Exposição do tema, juntamente com a ponderação de seus desafios, será feita pelo pesquisador André Lourenção, da Fundação MS, em uma das estações do Giro do Milho Copasul no dia 21/06
No dia 21 de junho, a Copasul realizará em Naviraí o 11º Giro do Milho, que terá entre os assuntos abordados uma palestra importante sobre as oportunidades e desafios para a expansão do sorgo em Mato Grosso do Sul. O palestrante que vai falar sobre o tema é o pesquisador da Fundação MS André Lourenção, doutor em agronomia e um dos principais expoentes no desenvolvimento dessa cultura em MS.
OPORTUNIDADES
Em uma entrevista à Copasul, Lourenção adiantou informações valiosas sobre a cultura e parte do que será a sua palestra no Giro do Milho 2023. De acordo com o pesquisador, o assunto ganha destaque neste momento em que o sorgo tem experimentado um crescimento significativo a partir dos últimos anos, impulsionado principalmente pela inviabilidade do cultivo tardio do milho.
Ele ressalta que essa situação tem aberto espaço para o sorgo, que se adapta melhor às condições climáticas e oferece uma opção viável para os agricultores. O sorgo mostra-se especialmente adequado para regiões com precipitações abaixo de 800 milímetros durante a safrinha, uma vez que essa cultura requer cerca de 600 milímetros de água. Além disso, o milho plantado após o dia 20 de fevereiro, fora da época ideal, torna-se mais suscetível ao enfezamento, o que cria uma oportunidade para o cultivo do sorgo.
Deste modo, cultivar sorgo em parte da área destinada ao que seria milho tardio permite otimizar os recursos investidos no próprio milho, concentrando-os em uma menor extensão de terra.
“O sorgo é mais adaptado a climas mais secos e também essa questão do milho plantado depois de 20 de fevereiro, que seria a época ideal do milho. Dali pra frente, você poderia entrar com o sorgo nessa janela até o início de março com uma segurança maior do que entrar com o milho”, confirmou Lourenção.
DESAFIOS
No entanto, há outras questões técnicas a serem consideradas e que serão ponderadas em sua palestra no Giro do Milho deste ano. O pesquisador enfatiza que é fundamental respeitar o período de plantio adequado para o sorgo, evitando exposição a baixas temperaturas, que podem resultar em doenças que prejudiquem a produtividade e a colheita.
O sorgo também é mais sensível a herbicidas para folhas estreitas, como para a vassourinha, o que pode limitar seu cultivo em áreas com alta infestação de ervas daninhas. Ademais, diferentemente da maioria dos híbridos de milho, não existem variedades de sorgo transgênico resistentes a lagartas, o que requer um controle rigoroso dessas pragas.
Ainda tratando de manejo fitossanitário, o pesquisador destaca a importância de aplicar fungicidas para proteger a cultura contra doenças, como o ergot e a antracnose. A aplicação de uma terceira dose de fungicida pode ser necessária para garantir a devida proteção do sorgo.
“Então o uso de herbicidas para folha estreita, como a vassourinha, principalmente, é bastante complicado nesse sentido. Em áreas muito sujas, esse pode ser um fator limitante para o sorgo. [...] Quanto à questão de percevejo, tem que ser aplicado normalmente como também é feito em milho.[...] Desta forma, não dá pra pensar que o sorgo hoje é uma cultura de baixo investimento, colocado a lanço. É um sorgo que para você buscar 80 sacos de produtividade, ou um pouco mais do que isso, você precisaria investir, fazer uma adubação, fazer o plantio correto utilizando 200.000 sementes na maioria dos materiais para buscar 180 a 185 mil plantas bem estabelecidas. É importante fazer um manejo bom de plantas daninhas, o manejo de lagarta e de doenças, visando principalmente evitar a proliferação do ergot”, resumiu o doutor em agronomia.
POTENCIAL PRODUTIVO
Lourenção ressalta que, com um bom manejo de plantas daninhas, pragas e doenças, é possível alcançar uma produtividade de 80 sacos por hectare, ou até mesmo mais, o que resultará em uma rentabilidade satisfatória. Ao solucionar os desafios técnicos e aprimorar o manejo da cultura, é viável que o sorgo renda 100 sacas por hectare.
Portanto, a cultura do sorgo demonstra ser uma opção atraente para os agricultores de Mato Grosso do Sul, oferecendo um ciclo mais rápido, exigindo menos água e apresentando-se como uma alternativa rentável para diversificar a produção agrícola. A palestra promete fornecer informações valiosas sobre como explorar plenamente as oportunidades e superar os desafios associados ao cultivo do sorgo na região, auxiliando os agricultores a aproveitarem ao máximo esse potencial.
PROGRAMAÇÃO
O Giro do Milho acontecerá dia 21 de junho e começa junto ao raiar do dia, com o credenciamento e café da manhã marcado para as 6h30 na Arec, em Naviraí. Os participantes se dividirão em dois grupos, partindo com seus veículos para as estações de campo.
Um dos grupos seguirá para a estação de manejo de consórcios, com a palestra de Túlio Gonçalo sobre consórcios com milho safrinha, na Fazenda Santa Marta, enquanto o outro grupo será direcionado para as estações nas fazendas São Francisco e Entre Rios, com palestras de Ademir Calegari sobre plantas de cobertura, em trincheira, e oportunidades e desafios para a expansão da cultura do sorgo, com André Lourenção, respectivamente.
Depois das palestras do período da manhã, haverá um ponto de encontro entre os dois grupos no almoço, que será servido no barracão da Fazenda Marialva, do Grupo Antonini. No período da tarde, os grupos invertem o percurso.
A inscrição no Giro do Milho 2023, da Copasul, é gratuita. O credenciamento poderá ser feito no local ou de forma antecipada pelo link a seguir:
+ Giro do Milho 2023: inscrição
SOBRE O EVENTO
Em 2023, a cooperativa vai realizar o 11º Giro do Milho. Desde a sua primeira edição, em 2011, o evento tem como proposta oferecer uma oportunidade de troca de conhecimentos e experiências entre cooperados, além de trazer as descobertas mais recentes da ciência agronômica para que possam ser aplicadas na safrinha.
As palestras e a apresentação de cultivares são dispostas em locais diferentes e os participantes se deslocam entre as estações, observando, no trajeto, exemplos de boas práticas nas lavouras das propriedades anfitriãs.
Em 2022, cerca de 400 pessoas em 160 veículos participaram do evento, percorrendo um trajeto de 140 km.
PATROCÍNIO
O Giro do Milho Copasul 2023 tem o Patrocínio Diamante da Agrocete, Adama, Bayer, Ihara, Yara, KWS, UPL, Nidera, Jotabasso, Basf e Corteva; Patrocínio Ouro de Hinove, ICL e Nortox; e Patrocínio Prata de FertCross, CropChem, TimacAgro, Superbac, NovaFértil, Facholi, Sementes Aurora, UniFértil e Soesp.
Feira acontecerá de 22 a 25 de junho em São Gabriel do Oeste com a participação de mais de 100 expositores
A Cooperoeste é um dos expositores da Agripesi 2023, que ocorre de 22 a 25 de junho, no Parque de Exposições Balduíno Maffissoni. A feira tem o objetivo de transformar São Gabriel do Oeste em um centro de difusão de tecnologia e genética da região, promover a integração entre as atividades econômicas do município e gerar a interação dos municípios, com isso fomentar o desenvolvimento econômico e social da região Norte do MS.
“É com grande satisfação que estamos participando, queremos levar conhecimento e mostrar nosso trabalho”, destacou o presidente da Cooperativa João Trivelato Neto.
São mais de 100 expositores confirmados abrangendo a agricultura, avicultura, pecuária, suinocultura e muita integração. A 3ª edição da feira terá uma programação diversificada com palestras, leilões e muita tecnologia.
XXV Ticoop ocorre nos dias 24 e 25 de junho, no Clube Indaiá
Nos dias 24 e 25 de junho, Dourados será palco do XXV Ticoop - Torneio de Integração Cooperativista, um torneio esportivo promovido pelo Sistema OCB/MS, que reunirá 1.500 cooperativistas, entre atletas e delegações, no Clube Indaiá.
Participam do torneio 1.025 atletas, de 15 cooperativas, que disputarão em 22 modalidades: futebol suíço masculino (livre e master), voleibol feminino e masculino, futsal, tênis de mesa feminino e masculino, circuito cooperativo, cabo de guerra, queimada, bozó, bocha, truco, dama, sinuca, basquete, tênis individual feminino e masculino, beach tênis em dupla feminino e masculino e vôlei de areia em dupla feminino e masculino. As cooperativas participantes também realizarão arrecadação de alimentos.
O presidente do Sistema OCB/MS, Celso Régis, destaca a importância do evento para a integração do cooperativismo sul-mato-grossense. “O esporte é uma forma de integração entre as cooperativas. O Ticoop é uma tradição aqui no Mato Grosso do Sul e acontece a cada dois anos, neste ano a expectativa é grande, pois devido a pandemia, a última edição presencial do torneio foi em 2019.”
Os primeiros jogos acontecem durante o dia 24, sábado, e no domingo ocorrem as finais das disputas.
No dia 24, a partir das 19h30, ocorrerá a solenidade de abertura da Semana do Cooperativismo de 2023, no Cerrado Brasil Eventos, que reunirá autoridades e lideranças do cooperativismo no Mato Grosso do Sul.
Semana do Cooperativismo
O XXV Ticoop faz parte da programação da Semana do Cooperativismo, celebração em alusão ao Dia Internacional do Cooperativismo, comemorado sempre no primeiro sábado de julho, e, neste ano, com o tema “Cooperativas pelo desenvolvimento sustentável”.
A Semana do Cooperativismo começa no dia 24 de junho, com a realização do XXV Torneio de Integração Cooperativista – Ticoop, em Dourados. A programação segue no dia 27 de junho, com a moção de honra ao cooperativismo na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), e o lançamento do Comitê Estadual Elas Pelo Coop. No dia 28 de junho, às 10h, ocorre a Assembleia Geral Extraordinária da OCB/MS. Na noite do dia 29 de junho, haverá uma palestra social com Leandro Karnal, no Teatro Dom Bosco, em Campo Grande. Encerrando a Semana do Cooperativismo, no dia 1º de julho será celebrado o Dia de Cooperar, com atividades voluntárias e uma programação diversa para a comunidade em várias cidades do estado. No interior do estado, serão realizadas atividades na APAE de Dourados, no Parque Aquário – Jardim Gramado, em São Gabriel do Oeste, e na Praça Sakae Kamitani, em Naviraí. Em Campo Grande, a celebração será no Parque Jacques da Luz, das 13h às 17h.
Além dos painéis, debates e palestras referentes às tecnologias do agro, o Interagro 2023 , evento realizado pelo SRCG - Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho, terá programação diversificada e gratuita aberta a todo o público
A terceira edição do Interagro, principal evento voltado ao agronegócio de Mato Grosso do Sul, terá programação diversificada. O evento acontece de 22 a 24 de junho, no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo, no Parque dos Poderes, em Campo Grande. As inscrições para o Interagro podem ser feitas pelo site interagro2023.com.br.
Em sua programação técnica, o Interagro irá abordar os temas mais recentes relativos à sustentabilidade da produção. Serão painéis com debates e cases de sucesso; curso de pilotagem de drone, para monitoramento de propriedades rurais; e mais de 20 palestras com grandes nomes ligados ao setor: o comentarista político, Caio Coppolla, que vai falar sobre a influência da agropecuária no desenvolvimento do país; a socióloga e produtora rural, Teresa Vendramini, que vai trazer um panorama atual do agronegócio brasileiro; o diretor da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA, Bruno Lucchi, que vai falar sobre o Plano Safra 2023/2024; e o produtor rural e deputado federal, Pedro Lupion, que vai falar da importância do poder legislativo para o avanço do agronegócio.
O Sistema OCB/MS é um dos patrocinadores do evento.
A Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) foi oficialmente formalizada para a 57ª Legislatura do Congresso Nacional com um total de 325 parlamentares, sendo 285 deputados e 40 senadores, nesta quarta-feira (21). O número de membros torna o colegiado o terceiro maior do Parlamento. A nova formação atuará em favor dos interesses cooperativos em conjunto com o Sistema OCB na proposição, aperfeiçoamento e aprovação de normativos que contribuam para o crescimento e fortalecimento do movimento no país.
O deputado Arnaldo Jardim (SP), que preside a Frencoop nesta legislatura, destaca a representatividade do grupo e o seu papel de equilíbrio nas discussões da Câmara e do Senado. “Podemos afirmar que o Congresso Nacional está representado na Frencoop. E o cooperativismo, por si só, também tem essa característica, ou seja, a da pluralidade de ideias que convergem para um mesmo objetivo, o do agir coletivo em busca de oportunidades melhores para todos”, afirma.
Para o parlamentar, o cooperativismo pode ser um elemento chave na construção de políticas públicas que contribuam para a retomada sustentável do desenvolvimento do país. “Estamos em um momento decisivo para o país. Na discussão da Reforma Tributária, a Frencoop tem tido um papel importante para que o cooperativismo seja reconhecido como protagonista do modelo de desenvolvimento que queremos para o Brasil. Nosso objetivo é buscar convergências para que o nosso movimento esteja no centro da agenda de inclusão produtiva e financeira, como instrumento para transformar a vida das pessoas”, acrescentou.
O plano de trabalho para este ano, de acordo com Arnaldo, está atrelado às pautas prioritárias da Agenda Institucional do Cooperativismo 2023, lançada em abril. “Temos uma pauta legislativa abundante e importante. Nosso marco zero, nossa questão central é ajustar a compreensão da previsão constitucional de reconhecimento do adequado tratamento tributário ao ato cooperativo. Precisamos que as especificidades do modelo de negócios garantam o tratamento tributário que valorize sua lógica operacional, para evitar duplicidade na cobrança de impostos, o que pode inviabilizar a continuidade do movimento”.
Outros temas importantes apontados pelo deputado incluem o Plano Safra 2023/24; o Projeto de Lei (PL) 1.302/22, em análise no Senado, que permite às cooperativas levar internet de qualidade para o campo; o PL 519/18, que possibilita a participação das cooperativas no mercado de seguros; maior segurança jurídica para as cooperativas participarem de processos de licitação; e o PL 815/22, que prevê a possibilidade da reorganização das cooperativas em cenários de crise econômico-financeira.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, destaca o papel da Frencoop para assegurar um ambiente favorável ao desenvolvimento das cooperativas. “A frente tem um papel fundamental no diálogo com o Poder Público, garantindo que as políticas públicas reconheçam o papel que as cooperativas têm como instrumento para gerar prosperidade”, afirma Freitas.
Confira a formação da nova Frencoop em https://www.agendainstitucional.coop.br/frencoop/
- Voe alto: Sicredi Celeiro Centro Oeste leva soluções financeiras e associados às alturas durante Agripesi 2023
- Dia de Campo da Mandioca 2023 terá cultivares inéditas e apresentação de drone
- Dia de Cooperar será celebrado em Campo Grande e no interior
- Potência agroambiental de Mato Grosso do Sul é destaque na abertura do Interagro 2023