OCB lanca Catálogo Brasileiro de Cooperativas Exportadoras

A eficiência produtiva das cooperativas brasileiras, bem como a gestão de seus processos, são ingredientes que contribuíram para a expansão da fronteira comercial do setor. Itens como soja, carnes, café e açúcar figuram da lista dos produtos mais procurados por consumidores internacionais, como China, Estados Unidos, Alemanha, Emirados Árabes e Japão.

E, para ampliar as operações de exportação entre cooperativas do Brasil e seus 143 países consumidores, e, ainda, dar visibilidade aos produtos made in Brazil, a OCB acaba de lançar a edição 2015 do Catálogo Brasileiro de Cooperativas Exportadoras. Em 2014, com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), 223 unidades cooperativas exportaram diretamente.

O material, online e editado em sete idiomas, oferece informações do tipo: lista de produtos, cooperativas aptas à exportação e suas certificações internacionais, contato das áreas comerciais. Além disto, também consta o endereço eletrônico da cooperativa para que o interessado possa buscar outras informações adicionais.

Segundo o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, atualmente, com a redução do mercado interno, resultado da crise econômica nacional, é preciso buscar novos caminhos que assegurem a venda dos produtos das cooperativas, bem como o seu crescimento. Ele relembra que parte do trabalho da OCB é divulgar o potencial imenso que as cooperativas brasileiras têm, quando o assunto é exportação.

“Nós acreditamos que, sem dúvida, a propaganda é a alma do negócio, especialmente, em momentos como a crise econômica brasileira. Temos duas escolhas: cruzar os braços, reclamar e esperar que a situação se resolva sozinha, ou trabalhar, ainda mais, revendo processos, para ampliar nossa participação no mercado, dentro e fora do Brasil. As cooperativas nasceram durante uma crise e, portanto, nos momentos de dificuldade, elas têm diante de si grandes oportunidades e capacidade de fazer história. E isso, sem dúvida, já está ocorrendo”, enfatiza Márcio Freitas.

MERCADO EXTERNO – A OCB, no seu trabalho de representação das cooperativas brasileiras, tem a função de fomentar, por exemplo, o acesso a mercados externos. Para isso, mantém estreito relacionamento com seus contatos nacionais e internacionais – embaixadas, ONU, entidades de representação de outros países, além de escritórios comerciais de outras nações. 

“Por isso, é importante frisar que este catálogo é distribuído a todas as embaixadas, adidos agrícolas, escritórios comerciais mundo afora e, também, às nossas entidades parceiras nacionais e internacionais”, reforça Márcio Freitas.

NÚMEROS – As cooperativas brasileiras têm investido cada vez mais na gestão de seus negócios tendo em vista o aumento das exportações. De janeiro a setembro deste ano, as vendas das cooperativas para fora do país cresceram 1,35% na comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando um montante de US$ 4,13 bilhões (MDIC, 2015).

Ao longo de todo o ano passado, o total exportado pelas cooperativas foi US$ 5,28 bilhões. Ao comparar-se os valores das operações de exportação da última década, o resultado é ainda mais significativo: as exportações feitas por cooperativas cresceram em torno de 2,6 vezes entre janeiro de 2005 e setembro de 2015. Há 10 anos, a participação das cooperativas no montante global de exportação era de US$ 1,6 bilhão.

O resultado positivo da balança comercial das cooperativas mostra que o segmento trabalha com produtos de qualidade, tornando-se referência no comércio de muitos desses itens. Dentre eles, estão: açúcar e álcool, algodão, artesanato, bebidas, cacau, café, calçados, carnes, castanhas, especiarias, produtos têxteis, frutas, grãos, sementes e cereais, horticultura, leite e derivados, milho, produtos minerais, soja e derivados, além de trigo”.

ESTADOS EM DESTAQUE – As unidades da federação que mais se destacaram nos nove primeiros meses deste ano são o Paraná, com 36% das operações de exportação, respondendo pelo montante de US$ 1,48 bilhões e São Paulo, exportando US$ 812,7 milhões, equivalente a 20% do percentual total.

VENDA INTERNA – Além de ser uma vitrine importante para expor os produtores das cooperativas brasileiras aos seus parceiros internacionais, sem dúvida, o catálogo possibilitará a intercooperação, um dos princípios do cooperativismo. Ou seja, cooperativas poderão comprar umas das outras, fortalecendo o elo entre os entes deste grande movimento econômico mundial, que é o cooperativismo e já une mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo.

 

Autoridades se pronunciam sobre a importância do Catálogo para a economia nacional


ORGANIZAÇÃO – “Nós acreditamos, com base na nossa experiência, que o comércio exterior é um elemento fundamental para o desenvolvimento de um país. Neste contexto, as cooperativas conseguem se organizar e, assim, buscam realizar negócios dentro e fora do país. Essa organização é feita com muita excelência. É impressionante ver este tipo de operação.” André Fávero – diretor de Negócios da Apex Brasil  


REPRESENTATIVIDADE - “Para a Embrapa é uma satisfação muito grande ver o quanto o setor produtivo está representado no cenário internacional, por meio da OCB e de suas cooperativas extremamente bem geridas. Com esta vitrine que surge, sinto, como brasileiro, orgulho de ver o Brasil se projetando internacionalmente com tanto profissionalismo.” Fernando Amaral – chefe do Departamento de Transferência de Tecnologia da Embrapa


FORTALECIMENTO - “Todos os elos da cadeia produtiva nacional trabalham pelo mesmo objetivo: fortalecer o agronegócio brasileiro. Estamos muito felizes com este catálogo, pois ele tornará mais forte a nossa agropecuária, gerando emprego e renda ao produtor rural. Contamos, também, com o apoio das embaixadas na tarefa de divulgação dos produtos brasileiros. O Mapa estará, como sempre, ao lado de vocês.” Alberto Fonseca – Diretor do Departamento de Promoção Comercial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.


PROTEÇÃO - “O cooperativismo é uma forma de desenvolvimento rural e de fortalecimento da atividade do campo. Por meio dele, também é possível encontrarmos alternativas que visem à eliminação da fome no mundo. Atualmente, 1 bilhão de pessoas ao redor do planeta vivem em extrema pobreza e 80% desse total estão na zona rural. O cooperativismo, com sua forma de valorização de pessoas e distribuição de renda, protege o homem que trabalha e que tira da terra o seu sustento.” Gustavo Chianca - Representante Adjunto da FAO no Brasil

Fonte: Sistema OCB

Quem poupa alcanca

Romeo Balzan*

Desde os tempos dos nossos avós, a poupança é um produto confiável para investimento a longo prazo. Os mais antigos tinham o hábito de poupar e, muitos, presenteavam os netos com a primeira “caderneta de poupança”, já vislumbrando uma segurança a mais para o futuro do novo integrante da família. Não por acaso, a poupança é uma das aplicações financeiras com mais tempo de vida no Brasil.

 

Criada em 1.861 por D. Pedro II, o objetivo da poupança era captar os recursos que as pessoas de menor renda tinham para economizar. Com o tempo, passou por uma série de mudanças com relação à remuneração, mas que não abalaram o título de produto tradicional para quem deseja guardar dinheiro. Isso porque oferece uma série de facilidades, entre elas, o fato de não exigir uma quantia fixa para a sua abertura ou data fixa para resgate e novas aplicações.

 

A poupança também se tornou moderna na forma de realizar as aplicações, que podem ser programadas previamente, e de acompanhamento das movimentações e rendimentos, por meio de consultas on line e extratos. Tudo isso disponível nos canais eletrônicos e na unidade de atendimento.

 

Como produto de investimento e riqueza, a poupança tem características que beneficiam os poupadores, como isenção de tributação para pessoa física, pagamento de rendimentos na data de aniversário e liquidez diária. Outro atrativo é a segurança do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), para depósitos em bancos, ou do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop), para depósitos em cooperativas de crédito, ambos até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ.

 

O ato de poupar não deve ser sinônimo de privação, e sim de planejamento, visando a tranquilidade financeira. Pequenas quantias economizadas mensalmente e destinadas à poupança podem representar muito dinheiro ao longo do tempo e formam um fundo de emergência para as despesas que podem ocorrer de forma imprevista. Com a poupança, também é possível realizar vários sonhos de consumo e, ainda, contar com uma reserva que permitirá viver sem sobressaltos.

 

Além dos benefícios pessoais, os recursos aplicados na poupança em uma instituição financeira cooperativa, como o Sicredi, ficam na região de atuação e ajudam no desenvolvimento econômico local por fomentar principalmente o crédito rural. E por meio das sobras, distribuídas proporcionalmente ao volume de suas operações, o associado pode ter uma remuneração maior com o produto.

 

No Dia Mundial da Poupança, comemorado em 31 de outubro, fica a lição deixada pelos nossos avós de que quem poupa, alcança. Trata-se de um produto moderno que se mantém sempre presente para assegurar o futuro e realizar sonhos.

 

*Diretor de Produtos e Negócios do Banco Cooperativo Sicredi

 

Fonte: Sicredi

ENTREVISTA DA SEMANA: Maria José Campos

Catálogo Brasileiro de Cooperativas Exportadoras será ferramenta de trabalho para adidos da agricultura

Brasília (28/10) – A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) lançou ontem, em Brasília, a edição 2015 do Catálogo Brasileiro de Cooperativas Exportadoras. O evento contou com a participação de adidos agrícolas de 25 países, além de embaixadores e ministros de relações internacionais. A presidente do grupo de diplomatas e adidos de agricultura no Brasil, Maria José Campos, conselheira e adida agrícola da Embaixada do Chile, também compareceu ao lançamento. O grupo de diplomatas, presidido por ela, reúne representações internacionais de 47 países. Para Maria José, o catálogo será uma importante ferramenta para o trabalho dos adidos, na divulgação dos produtos das cooperativas brasileiras em seus países de origem.  

Qual a importância deste catálogo para a economia global?

Maria José Campos 
– Em geral toda a comunidade internacional reconhece que as cooperativas são ferramentas de desenvolvimento da agricultura, em especial, da agricultura familiar e seus pequenos produtores. Então, cada país, em diferentes graus de desenvolvimento, tem um relacionamento muito estreito com o cooperativismo. E neste sentido, o Brasil sempre é uma referência, onde procuramos experiências de sucesso e indicadores de desenvolvimento, porque aqui, o cooperativismo brasileiro é extremamente bem organizado e sólido.

De que forma o catálogo pode ser útil às exportações dos produtores das cooperativas brasileiras?

Maria José Campos 
– Nosso grupo tem como principal propósito ser uma rede de trabalho de divulgação das oportunidades que o Brasil oferece a todas as representações internacionais que formam o grupo. Este catálogo é uma forma de divulgar e consolidar informações valiosas, disponibilizadas de uma maneira muito fácil de acessar, por aqueles que querem ter um contato maior com algum setor específico. O catálogo também permite entender a forma de organização das cooperativas e do cooperativismo brasileiro. Então, neste sentido, o catálogo vai facilitar muito a informação das contrapartidas brasileiras para as representações nacionais.

Podemos dizer que o catálogo será um instrumento de trabalho para este grupo de adidos agrícolas?

Maria José Campos 
– Nós esperamos que os detalhes das cooperativas integrantes do catálogo sejam utilizados por todos os integrantes deste grupo, visando facilitar não apenas o comércio, mas o conhecimento das culturas desenvolvidos em cada estado brasileiro e que são bem representadas por cooperativas. A nossa ideia é replicar estas informações em cada um dos países representados no grupo de diplomatas da agricultura.

 
Fonte: Sistema OCB
Cooperativas têm nova oportunidade para vender alimentos ao governo
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Cooperativas têm nova oportunidade para vender alimentos ao governo

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) abriram, na quarta-feira passada (21/10), uma chamada pública destina à compra de 2,7 mil toneladas de alimentos. O intuito é compor as cestas de alimentos distribuídos a grupos populacionais específicos em situação de insegurança alimentar e nutricional, dentre eles: indígenas, quilombolas, acampados da reforma agrária, comunidades de terreiro, atingidos por barragens e pescadores artesanais.

Os editais preveem a compra de seis tipos de produtos: arroz beneficiado branco ou parboilizado (1.608 t), feijão preto (722 t), fubá ou farinha de milho (75 t), macarrão (195 t), farinha de trigo (59 t) e leite em pó (108 t).

Os produtos serão adquiridos por meio da modalidade Compra Institucional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o investimento previsto é de aproximadamente R$ 7,7 milhões. A ação permite que agricultores familiares vendam seus produtos para o governo, por meio de cooperativas e associações. A chamada pública terá início no dia 4/11 para Alagoas e Distrito Federal e, dia 9/11, para o Rio Grande do Sul.

As aquisições ocorrerão nas superintendências da Conab localizadas nestes três estados. Para participar, os interessados devem enviar as propostas na forma e prazos estabelecidos no EDITAL. As propostas são analisadas conforme os documentos de habilitação, detalhamento dos produtos e quantidades necessárias em cada unidade armazenadora.

RELAÇÕES INSTITUCIONAIS – O mapeamento de editais faz parte do trabalho de acompanhamento de normativos publicados no Diário Oficial da União pela Gerência de Relações Institucionais da OCB.

 
Fonte: Sistema OCB

Ramo Infraestrutura discute contribuicões à nova metodologia da ANEEL

O texto relativo à nova metodologia de revisão tarifária, atualmente em audiência pública da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), foi debatido ontem pelo Conselho Consultivo do Ramo Infraestrutura, durante reunião, realizada no Sistema OCB, em Brasília. 

O texto foi analisado pelos conselheiros e algumas proposições serão encaminhadas à ANEEL e defendidas nas reuniões a serem promovidas no Rio Grande do Sul (12/11) e em Santa Catarina (13/11), quando as cooperativas terão a oportunidade de tirar suas dúvidas e de expor suas necessidades. O conselheiro Jânio Stefanello fez questão de destacar que a metodologia proposta deve ser profundamente estudada, pois envolve potenciais riscos às cooperativas.

Além deste assunto, os conselheiros também discutiram sobre as negociações com o Ministério de Minas e Energia (MME) para adequações à legislação e alternativas ao fim dos subsídios. Para tanto, foi realizada uma atualização das tratativas com o MME. “A ação é um tema prioritário para o Ramo”, afirma Edivaldo Del Grande, representante da Diretoria no Ramo e presidente do Sistema Ocesp.

O Conselho discutiu, ainda, sobre a formação de um grupo de trabalho cuja função será tratar das demandas das 14 cooperativas autorizadas. Entre as principais demandas deste segmento estão a expansão dentro de sua área de atuação a ampliação dos limites de carga de fornecimento de energia elétrica. O GT será coordenado pelo conselheiro Jorge Luiz, representante do estado de Mato Grosso do Sul.

Fonte: Sistema OCB

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