As cooperativas brasileiras estão engajadas na luta por um mundo mais justo e igualitário. É por isso que o Dia C – o Dia de Cooperar – já atua em todos os estados brasileiros. São ações de educação, cultura, esporte, lazer, integração e responsabilidade social. Mais de 1.250 cooperativas já desenvolvem projetos voluntários que visam melhorar as comunidades em que atuam. Só no ano passado, o Dia C beneficiou 2,5 milhões de pessoas.
Em 2016, o programa tem um desafio ainda maior: multiplicar iniciativas estruturadas e continuadas que beneficiam as pessoas ao longo do ano. Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o Dia de Cooperar é uma excelente oportunidade para os brasileiros conhecerem a força do cooperativismo. “As cooperativas têm o poder de contribuir econômica e socialmente. E o Dia C é essa essência colocada em prática. Fortalecer as pessoas e as instituições é a melhor contribuição do programa, que realiza ações diretas, focadas em resultado”, afirma.
A gerente de Desenvolvimento Social de Cooperativas, Maria Eugênia Ruiz, destaca o protagonismo dessas instituições na promoção do bem-estar e da consciência de que é preciso colaborar. “As cooperativas dão um exemplo de cidadania à sociedade, mostrando que ela só se transforma quando todos se juntam para dar a sua contribuição. Com o Dia C, os valores e princípios do cooperativismo são traduzidos na forma de ações transformadoras em benefício das comunidades”, ressalta.
TODO DIA É DIA DE COOPERAR
O Dia de Cooperar, também conhecido como Dia C, nasceu em 2009 como um projeto inovador que rapidamente ganhou a adesão de muitas cooperativas. A iniciativa logo se espalhou pelo país inteiro. Em 2015, ocorreram ações do Dia C em todos os estados brasileiros. Mais de mil atividades foram desenvolvidas, consolidando o Dia C como uma verdadeira mobilização nacional.
“Esse é um programa promovido por pessoas que espontaneamente firmam um compromisso com os valores e princípios cooperativistas”, complementa o presidente Márcio Freitas. As cooperativas contam com o apoio do Sistema OCB e suas unidades estaduais no desafio de evoluir as ações de voluntariado para projetos que promovam uma verdadeira transformação social.
DIA C EM NÚMEROS
- Mais de 1250 cooperativas integradas ao programa;
- 280 mil voluntários engajados;
- 2,5 milhões de beneficiados;
- 50 milhões de pessoas envolvidas direta ou indiretamente com o cooperativismo no Brasil.
O dólar acima dos R$ 4 tem provocado dor de cabeça para muita gente, mas também é vista como oportunidade para alguns setores da economia brasileira, como o agronegócio. O presidente da Coamo Agroindustrial Cooperativa, José Aroldo Gallassini, afirma que o setor enfrenta a crise com tranquilidade, favorecendo a exportação de grãos.
Na manhã de ontem, Galassini se reuniu em Dourados com cooperados nas chamadas “pré-assembleias”, realizadas semestralmente na Coamo. O objetivo é promover maior aproximação e integração entre a diretoria e cooperados, bem como mostrar os resultados do exercício e os benefícios oferecidos em várias áreas pela cooperativa ao quadro social.
Se a alta do dólar favoreceu o agronegócio, por outro lado tem sido ruim para fábricas que dependem muito de insumos importados, varejistas que importam sua mercadoria e empresas e pessoas que têm dívidas em dólar. Isso atingiu em cheio, por exemplo, a indústria, que cada vez mais tem demitido trabalhadores.
Melhor ano
A Coamo é a maior cooperativa de produtores rurais da América Latina e responde por cerca de 3,5% da produção de grãos do país, com 27,9 mil produtores cooperados, nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Em 2014, sete milhões de toneladas de produtos agrícolas renderam um faturamento de R$ 8,6 bilhões. O crescimento foi de 2,9% na produção e de 6% em receitas, sustentadas por R$ 647 milhões em lucro líquido e por ativos da ordem de R$ 7 bilhões.
Para 2015, segundo José Atoldo Gallassini, o crescimento foi ainda maior, de 22,83%, o maior de toda a história da cooperativa. “Vamos faturar R$ 10 bilhões em 2015”, afirmou. Uma das vantagens de quem é cooperado da Coamo é a distribuição da sobra de lucros que desta vez deverá ser de R$ 318 milhões, porém a aprovação do recurso ainda vai para aprovação em assembleia.
CrediCoamo
Aproveitando a vinda de Gallassini em Dourados, a direção local inaugurou a Credicoamo, uma cooperativa de crédito que oferece assistência financeira aos associados em suas atividades, com a finalidade de fomentar a produção, produtividade rural e a comercialização.
O gerente da Coamo em Dourados, Fernando Borba, diz que dos 365 cooperados na cidade, 100 já abriram crédito na Credicoamo. “Temos taxas próprias em valor mais baixo e o nosso banco, ao gerar lucro, devolve as sobras para o cooperado”, explica Fernando.
Na CrediCoamo, os cooperados encontram linhas exclusivas de produtos e serviços como conta corrente, cartão de crédito internacional, empréstimos para capital de giro; financiamentos de custeio e investimento para agricultura, pré-comercialização; financiamento complementar; financiamento para veículos, financiamentos para aquisição, construção, reforma ou ampliação de residências urbana e rural e outros bens, além de seguros de diversos ramos: agrícola residenciais, de vida e para máquinas e implementos agrícolas.
Fonte: O Progresso/Flávio Verão
Nesta sexta-feira, dia 29, encerram as inscrições para o FORMACOOP – Programa de Formação de Dirigentes e Gerentes de Coperativas e para o Programa de Desenvolvimento de Líderes Cooperativistas.
O Formacoop foi desenvolvido para atender a demanda das cooperativas de Mato Grosso do Sul para capacitação do público cooperativista, nos diversos ramos de cooperativas, nas áreas de: recursos humanos, gestão de cooperativas, finanças e educação cooperativista.
Já o Programa de Líderes foi desenvolvido para atender a demanda que os dirigentes, conselheiros e executivos dos mais diversos segmentos de cooperativas possuem sobre gestão de pessoas e liderança. Vem de encontro aos anseios desse público, que possui imediata necessidade de se atualizar nas modernas técnicas administrativas e estilos de liderança, preparando-os para os desafios diários que o mercado cada vez mais competitivo os impõe. O programa aborda uma grande diversidade de conceitos e práticas, essenciais para a atualização dos conceitos, instrumentos e métodos usados na moderna administração de empresas e que se aplicam à gestão de pessoas nas cooperativas e ao exercício da liderança. As disciplinas serão ministradas por profissionais de grande conhecimento e que atuam em diversos estados brasileiros.
As inscrições encerram dia 29, sexta-feira, e podem ser feitas pelo
“O cooperativismo é um modelo societário plenamente estabelecido no país e reúne as melhores condições de contribuir com o desenvolvimento da economia nacional.” Com esta frase, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, iniciou seu discurso durante sua participação na 44ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, mais conhecido como Conselhão.
A reunião ocorreu ao longo da tarde de hoje, no Palácio do Planalto e contou com a participação da presidente da República, Dilma Rousseff. O encontro faz parte da estratégia do governo federal para encontrar alternativas que o levem o Brasil a superar a crise. Alguns ministros participaram da reunião: Nelson Barbosa (Fazenda), Alexandre Tombini (Banco Central), Kátia Abreu (Agricultura) e Jaques Wagner, da Casa Civil, para quem este é o melhor momento para uma retomada da economia.
CONFIANÇA – O movimento cooperativista, representado pelo presidente do Sistema OCB, foi convidado pelo próprio governo federal a integrar o Conselho. Márcio Freitas defendeu que o cooperativismo precisa ser reconhecido como ferramenta de desenvolvimento social e econômico para o Brasil.
“Este é o momento de retomarmos a esperança de que o Brasil pode continuar crescendo com sustentabilidade e a passos largos, amparados por um modelo que estimula a participação de todos e que gera confiança. E o cooperativismo é isso: uma sociedade de pessoas que confiam umas nas outras. E é isso que venho aqui oferecer: confiança”, argumenta a liderança cooperativista.
Segundo Márcio Freitas, atualmente existem 6,5 mil cooperativas registradas na OCB. Juntas, elas são responsáveis por reunir 12,7 milhões de pessoas cooperadas, ou seja, ¼ da população brasileira, e, ainda, por gerar mais 360 mil empregos diretos.
“Um movimento como o cooperativismo, com números tão expressivos, não pode passar batido. Tanto é verdade que a Organização das Nações Unidas já reconheceu o nosso setor como uma alternativa à crise econômica mundial. Estou aqui, em nome de todas as famílias cooperativistas brasileiras para dizer que o nosso setor está do lado de todas as ações que farão do Brasil uma grande economia novamente”, reforça.
VANTAGENS – Para exemplificar a importância do cooperativismo para a economia do Brasil, Márcio Freitas, destaca o papel do movimento no setor agropecuário. “As nossas cooperativas são responsáveis por 48% de tudo que é produzido no campo brasileiro. E este setor precisa do apoio do governo federal para continuar contribuindo, como tem feito nos últimos anos. Na nossa opinião, três medidas são fundamentais para a retomada da confiança e os investimentos do setor: política forte de garantia da produção e renda, política comercial com foco em acesso a mercados externos e avanço tecnológico de processos.
EMPREENDEDORISMO COLETIVO – Márcio Freitas é enfático ao afirmar que o cooperativismo tem em seu DNA a visão de longo prazo e a identidade de desenvolvimento sustentável. “Investir no cooperativismo é investir em um jeito diferente de pensar a sociedade, a geração de renda e a inclusão social da população, por meio da promoção e do fortalecimento do empreendedorismo coletivo, aquele que potencializa e compartilha resultados”, conclui.
CONSELHÃO – Criado em 2003 no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o conselho é presidido por Dilma Rousseff. Neste ano, ele passa a ser composto por 92 integrantes – antes eram 90 – que representam empresários, movimentos sociais, sindicatos e a sociedade civil. A última reunião do grupo ocorreu em junho de 2014.
O fim do ano trouxe um pouco de ânimo para cadeia produtiva ligada à agropecuária. O Índice de Confiança do Agronegócio, divulgado nesta quinta-feira, pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), fechou o quatro trimestre de 2015 em 84,3 pontos. A alta de 1,9 ponto na comparação com o trimestre anterior pôs fim à sequência de três quedas consecutivas registradas ao longo de 2015.
Apesar da recuperação, o índice geral ainda fecha o ano 9,2 pontos abaixo do registrado ao final de 2014, quando marcou 93,5 pontos.
A melhora, observada entre outubro e dezembro, se deve ao aumento dos índices de confiança do Produtor Agropecuário (88,4 pontos, crescimento de 2,5 pontos) e da Indústria Depois da Porteira (87,1, alta de 4,4 pontos), que reúne preponderantemente as indústrias de alimentos. Ambos os grupos compensaram a diminuição no indicador da Indústria Antes da Porteira (67,8 pontos), constituída pelos fornecedores de insumos, como fertilizantes, defensivos, máquinas e equipamentos agrícolas.
A queda de 5,5 pontos apresentada neste elo da cadeia, explica o gerente do departamento de Agronegócio da Fiesp, Antonio Carlos Costa, foi influenciada pela falta de confiança do produtor na economia e os receios com o cenário político.
“Em um momento como o que estamos vivendo no País o produtor age como qualquer consumidor, ou seja, pisa no freio e reduz os investimentos, ainda que a avaliação sobre o próprio negócio esteja em patamares elevados”, resume Costa. “Neste caso específico, revê o seu pacote tecnológico e quem sofre mais diretamente com isso é a indústria de insumos.”
Na média geral, os participantes da pesquisa mostraram-se mais confiantes no que diz respeito ao futuro próximo do que em relação ao presente: o indicador das expectativas cresceu de 84 para 88 pontos, enquanto o índice da situação atual caiu de 79 para 76 pontos. De acordo com a metodologia do estudo, resultados abaixo dos 100 pontos indicam baixo grau de confiança.
Produtores agrícolas e pecuários
Ambos os perfis que compõem o elo “Dentro da Porteira” registraram aumento do nível de confiança. A alta, de 2,5 pontos em relação ao terceiro trimestre, fez com que o IC Agro do Produtor Agropecuário chegasse a 88,4 pontos, maior patamar registrado em 2015.
Os produtores agrícolas fecharam o período com o índice de confiança em 89,4 pontos, incremento de 2,6 pontos na comparação com o trimestre imediatamente anterior. A valorização das cotações de algumas commodities do setor no período, como o açúcar e etanol, café, milho, entre outras foi uma das principais responsáveis por esse resultado. Em contrapartida, o indicador ainda não conseguiu recuperar os níveis de 2014, quando esteve sempre acima de 90 pontos.
O motivo, explica o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, é a falta de confiança nas condições da economia brasileira, que fechou o último trimestre do ano passado em 38 pontos, um patamar muito baixo.
“Apesar de o produtor continuar confiante com seus níveis de produtividade, ele enxerga com cautela os reflexos do atual cenário econômico em seu negócio, a exemplo dos impactos em seu custo de produção. Ainda persiste o receio em relação ao crédito rural, que apesar de ter se mantido estável em relação ao último levantamento, permanece em ambiente pessimista.”
Já a confiança do produtor pecuário subiu 2,4 pontos, em relação ao trimestre anterior, chegando a 85,4 pontos. O indicador aumentou mais entre os pecuaristas de corte, chegando a 88,4 pontos, uma alta de 3,6 pontos, com destaque para a produtividade – no mesmo período, o índice entre os criadores de gado leiteiro permaneceu estável, em 80,1 pontos, com destaque negativo para o custo de produção. Dessa forma, foi interrompida uma sequência de quatro quedas.