Profissionalizacão e gestão de cooperativas agro são discutidas com BB
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Profissionalizacão e gestão de cooperativas agro são discutidas com BB

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, recebeu ontem, em Brasília, o novo Diretor de Agronegócio do Banco do Brasil, José Carlos Reis da Silva, e o novo gerente executivo de Negócios com Cooperativas, Guinther Knak, para uma visita técnico-institucional. Os representantes do BB foram apresentados ao presidente Márcio Freitas pelo gerente executivo Álvaro Tosetto. Dentre os assuntos discutidos estiveram o processo de profissionalização e do aperfeiçoamento da gestão das cooperativas agropecuárias, bem como mecanismos de financiamentos voltados ao setor.

 
Fonte: Sistema OCB

ENTREVISTA DA SEMANA: Edvaldo Del Grande

O cooperativismo sempre foi e sempre será a solução para os momentos de crise de qualquer país. A afirmação é do secretário-geral da Diretoria da Organização das Cooperativas Brasileiras, Edivaldo Del Grande, também presidente da Ocesp. Ele é o entrevistado da primeira edição da revista Coopera SP, lançada recentemente pela organização estadual paulista. Segundo ele, o diferencial das cooperativas – seus cooperados – representa o grande apoio para a economia do país nesses momentos de crise. “É evidente que vivemos um momento de apreensão e de aperto de cintos, mas acredito que vamos superá-lo. Tenho certeza que vamos sair dessa”, avalia Del Grande. Confira abaixo um trecho da entrevista que pode ser lida, na íntegra, clicando aqui.

Como foi a evolução do trabalho de representação do cooperativismo nos últimos anos?

Del Grande – 
São muitos desafios, pois há grande diversidade no cooperativismo paulista e precisamos atuar de forma efetiva para fortalecer o nosso movimento como um todo. Um dos maiores desafios é melhorar a nossa comunicação com as cooperativas e os diversos setores da sociedade. Por isso, reforçamos a equipe de comunicação e marketing. Precisávamos mostrar o que nós somos e a importância das cooperativas no contexto social.

Afinal, desempenhamos papel relevante na inclusão social. Ao mesmo tempo, precisávamos combater o mau uso de ‘cooperativas’ por pessoas que têm como único objetivo enganar o trabalhador. Infelizmente, ainda há fraudes no mercado, desvirtuando completamente o sentido de uma cooperativa.

Não compactuamos de forma alguma com isso, porque na verdade essas não são cooperativas; são empresas de fachada que nos atrapalham e mancham o nome do cooperativismo. Então, nossa tarefa era separar isso do verdadeiro cooperativismo. Tivemos que trabalhar para mostrar que éramos um movimento justo e inclusivo, de melhoria de vida das pessoas.

Simultaneamente, nós também precisávamos estar mais próximos das cooperativas, porque o movimento cooperativista, de certa forma, não nos conhecia bem e ainda não nos conhece inteiramente; daí a necessidade de melhorar a comunicação interna. Tínhamos que mostrar que a Ocesp tem papel muito importante para fortalecer o cooperativismo e, para isso, precisávamos aprimorar a nossa representação política. Acredito que houve avanços importantes nos últimos tempos, mas ainda há muito a ser feito.

Como o senhor vê a questão da intercooperação entre as cooperativas paulistas?

Del Grande –
 Precisamos avançar muito neste campo. O Roberto Rodrigues (ex-ministro da Agricultura) sempre diz que falamos muito em intercooperação e a praticamos pouco. O Sescoop/SP tem formado muitos gestores; foram mais de 66 mil pessoas capacitadas apenas no ano passado, desde funcionários de cooperativas, cooperados, dirigentes de cooperativas e até pessoas da comunidade. A educação é um caminho para que todos possam compreender que cooperativismo é associativismo, que precisamos nos associar, que precisamos aumentar os ganhos de escala, diminuir custos. Se sou um agricultor, percebo que sozinho não posso comprar um silo; mas se me associo a um grupo de agricultores, podemos comprá-lo juntos. A mesma coisa ocorre na área da saúde e outros setores também. 

Quais são os grandes desafios de mercado para as cooperativas atualmente?

Del Grande 
– Apesar das particularidades de cada empreendimento, acredito que existem questões em comum que podem ser aprimoradas. Realizamos recentemente, em parceria com o Ministério da Agricultura, um excelente programa de formação da Fundação Dom Cabral voltado diretamente aos negócios cooperativistas. Fizemos o curso com as dez maiores e as dez menores cooperativas do setor agropecuário. Muitas vezes as cooperativas acham que os grandes adversários são outras cooperativas, que concorrem entre si, mas não é bem assim.

Muitas vezes, a concorrência maior vem de fora. O que realmente me preocupa são as cooperativas e empresas multinacionais que estão chegando ao nosso país. Como a Land O’Lakes, uma das primeiras cooperativas de captação de leite dos Estados Unidos – responsável por grande parte do leite americano – e está vindo para o Brasil. Ou a CHS, que já está produzindo um milhão de toneladas de soja aqui na região central e remetendo diretamente para a China. Essas empresas vêm para cá explorar nosso mercado. 

E por que o trabalho que elas desenvolvem não poderia ser feito pelas nossas cooperativas? Voltando ao assunto da intercooperação, poderíamos começar fazendo coisas simples, como criar um software único, ou uma central de informação conjunta, fazendo compras conjuntamente – não necessariamente criando uma cooperativa de compras.

É esse espírito de intercooperação que precisamos despertar nas nossas cooperativas. E os bons exemplos já existem. Veja a Coopbrasil, que é a cooperativa central de compras das cooperativas de consumo, com 11 cooperativas associadas, inclusive uma da área médica e uma do setor agrícola. A Coopbrasil mostra como o trabalho conjunto traz melhores resultados. Esse é o grande diferencial.

A partir dessa união, é possível avançar muito mais em outros campos, como ter uma bandeira única, uma distribuidora. Algumas cooperativas de crédito já unificaram seus logos, iniciando um processo de intercooperação na própria marca. Portanto, existem experiências positivas em andamento que precisam ser intensificadas e podem envolver cooperativas em diferentes setores.

Como o senhor vê o papel do cooperativismo na superação da crise?

Del Grande
 – Eu sou otimista, apesar do momento conturbado que vivemos. Enquanto alguns choram, outros vendem lenços. Veja: na época do subprime americano, enquanto os bancos tiveram sérios problemas, as cooperativas de crédito cresceram. O modelo cooperativista mostra-se mais seguro.

Na atual crise, aqui no Brasil, as cooperativas de crédito estão crescendo novamente. A agricultura também está indo relativamente bem. Claro, somos 13 ramos de cooperativas no Brasil e alguns setores sentem mais que outros. Mas, de maneira geral, o cooperativismo sempre foi e sempre será a solução para os momentos de crise de qualquer país. As cooperativas são um caminho sustentável porque, sempre é bom lembrar, nosso objetivo não é apenas econômico, é principalmente social; o foco está nas pessoas, nos nossos cooperados.

Esse é, portanto, o diferencial das cooperativas, que acaba apoiando o país nesses momentos de crise. É evidente que vivemos um momento de apreensão e de aperto de cintos, mas acredito que vamos superá-lo. Tenho certeza que vamos sair dessa.

 
Fonte: Sistema OCB
OCB discute Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017 em comissão da Câmara
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OCB discute Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017 em comissão da Câmara

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) realizou hoje uma audiência pública com o objetivo de discutir o Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017, lançado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no início deste mês. O evento foi proposto pelo deputado Luís Carlos Heinze (RS), integrante da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop). O movimento cooperativista foi representado pelo coordenador do Ramo Agropecuário no âmbito da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Paulo César Dias do Nascimento Júnior.

Segundo Paulo César, a antecipação do anúncio do Plano, trouxe certo descontentamento ao setor pelo receio de não ter havido prazo hábil para análises dos pleitos e demandas. Para o coordenador, dentre os pontos a serem considerados, estão: fluxo de financiamentos de custeio aquém das necessidades do setor e a elevação das taxas de juros para custeio, comercialização e em maior proporção para investimentos, incompatíveis com a realidade dos negócios dos segmentos atuantes na cadeia. Considerou também que a depender das frustrações cada vez mais presentes, em regiões e culturas importantes e pelos elevados custos de produção, poderíamos viver forte pressão do endividamento e a necessidade de repactuação das dívidas rurais. Considerou que a inadimplência do setor começa crescer e apontar luz amarela no painel de bordo.

Também foram apresentados pleitos importantes para as cooperativas agropecuárias, não contemplados pelo Governo Federal, a serem apresentados ao novo Ministro e Secretário de Política Agrícola nas próximas semanas.

- Adoção de medidas para desestimular as aplicações financeiras diárias sobre depósitos à vista, visando ampliar a disponibilidade de recursos;
- Ampliação do prazo de comprovação das operações de aquisição de insumos de 60 para 120 dias;
- Aumentar dos limites para suinocultura integrada de R$ 150 mil para R$ 250 mil e avicultura integrada de R$ 80 mil para R$ 150 mil;
- Aumentar o volume de recursos para Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural.

CONVIDADOS – Da audiência pública participaram as seguintes autoridades: 
 
- Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcelo Cabral;
- Superintendente técnico da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Bruno Barcelos Lucchi;
- Diretor executivo da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja), Fabrício Rosa;
- Presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Osório Dornelles; e
- Presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Única), Luciano Rodrigues

 
Fonte: Sistema OCB
Fiacão Copasul 20 anos
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Fiacão Copasul 20 anos

A Copasul tem uma história sólida e cheia de conquistas e méritos que trouxeram desenvolvimento para a região de Naviraí. Um de seus projetos que hoje é referência de mercado é a Fiação. Neste mês de maio, a primeira fiação do Estado completa 20 anos de atuação.

Em meados da década de 1990, esse projeto ousado começou a sair do papel. A ideia, há muitos anos era idealizada pelos fundadores da Cooperativa que viam em uma fiação, a possibilidade de agregar valor à produção do algodão. Aquele projeto audacioso se concretizou e no dia 20 de maio de 1996 nascia a primeira Fiação do Estado.

“A Fiação sempre foi um sonho nosso desde a fundação da Copasul, pois já trabalhávamos com o algodão, tendo uma Usina de beneficiamento em Naviraí. No início, achávamos que seria algo muito difícil, quase inatingível, mas tínhamos essa meta e fomos em busca de parcerias que a tornassem possível. Na época visitamos quase todas as fiações do país para montar a nossa, que já nasceu muito moderna para a época. A cada ano, mantivemos uma meta, para que a fiação continuasse crescendo”, contou o presidente da Copasul, Sakae Kamitani, que mesmo com 85 anos acompanha diariamente o andamento das Unidades.

A Fiação Copasul sempre investiu em tecnologia de ponta para a fabricação de fios sendo que já passou por quatro grandes processos de modernização, o último foi realizado no ano passado, com foco no aumento da competitividade, através do aumento da produção com a melhor tecnologia disponível no mercado mundial. “Foram adquiridas novas fiadeiras bobinadeiras automáticas, que envolveram um investimento de aproximadamente R$ 8 milhões. As novas máquinas aumentaram cerca de 35% a capacidade de produção da Fiação”, afirmou o Gerente da Divisão Industrial e de Novos Negócios da Cooperativa, Adroaldo Taguti. Hoje a Fiação gera mais de 100 empregos diretos e deverá receber novos investimentos em 2017.

Copasul

A Copasul, Cooperativa Agrícola Sul Matogrossense foi fundada em 1978 em Naviraí. Atualmente, está presente em sete cidades do Estado, em Naviraí, está sua sede, duas unidades industriais, unidade de irrigação e Silos, além disso, está presente em Maracaju, Deodápolis, Itaquiraí, Novo Horizonte do Sul e Nova Andradina.

Indústria de alimentos esfria confianca do agronegócio durante primeiro trimestre do ano

 Composta em boa parte por indústrias de alimentos, o elo “indústria depois da porteira” foi o único a apresentar perda de confiança no primeiro trimestre de 2016, em comparação ao último trimestre de 2015. A queda significativa de 10,1 pontos, no entanto, foi a responsável por derrubar também o índice de confiança geral do setor, que registrou 1,7 ponto a menos, fechando o período em 82,6 pontos.

Os dados são do Índice de Confiança do Agronegócio (ICAgro), estudo elaborado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em parceria com a Organização das Cooperativas   Brasileiras (OCB) e divulgado hoje pelas duas entidades.

Para o gerente do Departamento do Agronegócio (Deagro) da Fiesp, Antonio Carlos Costa, a retração da confiança na indústria pós porteira pode ter sido afetada tanto pelos resultados apresentados pelo varejo, quanto pela acomodação do dólar em um patamar mais baixo. 

“A venda de produtos alimentícios no varejo caiu 2,8% no primeiro trimestre deste ano, segundo o IBGE. Ao sentir a crise no bolso, o consumidor diminui seus gastos até mesmo com a alimentação. Isso refletiu na confiança do setor. Além disso, as oscilações do real frente ao dólar podem influenciar negativamente as receitas de exportação, tal pensamento afeta a confiança do empresário.” 

A indústria “antes da porteira”, por sua vez, apresentou alta de 5,5 pontos, fechando os meses de janeiro a março em 73,3 pontos. Porém, na comparação com o mesmo período do ano passado, o índice deste segmento permaneceu praticamente estável. 

O elo “dentro da porteira” também apresentou resultados positivos. O índice de confiança do Produtor Agropecuário apontou alta, de 3,5 pontos, e encerrou o período com 91,9 pontos. Se comparado ao primeiro trimestre de 2015, o crescimento na confiança foi de 4,2 pontos. Segundo o relatório do ICAgro, a melhora se deve, principalmente pela maior confiança dos produtores agrícolas.

EXPECTATIVA POSITIVA – De acordo com o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, o aumento da confiança dos produtores é reflexo da melhora das expectativas em relação aos preços e produtividade, além do crescimento de 11 pontos na avaliação da economia. “A percepção inicial é de que o nível de confiança do produtor rural brasileiro inicia um processo de retomada, após ter chegado no fundo do poço”, comenta o presidente.  

Freitas destaca que, mesmo ainda em patamares baixos, a avaliação da situação da economia do Brasil mostrou reação positiva, influenciada em parte pela percepção da melhora na disponibilidade do crédito agrícola neste início de ano.

O índice de confiança do Produtor Agrícola mantém, há três trimestres, uma trajetória de crescimento. Nos primeiros três meses deste ano, a alta de 4,5 pontos em relação ao final de 2015 elevou o indicador para 93,9 pontos. 

Outro ponto que merece ser destacado na visão dos produtores, é a melhora na relação de troca. Entre as culturas, o destaque vai para grãos, cana-de-açúcar e café, que apresentaram crescimento da confiança. 

Já os produtores pecuários mantiveram seu nível de confiança praticamente estável, fechando o período em 85,9 pontos, alta de 0,5 ponto. (Ascom Fiesp e OCB)

 
Fonte: Sistema OCB
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