A Embrapa e a Basf lançaram hoje o Sistema de Produção Cultivance, tecnologia que contém a primeira soja geneticamente modificada e totalmente desenvolvida no Brasil. O Sistema de Produção Cultivance é resultado de uma parceria de mais de 10 anos entre a Basf e a Embrapa. No fim do primeiro semestre deste ano, depois de aprovada em 17 países, a tecnologia também foi aprovada pela União Europeia, grande mercado importador, garantindo a produção de sementes e a comercialização do Sistema.
O evento ocorreu na sede da Embrapa, em Brasília-DF. A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, e o vice-presidente sênior da Unidade de Proteção de Cultivos da Basf para a América Latina, Eduardo Leduc, participaram do evento. Representando o cooperativismo, esteve a gerente geral da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Tânia Zanella.
EFICÁCIA – Com a tecnologia pronta para distribuição aos sementeiros ainda neste ano, o agricultor terá acesso ao produto em 2016. O pesquisador da Embrapa Soja Carlos Arrabal Arias explica que atualmente, o Brasil tem 34 casos de resistência de plantas daninhas e que, a cada safra, o manejo de espécies como a buva, o azevém e o capim-amargoso preocupa mais.
"Esse é o ponto principal a ser combatido pelo Sistema Cultivance. Com essa nova ferramenta no sistema de produção de soja, o produtor tem agora a possibilidade de rotacionar herbicidas com diferentes mecanismos de ação para o manejo de plantas daninhas de difícil controle", diz.
PRIORIDADE – A Cultivance foi desenvolvida para atender a todas as regiões do país, mas nesse primeiro ano será comercializada em oito estados: Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Goiás e Rondônia, além do Distrito Federal.
INOVAÇÃO – Eduardo Leduc, vice-presidente sênior da Basf, destacou que o lançamento é um resultado efetivo entregue ao produtor e que "os desafios do futuro exigem inovação colaborativa como fizemos em conjunto com a Embrapa". "Temos aqui um modelo de inovação aberta, onde a parceria proporciona a combinação inteligente de ativos das duas empresas. Se fizéssemos esse trabalho de forma isolada, tanto Embrapa quanto Basf, certamente teríamos levado muito mais tempo e tido muito mais custos para chegar ao mesmo resultado", destacou Maurício Lopes.
A soja Cultivance foi completamente desenvolvida no Brasil, desde o laboratório até a comercialização, e entra no mercado com aprovação nos principais países importadores da oleaginosa. Lopes destacou que a pesquisa possibilitou à Embrapa dominar o protocolo da obtenção de uma cultivar geneticamente modificada, desde a concepção até a chegada ao campo, caso provavelmente único de uma empresa de pesquisa no mundo.
INVESTIMENTO NACIONAL – A ministra Kátia Abreu falou sobre a importância dos investimentos em ciência e tecnologia que o País precisa fazer diariamente para continuar alcançando resultados como esse. Também lembrou as dificuldades e prazos relacionados a questões de legislação e regulação do uso.
Para Kátia Abreu, a nova tecnologia é considerada um marco para a ciência brasileira porque contém a primeira soja geneticamente modificada totalmente desenvolvida no Brasil, desde as pesquisas em laboratório até a comercialização.
"O Sistema Cultivance é, antes de tudo, motivo de muito orgulho para todos nós. Representa uma alternativa especial para o produtor brasileiro porque auxilia no manejo de resistência das plantas daninhas na lavoura de soja", reforça Kátia Abreu.
Segundo a ministra, a rotação de culturas é uma ferramenta importante para auxiliar os agricultores a obter maior rentabilidade de forma sustentável. “Este produto não vem para tomar o lugar do outro, mas para fazer uma rotação. É uma forma de dizer que estamos ‘tapeando’ as plantas daninhas. Além disso, nada melhor que concorrência. Com dois produtos, a tendência é que o preço da semente caia”, completa.
RECONHECIMENTO – Ainda durante o lançamento da Cultivance, pesquisadores, produtores e representantes de instituições importantes para a produção de soja no Brasil foram homenageados. Os pesquisadores da Embrapa, Elíbio Rech e Carlos Arrabal, e os profissionais da Basf Luis Carlos Louzano e Edilson Cotelo receberam a homenagem por suas participações na pesquisa. Além deles, mais de 35 pesquisadores contribuíram com esse processo. Receberam homenagens também José Américo, da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), Bartolomeu Braz, da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil), João Martins da Silva Junior, da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), e Tânia Zanella da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
SAIBA MAIS – O Sistema de Produção Cultivance combina quatro cultivares de soja geneticamente modificadas, de grande potencial genético, ao uso do herbicida de amplo espectro para controle de plantas daninhas de folhas largas e gramíneas, configurando um novo sistema de produção. A alternância entre diferentes tecnologias evita a seleção de plantas daninhas resistentes.
O Cultivance foi desenvolvido ao longo de 20 anos por meio de uma cooperação técnica entre a Embrapa e a empresa Basf. O sistema combina a utilização de cultivares de soja geneticamente modificada com o uso de um herbicida com amplo espectro de ação para o manejo de plantas daninhas de folhas largas e estreitas. O resultado é uma opção inovadora disponível aos produtores brasileiros, que passam a contar com um sistema de rotação de tecnologias para o manejo das pragas da soja.
Sediar um evento com o porte da Bienal dos Negócios da Agricultura - Brasil Central é tarefa que requer trabalho conjunto e apoio de parceiros e patrocinadores comprometidos com desenvolvimento regional. Promovida pelas federações da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Mato Grosso (Famato), Goiás (FAEG) e do Distrito Federal (Fape -DF), a vitrine do agronegócio se firma pela participação de patrocinadores, apoiadores e parceiros que fazem o setor acontecer. A Bienal será realizada nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, em Campo Grande.
Essa semana, o evento passou a contar com o apoio institucional do CREA/MS – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia. Para o presidente da entidade, Dirson Artur Freitag, a realização da Bienal é uma ação importante para o fortalecimento do agronegócio na região centro-oeste. “Os profissionais do Crea participam ativamente do setor que sustenta a economia regional e nacional. Por isso, apoiamos a realização, que oferecerá muita informação e troca de experiências entre os estados”, avalia.
Em sua terceira edição, a Bienal da Agricultura conta com o patrocínio de grandes parceiros: Bayer, Monsanto, Dow, Basf, Senar – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, CEF – Caixa Econômica Federal, Sistema OCB - Organização das Cooperativas Brasileiras e Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.
Na avaliação do superintendente do Sebrae/MS, Cláudio Mendonça, a iniciativa vai evidenciar um dos vetores mais importantes para a economia da região e sua relação com os fatores que contribuem para seu desenvolvimento. “Incentivamos a Bienal da Agricultura porque acreditamos que o pequeno produtor está inserido nesta realidade hoje, ou seja, deve estar atento às tecnologias e ao cenário atual do agronegócio, para que tome decisões acertadas na comercialização do seu produto”, argumenta.
Segundo o presidente da OCB/MS, Celso Régis, a dinâmica do cooperativismo está diretamente ligada ao agronegócio e vem se fortalecendo e profissionalizando proporcionalmente. “O cooperativismo cresceu e se desenvolveu no meio rural e o Sistema OCB está presente hoje em todos os Estados do Centro-Oeste. Acreditamos na relevância da Bienal para o desenvolvimento do agronegócio regional, por possibilitar atualizações econômico-financeiras do setor e de articulações politicas que proporcionarão ao produtor rural melhores resultados em seus negócios”, considera.
A Bienal da Agricultura conta também com apoio de instituições comprometidas com o desenvolvimento regional como a Aprosoja – Associação de Produtores de Soja, Soja Plus, Sicredi, Banco do Brasil e Abrass - Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja. São apoiadores do evento o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Fundect - Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de MS, Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e Fundação MS. Contribuindo para a divulgação das informações ao público, a Bienal conta ainda com parcerias com a TV Morena, SBA – Sistema Brasileiro do Agronegócio, revista A Granja e Fundação Manoel de Barros, além da UCDB – Universidade Católica Dom Bosco.
“Todos sabemos da relevância da pesquisa para que chegássemos aos níveis de produção e produtividade do Centro-Oeste. Eventos como a Bienal são foco de discussão de gargalos e avanços por meio de tecnologias, portanto a Fundação MS não poderia deixar de estar presente, apostando na disseminação das informações como fator preponderante para o setor”, avalia o presidente da Fundação MS, Luis Alberto Moraes Novaes.
Sobre a Bienal - A Bienal dos Negócios da Agricultura Brasil Central é vitrine do agronegócio da região Centro-Oeste. Traz para discussão os temas mais emergentes do setor e já está na agenda dos principais eventos agro do País. É realizado pelas federações de agricultura e pecuária dos estados de MS, MT, GO e do Distrito Federal, de forma rotativa. Para mais informações, acesse www.bienaldaagricultura.com.br.
Fonte: Famasul
Nascida do anseio de 45 servidores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, surgia a CRED-UFMS, depois de mais de dois anos de discussões e planejamentos, que trazia na vontade dos seus fundadores as sementes de uma das suas máximas: “desenvolver-se ou desenvolver-se”.
No dia 26 de agosto de 1988 começava a história de sucesso da Sicredi União MS/TO, que teve outros nomes, mas o objetivo estimular a educação cooperativa e financeira de seus cooperados, continua o mesmo.
A Cooperativa dá então os seus primeiros passos ainda vacilantes, no mundo das finanças. Isto é feito através de ajuda mútua, da economia sistemática e do uso adequado do crédito com juros mais baratos, além da prestação de serviços que visam a trazer benefícios reais aos cooperados. O Banco Central do Brasil, em 2 de fevereiro de 1989, credenciou a CRED-UFMS a iniciar sua Operacionalização e, em junho daquele ano, foram liberados os primeiros empréstimos a seus cooperados.
Com muito trabalho e dedicação de seus dirigentes, a sede própria foi adquirida quatro anos após a fundação.
A adesão ao Sistema Sicredi ocorreu somente em 1998 e após a homologação dos atos assembleares pelo Banco Central, realizados em dezembro de 2012, a Sicredi Federal MS foi transformada em Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados União Mato Grosso do Sul.
Hoje, a cooperativa tem 29.652 cooperados e atua nas cidades de Campo Grande, Três Lagoas, Brasilândia, Corumbá, Palmas, Pedro Afonso, Dianópolis e Luís Eduardo Magalhães.
Em comemoração ao aniversário, haverá distribuição de brindes aos associados e nas unidades Centro, UFMS e Três Lagoas, acontece a tradicional distribuição de bolo e refrigerante aos cooperados.
Fonte: Sicredi
A Copasul- Cooperativa Agrícola Sul-matogrossense em parceria com a Embrapa promove no dia 02 de setembro, na Câmara Municipal de Naviraí o 13º Simpósio da Soja. O objetivo do evento é realizar palestras técnicas, de mercado e clima para produtores, técnicos e estudantes, proporcionando assim o desenvolvimento técnico da região.
Em 2015, a programação conta com cinco palestras que tratam de diversos assuntos, como manejo de adubação, análise de previsões climáticas, tendências para a safra 2015/2016, irrigação, dentre outros. Os profissionais que ministrarão as palestras possuem diversas pesquisas na área e pertencem a renomadas universidades e institutos de pesquisa.
Segundo o consultor da Somar Meteorologia, Marco Antônio Santos, um dos palestrantes do evento, nesta safra o grande fenômeno climático que está influenciado o clima é o El Niño. E ele poderá ser o mais forte dos últimos anos, muito semelhante ao ocorrido na safra 1997/98.
“O clima esse ano será bem mais favorável do que prejudicial à produção. Apesar das chuvas mais irregulares entre setembro e outubro, não há indicativos de que venham a ocorrer períodos longos de estiagem, como ocorreu na safra passada, mais precisamente em outubro/14. Contudo, no verão poderá vir a ocorrer um período de estiagem. O problema é que ainda não há como precisar com exatidão quanto ele irá ocorrer, mas deverá ser na primeira metade do verão (entre janeiro e fevereiro)”, declarou Santos.
Ele ainda declara que a melhor alternativa para o produtor é sempre estar de olho nas previsões meteorológicas de curto prazo (7 dias), pois assim ele poderá saber se haverá ou não uma continuidade das chuvas e com isso, plantar com segurança. Pois em anos/primavera onde as chuvas são muito irregulares, como vai ocorrer esse ano, pode dar uma boa chuva hoje e ficar sem nada de chuva por mais de 12 dias.
A inscrição é gratuita e pode ser feita no site da Copasul no www.copasul.coop.br
Realização: Copasul e Embrapa
Apoio: Câmara Municipal de Naviraí, Aranav e Aeanav
Patrocínio: Basf, Bayer, Yara, Valley, Matsuda, Sicredi, Du Pont, Fertion, Arysta LifeScience, Stoller, Syngenta, Timac Agro, Jotabasso, FMC, Sementes Roos, Coodetec, Dow AgroSciences e Agroeste
Fonte: Copasul
A Comissão de Agricultura e Pecuária promoveu hoje uma audiência pública sobre o déficit da balança comercial de lácteos registrado no primeiro semestre e medidas de incentivo às exportações de lácteos. O movimento cooperativista foi um dos convidados e expôs a sua visão sobre a situação econômica do segmento.
O Brasil é o quarto maior produtor de leite do mundo e responde por 66% do volume total de leite produzido nos países do Mercosul. A atividade ocupa diretamente 3,6 milhões de pessoas.
De janeiro a julho, o setor registrou um déficit de USD 101.6 milhões, praticamente o mesmo déficit registrado para todo o ano de 2014, que foi de 102.7 milhões de dólares. Desde 2009, a balança comercial de lácteos não apresenta saldo positivo.
O analista técnico e econômico do Sistema OCB, Pedro Silveira, discorreu sobre a importação de lácteos, especialmente do Uruguai e da Argentina, e também sobre os desafios de ampliar a participação brasileira no mercado internacional que demanda esforço para superar barreiras e acessar mercados internacionais.
Ele explicou que o Brasil precisa estar atento ao volume importado desses países, uma vez que podem impactar diretamente o mercado interno, depreciando o valor dos lácteos no mercado nacional, consequentemente, diminuindo o preço do produtor.
“Por outro lado, a exportação de lácteos é um desafio e alguns fatores como a queda dos preços globais fora do Brasil, a variação cambial, as barreiras tarifárias e sanitárias ampliam as dificuldades de prospecção do nosso produto no exterior. Precisamos de ações combinadas de investimento e estratégias, além de sermos muito persistentes, para conquistar o mercado internacional, com nossas marcas e produtos”, comenta o analista, que também representou a Câmara de Leite do Sistema Ocergs.
COOPERATIVISMO – As cooperativas de leite, vinculadas à OCB, respondem pela captação de cerca de 40% do leite formal produzido no país, atendendo principalmente aos pequenos produtores rurais. A Organização representa 360 cooperativas e seus mais de 150 mil produtores, que trabalham com leite em 22 estados do Brasil.
CONVIDADOS – As entidades participantes foram: CNA, Sindilat/RS, Asbraer, Apex Brasil, Secretaria de Agricultura e Pesca de Santa Catarina, Viva Lácteos, Instituto Gaúcho do Leite (IGL).