Entrevista da Semana: Márcio Lopes de Freitas

Cooperativismo é ferramenta de desenvolvimento econômico

Brasília (16/3) – O Sistema OCB lançou hoje em Brasília a10ª edição da Agenda Institucional do Cooperativismo. Autoridades do setor, representantes do governo federal, parlamentares e parceiros do cooperativismo prestigiaram o evento. Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a agenda constitui um rico material de trabalho com foco nos Três Poderes. A liderança cooperativista afirma que o cooperativismo é capaz de colaborar e muito para a retomada de crescimento da economia do país. “Precisamos resgatar no povo brasileiro a esperança em um Brasil mais forte. Vamos direcionar esforços para essa missão”, afirma.

Qual o objetivo do Sistema OCB ao lançar essa Agenda Institucional?

Márcio Freitas –
 Nossa intenção é amplificar a força que o movimento cooperativista tem para gerar oportunidades a milhões de brasileiros e sensibilizar autoridades dos Três Poderes sobre a importância de se garantir um ambiente jurídico e econômico favorável ao desenvolvimento do setor. Para além disso, acredito que é hora de ajudarmos o Brasil a resgatar nas pessoas o sentimento de confiança em tempos melhores.

O ano de 2015 foi marcado por acontecimentos que deixaram o país desacreditado perante a população e investidores internacionais. Divergências políticas, denúncias sobre desvios de recursos públicos, acompanhadas de um desempenho decrescente da economia nacional, levaram o Brasil a uma situação realmente complicada. Mas em meio a esse cenário, proponho uma reflexão sobre o horizonte que temos e qual o nosso papel nesse contexto. 

Sem dúvida alguma, é hora de unirmos forças para a retomada de crescimento do país, com uma responsabilidade que deve ser compartilhada pelo governo e por todos os setores da economia. Estou certo de que nós, como cooperativistas, integrantes de um movimento social organizado, de enorme potencial e com uma capacidade singular de superação, temos muito a contribuir. Em outras situações semelhantes, o cooperativismo fez uso dos seus diferenciais e mostrou realmente ser capaz de mitigar os efeitos de uma crise, posicionando-se como um segmento robusto e visionário.


De que forma as cooperativas podem contribuir com o desenvolvimento do país?
 
Márcio Freitas –
 As propostas contidas na Agenda Institucional evidenciam a intenção do movimento cooperativista em participar ativamente do desenvolvimento do país, contribuindo com a construção de um futuro sustentável, capaz de gerar integridade e de promover felicidade às pessoas.

Assim, as cooperativas podem ser catalizadoras de programas e ações do poder público voltadas não só à inclusão social e ao acesso a mercados, mas também como solução à prestação dos mais diversos serviços, seja nas áreas de saúde, educação, transporte, infraestrutura, crédito, ou em qualquer setor em que o cooperativismo brasileiro é referência quando o assunto é aliar sustentabilidade econômica e inclusão produtiva. Por todos estes motivos é que precisamos caminhar em consonância com as ações dos Três Poderes.

Nossas cooperativas, que já contribuem sensivelmente em diversas áreas, podem fazer ainda mais e ajudar o Brasil a passar por esses momentos de turbulência e voltar a crescer com sustentabilidade. Temos um papel importante nesse cenário e vamos trabalhar juntos para reverter essa situação.

É por isso que ressalto a importância de contarmos com o apoio do poder público para que tenhamos um ambiente favorável ao desenvolvimento da atividade cooperativista. Precisamos trabalhar no sentido de garantir marcos regulatórios e políticas públicas que ajudem a fomentar esse processo, assim como contribuir para a construção de pensamentos jurídicos que considerem a natureza diferenciada das sociedades cooperativas. 


Considerando a atuação sempre atenta da Frencoop, qual a importância da Agenda Institucional do Cooperativismo para a Frente?

Márcio Freitas –
 A Agenda Institucional sempre foi e continuará sendo uma bússola para as ações da Frente Parlamentar do Cooperativismo. Com o apoio irrestrito da equipe do Sistema OCB, a atenção dos nossos parlamentares também estará voltada a todas as proposições da Agenda, que pautarão o trabalho na tramitação das medidas provisórias, no diálogo com os poderes Executivo e Judiciário e, ainda, com a organização das atividades da própria Frente, objetivando ampliar a articulação e a influência do cooperativismo no Congresso Nacional.


Qual o maior desafio do cooperativismo em 2016?

Márcio Freitas –
 Para 2016, o nosso desafio é fazer com que as especificidades das cooperativas sejam contempladas na legislação tributária brasileira. E vamos trabalhar intensamente para isso. E para superar este desafio, o movimento cooperativista conta com sua base, homens e mulheres que fazem do cooperativismo este movimento que dá certo, que funciona, que gera emprego, renda e felicidade. Contamos ainda com os nossos parlamentares, com o governo federal e com o Judiciário. Para nós, ninguém perde quando todo mundo ganha. E o nosso movimento, o cooperativismo brasileiro, tem essa capacidade! Juntos somos mais fortes. Juntos iremos além, unindo esforços em prol da retomada do desenvolvimento do nosso Brasil.

 
Fonte: Sistema OCB

NOTA OFICIAL: Cooperativismo confiante em um Brasil mais forte

A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e suas Unidades Estaduais, representando 6,5 mil cooperativas e mais de 12,7 milhões de famílias cooperadas, vêm a público demonstrar extrema preocupação com os rumos da política e da economia nacional.

Passamos por um cenário marcado por divergências políticas e denúncias que deixam o país desacreditado diante de seu povo e do mundo todo, sem perspectivas de crescimento econômico. É hora de unirmos forças para ajudar o Brasil a resgatar nas pessoas o sentimento de confiança em tempos melhores.

Para isso, é fundamental compartilharmos responsabilidades e atitudes que levem à retomada do desenvolvimento do país. É possível superar esse momento difícil por meio de uma agenda baseada em valores que transformem o Brasil em um lugar mais justo e com melhores oportunidades para todos.

Nós, cooperativistas, integrantes de um movimento social organizado, enxergamos a necessidade de uma rápida solução para a atual paralisia decisória, tendo como referência o respeito à Constituição Federal. O momento exige serenidade, responsabilidade e celeridade.

Temos convicção de que a verdadeira resposta que o nosso povo deseja está ligada ao fortalecimento de valores éticos, boas práticas de gestão e governança, transparência e respeito às pessoas. É com este pensamento, que, mais uma vez, o cooperativismo se coloca à disposição para contribuir no resgate da esperança em um Brasil mais forte!

 

Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)

Conselho Diretor da OCB/MS aprova novos registros

Semana passada, durante a reunião do Conselho Diretor da OCB/MS foram aprovados novos registros. A Cooperativa de Habitação da Agricultura Familiar – COOPHAF teve o registro definitivo aprovado e a Cooperativa de Transporte do Bolsão – CTB o registro provisório.

Fundacão MS completa 24 anos com pesquisas e difusão de tecnologias para setor produtivo
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Fundacão MS completa 24 anos com pesquisas e difusão de tecnologias para setor produtivo

Nesta sexta-feira (18), a Fundação MS completa 24 anos de existência junto ao setor produtivo de Mato Grosso do Sul. A instituição foi fundada em 18 de março de 1992 com o objetivo de gerar e adaptar tecnologias para apoiar o expressivo crescimento da área cultivada no Estado. Atualmente, possui mais de 25 mil parcelas de pesquisa em 13 unidades do MS, que totalizam 1,7 milhão de hectares.  Toda essa área é destinada a estudos e validação de tecnologias, incluindo áreas de propriedades rurais, onde são realizados trabalhos em parceria com produtores rurais.

 

Na avaliação do presidente da entidade, Luiz Alberto Moraes Novaes, os trabalhos desenvolvidos pela Fundação MS sinalizam a evolução dos sistemas de produção no mundo, com investimentos em ciência e tecnologias, que possibilita o desenvolvimento da agricultura e pecuária. “Apresentamos ao produtor o ranqueamento de variedades, produtos, defensivos e dosagens. Os estudos permitem que a tecnologia seja ajustada para cada tipo de ambiente”, enfatiza.

 

A Fundação MS foi pioneira nas pesquisas com sistemas integrados lavoura-pecuária e lavoura-pecuária-floresta, com foco no desenvolvimento do Sistema de Plantio Direto e, também, na busca por alternativas para a rotação de culturas e cobertura do solo no outono-inverno. Ao longo dos anos, a instituição vem se dedicando no trabalho de adaptação de variedades de soja, buscando materiais mais produtivos, possibilitando a consolidação do milho safrinha.

 

Por meio dos estudos realizados, a entidade posicionou, de forma isenta, corretivos e fertilizantes, assim como produtos para proteção de plantas. As informações foram sistematizadas em publicações, com a criação dos anuários “Tecnologia e Produção: Soja e Milho” e “Tecnologia e Produção: Milho Safrinha e Culturas de Inverno”.

 

Buscando cada vez mais levar as pesquisas para a realidade do campo, a Fundação MS passou a realizar os já tradicionais Dias de Campo e seminários de apresentação de resultados de safra e safrinha. E para ampliar a demonstração e discussão dessas tecnologias, foi criado, em 1995, o Showtec, evento que se consolidou entre os dez maiores do setor agropecuário do Brasil. Em sua última edição, promovida em janeiro deste ano, houve recorde de público, com participação de 15.832 pessoas.

 

Para que as pesquisas prossigam e a Fundação MS dê continuidade no auxílio ao crescimento da agricultura e pecuária no Estado, a instituição conta com mais de 180 produtores rurais mantenedores e, ainda, os mantenedores institucionais, formados pelo Sistema Famasul, Sistema OCB-MS e Aprosoja/MS. 

Fonte: Sato Comunicação

Câmara Temática do Ramo Transporte atualiza estudo para criacão de linhas de crédito para o setor
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Câmara Temática do Ramo Transporte atualiza estudo para criacão de linhas de crédito para o setor

 Integrantes da Câmara Temática do Ramo Transporte se reuniram na quinta-feira (17/3), na sede do Sistema OCB, em Brasília, para atualizar o projeto que visa criação de linhas de financiamento no âmbito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), destinado às cooperativas do ramo.

As linhas de crédito têm três focos: renovação de frota, capital de giro e saneamento financeiro. Um dos assuntos discutidos diz respeito à taxa de juros que precisa levar em consideração a atual situação econômica do país e a prática de mercado, presente em linhas de crédito similares. Os percentuais ainda precisam ser aprovados pelo BNDES, em reunião que deverá ser convocada após a conclusão deste processo.

O estudo de atualização do projeto abordou, ainda, questões como: idade média da frota das cooperativas de transporte, o volume de carga transportada e quantidade de passageiros. “Todos esses detalhes precisam ser consolidados a fim de apresentarmos ao BNDES uma proposta baseada na realidade das cooperativas, com vistas ao desenvolvimento Ramo Transporte no Brasil”, explica a gerente técnica e Econômica do Sistema OCB, Clara Maffia.   

AUDIÊNCIAS PÚBLICAS – O colegiado pediu, também, aos participantes das Câmaras Temáticas do Ramo Transporte que enviem suas contribuições às duas audiências públicas promovidas pela ANTT. São elas: 

- Nº 002/2016 – Dispõe sobre os procedimentos relativos à expedição de Licença Originária, de Autorização de Caráter Ocasional, para empresas nacionais de transporte rodoviário de cargas autorizadas a operar no transporte rodoviário internacional entre países da América do Sul, e de Licença Complementar, em caso de empresas estrangeiras. As contribuições podem ser encaminhadas entre os dias 28/3 à 29/4. 

- Nº 004/2016 – Seus objetivos são a divulgação e a obtenção de contribuições e sugestões para o aprimoramento da minuta de Resolução que revogará a Resolução ANTT nº 420, de 12 de fevereiro de 2004, e suas atualizações. As contribuições poderão ser encaminhadas até o dia 15 de abril de 2016.

TAXI – Na sexta-feira, 18/3, os integrantes do Grupo de Trabalho que discute as prioridades do segmento taxi, debateram o andamento do projeto Bandeira Única, com a apresentação e validação do fluxo de operacionalização do aplicativo, que prevê uma atuação mais ampla, incluindo uma central de compras, câmara de compensação e demais organismos que assegurem o desenvolvimento do segmento. 

Até que entre em operação, o Sistema OCB pretende facilitar o encontro com representantes das cooperativas que já possuem aplicativos, visando conhecer os casos já disponíveis no mercado e desenvolver um modelo único que atenda às necessidades do segmento. 

RECADASTRAMENTO – O Sistema OCB acompanha amanhã, na sede do Sistema Ocemg, em Belo Horizonte (MG), um workshop sobre o Registro Nacional dos Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC). O evento ocorrerá ao longo de todo o dia e deve reunir 80 representantes das cooperativas dos ramos Transporte e Agropecuário, presentes no estado mineiro.

O objetivo do encontro é de preparar os profissionais das cooperativas sobre o correto procedimento de recadastramento dos veículos, no fluxo da metodologia apresentada pela nova Resolução nº 4.799/2015, dirimindo as principais dúvidas do setor. O evento contará com a participação de representantes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), da empresa desenvolvedora da plataforma do recadastramento.

Ainda sobre este assunto, o Sistema OCB estuda a possibilidade de realizar um workshop nacional, com transmissão ao vivo, sobre o procedimento do recadastramento, para sanar as dúvidas de todas as cooperativas.

 
Fonte: Sistema OCB
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