O cooperativismo é uma oportunidade importante para a juventude brasileira! Na quinta-feira (27), na Associação Comercial de Naviraí, aconteceu a cerimônia de formatura de 34 jovens do programa Aprendiz Cooperativo, com alunos vinculados às cooperativas Copasul, Sicredi Centro-Sul MS, Camda e C.Vale.
A mesa diretora do evento foi composta pelo Gerente de Desenvolvimento do Sistema OCB/MS, Juarez Pereira; o Presidente do Conselho Administrativo da Copasul, Gervásio Kamitani; o Presidente Executivo da Copasul, Adroaldo Taguti; representando a Camda, Carmem Sylvie Vasquez Maciel e a coordenadora pedagógica do Senai em Naviraí, Taís Caetano Gimenez.
O Gerente de Desenvolvimento do Sistema OCB/MS, Juarez Pereira, deu as boas-vindas aos presentes e destacou a importância do programa. “O Sistema OCB/MS está muito orgulhoso da finalização de mais uma turma do programa Aprendiz Cooperativo aqui em Naviraí. O programa, através de um conjunto de temas, buscou desenvolver nesses jovens as habilidades e competências que os ajudarão a ingressar no mercado de trabalho e os conscientizou sobre a importância do cooperativismo. O programa é uma excelente oportunidade para jovens que buscam qualificação profissional, tendo não apenas aulas teóricas, como experiências práticas.”
O Presidente Executivo da Copasul, Adroaldo Taguti ressaltou o impacto deixado pelos jovens formandos. “O sucesso de vocês realmente vai impactar, motivar e deixar o pessoal que está entrando em um novo nível de comprometimento com o programa. Obrigado pela paciência, pelo comprometimento e pelo profissionalismo que vocês tiveram nesses quinze meses.”
O coordenador de Promoção Social do Sistema OCB/MS e do Programa Aprendiz Cooperativo, Renato Marcelino, agradeceu a confiança das cooperativas, dos jovens e das famílias no trabalho realizado pelo Sistema OCB/MS e destacou o desempenho dos alunos. “Antes de cada uma dessas cooperativas te escolheram, vocês nos escolheram. E no segundo momento, cada uma dessas cooperativas escolheu vocês porque viram um talento gigante, que talvez vocês não enxergassem naquele momento, mas que pudemos ver florescer ao longo desses quinze meses.”
Durante a cerimônia, os alunos realizaram uma homenagem à professora Tania Granzotti da Silva e exibiram um vídeo, onde todos falaram a importância do programa Aprendiz Cooperativo em suas vidas. Houve discurso da oradora da turma, entrega dos certificados de conclusão e uma homenagem musical realizada pela coordenação do programa.
Confira as fotos aqui.
Programa Aprendiz Cooperativo
Promovido pelo Sistema OCB/MS, o programa Aprendiz Cooperativo abre as portas do cooperativismo para que jovens entre 14 anos completos e 24 anos incompletos no momento do encerramento do curso acessem o mercado de trabalho atuando em cooperativas. Como aprendizes, desenvolvem competências técnicas e humanas pautadas na cultura cooperativista conduzidos por um grupo qualificado de instrutores credenciados no Sescoop/MS.
Desde o início do programa em 2016, já foram investidos mais de R$3 milhões na formação e desenvolvimento de cerca de mil jovens talentos para o cooperativismo de Mato Grosso do Sul.
Além das turmas próprias, o Sescoop/MS atende as cooperativas nos demais municípios de Mato Grosso do Sul por meio de fornecedores parceiros. A cooperativa interessada pode entrar em contato com o setor de Promoção Social no e-mail
Na contramão do cenário nacional, onde o número de desempregados se aproxima de 9 milhões de pessoas, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), o Sicredi anunciará, no Showtec 2023, 23 a 25 de maio, mais de mil vagas de emprego para quem quer seguir carreira no sistema cooperativista.
A ideia é ter um espaço para os visitantes conhecerem mais um pouco do Sicredi, entender como funciona o processo seletivo, e ver as oportunidades disponíveis para todo o Brasil. “É um mapa de talentos e de vagas. Quem sabe um dos milhares de estudantes que visitam a feira podem começar uma carreira conosco”, reforça a gerente de Gestão com Pessoas da Sicredi Pantanal MS, Suzane Limberger.
Para Suzane, o local viabilizará a troca de experiências. “Vamos mostrar todas as vantagens de Ser Sicredi, os benefícios, o plano de carreira. Uma mini consultoria que vai ajudar tanto quem está desempregado ou quem quer trabalhar como a gente, como o próprio Sicredi que está de braços abertos para receber novos talentos”.
Algumas das vagas que estarão disponíveis no Showtec é para a cidade sede do evento, Maracaju. “De estagiário a gerente de negócios, vamos contratar para a nossa agência, reforçando nosso corpo efetivo. Isso já é resultado da nossa atuação e da confiança que nosso associado tem no Sicredi”, afirma o gerente da agência de Maracaju, Wesley Kossa.
Sicredi no Showtec 2023
O evento, considerado um dos principais do agronegócio de Mato Grosso do Sul, será realizado em Maracaju, entre os dias 23 e 25 de maio deste ano. O stand do Sicredi fica no coração da feira e vai trazer opções de financiamento, de consórcios, palestras e até mesmo um balcão de oportunidades.
Uma das atrações é o túnel do cooperativismo na entrada principal do espaço Sicredi. Nela, o visitante poderá conhecer a história do Sicredi que já leva mais de 120 anos. Outra área será destinada ao balcão de oportunidades do Sicredi, no qual a equipe da cooperativa irá conversar com os jovens interessados em começar uma carreira na empresa.
Além das duas atrações citadas, o Sicredi levará para o evento um ciclo de palestras sobre gestão no campo e contabilidade rural, com a start-up Lucro Rural e uma apresentação específica sobre engajamento agro nas redes sociais, voltada ao público jovem com o comediante e comunicador Fidelis Falante.
Na edição passada, a Sicredi Pantanal MS marcou participação no evento, com a presença de milhares de pessoas no stand, movimento mais de R$ 65 milhões em crédito e financiamento rural.
O Sistema OCB participou de reunião com a diretoria da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) para apresentar as especificidades do modelo de negócios cooperativista que devem ser respeitadas no texto da Reforma Tributária (PEC 45/19), em debate no Congresso Nacional. Participaram da reunião, nesta terça-feira (2), a senadora Tereza Cristina (MT) e os deputados Pedro Lupion (PR), Marussa Boldrin (GO), Dilceu Sperafico (RS), Fábio Garcia (MT) e Ana Paula Leão (MG), também membros da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop).
A assessora Jurídica do Sistema OCB, Ana Paula abordou os impactos que o cooperativismo poderá sofrer caso o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo deixe de ser contemplado no escopo do texto. O consultor tributário da OCB, João Caetano Muzzi Filho Muzzi, por sua vez, explicou a regra tributária aplicada ao coop e frisou que a grande preocupação do movimento é a possibilidade de duplicidade na incidência de impostos – tanto na cooperativa quanto no cooperado.
“Essa sistemática poderá inviabilizar esse modelo societário que está calcado na dignidade da pessoa humana, no trabalho, na solidariedade e igualdade de condições, apoio mútuo, e desenvolvimento social, visando o fortalecimento dos seus associados. Atualmente 8% dos brasileiros são cooperados e caso o ato cooperativo não seja respeitado, o modelo poderá ser desestimulado gerando grande injustiça social”, declarou.
O deputado Fábio Garcia (MT) perguntou sobre como o cooperado seria prejudicado com a reforma. O consultor usou o exemplo das cooperativas do Ramo Trabalho que, como as demais, seriam lesadas com o modelo IVA [Imposto sobre Valor Agregado] caso não tenham suas peculiaridades respeitadas.
“O cooperado perde a partir do momento em que a cooperativa paga o que não deve e repassa uma produção/inclusão econômica menor do que o que realmente deveria repassar, quando consegue. Então, o cooperado perde a competitividade no mercado, uma vez que a cooperativa não tem condição, pelo custo fiscal exacerbado e ilógico, de ser sua representação sob o ponto de vista econômico. A cooperativa termina pagando muito mais do que uma sociedade comercial”, pontuou Muzzi.
O deputado Pedro Lupion (PR), coordenador do Ramo Agropecuário da Frencoop, destacou que apesar da reforma ainda representar um impasse, a atuação por um melhor entendimento continuará sendo feito pelos parlamentares. “Vamos continuar trabalhando para mostrar o nosso lado em busca do melhor entendimento para o cooperativismo e o agronegócio na reforma tributária”, disse.
Por mais uma vez, o cooperativismo foi convidado a colaborar com as ações do Governo Federal na formulação de políticas e diretrizes destinadas ao desenvolvimento econômico e social. Por meio do Decreto 11.454/23, a Presidência da República recriou o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), que empossou seus conselheiros nesta quinta-feira (4). O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, é o representante do cooperativismo no chamado Conselhão.
O colegiado é formado por autoridades governamentais e por representantes da sociedade civil reconhecidos por sua liderança. No âmbito CDESS podem ser criadas ainda comissões temáticas e grupos de trabalhos sobre temas específicos. Historicamente, o Conselhão tem funcionado como um órgão de assessoramento direto ao Presidente da República em todas as áreas de atuação do Poder Executivo, na formulação de políticas e diretrizes voltadas ao desenvolvimento econômico, social e sustentável do país.
Em entrevista, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, destacou os números do cooperativismo que, atualmente, conta com 4.880 cooperativas, que congregam 18,8 milhões de cooperados e que empregam 493 mil pessoas diretamente. Sob o aspecto econômico, o presidente defendeu o estímulo ao cooperativismo com adequado tratamento tributário, linhas de crédito, mercado institucional de compras governamentais e participação das coops em licitações.
“Temos atuado para garantir que o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo esteja no texto da Reforma Tributária em análise. Adequar a tributação na relação entre cooperado e cooperativa para evitar a bitributação é defesa de todo o movimento cooperativista. É necessário respeitar às peculiaridades do nosso modelo de negócios, que poderá sofrer uma tributação mais onerosa que as impostas a outros modelos societários. O ato cooperativo é vital para estimular as atividades do movimento, conforme já instituído na Constituição de 1988”, afirmou.
Em relação à política agrícola, Márcio Freitas defendeu um Plano Safra mais robusto em volume de recursos e com taxas de juros compatíveis com o retorno das atividades no meio rural, bem como o fortalecimento de mecanismos de proteção como o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). Segundo ele, “com um montante de R$ 410 bilhões e a reserva de R$ 24,8 bilhões para a equalização das taxas de juros, cria-se um cenário positivo para toda a cadeia produtiva”.
Inclusão Social e Combate à Fome
A inclusão de catadores de materiais recicláveis nas políticas para pessoas em situação de vulnerabilidade foi outro ponto de defesa do presidente Márcio. “Eles possuem um importante papel no âmbito da Política Nacional de Resíduos Sólidos. No entanto, trabalham em ambientes muitas vezes insalubres, com baixa segurança e remuneração instável. Dessa forma, defendemos o reconhecimento desses agentes no rol de beneficiários priorizados de políticas públicas de distribuição de renda, habitação e outras ações voltadas para população em vulnerabilidade, por meio do Cadastro Único, para que as especificidades dessa categoria sejam reconhecidas”, destacou.
Sobre a segurança alimentar e combate à fome, Márcio Freitas apresentou dados do Ramo Agro como contribuinte expressivo da produção nacional de alimentos. “Nossas cooperativas atuam em todos os elos da cadeia produtiva, desde os insumos até a comercialização, passando pela industrialização, armazenagem e produção. Hoje, 71,2% dos produtores cooperados são da agricultura familiar, que contam com nossos mais de 9 mil profissionais dedicados à assistência técnica e extensão rural para o suporte necessário às suas atividades”.
Segundo Freitas, o cooperativismo é um modelo que traz soluções, por meio de atividades econômicas, para a melhoria do bem-estar social da comunidade onde as cooperativas estão inseridas. “Falamos de brasileiros que estão em todos os rincões do país, oferecendo serviços de interesse público, como no caso da inclusão financeira, do atendimento de saúde, da educação, da energia, do transporte, e de diversos outros benefícios para a população. Uma nova economia já está em curso. E o cooperativismo tem tudo para estar na dianteira deste processo”, finalizou.
Os principais pleitos do cooperativismo que estão sob a alçada do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) foram apresentados, nesta segunda-feira (8), ao presidente substituto Dário da Silva Brayner Filho. Em 2021, o conselho julgou cerca de 1,5 mil processos envolvendo cooperativas de diferentes ramos como agro, saúde e crédito.
A superintendente Tania Zanella apresentou os expressivos números do cooperativismo na economia nacional. “Apenas no ano 2021, as cooperativas injetaram mais de R$ 17 bilhões em tributos nos cofres públicos. Com relação ao faturamento, foram mais de R$ 524 bilhões a título de receitas e ingressos. Os ingressos representam a movimentação econômico-financeira decorrente de ato cooperativo (receitas por conta de cooperados) e que é diferente daquela originada de ato não cooperativo correspondente a receitas”, pontuou.
A superintendente lembrou ainda que a CNCoop vem apoiando a realização de eventos promovidos pelo Carf, em especial, o Seminário de Direito Tributário e Aduaneiro, que tem gerado excelentes debates extensivos, inclusive, à sociedade. Outro pleito levantado foi a realização de workshop com os conselheiros do órgão para tratar das peculiaridades tributárias do cooperativismo.
O presidente substituto Dário, que é auditor-fiscal da Receita Federal e tem experiência de economia com ênfase em comércio exterior, demonstrou apoio à iniciativa da capacitação dos conselheiros. Ele ainda aproveitou para comentar sobre as ações do órgão para aperfeiçoamento da legislação que trata sobre o funcionamento do conselho.