A Coamo Agroindustrial Cooperativa participou da Apas Show 2023, evento iniciado na última segunda-feira (15/05) e com encerramento previsto para essa quinta-feira. Realizada em São Paulo, a Apas é considerada a maior feira supermercadista do mundo, pois reúne as maiores empresas da cadeia produtiva nacional e internacional, sendo voltado para quem quer fazer negócios, networking, acompanhar novidades, lançamentos e compartilhar conhecimento.
Estande Coamo – Com espaço total e utilizável de 207 metros quadrados divididos em dois pisos e capacidade para 100 pessoas acomodadas, o estande da Coamo é um dos maiores da feira, e neste ano trouxe o conceito da história do canal de varejo. Foram criadas reproduções estilizadas dos modelos de varejo mais antigos e tradicionais, como as padarias do passado e os saudosos empórios das décadas de 1960 e 1970. Trata-se uma experiência diferenciada para os clientes, parceiros e visitantes, com o objetivo de relembrar as raízes, a tradição, os valores e o sucesso da cooperativa na qualidade do atendimento e a humanidade do tratamento.
Pelo segundo ano consecutivo, a Coamo foi finalista do prêmio Stand Apas Show, conquistando a terceira colocação na categoria “Melhor Conceito de Estande” entre mais de 800 estandes presentes na feira. A premiação é realizada pelo Instituto Popai Brasil - Associação Brasileira de Marketing no Varejo. Na categoria em que a cooperativa foi selecionada, foram analisados os seguintes quesitos: estrutura de construção do estande, originalidade, conceito, mobiliário, objetos decorativos e ESG. Em 2022, a Coamo foi a campeã na categoria Visual Merchandising.
“Estar entre os três premiados é algo extremamente gratificante para a cooperativa. Estamos na maior feira de alimentos do mundo, com gigantes deste setor. Trouxemos no nosso estande o início do varejo nacional, com os empórios das décadas de 1960 e 1970, mostrando nossa origem e história. Este é o resultado do trabalho em equipe, especialmente da nossa área de marketing e trade marketing”, valoriza o gerente Comercial de Alimentos da Coamo, Wagner Schneider.
Oportunidades – O Presidente Executivo da Coamo, Airton Galinari, explica que a participação da Coamo na feira tem o objetivo de gerar novos negócios e também de valorizar os produtos dos cooperados. “Cerca de 10% do faturamento da Coamo vem da linha de alimentos. Acessamos clientes e nichos de mercado que somente com a industrialização nós conseguimos chegar. Então, a feira é uma grande oportunidade de gerar negócios e uma possibilidade de remunerar melhor os nossos cooperados pelos seus produtos.”
Para o diretor Comercial da Coamo, Rogério Trannin de Mello, a participação da Coamo na Apas Show busca agregar valor e qualidade para a linha alimentícia de produtos da cooperativa. “A Apas Show é uma feira enorme, com mais de 800 expositores e milhares de empresas participando. Divulgamos os nossos produtos e abrimos novos mercados para que esses produtos sejam ainda mais valorizados. Também temos a oportunidade de estar em contato próximo com nossos representantes e consumidores para que possamos saber como nos posicionar e entregar mais qualidade”.
Congresso de Gestão – A 37ª edição do Congresso de Gestão da Apas Show oferece uma estrutura completa para facilitar a troca de conhecimento sobre as principais tendências, soluções e inovações que definirão o futuro de toda a cadeia de abastecimento. Com o tema Supernova, o evento traça um conceito um paralelo entre a explosão de uma estrela e a criação de novas galáxias e a hiper segmentação que vem acontecendo com o varejo desde o início do século 21.
Na noite de 17 de maio, a Cooperalfa inaugurou a Unidade de Produção de Leitões, em Sidrolândia – MS.
A unidade foi projetada em 2019 e concluída em abril de 2023 e recebeu R$ 140 milhões de investimentos, com capacidade para cinco mil matrizes e previsão de produzir cerca de 500 leitões/dia.
Conforme divulgação do site da SEMADESC, a suinocultura sul-mato-grossense, sexta no ranking nacional de produção, abateu 3,7 milhões de animais em 2022 e produziu 247 mil toneladas de carne. Ancorada em projetos que vão de genética de última geração até produção de biometano a partir dos resíduos suínos, a atividade tem previsão de crescer pelo menos 49% nos próximos anos em Mato Grosso do Sul.
A produção dos leitões de alto padrão genético e sanitário será destinada ao frigorífico da Aurora, em São Gabriel do Oeste. A UPL também vai contribuir para o setor de grãos da região, já que os dejetos poderão ser usados para fertilidade do solo. Além da política de incentivo fiscal, o Governo do Estado contribuiu para a pavimentação de acesso a unidade, que está seguindo para fase final.
Ao todo são 323 hectares de área com estrutura que contempla o setor administrativo e mais dois sítios. O sítio 01 é composto por três pavilhões para as matrizes, nas fases de gestação e maternidade. O sítio 02, com dois pavilhões, receberá os leitões com 24 dias, que permanecem até atingir 60 dias ou 23 quilos.
O evento de inauguração foi realizado no CTG Campos da Vacaria, em Sidrolândia – MS, e contou com a participação de aproximadamente 600 pessoas, entre associados, produtores, dirigentes da Cooperalfa, Aurora Coop e filiadas, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, acompanhado do secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação), além de colaboradores da Cooperalfa envolvidos na obra.
A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) recebeu as contribuições do cooperativismo, nesta quarta-feira (17), durante audiência pública que discutiu o Plano Safra 2023/2024. Em sua fala, o coordenador do Ramo Agro do Sistema OCB, João José Prieto, defendeu a manutenção e o fortalecimento da atual arquitetura da política de crédito e seguro rural no próximo plano.
Prieto ressaltou o trabalho efetivado pelo Grupo Técnico de Crédito Rural do Sistema OCB, integrado por especialistas técnicos em política agrícola de cooperativas agropecuárias e por sistemas de cooperativas de crédito, para a priorização de propostas do cooperativismo junto aos ministérios da Fazenda, da Agricultura, e do Desenvolvimento Agrário, além do Banco Central.
“É assim que estabelecemos um grupo de prioridades, com opiniões de especialistas, dirigentes e cooperados, para facilitar o diálogo com parlamentares, ministros e entidades parceiras. De acordo com o que temos observado, o montante total para a safra 2023/2024 deve ser de R$ 410 bilhões, sendo R$ 125 bilhões para investimentos e os outros R$ 285 bilhões para custeio e comercialização. Outro ponto prioritário é a elevação dos recursos do Seguro Rural em R$ 2,5 bilhões. Já temos à disposição R$ 1 bilhão e sabemos que o Ministério da Agricultura já pediu suplementação para outro R$ 1 bilhão”, explanou Prieto.
O coordenador pontuou que os percentuais de exigibilidade dos recursos obrigatórios para os depósitos à vista precisam ser elevados de 25% para 34%. “É importante que tenhamos um Plano Safra robusto para garantirmos o mínimo de recursos suficientes para a aplicação. Propomos ainda, o aumento da exigibilidade da poupança rural de 59% para 65% e da Letra de Crédito do Agronegócio de 35% para 60%. Há ainda a possibilidade de taxas de juros abaixo de dois dígitos, condizentes com as atividades rurais”.
Prieto apresentou dados do coop agro que é representado por 1.170 cooperativas, mais de um milhão de produtores rurais cooperados, e cerca de 240 mil empregados. “A cooperativa é um indutor da política agrícola e quando priorizamos os investimentos – e utilizamos o cooperativismo para isso – estamos tratando diretamente de engrandecer também o pequeno produtor. No Ramo Agro, 71,2% dos produtores associados são do perfil da agricultura familiar. Na questão da armazenagem, por exemplo, as cooperativas exercem esse papel para o produtor de pequeno porte. Elas atuam desde o suprimento de insumos até a comercialização passando pela originação, armazenagem e agroindustrialização”, explicou.
Além de defender a atual arquitetura da política agrícola, Prieto colocou outras premissas estratégicas para a efetividade de sua aplicação, como a sustentabilidade ambiental; o cooperativismo de crédito como agente fomentador por sua capilaridade e capacidade de atender produtores de todo o país; e a criação de linhas de crédito junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“As cooperativas financeiras ofertam crédito em condições mais atrativas e condizentes à realidade do cooperado. Por outro lado, o BNDES é instrumentalizador da política agrícola, em especial, em questões de investimento na cadeia agropecuária direta ou indiretamente junto a outras instituições financeiras. Precisamos ainda de dotação orçamentária para equalização da taxa de juros. O valor ideal seria de R$ 24,8 bilhões”, saleintou o coordenador.
Para o vice-presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Sergio Souza (PP-PR), autor do requerimento que convidou o Sistema OCB para expor, o Plano Safra é um importante instrumento para tornar as políticas socioeconômicas mais efetivas, principalmente para a agricultura familiar. Ele defendeu o aumento do volume de recurso para o fomento das atividades, sob a argumentação da relevância do agro na composição do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
“A vocação principal do nosso país é a agropecuária. É só observar nossos antepassados que vieram de todas as partes do mundo procurando uma vida melhor, mais acesso à comida e fonte de desenvolvimento econômico. Hoje, o Brasil é essa grande máquina de produção de comida para o mundo. Temos essa cultura e é preciso entender que esse é o nosso grande negócio, nosso alicerce. Ele traz divisas ao Brasil e garante a segurança alimentar. Somos 7,5 bilhões de pessoas no planeta e seremos 9 bilhões até 2050. Como esse povo todo vai comer? Temos responsabilidade sobre isso e, por isso, devemos resolver nossos conflitos internos sem viés ideológico”, asseverou o parlamentar.
Expuseram ainda representantes dos ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA); da Agricultura e Pecuária (Mapa); da Fazenda (MF); do Banco do Brasil (BB), da Confederação Nacional da Agricultura (CNA); da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).
O presidente da Comissão de Agricultura e coordenador Jurídico da Frencoop, deputado Tião Medeiros (PP-PR), teceu elogios ao modelo cooperativista e foi acompanhado por outros parlamentares em suas considerações. Os deputados da diretoria da Frencoop, Evair Vieira de Melo (PP-ES), Pedro Lupion (PP-PR), Heitor Schuch (PSB-RS), Emidinho Madeira (PL-MG) e Pezente (MDB-SC) também participaram da audiência.
A Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop) realizou Assembleia Geral Ordinária (AGO), nesta quarta-feira (17), em formato virtual. A reunião contou com a participação de diversos dirigentes dos sindicatos e organizações de cooperativas vinculadas ao Sistema OCB. O colegiado aprovou a prestação de contas referente à 2022, a proposta orçamentária de receita e despesa para 2023 e o plano de trabalho para o ano vigente.
“O ano de 2022 foi bastante produtivo para o sistema sindical e para as cooperativas. Tivemos lançamentos importantes de novos produtos e serviços como o Centro de Serviços Compartilhados Trabalhista e Sindical e a estruturação de cursos para capacitar dirigentes e colaboradores de sindicatos e organizações estaduais, federações e coops. Para 2023, nossa expectativa é ampliar o rol de produtos ofertados para nossa base e intensificar a representação da categoria econômica das cooperativas”, destacou o coordenador sindical da CNCoop, Bruno Vasconcelos.
Atuação
Em 2022, a confederação acompanhou diversas propostas legislativas de impacto trabalhista e sindical; analisou e atuou em inúmeros normativos do governo federal que refletem no setor; contribuiu com consultas públicas que versavam sobre normas de segurança e saúde no trabalho; e participou de inúmeras reuniões em órgãos públicos e privados como o Conselho Nacional do Trabalho, fórum do então Ministério do Trabalho e Previdência; a Comissão Trabalhista do Instituto Pensar Agro (IPA); e o Grupo de Trabalho Confederativo do eSocial.
A CNCoop participou ainda de encontros estratégicos promovidos pelo Fórum das Confederações Patronais, que congrega a Confederação Nacional da Indústria (CNI); Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); Confederação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Confederação Nacional do Transporte (CNT); Confederação Nacional da Comunicação Social (CNCom); Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde); Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF); e Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg).
Perspectivas
Para 2023, a entidade pretende implementar um sistema de controle de arrecadação da Contribuição Confederativa para facilitar a gestão das informações. Está no planejamento o estímulo aos encontros do Comitê de Relações Trabalhistas e Sindicais, bem como fomentar a utilização de seu Centro de Serviços Compartilhados.
A assembleia aprovou também a elaboração de cursos direcionados às áreas trabalhista e sindical, compatíveis com as legislações em vigor. Os delegados representantes concordaram sobre a importância de garantir assento em fóruns estratégicos - para além dos que já ocupa no Executivo - para dar voz aos pleitos trabalhistas e sindicais do movimento cooperativista.
Em tom amistoso, o Sistema OCB foi recebido pela superintendente de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Rose Modesto, nesta quinta-feira (18). Durante o encontro ela recebeu o documento que apresenta a expressão do cooperativismo brasileiro Propostas para um Brasil mais Cooperativo. A superintendente demonstrou interesse pelo movimento e destacou que pretende estreitar a relação entre a Sudeco e a OCB, a curto prazo, para evoluir nas questões relacionadas ao desenvolvimento do Centro-Oeste. “Acredito que podemos focar na inclusão financeira e produtiva dos produtores rurais por meio do cooperativismo”, afirmou Modesto.
A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, aproveitou a oportunidade para abordar prioridades do cooperativismo que podem ser apoiadas pela entidade. Entre elas, o repasse do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) por cooperativas de crédito que merece ser aprimorado para garantir mais recursos aos pequenos e médios empreendedores. “As cooperativas de crédito são importantes agentes de inclusão financeira. Elas também promovem o balizamento das taxas de juros e tarifas nas praças onde concorrem com outros modelos de instituições financeiras”, destacou.
Ainda segundo ela, outro ponto que reforça que as cooperativas podem contribuir para que o fundo constitucional cumpra seu papel, é que elas estão presentes – de forma física – em diferentes regiões do país, inclusive em localidades mais longínquas e interioranas. “Em muitos municípios, a cooperativa é a única instituição provedora de soluções financeiras”, defendeu.
Tania lembrou que as cooperativas de crédito já atuam como agentes de repasse do FCO, no entanto, ainda limitadas ao montante referente a 10% da programação dos recursos. “A legislação assegura os 10% como possibilidade mínima, ou seja, isso não é um teto. Temos capacidade para aumentar o potencial do fundo e promover mais crescimento econômico e social”.
Os projetos de interesse do coop que tramitam no Congresso Nacional também foram compartilhados com a superintendente da Sudeco. A relevância do Projeto de Lei (PL) 912/22, que contou com colaboração do Sistema OCB para sua composição e tramitação na Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional e Amazônia (Cindra) foi evidenciada. Rose Modesto declarou que também quer colaborar para o avanço da proposta para aprimorar a gestão dos fundos.
Por fim, foram abordados o PL 532/15, que, entre outras medidas, inclui as coops de crédito entre os operadores de recursos dos fundos constitucionais, e o PL 5.187/19, que estabelece que os bancos administradores dos Fundos Constitucionais de Financiamento devem repassar 40% dos recursos previstos para cada exercício a outras instituições financeiras federais.