A Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira homenageou a colônia japonesa de Mato Grosso do Sul com a entrega da Medalha e o Diploma de Honra ao Mérito Legislativo 120 anos do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação Brasil-Japão. Dois cooperativistas receberam a homenagem, Sakae Kamitani da Copasul e Yoshitomo Okishima da Camva.
A homenagem celebrou o tratado assinado entre Brasil e Japão em 1895, que oficializou as relações diplomáticas entre os dois países. Os primeiros imigrantes japoneses chegaram ao Brasil em 1908 no navio Kasato Maru que aportou em Santos (SP) com 791 imigrantes.
O júri da segunda edição do Prêmio Sescoop Excelência de Gestão escolheu ontem as cooperativas vencedoras do ciclo 2015. A premiação ocorre a cada dois anos e, segundo, o coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas, Roberto Rodrigues, que é integrante da banca julgadora, é emblemática, considerando o atual cenário econômico do país. “Quando um prêmio desses surge num momento de crise, no qual as cooperativas são mais resilientes, resistindo mais às dificuldades econômicas generalizadas, mostramos à sociedade a relevância do movimento cooperativista comparado com outras áreas da economia do Brasil”, comenta o embaixador especial da FAO para o cooperativismo mundial. Confira a entrevista!
O senhor acompanha o prêmio desde sua primeira edição. As melhorias implementadas foram percebidas?
Roberto Rodrigues – Sem dúvida. Primeiro, porque a qualidade do trabalho realizado pelo Sistema OCB, pelos auditores, pelo Comitê Gestor, só vai melhorando, pois a cada edição aprende-se e sofistica-se o processo, o que resulta em ganho de qualidade. Certamente o trabalho realizado é notável. Parabéns a todos os envolvidos.
Gostaria de destacar, para além disso, a atuação das cooperativas na busca de seu aperfeiçoamento nas áreas de gestão e governança. Isso nos dá muito orgulho, porque ao observarmos os resultados, temos a certeza de que estamos avançando, crescendo e evoluindo enquanto empresas cooperativistas que, não obstante serem guiadas por valores e princípios, são empresas. Então, ao verificamos isso nos processos de gestão e governança, percebemos claramente que o movimento cooperativista está avançando.
De que forma este prêmio pode ajudar outras cooperativas a melhorarem seu processo de gestão?
Roberto Rodrigues – Primeiro é bom destacar que cresce o número de cooperativas interessadas em participar do prêmio. Por que? Porque elas acreditam no processo de gestão e estão empenhadas nisso. Elas querem mostrar o que fazem. Aquelas que ainda não despertaram para esta questão, seguramente serão estimuladas a fazê-lo. A premiação, o reconhecimento e a fama que cercam as vencedoras, sem dúvida nenhuma, são estímulos para que as demais sintam-se motivadas a melhorarem seus processos de gestão e governança e, assim, participem também.
Qual a importância do Prêmio Sescoop Excelência de Gestão para a economia brasileira?
Roberto Rodrigues - Há um trabalho realizado recentemente pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI) que mostra a resiliência das cooperativas de maneira geral em tempos de crise. O trabalho é muito mais focado na realidade das cooperativas financeiras. Então ficou claro que durante as crises financeiras que varreram o mundo nos últimos 20 anos, as cooperativas de crédito e bancos cooperativos resistiram bravamente; mais até do que os bancos comerciais e, inclusive, os bancos públicos. Isso se deve ao fato de o cooperado ter aquela tríplice função: investidor, cliente e dono da cooperativa. Quando um prêmio desses surge num momento de crise, no qual as cooperativas são mais resilientes, resistindo mais às dificuldades econômicas generalizadas, mostramos à sociedade a relevância do movimento cooperativista comparado com outras áreas da economia do Brasil
Quais são os desafios que o cooperativismo brasileiro tem diante de si, considerando o movimento de outros países?
Roberto Rodrigues – Quando 2012 foi designado pela ONU como Ano Internacional do Cooperativismo, a ACI preparou um projeto para a década cooperativista que tinha três objetivos centrais: primeiro, aumentar o número de cooperativas e cooperados; segundo: conseguir que os países tivessem legislações e regras que não excluíssem as cooperativas do processo econômico; e, terceiro: que houvesse mecanismos financeiros, como fundos de investimento, que apoiassem as cooperativas para elas poderem se desenvolver vigorosamente em todos os países do mundo.
Em minha opinião, acho que tudo isso passa por um mecanismo de comunicação com a sociedade. Quanto mais informada estiver a sociedade sobre o valor da cooperativa, do peso que elas têm na economia, do que elas significam para pessoas, já que ela é um grupo de pessoas, mais poderá o sistema crescer e ser reconhecido nacional e internacionalmente. O que precisamos evoluir muito é o ato de comunicar, para que aquelas três ideias da ACI sejam implementadas em qualquer país do mundo, inclusive no Brasil.
A Organização de Cooperativas Brasileiras (OCB) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) lançaram ontem um novo produto que poderá auxiliar as indústrias e os produtores a entender melhor a dinâmica de mercado do setor e, consequentemente, aprimorar suas estratégias de negócios: a “Sondagem de Mercado”.
Em sua primeira divulgação, o levantamento entrevistou mais de 500 produtores em todas as regiões do Brasil para identificar quais são os principais agentes financiadores do custeio da produção agrícola em solo nacional. Também foi levantado qual o principal período de aquisição e recebimentos de insumos ao longo do ano.
Realizada entre julho e agosto, a sondagem revelou que os produtores agrícolas se utilizam majoritariamente dos bancos públicos para financiar sua operação agrícola, com 62%, seguido das cooperativas, com 16%. Bancos privados e cooperativas de crédito são responsáveis por 13% cada. Já tradings, revendas e indústria de insumos foram citados por menos de 10% dos produtores, como mostram os gráficos abaixo.
Em relação à época de compra e recebimento de insumos, a Sondagem de Mercado mostrou que queda significativa na aquisição destes produtos durante o primeiro semestre de 2015, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Escassez do crédito pré-custeio, atraso na comercialização do grão e a espera do novo Plano Safra fizeram com que o produtor postergasse a decisão de compra.
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, houve fortes avanços na contratação dos financiamentos de crédito rural suportados pelas cooperativas de crédito, com tickets médios que refletem a utilização dos recursos especialmente por pequenos e médios agricultores.
“A intercooperação das cooperativas de crédito com as agropecuárias tem sido uma das grandes alavancas do custeio da produção rural brasileira. Para se ter uma ideia, atualmente, são mais de 4 mil pontos de atendimento em todo o Brasil e que oferecem serviços de crédito rural”, comenta Márcio Freitas.
JUSTIFICATIVA - Segundo o gerente do Departamento do Agronegócio da Fiesp, Antonio Carlos Costa, a ideia do projeto nasceu da necessidade de acompanhar mais de perto as possíveis modificações na dinâmica de financiamento da produção, comercialização e aumento/redução do pacote tecnológico. “Esse tipo de informação é de fundamental importância em um ambiente de incertezas, em que o cenário macroeconômico brasileiro está afetando o desempenho do setor”, completa Costa.
PERIODICIDADE – A Sondagem de Mercado, produzida pela Fiesp e OCB, será realizada periodicamente e o acesso às informações completas é totalmente gratuito. Para saber mais clique aqui.
Fonte: Sistema OCB
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, participou hoje da 45ª edição da Convenção Nacional Unimed, na Costa do Sauípe, na Bahia, discursando para um público formado por dirigentes, médicos cooperados, líderes, técnicos, fornecedores, parceiros e expositores que debaterão, até o próximo dia 2/10, as principais demandas do Ramo Saúde, visando assegurar seu crescimento e, ainda, do setor de saúde privada.
O evento conta com o apoio do Sistema OCB e é realizado por uma comissão formada pela Federação das Unimeds do Estado da Bahia, Seguros Unimed, Central Nacional Unimed, Fundação Unimed e Unimed Participações. Além do aspecto político, a convenção tem ainda a missão de proporcionar as condições ideais ao compartilhamento de experiências de profissionais de diversas regiões do país, assim como para o levantamento de oportunidades e novidades de produtos e serviços relevantes para as Federações, Singulares e empresas parceiras.
Durante seu discurso, o presidente do Sistema OCB disse que o cooperativismo de saúde no Brasil possui uma importância substancial para a nação brasileira, especialmente o Sistema Unimed, que tem sido um dos maiores responsáveis por cobrir a grande lacuna existente nas estruturas de saúde pública, onde há falta de atenção básica. “O sistema Unimed tem sido, realmente, um diferencial muito grande.”
Além disso, sobre os aspectos políticos e socioeconômicos, Márcio Freitas reforçou a importância do setor para o país. “O movimento cooperativista é econômica e socialmente fundamental para o Brasil e os números só provam essa afirmação. No ano passado, a movimentação financeira de todas as cooperativas brasileiras passou de R$ 350 milhões. O número de empregos gerados foi mais de 360 mil. É bom lembrar que as cooperativas trabalham para pessoas e o percentual da população brasileira vinculadas ao cooperativismo equivale a 25%. O cooperativismo tem uma expressividade grandiosa para o país!”, avalia a liderança.
NO PAÍS – O presidente Márcio Freitas, durante sua fala, fez questão de enfatizar outros números que refletem a importância do cooperativismo para o Brasil.
- O modelo cooperativista representa aproximadamente 48% do total da produção de alimentos do país;
- Cerca de 10% dos municípios brasileiros são atendidos exclusivamente pelo cooperativismo de crédito;
- As cooperativas de transporte são responsáveis pela circulação de 330 milhões de toneladas de cargas/ano;
- Responsáveis por fornecer distribuição e geração de energia elétrica, de telefonia e de abastecimento de água a mais de 800 municípios brasileiros;
- As cooperativas do Ramo Saúde estão presentes em 85% do território brasileiro, as cooperativas contribuem para a interiorização de médicos e odontólogos;
- Das 10 maiores notas do Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) de 2015 – ano base 2014, 6 são de cooperativas: 3 Unimeds e 3 Uniodontos
- A Unimed e a Uniodonto são, respectivamente, os maiores sistemas de cooperativismo médico e odontológico do mundo;
- O Ramo Saúde possui 818 cooperativas, 245,9 mil associados e gera mais 92 mil empregos diretos.
DESAFIOS – Por fim, o presidente Márcio Freitas discorreu sobre os desafios do sistema cooperativista:
- Profissionalizar a gestão e aprimorar sua governança
- Fortalecer sua representatividade
- Qualificar mão de obra para o cooperativismo
- Fortalecer sua imagem
- Estimular a intercooperação
- Promover segurança jurídica e regulatória
- Fortalecer a cultura cooperativista
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, participou hoje das atividades do primeiro dia da 25ª Convenção Nacional da Uniodonto, cujo tema é “A importância da unidade cooperativa”. O evento ocorre até sábado, dia 3/10, na cidade baiana de Itapiraca, e conta com a participação de representantes de cooperativas singulares e de todas as federações da Uniodonto no país.
A cooperativa odontológica é parte integrante do Ramo Saúde e seus bons resultados, colocaram-na como a maior do mundo no segmento odontologia. A Uniodonto está presente em diversos municípios do território nacional e contribui para a interiorização de odontólogos no Brasil. Possui 120 operadoras, cerca de 3 milhões de beneficiários, mais de 20 mil cirurgiões dentistas cooperados e está entre as 20 maiores notas do Índice de Desenvolvimento da Saúde Suplementar (IDSS). Em 2014, o Sistema Uniodonto teve receita superior a R$ 700 milhões.
O presidente do Sistema OCB saudou a Uniodonto, ressaltando a importância da cooperativa odontológica para o equilíbrio do sistema cooperativista nacional. “Gosto muito do trabalho que cada uma das cooperativas do Sistema Uniodonto realiza. Vocês não imaginam a importância da Uniodonto para o equilíbrio do cooperativismo brasileiro. Vocês têm força, unidade e coração cooperativistas”, comenta Márcio Freitas.
Ele também fez um contundente discurso sobre a relevância das cooperativas no enfrentamento e superação da crise nacional. “Entre os graves problemas institucionais, políticos e econômicos que o país atravessa, o mais preocupante é a deterioração do tecido social, de nossos valores. E aí o sistema cooperativista pode dar sua contribuição. Temos o coração limpo, nada fizemos de errado. Precisamos ajudar o país a resgatar seus valores”, destacou.
O presidente da Uniodonto do Brasil, José Alves de Souza Neto, falou sobre a necessidade de as organizações inovarem sempre e adotarem a crise como ponto de partida para impulsionar novos ciclos de desenvolvimento. “A Uniodonto, acredita firmemente no papel de inclusão social do cooperativismo. Cooperativas são a alternativa para minimizar os efeitos das crises econômicas, por serem mais resistentes do que outros modelos de empresa e, por meio da participação de seus cooperados, terem a capacidade de se reinventarem permanentemente”, comenta Souza Neto.
Também participaram da cerimônia de abertura, o presidente da Federação Norte Nordeste da Unimed, Reginaldo Tavares de Albuquerque, além de representantes do Sistema OCB da região Norte e, também, do Rio Grande do Sul. “O Sistema Uniodonto, com a força de suas cooperativas, por meio do caminho da intercooperação saberá encontrar saídas para a crise”, afirmou o dirigente da Federação Norte Nordeste da Unimed.
PROGRAMAÇÃO – A programação do evento inclui, ainda, uma palestra do coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas, Roberto Rodrigues, que também é embaixador especial da FAO para o cooperativismo mundial, além da apresentação de casos de sucesso no Brasil. (Com informações da Assessoria de Imprensa do evento)