A Coamo já começou a operar em Ponta Porã, seu mais novo entreposto no Mato Grosso do Sul. A primeira carga de soja foi entregue pelo cooperado Nilson Brongnoli acompanhado da sua esposa e também cooperada Ana Paula Cesário Garcia Brongnoli. E as expectativas são positivas em face do bom desenvolvimento das lavouras no estado sul-mato-grossense.
“A data de 05 de fevereiro de 2023 é histórica para a Coamo aqui em Ponta Porã e a nossa previsão é receber 800 mil sacas de soja. Estamos preparados para atender bem os já cooperados e os produtores que irão se associar em breve e fazem parte desta importante região produtora no MS”, afirma Fábio Alves, gerente da Coamo em Ponta Porã.
O primeiro recebimento de grãos na unidade de Ponta Porã foi protagonizado pela família Brongnoli, tradicional nas regiões onde a Coamo está presente. “Cultivo minhas áreas em várias regiões como Amambai, Aral Moreira, Dourados, Laguna Carapã e Ponta Porã, e sempre precisava levar a minha produção de Ponta Porã para outro município, mas agora com a chegada da Coamo tudo ficou mais fácil e agente conta com a segurança e tranquilidade que a cooperativa nos proporciona sempre”, afirma o produtor, que está otimista com relação as boas produtividades em suas lavouras de verão.
Os dados do AnuárioCoop 2022 mostram um crescimento do alcance do cooperativismo de crédito no Brasil. Entre 2019 e 2021, o número de cooperados ligados ao Ramo cresceu em mais de 3 milhões de pessoas – de quase 10,8 milhões para quase 14 milhões de associados.
As oportunidades e a geração de emprego proporcionadas pelo cooperativismo de crédito também são evidentes. Os dados mais recentes, de 2021, indicam que o Ramo emprega quase 90 mil pessoas. A grandeza econômica também é notável. Afinal, são:
- R$ 518,8 bilhões em ativos totais;
- R$ 38,9 bilhões em capital social;
- R$ 60,4 bilhões em ingressos e receitas brutas;
- R$ 10,1 bilhões em sobras do exercício.
Tudo isso enquanto promove a inclusão financeira, o acesso a serviços financeiros e o desenvolvimento regional sustentável. Ou seja: o cooperativismo de crédito cumpre um papel central para o desenvolvimento de uma economia solidária, sustentável e com responsabilidade social.
Antecipando o futuro dos negócios no cooperativismo de crédito
Contudo, o setor financeiro está passando por um momento de transformações – tanto em relação à tecnologia quanto aos hábitos de consumo. Para se manter competitivo, o Ramo precisa olhar e se preparar para os desafios que se impõem.
Para entender melhor o futuro dos negócios no cooperativismo de crédito em meio a esse contexto, o ConexãoCoop conversou com Ênio Meinen, diretor de Coordenação Sistêmica e Relações Institucionais do Sicoob e autor do livro “Cooperativismo financeiro na década de 2020: sem filtros!”.
Meinen falou sobre a adoção da agenda ESG no Ramo, a adaptação das cooperativas ao digital banking e as principais oportunidades e desafios para o futuro do cooperativismo de crédito. Aproveite a leitura!
A transformação digital das finanças
Nos últimos anos, o ecossistema de serviços financeiros precisou se adaptar ao mundo digital. Os consumidores passam cada vez mais tempo conectados e também querem digitalizar a vida financeira.
Não é por acaso que as fintechs passam por um momento de crescimento exponencial, o que atrai consumidores e diminui, ainda que aos poucos, a concentração bancária. Pesquisas de mercado apontam que os canais digitais, como aplicativos e internet banking, lideram a satisfação dos clientes. Isso indica que a força dos bancos tradicionais está caindo, enquanto experiências híbridas ou totalmente digitais ocupam esse espaço.
Cooperativismo de crédito na era digital
Diante desse contexto que ganha força, Ênio Meinen acredita que o cooperativismo é parte integrante do movimento e já está impulsionando essa tendência:
“As cooperativas financeiras, além de já serem a referência no relacionamento físico, estão incorporando rapidamente a tecnologia que permite uma boa experiência digital. A alta disponibilidade de canais remotos, combinada com a melhoria dos processos, tem atraído um universo relevante de novos cooperados pelos acessos não presenciais”.
Ele aponta que o meio digital já representa uma fatia importante dos novos ingressos no quadro social das cooperativas de crédito, mas pondera: “Estamos falando de uma escolha do dono do negócio: quem prefere o contato presencial (high touch), tem essa (ampla) possibilidade; assim como quem elege a comodidade do autoatendimento (high tech)”.
“Dito de outra forma, as cooperativas posicionam-se como instituições na era digital, mas não como empresas digitais. Atuam como iniciativas à distância, e não como entidades de distância”, resume o especialista.
Woop Sicredi
Segundo o relatório do Índice Global de Inovação de 2022, produzido pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (WIPO, na sigla em inglês), os bancos digitais se destacam no ambiente de inovação da América Latina. O Brasil sedia o banco digital com maior número de clientes.
Isso quer dizer que há um caminho de inclusão digital financeira que se apresenta para as cooperativas – e já tem coop explorando esse mercado. É o caso do Woop, uma plataforma bancária desenvolvida pelo Sicredi.
Durante o Cooptech, evento de inovação no cooperativismo, Eduardo Corso, head de digital banking da cooperativa, explicou que, graças ao Woop, o Sicredi conseguiu alcançar um novo público. E por falar em Cooptech, a Coonecta realizará, em maio de 2023, uma edição totalmente focada no Ramo Crédito.
Open Finance
Uma face importante da modernização dos serviços financeiros está no uso de dados em prol de serviços mais eficientes e personalizados. Dados indicam que cerca de 90% dos clientes acreditam que a personalização é atraente, e isso depende da disponibilidade de informações para que seja efetivo.
O Open Finance surgiu para suprir essa necessidade de dados, por meio do compartilhamento entre as instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central, destaca a Análise Econômica 76, do Sistema OCB, dedicada ao sistema financeiro.
O projeto é a ampliação do Open Banking e começou a ser implementado em janeiro de 2021. A adesão das cooperativas ao Open Finance proporciona aspectos favoráveis, quanto ao desenvolvimento de uma curva de aprendizado e melhor preparação para a maturação do ambiente tecnológico.
O ESG no futuro dos negócios do cooperativismo de crédito
A agenda ESG, sigla para Environmental (Ambiental), Social (Social) e Governance (Governança) ocupa um espaço importante nas instituições financeiras. Assim, no cooperativismo de crédito não é diferente.
Dados da Grant Thornton, por exemplo, apuraram que 100% das organizações do setor de finanças consultadas consideram os aspectos ESG dentre os temas prioritários.
Segundo um estudo da consultoria PwC, as cooperativas de crédito têm sido cada vez mais demandadas pelos seus cooperados e demais partes interessadas para que se posicionem de forma concreta, rápida e transparente em relação aos pilares do ESG. Meinen aponta que o ESG está no DNA do movimento cooperativista:
“O cooperativismo financeiro, como movimento territorialmente engajado e fundado nas pessoas e não no capital, abraça os pilares ESG desde a sua concepção. Portanto, está filosoficamente convicto de que deverá aprofundar as suas contribuições para a promoção de um ambiente econômico mais inclusivo, equitativo e regenerativo”.
Otimismo pelos negócios sustentáveis
Entretanto, ainda de acordo com o estudo da PwC, mais da metade das cooperativas de crédito não possuem metas específicas para suas iniciativas ligadas à agenda ESG. Para Ênio Meinen, a demanda dos cooperados por iniciativas sustentáveis vai aumentar a importância do ESG no planejamento estratégico das coops.
“Tomando por referência a indústria financeira, organizações concorrentes, ao passarem a dar ênfase aos direcionadores ESG, tenderão a reduzir a sua distância em relação às cooperativas. Se as coops não expandirem as suas ações, bancos e outros operadores desse mercado poderão superá-las em expressividade e efetividade em tais fundamentos”, explica.
O especialista vê o futuro dos negócios do cooperativismo de crédito relacionado ao ESG com otimismo. “Pelo que venho acompanhando, e faço isso bem de perto, todos os sistemas cooperativos financeiros já têm o seu plano de sustentabilidade, envolvendo governança e aspirações nas áreas social e ambiental”.
“Vejo que há eixos bem definidos, compromissos claros e ações descritas com objetividade indicando quais as evidências materiais a serem colhidas para cada objetivo e em quanto tempo”, complementa.
Como tirar proveito do ESG
Ele acrescenta, também, que “as cooperativas financeiras dispõem de terreno abundante para aprimorar, expandir e consolidar o seu modelo de negócios nessa direção”. A partir dessa dinâmica, as maiores oportunidades para o Ramo estão situadas nos pilares ambiental e de governança.
“Na perspectiva ambiental, o movimento deverá promover ajustes em seu portfólio de negócios, de modo a dar uma contribuição mais efetiva no financiamento de projetos que respeitem a escassez de recursos naturais e reduzam as emissões de poluentes, bem como aqueles que incentivem atividades vinculadas a pequenos negócios no campo e na cidade, sobretudo os liderados por mulheres”.
No âmbito de governança, por outro lado, “há espaço, notadamente, para reduzir a distorção entre a representatividade das mulheres, dos jovens e do público diverso no quadro social versus a sua participação nas esferas superiores de gestão”.
Todavia, “a equidade de gênero e o culto, real, ao pluralismo estão bem distantes do que recomendam as boas práticas e orienta a cartilha doutrinária do movimento”, analisa Meinen.
Conclusão: desafios e oportunidades
Por fim, Ênio Meinen refletiu sobre os maiores desafios e oportunidades que o cooperativismo de crédito terá de encarar nos próximos anos. Para ele, ambos os aspectos andam juntos:
“Eu diria que, entre as grandes necessidades e os principais objetivos, está a busca de uma maior escala associativa e de negócios, ao lado da otimização de custos e investimentos. Aspectos que, combinados, melhoram a eficiência operacional e, portanto, ampliam a competitividade do segmento”.
Para concluir, Meinen lista algumas tarefas para as cooperativas de crédito para o futuro de seus negócios:
“Nesse sentido, é preciso incentivar o acesso do público jovem; qualificar o portfólio operacional (em diversidade e em processos); aprimorar a força de trabalho, incluindo a camada estratégica da governança; intensificar a intercooperação e assegurar orçamento generoso para a tecnologia da informação”, finaliza.
Na segunda-feira, dia 6, iniciou um novo programa desenvolvido pelo Sistema OCB/MS. O programa Business Partner de RH, desenvolvido em parceria com a Denize Dutra Gestão e Desenvolvimento, é focado na formação dos gestores de RH estratégico na transformação digital. A turma iniciou na modalidade online com 40 alunos de 15 cooperativas de Mato Grosso do Sul, que ao longo do curso deverão construir um projeto aplicável à gestão de RH da sua cooperativa. O programa tem 126 horas de duração e termina em novembro.
A criação do programa surgiu da necessidade, por parte das cooperativas, de uma capacitação que contemplasse disciplinas voltadas à gestão estratégica de RH, considerando a transformação digital no mundo pós-pandemia.
Segundo o Gerente de Desenvolvimento do Sistema OCB/MS, Juarez Pereira, com o crescimento do cooperativismo no MS, é imprescindível o desenvolvimento da área de recursos humanos das cooperativas e manter o quadro de colaboradores capacitado. “É fundamental que preparemos os gestores de RH para atuarem como RH Estratégico, focados no desenvolvimento contínuo do quadro de colaboradores, reduzindo o turnover e otimizando ao máximo os recursos disponibilizados pelo Sescoop/MS.”
Nesta quarta-feira (08), o Sistema OCB/MS realizou reunião com dirigentes e gestores sobre o Encontro Estadual de Mulheres Cooperativistas, que acontecerá no dia 10/03, em Campo Grande.
Na ocasião, foram abordados cases de sucesso no tema e os participantes foram convidados a refletir sobre caminhos possíveis para impulsionar o cooperativismo sul-mato-grossense por meio da participação feminina.
O presidente do Sistema OCB/MS, Celso Régis, ressaltou o trabalho realizado pela para a inclusão de mulheres do cooperativismo. “Estamos iniciando esse trabalho buscando incluir este tema nas pautas das cooperativas, buscando exemplos com quem já possuei um trabalho nesse sentido, um alicerce para que possamos buscar mais parceiros, incluir mais cooperativas e não perder o sentido da inclusão.”
A Gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, Débora Ingrisano, apresentou dados sobre a participação das mulheres nas cooperativas e a importância de capacitá-las. “O cooperativismo conta com 40% de mulheres cooperadas e só 17% em cargos de liderança, é um número que precisamos melhorar, tentar equiparar. Estou certa de que temos muitas mulheres e jovens competentes no cooperativismo só esperando um convite para capacitação, e se a gente fizer o convite, aceleramos esse processo.”
A Coordenadora da Comissão Mulher Cooperativista da Castrolanda, Debora Noordegraaf, apresentou o case da comissão, considerada referência nacional em atuação feminina no cooperativismo. Por fim, as integrantes do Comitê de Mulheres do Sistema OCB Mirtes de Souza Pereira Moreno e Luzi Vergani convocaram as cooperativistas sul-mato-grossenses a se engajarem na causa.
Encontro Estadual de Mulheres Cooperativistas
O evento Encontro Estadual de Mulheres Cooperativistas é parte do movimento “Elas Pelo Coop” e acontecerá no dia 10 de março, no hotel Deville, localizado na Av. Mato Grosso, 4250 - Carandá Bosque, em Campo Grande, das 9h às 16h.
O encontro será o ponto de partida para a construção de um sólido trabalho de desenvolvimento da liderança feminina para o cooperativismo no Estado e contará com palestras e atividades orientadas para uma agenda que contribua de maneira efetiva para esse objetivo.
Serão disponibilizadas até 6 vagas por cooperativa. Caso a cooperativa necessite de vagas extras, elas podem ser solicitadas pelo e-mail
As inscrições devem ser realizadas por meio do link https://bit.ly/encontromulherescoopms até o dia 21 de fevereiro de 2023.
Para mais informações:
Cooperativa tem se movimentado para apresentar seguros completos, com coberturas amplas e vantagens extras para os segurados
Em momentos difíceis é sempre bom ter com quem contar. O seguro de vida, por exemplo, não é apenas importante em caso de morte. Em casos de doença grave ou invalidez, o segurado também recebe a indenização. Além de ter essa segurança, o associado ainda concorre a sorteios mensais. Esse foi o caso de Michelle Rodrigues de Oliveira, associada Sicredi Celeiro Centro Oeste, de São Gabriel do Oeste, que foi sorteada com um prêmio de R$ 46 mil.
A entrega simbólica do prêmio aconteceu na última semana na agência de São Gabriel do Oeste e o valor foi creditado diretamente na conta da associada. “Fiquei muito feliz com o prêmio. Contratei o seguro como uma forma de segurança, esperando não precisar usar e no fim tive uma grata surpresa sendo sorteada com esse prêmio. Quase não acreditei”, explicou Michele.
A Cooperativa Sicredi Celeiro Centro Oeste tem se movimentado para apresentar seguros de vida cada vez mais completos, com coberturas amplas e vantagens extras para os próprios segurados, com o intuito de trazer a eles a sensação de retorno sobre o investimento. De acordo com o gerente da Agência São Gabriel do Oeste, Flavio Roberto Basso, a associada contratou o seguro em 2020. “A cooperativa se preocupa com a segurança dos nossos associados e oferece o melhores produtos e serviços de acordo com a necessidade de cada um”, explica o gerente.
“Nos momentos delicados da vida que é importante estar assegurado e sempre pensamos na cobertura de cada seguro e como pode ser importante para cada associado. É muito gratificante pra todos nós ver um associado ser contemplado com o sorteio do seguro de vida”, conta a gerente de Desenvolvimento de Negócios, Débora Fim, que também estava presente na entrega do prêmio total de R$ 46.013,16.
Ao complementar sobre os seguros, o presidente da Cooperativa Sicredi Celeiro, Jaime Antonio Rohr, destaca ainda que há alguns pontos a serem observados antes da contratação, a exemplo da integridade da instituição e sua capacidade de orientar o segurado na melhor escolha. “A credibilidade da marca é indiscutível e os sorteio não são estratégia para captação de clientes, pois além de acontecerem de fato, caracterizando vantagens extras ao associado, são uma maneira de também reforçar o compromisso do Sicredi de fazer junto e levar o melhor para seus parceiros e associados”, complementou.
Conhecer a modalidade do seguro a ser adquirido, seja ele de vida ou bens é o primeiro passo antes de se avaliar as coberturas e formas de adesão. Uma das opções desse tipo de produto está o Seguro Mais em Vida do Sicredi, que proporciona sorteios mensais, uma segunda opinião médica internacional, assistência nutricional, assistência em viagem nacional e internacional, assistência funeral, entre outros. Confira o regulamento no site: www.sicredi.com.br/site/seguros/para-voce .