OCB/MS completa 44 anos de conquistas e de trabalho pelo cooperativismo
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OCB/MS completa 44 anos de conquistas e de trabalho pelo cooperativismo

Atualmente são 126 cooperativas, que geram mais de 12,9 mil empregos no MS

A OCB/MS, que tem como finalidade promover e desenvolver o cooperativismo, foi constituída logo após a divisão do Estado e completa 44 anos no dia 7 de junho. Sua história mistura-se com a evolução do cooperativismo sul-mato-grossense, seja na representação e defesa política, na atuação sindical ou no fomento do modelo de negócio, a entidade não mediu esforços para a melhoria e o desenvolvimento do movimento no Estado. 

Já são mais de quatro décadas em defesa dos princípios e valores inabaláveis do cooperativismo, mas também de busca da ampliação desse modelo econômico sustentável e socialmente responsável, capaz de proporcionar inclusão produtiva, geração de renda, acesso a mercados e uma das ferramentas mais estratégicas para os governos preocupados com o desenvolvimento de seu estado e país.  

“A história do cooperativismo sul-mato-grossense é muito mais antiga que os 44 anos, temos cooperativas com mais de oito décadas e que passaram por diversos momentos da economia e da política”, afirma o presidente, Celso Régis. Ainda completa que a OCB/MS tem orgulho em ter cumprido até aqui, sua missão de promover e fomentar a ideia do cooperativismo por meio da capacitação e da difusão de seus princípios doutrinários, bem como integrar, desenvolver e dar sustentação aos empreendimentos cooperativos, contribuindo para uma sociedade mais solidária e fraterna. 

“Assim, o que nos motiva é falar dos benefícios da doutrina da cooperação, da ajuda mútua. É através dela que temos a melhor oportunidade de exercitar, afetivamente, os sentimentos mais puros e mais elevados da alma humana: Reconhecer que o homem é mais importante que o capital. Que o verdadeiro capital é humano. Princípio basilar do cooperativismo”, conclui o presidente. 

Atualmente são mais de 126 cooperativas, que possuem mais de 450 mil cooperados por todo Mato Grosso do Sul. Esse setor, além de fazer grandes investimentos nas cidades onde atuam, geram mais de 12,9 mil empregos. Quase 97% dos 79 municípios do MS têm uma sede de um empreendimento cooperativo. 

As cooperativas são um pilar importante da economia, o faturamento em 2022 foi de R$ 36,8 bilhões no MS, um crescimento de aproximadamente 32%, e em tributos foram R$ 766 milhões. Todo esse resultado econômico tem impacto direto na sociedade, agregando renda e promovendo desenvolvimento.
 
A instituição tem orgulho da trajetória que trilhou e tem motivação para construir sonhos e realizar metas no futuro. E também agradece aos líderes que com sabedoria lutaram, incentivaram e ajudaram a consolidar esse modelo forte e bem-sucedido. Mas acima de tudo, parabeniza os cooperados que em todos esses anos acreditaram nesse papel transformador do cooperativismo e doaram seu suor em prol do desenvolvimento local e da comunidade. 
 

Giro do Milho Copasul 2023 vai apresentar sistemas alternativos para a safrinha
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Giro do Milho Copasul 2023 vai apresentar sistemas alternativos para a safrinha

Participantes do evento do dia 21/06 passarão por estações em três propriedades na região de Naviraí, com palestras sobre manejo de consórcios com milho, mix de plantas de cobertura (em trincheira) e sorgo

A Copasul realizará dia 21 de junho a 11ª edição do Giro do Milho, um dos grandes eventos do calendário anual da cooperativa. Os temas em destaque em 2023 serão manejo de consórcios com milho safrinhamix de plantas de cobertura e sorgo, que serão abordados em estações distribuídas entre as fazendas Santa Marta (Agropecuária Naviraí) e São Francisco e Entre Rios (Grupo Antonini). 

Neste ano, os participantes irão percorrer um trajeto de cerca de 80 km entre o ponto de partida na Arec, a Associação Recreativa e Esportiva Copasul, as três estações com palestras mais o retorno a Naviraí. Em uma das tendas haverá uma trincheira escavada na divisa entre um talhão com mix de plantas de coberturas e outro com milho safrinha para verificar, na prática, os benefícios da rotação de culturas com as plantas de serviço.  

O objetivo do evento é apresentar sistemas alternativos para o produtor melhorar a distribuição dos recursos na safrinha, utilizando, por exemplo, sorgo ou plantas de cobertura para aprimorar a qualidade do solo para as culturas subsequentes. Ao mesmo tempo, ele pode intensificar os cuidados com o milho nos talhões que apresentarem condições mais adequadas para o cultivo do cereal. 

“O produtor pode investir mais em milho se diminuir um pouco a área. Às vezes, produzindo mais com esse milho em que ele investiu, ele acaba produzindo mais do que com uma área maior, mas que recebeu menos recursos. Ele pode plantar sorgo nesse período, ou girassol. Nós temos que buscar essa opção para o produtor. Além disso, tem as plantas de cobertura”, ilustrou o engenheiro agrônomo Anderson Guido, gerente técnico do departamento agronômico da Copasul. 

PROGRAMAÇÃO 

Após o café da manhã, que está marcado para as 6h30 na Arec, os participantes do Giro do Milho se dividirão em dois grupos, partindo com seus veículos. Um dos grupos seguirá para a estação de manejo de consórcios, com palestra de Túlio Porto Gonçalo, na Fazenda Santa Marta, enquanto o outro grupo será direcionado para as estações nas fazendas São Francisco e Entre Rios, com palestras de Ademir Calegari sobre plantas de cobertura, em trincheira, e sorgo, com André Lourenção, respectivamente. 

Depois das palestras do período da manhã, haverá um ponto de encontro entre os dois grupos no almoço, que será servido no barracão da Fazenda Marialva, do Grupo Antonini. No período da tarde, os grupos invertem o percurso. 

Faça aqui a sua inscrição gratuita para o Giro do Milho Copasul 2023

Confira a seguir a grade de programação do Giro do Milho Copasul 2023:

6h30 - Credenciamento e café da manhã na Arec em Naviraí-MS;

MANHÃ

- GRUPO 1

- Fazenda Santa Marta / Apresentação de cultivares de milho;

- Fazenda Santa Marta (Agropecuária Naviraí). Palestra “Manejo de consórcios com o milho safrinha”, por Túlio Porto Gonçalo, engenheiro agrônomo mestre em produção vegetal, produtor rural na T&T Agro, além de diretor, pesquisador e consultor na Grower Consultoria Agrícola;

GRUPO 2

- Fazenda São Francisco (Grupo Antonini). Palestra “Manejo regenerativo do solo através do uso adequado de rotação de culturas”, por Ademir Calegari, mestre e doutor em agronomia e pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar); 

- Fazenda Entre Rios (Grupo Antonini). Palestra sobre sorgo com André Lourenção, mestre e doutor em agronomia e pesquisador da Fundação MS na área de fitotecnia de milho e sorgo.

Almoço (Fazenda Marialva - Grupo Antonini)

TARDE

GRUPO 1

- Fazenda São Francisco (Grupo Antonini). Palestra “Manejo regenerativo do solo através do uso adequado de rotação de culturas”, por Ademir Calegari, mestre e doutor em agronomia e pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar); 

- Fazenda Entre Rios (Grupo Antonini). Palestra sobre sorgo com André Lourenção, mestre e doutor em agronomia e pesquisador da Fundação MS na área de fitotecnia de milho e sorgo.

GRUPO 2 

- Fazenda Santa Marta / Apresentação de cultivares de milho;

- Fazenda Santa Marta (Agropecuária Naviraí). Palestra “Manejo de consórcios com o milho safrinha”, por Túlio Porto Gonçalo, engenheiro agrônomo mestre em produção vegetal, produtor rural na T&T Agro, além de diretor, pesquisador e consultor na Grower Consultoria Agrícola;

 17h30 - Encerramento / Atração musical com o cantor Índio

Giro do Milho Copasul 2023: Inscrições 

SOBRE O EVENTO

Em 2023, a cooperativa vai realizar o 11º Giro do Milho. Desde a sua primeira edição, em 2011, o evento tem como proposta oferecer uma oportunidade de troca de conhecimentos e experiências entre cooperados, além de trazer as descobertas mais recentes da ciência agronômica para que possam ser aplicadas na safrinha. 

As palestras e a apresentação de cultivares são dispostas em locais diferentes e os participantes se deslocam entre as estações, observando, no trajeto, exemplos de boas práticas agrícolas das propriedades anfitriãs. 

O Giro do Milho Copasul 2023 tem o Patrocínio Diamante da Agrocete, Adama, Bayer, Ihara, Yara, KWS, UPL, Nidera, Jotabasso, Basf e Corteva; Patrocínio Ouro de Hinove, ICL e Nortox; e Patrocínio Prata de FertCross, CropChem, TimacAgro, Superbac, NovaFértil, Facholi, Sementes Aurora, UniFértil e Soesp.

Em 2022, cerca de 400 pessoas em 160 veículos participaram do evento, percorrendo um trajeto de 140 km. 

Giro do Milho: palestra vai mostrar como reduzir custo e produzir mais usando plantas de cobertura
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Giro do Milho: palestra vai mostrar como reduzir custo e produzir mais usando plantas de cobertura

De dentro da trincheira, pesquisador Ademir Calegari, do Iapar, vai mostrar por que acredita que todo sistema agrícola deve utilizar plantas de cobertura em meio à rotação de culturas
 
Entre as atrações do Giro do Milho Copasul deste ano, que ocorrerá dia 21 de junho, está uma trincheira que será escavada em área localizada entre dois talhões - um de mix de plantas de cobertura e outro de milho safrinha - com o objetivo de evidenciar os benefícios das plantas de serviço para o sistema de produção de grãos. Quem vai comandar as ações no local da trincheira será o doutor em agronomia Ademir Calegari, pesquisador do Instituto Agronômico Paranaense (Iapar). Em entrevista à Copasul, ele falou sobre a possibilidade de aumentar a produtividade ao mesmo tempo reduzir os custos de produção se o agricultor souber como usar plantas de cobertura. 

Calegari é um dos três palestrantes do Giro do Milho 2023 e vai ministrar sua palestra, intitulada “Manejo regenerativo do solo através do uso adequado de rotação de culturas: mix de plantas de cobertura no incremento da biodiversidade e produção sustentável” de dentro da trincheira. 

BENEFÍCIOS

O pesquisador sustenta, por exemplo, que todo sistema agrícola deve fazer uso de plantas de cobertura, independentemente da rotação de culturas feita na propriedade. 

“Ou mix de plantas junto, consorciado com milho, ou junto com girassol, algumas até junto com sorgo, ou antes de trigo, antes da soja, do milho ou utilizada como plantas de cobertura e ao mesmo tempo como pastejo para animais em rotação, em integração lavoura-pecuária. Enfim, em qualquer um dos sistemas”, confirmou.

Contudo, de acordo com Calegari, muitos produtores ainda entendem o uso de plantas de cobertura como um incremento imediato dos gastos, sem enxergar, no horizonte, uma redução dos custos de produção em longo prazo. 

“As dúvidas que eles têm são exatamente sobre o investimento, a incerteza de que vão ter produtividades maiores e muitas vezes o desconhecimento dos reais benefícios que essas plantas de cobertura, entrando no sistema de produção, vão trazer”, observou. 

Em seguida, o pesquisador do Iapar falou sobre alguns dos benefícios que serão elencados na palestra em meio à trincheira no Giro do Milho com mais detalhes e exemplos práticos . 

“Tanto nos aspectos físicos, como químicos e biológicos, os produtores vão estar realmente tendo ganhos muito grandes em termos de ciclagem de nutrientes, em termos de fixação de nitrogênioredução de nematoides, diminuição de doenças de podridões e junto com os ativos biológicos melhorando toda essa sanidade do solo, quebrando camadas compactadas, aumentando a biodiversidade dos organismos que são inimigos naturais ou exsudatos radicularesenzimas e tantos outros componentes que vão ser cruciais também para o sequestro de carbono, para o aumento da capacidade deste solo, dessa área, de sequestrar carbono”, resumiu. 

Além disso, Calegari pretende falar sobre os principais erros do produtor que já conhece os benefícios das plantas de cobertura e decidiu cultivá-las. Por exemplo, a escolha do mix inapropriado com plantas não adaptadas ou com o uso de sementes não certificadas sem o vigor cultural indicado ou pior, que podem conter grãos com resquício de fusariummofo branco e outras doenças. 

MAIS COM MENOS

Por fim, Calegari destacou qual o objetivo de sua participação no Giro do Milho Copasul. “É mostrar que é possível produzir mais e baixar o custo de produção. Que nesse momento difícil, mais do que nunca, aqueles que estão fazendo bem, armazenando água no perfil de solo, terão condição melhor de aumentar produtividade com custo menor”, reforçou. 

“Também é possível melhorar ainda mais aquilo que já está dando certo. Então é possível nós acrescentarmos produtividade com uma agricultura regenerativa, de uma forma sustentável, com uso mínimo de insumos, mas com a maior diversidade, maior aproveitamento da mãe natureza. Essas vão ser as nossas discussões mostrando também que é possível, sim, neste momento, fazermos algumas coisas diferentes para alcançar resultados diferentes. E, com menos, alcançar mais. Esse vai ser o grande objetivo e estaremos juntos logo mais nesse evento extraordinário”, concluiu. 

PROGRAMAÇÃO 

O Giro do Milho acontecerá dia 21 de junho e começa com o raiar do dia, com o credenciamento e café da manhã marcado para as 6h30 na Arec, em Naviraí. Os participantes se dividirão em dois grupos, partindo com seus veículos para as estações de campo. Um dos grupos seguirá para a estação de manejo de consórcios, com palestra de Túlio Porto Gonçalo sobre consórcios com milho safrinha, na Fazenda Santa Marta, enquanto o outro grupo será direcionado para as estações nas fazendas São Francisco e Entre Rios, com palestras de Ademir Calegari sobre plantas de cobertura, em trincheira, e oportunidades e desafios para a expansão da cultura do sorgo, com André Lourenção, respectivamente. 

Depois das palestras do período da manhã, haverá um ponto de encontro entre os dois grupos no almoço, que será servido no barracão da Fazenda Marialva, do Grupo Antonini. No período da tarde, os grupos invertem o percurso. 

SOBRE O EVENTO

Em 2023, a cooperativa vai realizar o 11º Giro do Milho. Desde a sua primeira edição, em 2011, o evento tem como proposta oferecer uma oportunidade de troca de conhecimentos e experiências entre cooperados, além de trazer as descobertas mais recentes da ciência agronômica para que possam ser aplicadas na safrinha. 

As palestras e a apresentação de cultivares são dispostas em locais diferentes e os participantes se deslocam entre as estações, observando, no trajeto, exemplos de boas práticas nas lavouras das propriedades anfitriãs. 

Em 2022, cerca de 400 pessoas em 160 veículos participaram do evento, percorrendo um trajeto de 140 km. 

PATROCÍNIO

O Giro do Milho Copasul 2023 tem o Patrocínio Diamante da Agrocete, Adama, Bayer, Ihara, Yara, KWS, UPL, Nidera, Jotabasso, Basf e Corteva; Patrocínio Ouro de Hinove, ICL e Nortox; e Patrocínio Prata de FertCross, CropChem, TimacAgro, Superbac, NovaFértil, Facholi, Sementes Aurora, UniFértil e Soesp.

Cooperativistas debatem Plano Safra 2023/24 com o ministro da Agricultura
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Cooperativistas debatem Plano Safra 2023/24 com o ministro da Agricultura

As articulações do Sistema OCB por um Plano Safra mais robusto para impulsionar a agropecuária brasileira continuam. Nesta segunda-feira (12), o presidente Márcio Lopes de Freitas, acompanhado de mais de 350 lideranças do cooperativismo agro e de crédito de todo o país estiveram reunidos, virtualmente, com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, para reforçar os pleitos do movimento em defesa, especialmente, do crédito rural.

Márcio Freitas iniciou agradecendo a atenção que o ministro tem dado ao movimento e às cooperativas pelo empenho e colaboração. “Somos responsáveis por 53% da originação agrícola e pela distribuição de 64% dos insumos para a agricultura. Nosso movimento gera mais que desenvolvimento econômico, gera prosperidade. Então, precisamos de um plano que dê condições para nossos negócios fluírem. Estamos crescendo e a política agrícola é fundamental nesse sentido”, disse.

Sob o viés internacional, ele reforçou que as cooperativas estão buscando cada vez mais levar seus produtos para outros países e que é necessário mais crédito para financiar estes processos. “Sabemos que a capacidade do governo é limitada, embora haja vontade. Precisamos construir soluções viáveis com transparência e queremos colaborar com isso junto ao Ministério da Agricultura e ao governo como um todo”, considerou.

A manutenção da atual arquitetura de crédito rural e o aumento do volume de recursos para financiamento também foram pontos de fala do presidente da OCB. Ele solicitou novamente a ampliação das condições e dos percentuais de exigibilidade de aplicação no crédito rural por parte das instituições financeiras e do orçamento federal direcionado à equalização das taxas de juros abaixo dos dois dígitos. Márcio Freitas também convidou o ministro e o presidente Lula para conhecerem as boas práticas de uma cooperativa do Ramo Agro.

Plano Safra

Para falar mais precisamente das reivindicações do movimento para o Plano Safra 2023/2024, o coordenador nacional do Ramo Agro do Sistema OCB, Luiz Roberto Baggio, fez uma apresentação com os principais pontos a serem otimizados para garantir a plena atividade do segmento.

Ele evidenciou a necessidade de um montante mínimo de R$ 410 bilhões, sendo R$ 125 bilhões para investimentos e outros R$ 285 bilhões para custeio. Outros destaques foram o fortalecimento da atual política de crédito e seguro rural; a elevação dos tetos para contratações frente ao encurtamento das margens de custos de produção e recuo dos preços agrícolas do país, com foco em linhas de investimento.

Sobre as taxas de juros, a articulação é no sentido de deixá-las abaixo de dois dígitos em todas as linhas de planejamento agropecuário. Outro pleito é a manutenção e elevação das exigibilidades de depósitos à vista de 25% para 34%; da poupança rural de 59% para 65%, e da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) de  35% para 60%, com isenção tributária. A ampliação orçamentária do Seguro Rural e do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) também foram defendidas como forma de mitigar riscos à produção e ao mesmo tempo ampliar a abrangência e a efetividade das ações.

Baggio relatou ainda que o principal desafio do cooperativismo agropecuário este ano é a questão da armazenagem. Ele cobrou uma linha específica e permanente para a construção de armazéns. Sobre a sustentabilidade ambiental, avaliou como “fundamental fomentar o acesso das cooperativas do agro como beneficiárias estratégicas dos programas vigentes e a criação de novos direcionamentos à promoção da sustentabilidade ambiental no agro nacional”.

Em relação ao acesso ao crédito, Baggio ressaltou que as cooperativas financeiras podem fortalecer as políticas para o setor, por sua capilaridade e efetividade. “Hoje temos o BNDES como principal instrumentalizador dessas políticas de maneira direta ou indireta e para o direcionamento de recursos. Dentro deste aspecto, o grupo técnico do cooperativismo está à disposição do ministério para construirmos um projeto equivalente à pujança do agronegócio”, asseverou.

O ministro Fávaro, por sua vez, declarou que os números apresentados pelos cooperativistas estão na direção do que ele planeja. Segundo ele, o plano será divulgado na última semana de junho, uma vez que as articulações por um volume maior estão sendo feitas entre os ministérios. Fávaro contou que o plano já tem apoio das pastas de Planejamento e Orçamento, da Fazenda e do Desenvolvimento Agrário.

“Sou um entusiasta do cooperativismo e sei da força que ele tem para transformar a vida das pessoas em escala. Sou cooperado e minha família também. O movimento cooperativista é fundamental para a economia do país e o apoio do Sistema OCB é muito importante para nós do ministério. Sabemos da força política que representam por meio de governadores, deputados e senadores, ainda mais nesse momento de tomada de decisão”, reconheceu o ministro.

Fávaro também concordou com Baggio no que diz respeito ao planos de armazenagem. “A infraestrutura tem que caminhar na mesma linha da produção, então precisamos investir em armazenagem e como um programa permanente. Estamos buscando essas equalizações também”.

O ministro citou ainda a defasagem que o plano vem enfrentando desde 2014. “Se considerarmos as correções, tivemos uma perda de R$ 20 bilhões de lá para cá. Podemos pensar em linha de crédito dolarizada, inclusive para armazenagem, agroindústria, recuperação de solo e outros custeios. Tudo de forma acessível e competitiva para os produtores. Talvez possamos buscar prazos mais longos, como 15 anos, e entre 2 e 3 anos de carência, que é quando vão começar a operar de fato. Temos grandes oportunidades para ampliar isto sem nos restringirmos apenas ao Plano Safra”, avaliou.

Fávaro relatou que o Plano Safra 2023/24 está baseado na Agricultura de Baixo Carbono (ABC) e que as cooperativas podem ficar tranquilas pois já praticam uma agricultura sustentável. “Em que lugar do mundo o produtor se apresenta para o governo para cadastrar sua propriedade rural, como acontece no Cadastro Ambiental Rural (CAR)? Isso tem que ser um prêmio. Então, vamos gradativamente colocar condições para que eles adquiram percentuais de compensações como a aquisição de produtos biológicos, a questão trabalhista, o recolhimento de embalagens e outras boas práticas. A sustentabilidade é uma prática de mais de 80% dos produtores e precisamos desmistificar isso para o mundo para termos mais escala”, enfatizou.

O ministro declarou que a participação das cooperativas de crédito também precisa ser fortalecida. Ele respondeu alguns questionamentos mais urgentes, como a recorrente estiagem no Rio Grande do Sul. “Não adianta fazermos uma prorrogação das dívidas do último ano, porque isso passa por uma repactuação atrelada a adoção de boas práticas. Temos que abrir linhas e incentivar os produtores a fazerem calagem, calcário, perfil de solo, entre outras medidas que vão minimizar os impactos das próximas secas. É só observarmos a história da região Matopiba, onde eles superam isso com boas práticas agrônomas. Precisamos ainda de linha de crédito e outras políticas para complementar e restaurar a estabilidade dos produtores gaúchos”, exemplificou.

O presidente Márcio explicitou as diferenças regionais e ressaltou novamente que as cooperativas de crédito podem fazer a diferença na operação dos fundos constitucionais. “O Nordeste tem tudo para crescer e tenho exemplos dentro do cooperativismo que demonstram que isso é possível. Em Petrolina e Juazeiro temos cooperativas que exportam frutas, então podemos estimular a agricultura sustentável na região se utilizarmos melhor os recursos dos fundos constitucionais que também precisam fazer parte do plano agrícola. Desta forma, alivia-se também a necessidade de mais subvenções”, colocou.

Fávaro declarou total apoio à operacionalização dos fundos pelas coops de crédito. Ele solicitou sugestão do movimento sobre como criar uma linha de crédito específica. E, em referência ao Seguro Rural, ele foi incisivo ao dizer que o fortalecimento desse instrumento é necessário para o setor ter tranquilidade e estabilidade em suas atividades.

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EDITAL DE CONVOCAÇÃO - ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

O Presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Mato Grosso do Sul – OCB/MS, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 21, §1º, e artigo 36, §4º, do Estatuto Social e em conformidade ao que determina o artigo 612 da CLT, convoca todas as Sociedades Cooperativas Singulares, Centrais e Federações estabelecidas no Estado de Mato Grosso do Sul, para se reunirem em Assembleia Geral Extraordinária, no dia 28 de junho de 2023, a realizar-se virtualmente, através do endereço eletrônico: https://bit.ly/age-ocbms-2806, às 9h30 (horário de MS), em primeira convocação, com a presença da maioria das sociedades cooperativas em condição de votar ou em segunda convocação, às 10h (horário de MS), com a presença de no mínimo 10 (dez) sociedades cooperativas aptas a votarem, para deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia:

 

  1. Atualização a respeito do cenário sindical na área atuação do Sindicato das Cooperativas;
  2. Apreciação e discussão do rol de reivindicações para Convenção Coletiva de Trabalho - 2023/2025, apresentada pela FENATRACOOP - Federação Nacional dos Trabalhadores Celetistas nas Cooperativas no Brasil e SINTRACOOP/MS – Sindicato Estadual dos Trabalhadores Celetistas nas Cooperativas no Estado do Mato Grosso do Sul ao Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Mato Grosso do Sul - OCB/MS,
  3. Autorização para a Diretoria da OCB/MS, por meio de seu Presidente ou pessoa delegada por ele, negociar e firmar Convenção Coletiva de Trabalho e/ou Acordo Coletivo de Trabalho com a FENATRACOOP - Federação Nacional dos Trabalhadores Celetistas nas Cooperativas no Brasil e SINTRACOOP/MS – Sindicato Estadual dos Trabalhadores Celetistas nas Cooperativas no Estado do Mato Grosso do Sul.
  4. Autorização para a Diretoria da OCB/MS, por meio de seu Presidente ou pessoa delegada por ele, em caso de infrutíferas as negociações, representar as cooperativas em eventual dissídio coletivo junto à Justiça do Trabalho e/ou convocação para mesa redonda junto a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego - SRTE/MS.
  5. Outros Assuntos.

 

Nota 1: para efeito de “quórum” de instalação e deliberação por dispositivo estatutário, o total de 108 (cento e oito) sociedades cooperativas filiadas, e serão consideradas aptas as sociedades cooperativas que estejam regulares com seu registro e adimplentes, para atendimento do Artigo 20, parágrafo 2º, cujo número nesta data é de 69 (sessenta e nove).

 

Link do edital completo: bit.ly/edital_age_2806

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