somar conhecimento para incentivar e apoiar a implementação de projetos semelhantes em cooperativas brasileiras.

PL aplicacões financeiras tem novo relator
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PL aplicacões financeiras tem novo relator

O deputado Luis Nishimori (PR), integrante da Diretoria da Frencoop, é o novo relator do Projeto de Lei (PL) 3.351/2019, que adequa a tributação sobre as aplicações financeiras de cooperativas. 

O projeto, que tramita atualmente na Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara, é uma das prioridades da Agenda Institucional do Cooperativismo 2019, tendo sido aprovado recentemente na Comissão de Agricultura.

O PL 3.351/2019 tem o objetivo de adequar a incidência tributária de Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) em aplicações financeiras realizadas por cooperativas, buscando a interpretação de que essas devem ser tributadas de acordo com a base de cálculo de seu resultado financeiro (receita financeira menos despesas financeiras). 

De acordo com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), que tem atuado para aprovar o projeto, atualmente, há uma insegurança jurídica sobre o tema, uma vez que algumas instâncias da Receita Federal têm entendido que a tributação sobre as aplicações financeiras de cooperativas se dá somente na receita financeira, o que tem implicado em uma tributação maior. 

“É importante também evidenciar que, o que se pretende nessa alteração legislativa, não é uma imunidade ou isenção tributária, mas tão somente adequar a apuração e recolhimento desses tributos, mantendo igualdade com as demais sociedades empresárias, bem como afastar possíveis autuações fiscais e interpretações distorcidas dos órgãos do governo”, destaca o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas. 

Apoio – Atuante nas Frentes Parlamentares do Cooperativismo (Frencoop) e da Agropecuária (FPA) ao longo das últimas legislaturas, o deputado Luis Nishimori tem sido um defensor do desenvolvimento da pesquisa, inovação e tecnologia no campo. É autor do PL 7.186/2014 (benefícios tributários para energia solar); e do PL 1.370/2015 (incentivo ao trigo nacional nas compras governamentais), ambos com posição favorável da OCB, e relator de diversos projetos com impacto positivo para o setor.

Brasil tem nova previdência social
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Brasil tem nova previdência social

O Congresso Nacional promulgou nesta terça-feira a reforma da Previdência, quase nove meses após o governo federal entregar a proposta ao Legislativo. As novas regras para a aposentadoria passam a valer assim que forem publicadas no Diário Oficial da União, com exceção das mudanças nas alíquotas, que têm um prazo de 90 dias para entrarem em vigor.

Entre as mudanças propostas na reforma, estão a fixação de idade mínima para se aposentar (65 anos para homens e 62 anos para mulheres); regras de transição para o trabalhador ativo; e a média de todos os salários recebidos para o cálculo do benefício.

O texto preserva as conquistas obtidas ao longo de toda a tramitação da matéria no Senado e na Câmara, resultado da atuação do Sistema OCB e Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop). São eles:

 

CSLL

Com isso, fica mantida a alíquota de 15% de CSLL para as cooperativas de crédito, enquanto a dos bancos foi alterada para 20%.

 

FAT

A destinação de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para o BNDES ficou reduzida de 40% para 28%.

 

IDADE MÍNIMA

Com relação à idade mínima para aposentadoria do trabalhador rural, ficou estabelecido 60 anos para homens e 55 anos para mulheres, considerado o tempo de atividade, conforme a regra vigente durante o período de exercício. A proposta aprovada mantém a imunidade tributária das exportações para o setor agropecuário.

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