Na próxima quarta-feira (2/3), em Brasília, durante a reunião da Câmara de Leite do Sistema OCB, serão apresentados os detalhes e a assinatura do contrato de realização da segunda edição do Censo do Cooperativismo de Leite. Os últimos detalhes foram discutidos pelo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e o chefe geral da Embrapa Gado de Leite de Juiz de Fora (MG), Paulo Martins, que visitou institucionalmente a Casa do Cooperativismo, na capital federal, no fim da tarde de ontem.
A intenção das duas instituições ao propor a realização do censo é conhecer a realidade do setor leiteiro e buscar soluções para que as cooperativas ampliem e fortaleçam sua relação tanto com os produtores quanto com o mercado consumidor. Todo o trabalho será realizado em parceria com as unidades estaduais do Sistema OCB.
CONTRIBUIÇÃO – Segundo o presidente Márcio Freitas, conhecer a fundo as atividades das cooperativas é primordial para a atuação do Sistema OCB como entidade de representação. “Sabemos que o cooperativismo de leite desempenha papel fundamental na organização dos produtores em um mercado altamente competitivo. No último levantamento as cooperativas eram responsáveis pela captação de 40% da produção de leite no Brasil, reunindo mais de 151 mil produtores associados. É uma importante contribuição social e econômica!”, argumenta o cooperativista.
1º CENSO – Em 2003, a OCB, em conjunto com o Centro de Estudos em Pesquisas Avançadas (Cepea) e Embrapa Gado de Leite, realizou a primeira edição do Censo do Cooperativismo de Leite, o qual gerou informações que permitiram ao setor traçar um plano de desenvolvimento estratégico, fornecendo subsídios para o Sistema Cooperativista acompanhar e influenciar as políticas públicas de seu interesse. Com tais informações, foram desenvolvidas também ações de fomento às exportações dos produtos lácteos e a criação do Sistema de Monitoramento do Mercado de Leite no Brasil, o Simleite.
DESAFIO – Desde o primeiro levantamento o mercado de lácteos tem passado por profundas mudanças: a adoção de tecnologias, a dificuldade com mão de obra especializada e com marcos regulatórios, além da concentração de grandes atores no setor industrial, especialmente com capital estrangeiro, o que fez crescer o desafio do cooperativismo de leite brasileiro para manter-se competitivo.
COMPROMETIMENTO – “O sucesso do primeiro Censo, com dados coletados em mais de 280 cooperativas somente se deu em função do empenho e compromisso das unidades estaduais. Desta forma, gostaríamos de contar novamente com o importante apoio dos estados na implantação deste trabalho”, conclama o presidente do Sistema OCB.
As cooperativas autorizadas, aquelas que atendem exclusivamente a consumidores rurais, serão um dos temas prioritários para a atuação do Conselho Consultivo do Ramo Infraestrutura neste ano. Para isso, um grupo de trabalho foi instaurado no fim do ano passado, objetivando a realização de um diagnóstico da situação dessas distribuidoras, organização e priorização das demandas para a atuação da OCB frente ao Congresso Nacional e ao Poder Executivo.
Ontem, durante reunião ordinária do Conselho Consultivo do Ramo Infraestrutura, realizada na sede da OCB, em Brasília, o assunto foi discutido pelos representantes nacionais do ramo. “Nosso desafio é ampliar os laços entre estas cooperativas e o Sistema OCB, resultado em uma melhor atuação na defesa de suas demandas e interesses”, comenta o coordenador do GT Autorizadas, Jorge Luiz Barbosa.
Segundo ele, entre as principais demandas estão: a manutenção dos descontos tarifários para este tipo de cooperativa, a definição de polígonos (áreas de atuação, de acordo com as normas do setor elétrico) e a possibilidade de inclusão de novos cooperados, processo este amparado por algum tipo de normativo específico.
Além deste assunto, os conselheiros também discutiram o processo de construção da metodologia de revisão tarifária, o enquadramento das cooperativas do Ramo Infraestrutura na Agência Reguladora e as negociações com o Ministério de Minas e Energia que visam a manutenção dos descontos tarifários ou alternativas que possibilitem a aquisição de energia elétrica a um custo compatível com a capacidade de pagamento das cooperativas e seus consumidores.
RAMO CONSUMO – Ainda ontem, representantes do Conselho Consultivo do Ramo Consumo (Conacon) também estiveram reunidos e discutiram a alteração e a aprovação do Regimento Interno do ramo e o plano de ação para 2016. O grupo também conheceu a forma de desenvolvimento da Organização do Quadro Social da cooperativa Cooper, de Santa Catarina, segunda maior do país. Os assuntos debatidos ainda serão aprovados na próxima reunião do Conacon, prevista para abril, quando também será eleito o novo coordenador nacional do Ramo.
Como parte das comemorações dos seus 50 anos, o Banco Central do Brasil lançou o “Prêmio Banco Central de Economia e Finanças”, cuja finalidade é estimular a pesquisa nos campos da ciência econômica e dos temas relacionados à sua missão. Nesta primeira edição, as monografias, que poderão ser escritas em português ou inglês, deverão versar sobre o tema “Política Monetária” e ter enfoque atual, com aplicabilidade para o caso brasileiro.
INSCRIÇÃO – As inscrições ocorrerão de 15 de março a 15 de abril de 2016. O resultado será publicado em 1º de agosto de 2016.
PREMIAÇÃO – O resultado do concurso será divulgado em 1º.8.2016. A solenidade de entrega dos prêmios ocorrerá durante o “XI Seminário sobre Riscos, Estabilidade Financeira e Economia Bancária do Banco Central do Brasil”. O primeiro lugar receberá R$ 20 mil; o segundo, R$ 10 mil; e o terceiro, R$ 5 mil.
REGULAMENTO – O regulamento do Prêmio Banco Central de Economia e Finanças encontra-se disponível napágina do BCB. Eventuais dúvidas sobre o processo de inscrição poderão ser esclarecidas pelo endereço eletrônico:
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) abriram chamada pública para conceder apoio financeiro a atividades de extensão, pesquisa e educação relacionadas à agroecologia e a sistemas orgânicos de produção. Os interessados devem enviar suas propostas até 12 de maio deste ano. Clique aqui para acessar o site do CNPq.
A chamada pública tem como alvo estudantes do ensino básico, técnico e tecnológico; agricultores familiares; produtores em transição agroecológica ou envolvidos com a produção orgânica ou de base agroecológica; professores de instituições de ensino da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e agentes de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER).
Os projetos inscritos devem integrar atividades de extensão tecnológica, pesquisa científica e educação profissional para construção e socialização de conhecimentos e técnicas relacionados à agroecologia e aos sistemas orgânicos de produção. O edital prevê também a implantação ou manutenção de núcleos de estudo em agroecologia e produção orgânica.
As propostas aprovadas serão financiadas com recursos no valor global de R$ 4,07 milhões, sendo R$ 2,6 milhões destinados ao pagamento de bolsas e R$ 1,4 milhão ao custeio das pesquisas. Cada projeto terá valor máximo de financiamento de R$ 100 mil. O resultado da seleção deverá ser divulgado a partir de 12 de julho, no Diário Oficial da União e na página do CNPq na internet.
A última chamada pública do Mapa e do CNPq ocorreu em 2014, voltada para pesquisa em sementes, adubos verdes e boas práticas de extrativismo. Com investimento de R$ 6,8 milhões, o edital selecionou 23 projetos, que resultaram no apoio a 119 núcleos.
O Mapa estima que, até o momento, os estudos beneficiaram mais de 125 mil pessoas (técnicos, agricultores e estudantes) e viabilizaram mais de 1.700 produções acadêmicas. (Fonte: Assimp do Mapa)
O cooperativismo está com uma grande oportunidade em mãos. O Ministério da Educação (MEC) prorrogou até o dia 15/3 a consulta pública do texto preliminar da Base Nacional Comum (BNC). O documento trata dos conhecimentos essenciais que devem ser transmitidos aos estudantes brasileiros durante sua trajetória na Educação Básica, ano a ano, desde o ingresso na creche até o final do Ensino Médio. E esta é uma grande chance para que o cooperativismo seja incluído como parte do conteúdo a ser trabalhado nas salas de aula de todas as escolas públicas do país.
“A inclusão do cooperativismo no currículo educacional abre espaço para uma aprendizagem que pode prover a força motriz da transformação, tão necessária para o equilíbrio econômico e a equanimidade social que o nosso país tanto carece. Portanto, perante as evidências do poder transformador das cooperativas, propõe-se que as contribuições que tratam sobre este tema sejam avaliadas com uma atenção especial da equipe de especialistas”, explica o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
COMO PARTICIPAR - O documento será elaborado de forma participativa e a contribuição do movimento cooperativista é fundamental para que a doutrina cooperativista seja incorporada às disciplinas que compõem a BNC. Para contribuir é simples. Basta acessaro site do MEC e fazer seu cadastro. Depois de receber a senha, é só inserir as propostas.
E, com o objetivo de auxiliar, o Sistema OCB elaborou um documento com o passo-a-passo e sugestões de propostas que podem ser inseridas. Para acessá-lo, clique aqui.
“Nossa intenção é que os temas cooperação, empreendedorismo coletivo e cooperativismo estejam incluídos nas mais diversas disciplinas, de forma transversal. Ou seja, a inclusão de uma disciplina específica do cooperativismo não é nosso objetivo, mas, sim, que o tema esteja inserido em todo o currículo da educação básica”, argumenta Márcio Freitas.
Segundo ele, essa é uma chance de transformação. “É o momento de nos unirmos, mais uma vez, a fim de vermos ocorrer a educação que tanto queremos para o Brasil, com o cooperativismo inserido nas grades e atividades curriculares. Juntos, vamos fazer a diferença, inserindo o cooperativismo desde cedo na formação dos futuros cidadãos brasileiros”, enfatiza a liderança cooperativista.