Especialistas dizem que medidas são necessárias até que haja queda significativa no número de casos da doença
Mesmo com a imunização contra a Covid-19 é muito importante ressaltar que todos devem continuar seguindo os protocolos de biossegurança no combate à doença. Os profissionais que não estão em home office, por exemplo, precisam atentar-se às principais orientações de segurança em ambientes de trabalho.
É exatamente o que a enfermeira Jéssica Amoras faz. Todos os dias, ao iniciar seu expediente, segue uma rotina rigorosa de cuidados para proteger-se e cuidar de seus colegas.
"As medidas de biossegurança sempre foram essenciais no meu ambiente de trabalho, porém após a pandemia esta prática se tornou ainda mais indispensável, passando a ser inserida na rotina diária. Hoje, mesmo após diminuição dos casos e imunização de uma parcela da população, permaneço iniciando meu dia realizando a desinfecção com álcool 70% das superfícies da minha sala. Hábito que certamente não irá se dissipar”, relata.
Especialistas alertam que mesmo após a população ser vacinada contra a Covid-19, por um bom tempo será necessário manter as medidas de biossegurança.
“As vacinas disponíveis no Brasil terão duas doses com intervalo entre uma e outra, então, para criarmos anticorpos não será imediato. Como não há imunidade instantânea, é preciso continuar usando máscara, evitar aglomeração, usar álcool em gel 70% e lavar as mãos corretamente. Continua a mesma orientação que nós tínhamos desde o início da pandemia”, ressalta a infectologista da Unimed Campo Grande, Dra. Haydeé Marina do Valle Pereira.
Dr. Maurício Pompilio, também infectologista da cooperativa médica, completa dizendo que “as pessoas que forem imunizadas contra a Covid-19 não poderão deixar de usar máscaras logo em seguida. A resposta imunológica desencadeada pela vacina não é imediata, pode demorar dias ou semanas. Haverá uma segunda dose para aumentar esta proteção”.
O médico conclui falando que “a proposta é continuarmos com as medidas protetoras após a vacinação até que haja queda significativa no número de casos local e mundialmente”.
Confira as dicas da Unimed Campo Grande para manter a higienização em locais de trabalho:
- Deixar os ambientes o mais arejado possível: janelas abertas permitem a melhor circulação de ar. Se for inevitável o uso de ar-condicionado em ambientes corporativos, é importante manter um sistema de renovação de ar (que puxa o ar da rua) e realizar a limpeza frequente do filtro
- Sempre que possível, evite compartilhar elevadores ou mantenha uma distância mínima de um metro em relação a outras pessoas. Que tal subir de escadas e já aderir a um novo hábito pela saúde?
- Higienize as mãos antes e depois de apertar os botões do elevador. O mesmo vale para locais onde há registro eletrônico de frequência
- Em qualquer ambiente, mantenha distância mínima de 1,5 metro entre as pessoas e fique sempre de máscara. Lembre os cuidados na hora de usar e higienizar as máscaras de tecido
- Se forem feitas refeições em ambientes comuns, aumente a distância para pelo menos 2 metros
- Atenção especial à higiene constante de equipamentos e superfícies compartilhadas: mesas, maçanetas, interruptores, bancadas, telefones, teclado do computador, puxadores, sanitários, torneiras e outros
- A responsabilidade pela higiene da estação de trabalho e de equipamentos compartilhados precisa ser de todas as pessoas. Não espere só pela equipe de limpeza. Dica? Mantenha um borrifador com solução higienizante na sua mesa, ao lado do seu frasco de álcool gel.
O CEIF/FCO (Conselho Estado de Investimentos Financiáveis pelo FCO) aprovou a contratação de R$ 110 milhões pela Cooperalfa – Cooperativa Agroindustrial Alfa, que vai instalar uma Unidade de Produção de Leitões em Sidrolândia. Com o investimento orçado em quase R$ 300 milhões, o município entra na rota da suinocultura de Mato Grosso do Sul.
A cooperativa prevê produzir 12 mil leitões por ano, com 5 mil matrizes, que serão integradas com o frigorífico da Aurora em São Gabriel do Oeste. No segundo ano de produção, a Cooperalfa espera ter 144 mil leitões para abate e assim, suprir a demanda frigorífica.
Titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e presidente do CEIF/FCO, o secretário Jaime Verruck explica que atualmente Mato Grosso do Sul tem déficit de produção de leitões e este investimento resultará em pelo menos 20 novos projetos de engorda.
“O estado hoje precisa importar leitões para suprir a demanda frigorífica e para incentivar novos investimentos o Governo do Estado criou uma política específica para os produtores de suínos. Este projeto está alinhado com o projeto de desenvolvimento e coloca Sidrolândia na rota da suinocultura”, explica o secretário.
O projeto prevê investimento de R$ 156 milhões para instalar uma unidade produtora com capacidade para 12 mil leitões e outros R$ 109 milhões em uma fábrica de ração também dentro do município, porém em local separado. A Cooperalfa já possui unidades de armazenamento em Sidrolândia e com mais esse volume de recursos aplicados vai possibilitar a abertura de outros 350 empregos diretos no município.
O governo do Estado dispõe aos empreendedores o Programa Leitão Vida que oferece incentivos fiscais para a implantação e ampliação de projetos de suinocultura. Verruck lembra que, outro foco do programa, é estimular a industrialização da carne suína no Estado. Os produtores contam com linhas específicas de financiamento do FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste) para o setor.
Além disso, o governo do Estado anunciou que fará melhorias viárias na região em que a granja será instalada, próximo ao Assentamento Geraldo Garcia. “Já estivemos no assentamento avaliando as intervenções que serão necessárias e vão melhorar o acesso também aos moradores da localidade. Mais um projeto significativo para Mato Grosso do Sul que confirma que a política agrícola e agroindustrial caminha a passos largos e na estrutura adequada para que a gente possa levar desenvolvimento, emprego e renda a vários municípios do interior”.
Priscilla Peres, comunicação Semagro
A Organização Cooperativista dos Países de Língua Portuguesa (OCPLP) promoveu nesta sexta-feira, 19/2, seu 3º Encontro Cooperativo. O seminário internacional debateu os programas realizados pelos países voltados à promoção da igualdade de gênero em cooperativas no mundo lusófono.
O evento reuniu dirigentes de cooperativas, representantes de governos e de organizações representativas dos oito países de língua portuguesa: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
Brasil: A gerente de Desenvolvimento Humano de Cooperativas do Sescoop, Geâne Ferreira, apresentou o trabalho realizado pelo Sistema OCB para fortalecer a igualdade de gênero em cooperativas no Brasil. Foram compartilhadas informações sobre os projetos nacionais e internacionais do Sescoop, com relação à temática de gênero.
Portugal: A professora Deolinda Meira, do Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto, de Portugal, apresentou os resultados de pesquisas desenvolvidas no país que medem a participação de mulheres na tomada de decisão em cooperativas. Assim como no Brasil, as cooperativas portuguesas são majoritariamente formadas por mulheres, mas sua participação na liderança ainda é modesta.
Já Eduardo Pedroso, da Cooperativa Antônio Sérgio para a Economia Social, entidade que representa e fomenta o cooperativismo em Portugal, compartilhou dados sobre a participação de mulheres nos diversos ramos de atividade das cooperativas em seu país. Segundo relatou, ainda há uma modesta participação em ramos como o agropecuário e de transportes.
Angola: Ricardina Machado, vice-presidente da Confederação das Associações de Camponeses e Cooperativas Agropecuárias de Angola, apresentou dados da participação de mulheres nas cooperativas angolanas. Segundo a dirigente, 109 mil mulheres estão ligadas a cooperativas agropecuárias em seu país, dependendo dos empreendimentos para sua subsistência.
INTERCOOPERAÇÃO
O Seminário é mais uma iniciativa da OCPLP para promover a integração e a intercooperação entre as cooperativas dos países de língua oficial portuguesa. A organização internacional tem desenvolvido atividades virtuais que facilitam o diálogo entre dirigentes de cooperativas, representantes de organizações representativas e de órgão governamentais de fomento ao cooperativismo.
Membro da OCPLP desde sua fundação há 22 anos, a OCB tem apoiado a organização de eventos e a implementação de projetos de cooperação no âmbito da entidade. Nos últimos anos, foram recebidas diversas missões de estudo e cooperação provenientes dos países lusófonos.
Foi dada a largada rumo ao novo. Rumo ao desenvolvimento, cada vez mais eficaz, das cooperativas brasileiras. Em evento online, foi lançado nesta terça-feira (23/2) o Programa de Formação de Agentes de Inovação, realizado pelo Sistema OCB em parceria com o Instituto de Economia e Administração (ISAE).
A partir de hoje, 72 alunos, vindos das unidades estaduais e nacional do Sistema OCB, de Confederações Cooperativas e de cooperativas vencedoras da última edição do Prêmio SomosCoop - Melhores do ano, começam uma jornada de 192 horas, que vai durar o período de um ano, com conteúdos especialmente pensados para a realidade cooperativista.
Com base em uma pesquisa quantitativa e qualitativa realizada num universo que representa 10% de todas as coops brasileiras (incluindo todos os ramos e regiões do país), a formação se apresenta como um curso de extensão, uma verdadeira especialização, focada em desenvolver as habilidades dos participantes para o olhar - e a prática - inovadores. "A ideia central é fazer com que ideias saiam do papel, com que iniciativas se concretizem. E os alunos percorrerão uma trilha de conteúdo e metodológica especialmente desenvolvida com essa finalidade", explicou a coordenadora de inovação do Sistema OCB, Samara Araújo, durante o lançamento.
Ela reforçou que está a disposição um vasto acervo de materiais sobre o tema na plataforma criada em 2020 Inovacoop. Um espaço online onde todas as pessoas - independentemente de serem alunas do curso - encontram artigos, notícias e e-books variados com conteúdo intenso voltado às cooperativas. O endereço da plataforma é www.inova.coop.br.
Na sequência do lançamento, houve a aula inaugural para as duas primeiras turmas do programa. E, a partir de agora, eles têm o desafio de "mergulhar de cabeça e ousar", como encorajou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas: "A gente prefere lidar com algumas falhas por ter tentado do que permanecer parado, congelado, vendo a vida passar", comparou.
O Programa de Capacitação de Agentes de Inovação é uma iniciativa do Sistema OCB, em parceria com o ISAE, com aulas online nas modalidades síncronas e assíncronas, em plataforma própria e personalizada. As aulas seguem até fevereiro de 2022.
ASSISTA
Confira outros detalhes da pesquisa e do lançamento do programa, clicando aqui.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, recebeu nesta terça-feira (23), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles para tratar de assuntos de interesse das coops brasileiras, dentre eles a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais e programas como o Floresta+ e Adote um Parque.
Para o líder cooperativista, quanto mais diálogo com os representantes do governo federal, maiores serão as chances de as políticas públicas elaboradas pela União estimularem o desenvolvimento das cooperativas. Freitas também afirmou que é um desafio para o governo e para o setor agro conseguir divulgar cada vez mais o quanto os produtores brasileiros inovam e preservam.
Também participaram da reunião: Ismael Perina Junior, da Orplana, Tânia Zanella (gerente geral da OCB) e Fabíola Nader (gerente de Relações Institucionais da OCB.
Saiba mais sobre os temas tratados na reunião.
PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS
A Política Nacional de Pagamentos por Serviços Ambientais é lei desde meados de janeiro. De acordo com seu texto, os pagamentos por serviços ambientais podem ser aplicados em atividades individuais ou coletivas que favorecem a manutenção, a recuperação ou a melhoria dos serviços considerados de provisão, ou seja, que fornecem bens ambientais para consumo ou comercialização, como é o caso dos alimentos, serviços de suporte, aqueles que mantém perenidade da vida na terra como renovação da fertilidade do solo e controle de pragas e serviços de regulação, que dão manutenção ao meio ambiente como sequestro de carbono e controle de erosões.
Os pagadores de serviços ambientais podem ser o poder público, organização da sociedade civil ou agente privado seja pessoa física ou jurídica, nacional ou internacional. As formas de pagamento poderão ser feitas de forma direta, monetária, em dinheiro ou por comodatos, títulos verdes, cotas de reserva ambiental, prestação de melhorias sociais a comunidades rurais e urbanas ou por compensação vinculada à certificação de redução de emissões por desmatamento e degradação.
A política também cria o Programa Federal de Pagamentos por Serviços Ambientais. Neste programa, a União – por meio do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) será responsável por executar os pagamentos e será dada prioridade aos contratos fechados com comunidades tradicionais, povos indígenas, agricultores familiares, cooperativas e associações civis.
Entre os territórios que podem ser objeto do programa, estão incluídas as propriedades privadas, situadas na zona rural, desde que estejam inscritas no Cadastro Ambiental Rural. As reservas legais e áreas de preservação permanente dos imóveis também serão elegíveis aos pagamentos por serviços ambientais com recursos públicos.
ADOTE UM PARQUE
O Adote um Parque, instituído por decreto, é um programa criado para atrair recursos com o objetivo de custear a conservação dos parques nacionais. Empresas nacionais ou estrangeiras, e também indivíduos, por meio dessa iniciativa, vão contribuir concretamente com a proteção ambiental do Brasil. Ao adotar uma Unidade de Conservação (UC), os interessados serão reconhecidos como parceiros do meio ambiente e celebrarão Termo de Doação com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
A expectativa é que a adoção seja de R$ 50 ou 10 euros por hectare ao ano. A área dessas UCs varia entre 2.574 e 3.865.172 hectares, permitindo diferentes níveis de investimento. O programa tem o potencial de canalizar R$ 3,2 bilhões ao ano, diretamente às Unidades de Conservação.
No modelo do programa, os recursos são investidos pelo adotante em serviços como monitoramento, proteção, prevenção e combate a incêndios florestais, prevenção e combate ao desmatamento ilegal e recuperação de áreas degradadas. As doações são enviadas pelo doador diretamente às Unidades de Conservação, gerando transparência total e a garantia de que os serviços e produtos doados chegarão ao território.
FLORESTA+
A iniciativa tem por objetivo de valorizar as ações de preservação da floresta nativa brasileira. O projeto inicial vai ser realizado na Amazônia Legal, e serão destinados mais de R$ 500 milhões para atividades que melhorem, conservem e recuperem a natureza.
O programa é destinado a pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, grupo familiar ou comunitário que, de forma direta ou por meio de terceiros, executam as atividades de serviços ambientais em áreas mantidas com cobertura de vegetação nativa ou sujeitas à sua recuperação.
Poderão ser reconhecidas e beneficiadas em todo território nacional diversas categorias fundiárias, sejam elas áreas privadas, de preservação permanente e de uso restrito, assentamentos, terras indígenas ou unidades de conservação, desde que tenham atividades de proteção e conservação de recursos naturais.
"Esse é o maior programa de pagamento por serviços ambientais no mundo na atualidade. Os R$ 500 milhões recebidos do Fundo Verde do Clima vão remunerar quem preserva. Vamos pagar pelas boas práticas e reconhecer o mérito de quem cuida adequadamente do meio ambiente", destacou, recentemente, o ministro Ricardo Salles.
São considerados serviços ambientais atividades de monitoramento, vigilância, combate a incêndio, pesquisa, plantio de árvores, inventário ambiental e sistemas agroflorestais que tragam resultados efetivos e relevantes para a melhoria, a conservação e a proteção da vegetação nativa. Essas ações trazem uma série de benefícios com a conservação da biodiversidade, a proteção do solo e das águas, a regulação do clima e créditos de carbono.