Seguranca alimentar é sinônimo de paz mundial
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Seguranca alimentar é sinônimo de paz mundial

O cenário macroeconômico, a importância do agronegócio brasileiro, a segurança alimentar e os desafios foram temas centrais da palestra “Perspectivas e desafios do agronegócio brasileiro” ministrada pelo ex-ministro Roberto Rodrigues, ontem, durante o Fórum Catarinense do Agronegócio. O evento ocorreu paralelamente à Expoeste, no Parque de Exposições Tancredo de Almeida Neves, em Chapecó (SC). 

Rodrigues explicou que o comportamento das variáveis macroeconômicas afeta a vida e os negócios. Por isso, a necessidade de entender, antecipadamente, os sinais que representam mudanças no ambiente. “Isso possibilita que sejam adotadas estratégias e ações para navegar de maneira mais adequada sobre os mares tempestuosos. É uma questão relevante, contudo não temos estratégia e uma visão de longo prazo, pois estamos sempre apagando incêndio. Neste sentido, compreender os sinais é transformar as ondas que destroem o avanço em oportunidades”, argumentou.

Entre os sinais na conjuntura macroeconômica estão: mudança do eixo do comércio global; desaceleração da economia chinesa; política monetária norte-americana mais restritiva, a depender da recuperação do PIB e dos empregos; dificuldades para lidar com o enorme estoque da dívida na Zona do Euro; políticas defensivas e acordos bilaterais.

Neste contexto, entre os desafios de 2015/2050 está o perfil demográfico com alta expectativa de vida e baixa natalidade que desafiam os sistemas de trabalho e de previdência social. “Isso interfere diretamente no agronegócio em função da questão alimentar da população”, explicou.

O fator positivo é que o Brasil integra um grupo restrito de países com grande potencial econômico (EUA, China, Índia, Rússia e Brasil), com superfície agrícola acima de 140 milhões de hectares, população urbana acima de 80 milhões de pessoas e PIB maior US$ 1 trilhão. Contudo, o Brasil perdeu 18 posições no ranking das economias competitivas do mundo, caindo para a 75ª colocação, segundo o Relatório Global de Competitividade, do Fórum Econômico Mundial (WEF) em parceria com a Fundação Dom Cabral.

Para Rodrigues, o agronegócio sustentará a economia brasileira. A atividade foi responsável em 2014, por 24% do PIB nacional, o que representa R$ 1,18 trilhão; com a contribuição do setor de insumos (12%), agropecuária (29%), agroindústria (28%) e distribuição (31%). O agronegócio também foi responsável pela geração de 30% dos empregos e 43% das exportações em 2014, o que corresponde a US$ 96,8 bilhões. “Nesses indicadores, as cooperativas têm papel fundamental para agregar o valor depois que a matéria-prima sai da porteira”, ressaltou.

Na segurança alimentar, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) projeta que o mundo deverá aumentar em 20% a produção de alimentos para atender o crescimento da demanda até 2020. O Brasil é o país que mais ampliará a produção, com previsão de aumento de 40% no período. Para Rodrigues, o olhar deve ser equilibrado, considerando a adequada distribuição das margens ao longo da cadeia produtiva. “A segurança alimentar garantirá a paz no mundo. O Brasil possui tecnologia, tem disponibilidade de terra e trabalhadores capazes para atender a demanda”, justificou.

Conforme estudo da FGV/EESP, de 1990/91 a 2013/14, a produção de grãos brasileira cresceu 234%, enquanto a área produtiva aumentou em 50%. “Nenhum outro país fez uma revolução tão rápida, o que indica que o Brasil possui a agricultura mais sustentável do mundo”, argumentou. 

Na produção brasileira de carnes, Rodrigues também destacou o avanço tecnológico e qualificação técnica, pois no período de 1990/91 a 2013/14 na produção de frango ocorreu um crescimento de 460%, de bovino de 101% e de suíno 225%. “São números reais, que mostram o avanço tecnológico, a eficiência e sustentabilidade do agronegócio”.

Mesmo com números favoráveis para o agronegócio, Rodrigues enfatizou que é possível melhorar os resultados. Para justificar, citou Norman Borlaug (1914-1979), que afirmava que 85% do crescimento futuro na produção de alimentos tem que vir de áreas já em cultivo. A partir de técnicas corretas, economicamente viáveis, socialmente justas e ambientalmente sustentáveis.

Como desafios e riscos para o agronegócio, Rodrigues elencou o prognóstico de custo de produção mais alto para as próximas safras, crédito restritivo e caro, preços de commodities pressionados no mercado externo e margens mais apertadas. “Gerir bem os custos será um diferencial de rentabilidade”, complementou e acrescentou que “o País precisa avançar na política externa e tornar a produção mais competitiva, com custos menores e mais infraestrutura. Além disso, necessitará reforçar o financiamento e o seguro de renda agrícola. 

Por isso, o futuro dependerá de uma estratégia articulada de todo o Estado Brasileiro, e ao produtor caberá profissionalizar a gestão de sua propriedade, saber qual é a sua rentabilidade, os resultados obtidos e como eles podem ser otimizados”, argumentou.

O presidente de honra do Fórum e presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC), Marcos Antonio Zordan, destacou a preocupação de ter 1 bilhão de pessoas passando fome no mundo, sendo que até 2050 serão mais de 9 bilhões de habitantes. “O fator positivo é que o Brasil utiliza 7,5% do território agricultável, sendo que nos últimos 10 anos foi ampliada em 26% o território e 156% da produção”.

Zordan ressaltou entre os pontos positivos o excelente status sanitário, excelente genética dos animais, ambiência para produzir com horas do sol e estações bem definidas. “Até 2020 o mundo precisará de 15% de cereais, 13% de carne suína, 19% de frango, 14% bovina e 20% lácteos. “Portanto, nossas perspectivas são as melhores e com auxílio das agroindústrias os produtos vão para os mais diversos países”, complementou.

Entre os desafios, Zordan ressaltou a logística, burocracia, energia mais cara do mundo, insegurança jurídica com invasão nas terras, impostos incompatíveis com a atividade.

Participaram como painelistas, os presidentes da OCESC Marcos Zordan, da Coopercentral Aurora Alimentos Mario Lanznaster; o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (FAESC) e presidente da CIDASC Enori Barbieri e o presidente da Cooperalfa e secretário do Conselho de Administração da Federação das Cooperativas Agropecuárias de Santa Catarina (FECOAGRO), Romeo Bet. A jornalista e correspondente da RBS TV no Distrito Federal Carolina Bahia fez a apresentação do evento e a mediação do painel.

O Fórum Catarinense do Agronegócio foi uma realização da RBS TV com patrocínio da FECOAGRO e FIESC. 

PRÊMIO – O gerente executivo da RBS George Fortunato apresentou o Prêmio Catarinense do Agronegócio, que visa descobrir cases de produtores rurais e agroindústrias que se destacaram em 2015. “Os números expressivos do agronegócio catarinense revelam que a atividade é a mais competitiva do país, atrás somente de São Paulo, uma vez que o complexo industrial responde por 38,3% das exportações nacionais”, comentou.

Pelo cronograma, no mês de abril de 2016 será realizada a 2ª edição do Fórum do Agronegócio, de maio a agosto serão realizadas as avaliações dos cases inscritos e nos meses de setembro e outubro haverá premiação dos vencedores. “Nossa região é uma ilha que respira fora da crise e vamos continuar assim, pois daremos mais visibilidade ao agronegócio catarinense”, argumentou. (Fonte: Assimp Sistema Ocesc)

 

Sistema OCB apoia as cooperativas no processo de recadastramento junto à ANTT

As unidades estaduais e cooperativas de transporte que tiveram dúvidas sobre a Resolução nº 4.799/2015, que regulamenta procedimentos para inscrição e manutenção do Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC), podem contar com o apoio do Sistema OCB. O normativo foi editado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). 

Hoje, o estado do Mato Grosso do Sul esclareceu todas dúvidas sobre o assunto e Goiás também já fez seu agendamento: será no dia 20/10. Há cerca de um mês, o Sistema OCB promoveu um treinamento sobre o tema, em Brasília, que contou com técnicos de 26 estados. O treinamento contou com a participação de representantes da ANTT e também da empresa desenvolvedora do software de recadastro. 

RESOLUÇÃO – O novo normativo contempla uma série de pleitos de todo o segmento, destacando, inclusive, especificidades apontadas pelo movimento cooperativista e defendidas pelo Sistema OCB, segundo explica o analista Técnico e Econômico da OCB, Tiago Barros: “a principal delas é a descrição clara e objetiva do que é uma cooperativa de cargas, com um modelo diferenciado de formação e atuação, contemplando pré-requisitos como o número mínimo de 20 associados, conforme prevê a Lei Geral do Cooperativismo, a Lei nº 5.764/71”, diz.

Barros avalia a Resolução como caminho para uma gestão e uma fiscalização mais efetivas do setor de transporte rodoviário de cargas. “Com isso, será facilitada a rastreabilidade das cargas e o acesso às informações sobre os produtos transportados, sobre o fluxo de transporte, com um sistema vinculado, permitindo a integração com outros órgãos como Receita Federal, Política Rodoviária Federal e Departamento Nacional de Trânsito. Além disso, haverá mais agilidade na recepção e liberação dos veículos nas balanças, postos fiscais e instalações portuárias. E tudo isso vai contribuir, com certeza, para o combate ao roubo de cargas”, comenta.

CONTATO – as unidades estaduais ou cooperativas que tenham interesse em dirimir suas dúvidas sobre a Resolução nº 4.799/2015, podem enviar sua solicitação para: Este endereço de e-mail está sendo protegido de spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. ou ligar para 3217-2126.

 
Fonte: Sistema OCB

ACI oferece Programa Internacional de Alta Gerência Cooperativa

A ACI Américas, em parceria com a Universidade Fundepos, desenvolveu um programa de atualização gerencial voltado a gerentes gerais, financeiros e executivos ligados às áreas de desenvolvimento e crédito. O curso ocorrerá em novembro, na Costa Rica. O objetivo é que os participantes adquiram novos conhecimentos e habilidades para fortalecer a construção de estratégias, visando a melhoria da competitividade, por meio de ferramentas financeiras, utilizadas ao redor do mundo.

O curso tem 45 horas e está dividido em cinco módulos: modelos financeiros internacionais, gestão de risco, planejamento estratégico e governança, liderança de corpo e mente e liderança sistêmica. O valor do investimento é de US$ 2,5 mil. A inscrição inclui material didático, certificado e hospedagem. Para obter mais informações, os interessados podem enviar e-mail para: Este endereço de e-mail está sendo protegido de spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo..

 
Fonte: Sistema OCB

Cooperativa de crédito é opcão de juros baratos

As cooperativas de crédito são excelentes opções quem busca juros mais baratos, sobretudo neste contexto de crise econômica nacional. O assunto foi o tema de reportagem divulgadas hoje no jornal Hoje em Dia, um dos principais veículos de comunicação do estado de Minas Gerais. O jornal afirma que “as cooperativas de crédito atuam como bancos, oferecendo conta corrente e poupança, aplicações, empréstimos pessoais, financiamento de veículos e imobiliário e um grande número de produtos. Como não são instituições financeiras tradicionais e não têm objetivo de distribuir lucro máximo para os acionistas, conseguem oferecer taxas de juros mais baratas aos cooperados. E muitas delas não cobram as famigeradas taxas de manutenção de conta.”

Leia a reportagem na íntegra, clicando aqui.

 
Fonte: Sistema OCB
Safra brasileira de grãos pode chegar a 213,5 milhões de t em 2015/2016
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Safra brasileira de grãos pode chegar a 213,5 milhões de t em 2015/2016

O Brasil deve alcançar mais um recorde no campo. Isso é o que indica a primeira projeção feita pela Companha Nacional de Abastecimento (Conab) – vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) – para a safra 2015/2016. Segundo números divulgados na sexta-feira (9/10) pela estatal, em Brasília, o país pode produzir até 213,5 milhões de toneladas de grãos na temporada iniciada há pouco, superando as 209 milhões de toneladas do período 2014/2015.

“O carro-chefe da lavoura continua sendo a soja, que pela primeira vez ultrapassará os 100 milhões de toneladas. É a grande surpresa desta safra”, destacou o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, João Marcelo Intini. A produção na safra que começou recentemente poderá alcançar até 102 milhões de toneladas da oleaginosa.

A expectativa é de uma safra expressiva, reforçou o presidente em exercício da estatal, Lineu Olímpio de Souza. “Não haverá, entretanto, aumento significativo de área, que deverá ficar em torno de 59 milhões de hectares”, acrescentou. Com isso, o incremento da área plantada pode atingir até 1,5% sobre a safra passada, de 58,1 milhões de toneladas.

De acordo com, Lineu, a decisão do agricultor em investir no campo se reflete na força do agronegócio, que dá sustentação à economia brasileira e tem desempenho expressivo na balança comercial do país.

CULTURAS - No momento da realização do levantamento divulgado nesta sexta-feira pela Conab, apenas as culturas de primeira safra – como algodão, amendoim, arroz, feijão, milho e soja – estavam com o plantio iniciado, fase que se estende até dezembro. As culturas de segunda e terceira safras e as culturas de inverno têm os plantios concluídos em junho.

O maior incremento de área cultivada é o da soja, com expansão de 1,2 milhão de hectares, representando cerca de 33,2 milhões de hectares. Conforme a Conab, há perspectiva de redução de área nas lavouras de milho primeira safra. No entanto, a se confirmar a trajetória da série histórica, haverá ganhos significativos na produção da segunda safra de milho.

De acordo com o prognóstico da Conab, o feijão poderá ter acréscimos na área e na produção devido ao mercado atrativo, com alta nos preços. A estatal também prevê uma pequena redução na área plantada de algodão, mas o emprego de tecnologias pelo produtor fará com a cultura alcance a mesma produção da safra 2014/2015, de 1,5 milhão de toneladas.

Ainda segundo a estatal, o clima foi favorável para a colheita do trigo. O Paraná, principal estado produtor, vai colher 3,6 milhões de toneladas do cereal. Na avaliação do diretor da Conab, a chuva que está ocorrendo na Região Sul vai ter reflexo no volume a ser produzido de trigo, com previsão de 6,6 milhões de toneladas. “Menos do que se esperava”, acentuou. (Fonte: Assimp MAPA)

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