O modelo cooperativo de negócios acaba de ser reconhecido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Na sexta-feira (21/6), durante sua 108ª reunião, realizada em Genebra, na Suíça, mais de seis mil representantes dos 170 países-membro aprovaram a Declaração Centenária da OIT para o Futuro do Trabalho, que aprimora o arcabouço jurídico global, voltado às relações de trabalho.
A OIT é diferente da Aliança Cooperativa Internacional (ACI). Trata-se de um organismo internacional de direito público, composto por estados e governos de dezenas de países. Com apoio de alguns governos, inclusive o do Brasil, a declaração incluiu o cooperativismo. O texto aprovado afirma o seguinte:
“A OIT deve direcionar seus esforços para (...) apoiar o papel do setor privado como principal fonte de crescimento e criação de empregos, promovendo um ambiente propício ao empreendedorismo e às empresas sustentáveis, bem como às cooperativas e à sociedade de economia social e solidária, a fim de gerar trabalho decente, emprego produtivo e melhores padrões de vida para todos.”
A declaração reconhece que, em tempos de “mudança transformadora no mundo do trabalho” e “desigualdades persistentes”, “é imperativo agir com urgência para aproveitar as oportunidades e enfrentar os desafios para moldar um futuro de trabalho justo, inclusivo e seguro para todos”.
“O movimento cooperativo saúda a Declaração final e deseja destacar a frutífera colaboração com a OIT desde sua criação. Como responsáveis ??por proporcionar emprego a 10% da população mundial empregada, as cooperativas são atores cruciais para a construção de um futuro melhor hoje”, declarou o presidente da ACI, Ariel Guarco.
SOBRE A OIT
Atualmente com 170 membros, a Organização Internacional do Trabalho foi criada em 1919, no âmbito do Acordo de Versailles, que pôs fim à Primeira Guerra Mundial. Sua principal função é promover as condições adequadas de trabalho em todo o mundo.
O cooperativismo colabora com a OIT desde sua criação, em 1919. De fato, o primeiro diretor geral da OIT, o francês Albert Thomas, era também membro do Conselho de Administração da ACI. Atualmente, a OIT é o único organismo internacional vinculado à ONU com um departamento exclusivamente dedicado a estatísticas de cooperativas.
VITÓRIA
A inclusão das cooperativas na declaração da OIT representa uma vitória para a ACI (membro observador da OIT), que trabalhou incessantemente para isso. A OCB, por sua vez, apoiou o esforço, pedindo ao governo brasileiro a defesa de uma emenda que incluísse o modelo cooperativista na Declaração. A delegação brasileira atendeu o pedido, apresentando junto com o grupo de países latino-americanos a emenda que acabou sendo aprovada pela plenária da OIT.
Com efeito, as decisões tomadas no âmbito da OIT têm implicações nas legislações dos países membros. Em 2002, por exemplo, ocorreu a publicação da Recomendação 193, que estimulava os membros a promover o cooperativismo de trabalho em seus países. Um dos desdobramentos dessa recomendação, aqui Brasil, foi a proposta e aprovação da Lei 12.690/2012, que trata especificamente do cooperativismo de trabalho.
Marcos Pulga é consultor de vendas há mais de 20 anos e palestras acontecem na Capital e em Bandeirantes
O sucesso de um empreendimento está diretamente relacionado ao modo como as pessoas que o dirige ou atuam nele se sentem.
Para orientar empresários, vendedores, gestores, consultores e pessoas que atuam na área de vendas, o Sicredi realiza uma série de palestras voltadas à motivação no empreendedorismo, ministradas pelo conferencista motivacional, Marcos Pulga, do Rio de Janeiro.
“O palestrante é consultor na área de vendas há mais de 20 anos e, além de experiência, tem visão humana dos negócios e para o Sicredi, o mais importante são as pessoas. Trabalhamos para que o desenvolvimento ocorra por meio do crescimento pessoal de cada um”, avalia o presidente da Sicredi Campo Grande, Wardes Lemos.
Nesta terça-feira (25) às 19h no auditório da Mace acontece a palestra “Relacionamento em Vendas como Diferencial Competitivo”. Os convites custam R$ 60 (individual), R$ 50 (acima de 3 convites) e R$ 40 (acima de 5 convites).
Informações pelo: (67) 3312-5058 / 98405-4600 ou
O ciclo de palestras acontece ainda em empresas e entidades da Capital e interior.
Na quarta-feira (26), o município de Bandeirantes recebe a palestra “Tempos Modernos X Qualidade de Vida”, às 16h no Sindicato dos Servidores Públicos.
Já na quinta-feira (27) a palestra “Relacionamento em Vendas como Diferencial Competitivo” acontece novamente, desta vez, às 17h na H2L.
Encerrando o ciclo de palestras, na sexta-feira (28), a Polícia Militar / SUAS sedia às 8h30 a palestra “Tempos Modernos X Qualidade de Vida”.
Sobre o Sicredi
O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa comprometida com o crescimento dos seus associados e com o desenvolvimento das regiões onde atua. O modelo de gestão do Sicredi valoriza a participação dos mais de 4 milhões de associados, os quais exercem papel de donos do negócio. Com presença nacional, o Sicredi está em 22 estados* e no Distrito Federal, com mais de 1.700 agências, e oferece mais de 300 produtos e serviços financeiros (www.sicredi.com.br).
*Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Menos de um mês após o Banco Central anunciar os quatro eixos de sua Agenda BC#, o presidente da autarquia, Roberto de Oliveira Campos Neto, esteve na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras, em Brasília, nesta terça-feira (25), para explicar como o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) pode contribuir com as ações da chamada democratização financeira, foco da Agenda. O cooperativismo, conforme anunciado, faz parte do eixo Inclusão.
Campos Neto, que, durante o evento, estava acompanhado por diversos diretores do Banco Central, fez questão de destacar o crescimento das cooperativas de crédito em tempos de crise, com índices superiores ao desempenhado pelos demais integrantes do Sistema Financeiro Nacional. Segundo ele, as cooperativas possuem diferenciais muito estratégicos. Dentre eles: o atendimento diferenciado, o foco no cooperado, o estímulo à poupança e a democratização do acesso ao crédito, sobretudo entre os pequenos investidores.
Sobre a participação das cooperativas de crédito nesse grande projeto de retomada econômica nacional, Campos Neto disse que pretende ouvir, ainda mais, o setor para saber o que pode ser melhorado. Como exemplo, o presidente do Banco Central disse que pretende aprimorar a Lei Complementar nº 130/2009, tida como marco legal do SNCC e que acaba de completar 10 anos.
INCLUSÃO
A dimensão Inclusão, que engloba as cooperativas de crédito, pode ser traduzida na facilidade de acesso ao mercado para todos: pequenos e grandes, investidores e tomadores, nacionais e estrangeiros. Entre as medidas para alcançar esse objetivo, estão plataformas digitais, menos burocracia e simplificação de procedimentos.
O objetivo desse eixo é expandir o cooperativismo de crédito. Para isso, o Banco Central atuará, em conjunto com as cooperativas, em três grandes vetores: 1) Fomento de atividades e negócios; 2) Aprimoramento da organização sistêmica e promoção do aumento da eficiência do segmento; e 3) Aprimoramento da gestão e da governança.
Um dos desafios lançados pelo presidente do Banco Central é ampliar a presença do cooperativismo de crédito nas regiões Norte e Nordeste. “Precisamos de um projeto de expansão”, comenta Campos Neto, informando que gostaria de ver os primeiros resultados dessa ação ainda no segundo semestre deste ano. “Sei que é um trabalho conjunto e, por isso, irei acompanhar esse projeto pessoalmente”, declara.
Por fim, o presidente do Banco Central afirmou que já está na hora de todos trabalharem por um país melhor para todos: “Precisamos crescer a torta. Chega de nos preocuparmos apenas com o nosso pedaço”.
DESAFIO
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, disse que os desafios são enormes, mas que nessa tarefa de contribuir com o Banco Central, contará com a participação de cada cooperativa, dirigente ou cooperado do país. “É a oportunidade de nos tornarmos uma expressão cada vez maior na economia do país e de mostrarmos o nosso trabalho. Aquilo que fazemos de melhor: cuidar do nosso cooperado”.
Segundo Márcio Freitas, o cooperativismo é ideal para incluir mais brasileiros no Sistema Financeiro Nacional (SFN), por isso, é uma das estratégias do Banco. De acordo com o IBGE, ainda há cerca de 60 milhões de pessoas ‘desbancarizadas’ no país, ou seja, cerca de ¼ da população ainda é considerada “sem-instituição financeira”.
O coordenador do Conselho Consultivo do Ramo Crédito (CECO), Manfred Dasenbrock, destacou que a proposta do Banco Central é, de fato, desafiadora, mas exequível. “Nosso propósito é servir as pessoas, oferecendo serviços financeiros de qualidade, com preço justo e atendimento personalizado. Somos apaixonados por inclusão financeira. Tanto é verdade que, em centenas de municípios do país, as cooperativas de crédito são as únicas instituições financeiras presentes”, avalia Manfred.
VANTAGENS
Presentes em praticamente todo o território brasileiro, as cooperativas de crédito possuem, juntas, a maior rede de atendimento bancário do país e um portfólio de produtos e serviços (tais como: conta corrente, empréstimos, financiamentos, investimentos, planos de previdência e seguros) similar à dos demais integrantes do SFN, mas com taxas e tarifas cerca de 30% menores.
Além de economia, as cooperativas oferecem inclusão e educação financeira a mais de 10 milhões de brasileiros, muitos deles moradores de uma das dezenas de cidades onde elas são as únicas instituições financeiras presentes. Só na última década, o número de pessoas que se vincularam à uma cooperativa de crédito cresceu praticamente 180%.
Outro aspecto que torna uma cooperativa de crédito a alternativa mais viável para cidadãos e empreendedores que buscam opções mais vantajosas no Sistema Financeiro Nacional, é o Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop). Criado para assegurar valores de até R$ 250 mil, por depositante, em casos de intervenção ou liquidação extrajudicial, o fundo trouxe mais segurança institucional, credibilidade e competitividade para todo o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC).
COMPROMETIMENTO
O evento também contou com a participação de deputados e senadores, integrantes da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), que manifestaram seu comprometimento com a causa cooperativista especialmente no que diz respeito ao estímulo ao desenvolvimento do setor, visando o fortalecimento de toda a economia brasileira. Representando toda a diretoria da OCB, esteve Edivaldo Del Grande, presidente do Sistema Ocesp.
Estiveram presentes prestigiando o evento da Agenda BC# os parlamentares:
- Deputado Evair de Melo (ES) – presidente da Frencoop
- Senador Luis Carlos Heinze (RS)
- Deputado Domingos Sávio (MG)
- Deputado Arnaldo Jardim (SP)
- Deputado Zé Silva (MG)
- Deputado Celso Maldaner (SC)
- Deputada Aline Sleutjes (PR)
- Deputada Caroline de Toni (SC)
QUATRO DIMENSÕES
A reformulação da agenda foca em quatro aspectos:
- INCLUSÃO: Facilidade de acesso ao mercado para todos: pequenos e grandes, investidores e tomadores, nacionais e estrangeiros.
- COMPETITIVIDADE: Adequada precificação por meio de instrumentos de acesso competitivo aos mercados.
- TRANSPARÊNCIA: No processo de formação de preço e nas informações de mercado e do BC.
- EDUCAÇÃO: Conscientização do cidadão para que todos participem do mercado e cultivem o hábito de poupar.
FOTOS
Neste final de semana, nos dias 29 e 30 de junho, no Poliesportivo Dom Bosco, ocorre o XXIV Ticoop- Torneio de Integração Cooperativista, tem por finalidade intensificar a integração de dirigentes, funcionários, associados, filhos de associados e filhos de funcionários das cooperativas de Mato Grosso do Sul, além de difundir e desenvolver a prática dos desportos e esportes, assim como demonstrar e divulgar a integração do Cooperativismo sul-mato-grossense e comemorar o Dia Internacional da Cooperativismo.
Esse torneio faz parte da programação oficial da XIII Semana do Cooperativismo, promovida pelo Sistema OCB/MS, e tem 16 modalidades, dentre elas: Futebol Suíço Masculino, Futebol Suíço Master Masculino, Voleibol Masculino, Voleibol Feminino, Futsal Masculino, Tênis de Mesa Masculino, Tênis de Mesa Feminino, Cabo de Guerra Masculino, Queimada Feminino, Circuito Cooperativo, Bocha (unissex), Damas (unissex), Truco (unissex), Bozo (unissex), Sinuca e Campanha de Arrecadação de Alimentos.
“Nosso torneio já é tradicional no Estado, estando na 24ª edição. Os cooperativistas se confraternizam e comemoram através do esporte”, afirma Celso Régis, presidente do Sistema OCB/MS.
Ele ainda completa que o torneio reúne cooperativas de todos os ramos, desde o agropecuário, de crédito, saúde, infraestrutura, dentre outros. “São atletas amadores de todas as idades que neste fim de semana celebram o cooperativismo, através do esporte”, conclui.
O Projeto de Lei 8.824/17, que trata da prestação de serviços de telecomunicações por cooperativas foi aprovado por unanimidade nesta quarta-feira (26), na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados. De autoria do deputado Evair de Melo (ES), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), o PL tem como relator o deputado Heitor Schuch (RS) e segue agora para a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática.
De acordo com o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o projeto de lei tem por objetivo pacificar o entendimento quanto à possibilidade das sociedades cooperativas prestarem os serviços de telefonia móvel e banda larga fixa ou móvel no país. Para a entidade, a atual redação legal não é clara sobre o tema, o que tem causado transtornos e dificultado que as cooperativas obtenham concessão para oferecer tais serviços.
“Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 2017, mais de 11,5 milhões de domicílios no país têm condições de arcar com o custo pelo acesso à banda larga fixa ou móvel (3G ou 4G), porém não contam com o serviço disponível nas suas localidades, por estarem distantes de regiões mais bem estruturadas. Na nossa opinião, a melhor alternativa para universalizar o acesso a esse serviço no país é, de fato, o cooperativismo”, avalia Márcio Freitas.
De acordo com a liderança cooperativista, as atuais concessões, permissões e autorizações não promovem o acesso e a qualidade fundamentais para a digitalização das comunidades rurais em diversas regiões do país. “E mais uma vez, o cooperativismo pode ser uma alternativa, ou até mesmo protagonista para universalização destes serviços”, conclui Márcio Freitas.
CONEXÃO
O presidente da Frencoop, Evair de Melo, frisou que os novos recursos tecnológicos de comunicação precisam chegar aos cidadãos e o cooperativismo está apto a fornecê-los. “A comunicação evoluiu dialogando com a educação, com a segurança, com a economia, com a agricultura e com a saúde. É um fator importante, mas nunca o trabalhamos com essa dimensão social, política e econômica. Sou defensor da doutrina clássica do cooperativismo, que é a forma dos pequenos se juntarem, serem eficientes e capazes de serem competitivos. Por isso, tenho a certeza que por meio das cooperativas podemos alcançar essas comunidades menores, onde as grandes operadoras não estão, e levar tecnologia até elas”, declarou Evair de Melo.
O parlamentar capixaba também reiterou a importância das novas tecnologias de comunicação para a permanência do homem e da mulher do campo no meio rural. “Se não entregamos esse serviço, forçamos essas pessoas a abandonarem suas famílias, suas atividades, seus empregos e seus modos de vida e se mudarem para um centro urbano”.
SEGURANÇA JURÍDICA
Segundo o relator, o projeto de lei “surge para positivar a participação das cooperativas nesse mercado, ao mesmo tempo em que gera segurança jurídica aos cooperados interessados em empreender no setor, permitindo-se que internet de qualidade e a um custo módico seja disponibilizada para milhões de brasileiros que, por fatores alheios a sua vontade, não têm acesso ou têm acesso deficiente a esse serviço fundamental.”