O Encontro Técnico do Leite é promovido pelo Sindicato Rural de Campo Grande e é um evento tradicional no setor. Este ano é a sua 19ª edição e abordou o tema “O planejamento nutricional para o invento”. O encontro reuniu ocorre no mês de junho, em Campo Grande e reuniu produtores, profissionais da área e estudantes. O Sistema OCB/MS prestigiou e apoiou o evento.
O presidente do sindicato, Ruy Fachini evidenciou que o Mato Grosso do Sul já teve melhores indicadores na produção leiteira e que por isso esses eventos são importantes para o fomento. “Atualmente o Estado ocupa a 13ª posição no ranking nacional da produção do leite, com um rebanho de 529 mil vacas e uma produção de 988 litros de leite por vaca ao ano”, declarou.
“Buscamos neste evento evidenciar a importância do uso das ferramentas de gestão para a atividade leiteira, difundir tecnologias e conhecimentos acessíveis aos produtores para aumentar a eficiência na produção leiteira”, comenta Wilson Igi, presidente do Departamento do Leite do Sindicato Rural.
A abertura do ciclo de palestras foi feita pelo holandês Dick van den Hengel, que é graduado em Ciência Animal e Economia Rural pela Universidade de Wageningen e possui mestrado em Gestão e Administração de Empresas pela Universidade de Tilburg, além de ter em seu currículo a TIAS - Escola de Negócios Nimbas Profissional do Agronegócio com experiência em Gerenciamento de Desenvolvimento de Novos Produtos, Vendas Marketing e Produção de Alimentos para Ruminantes. A palestra de Hengel teve o tema “Impacto da Qualidade do Volumoso na Produção do Leite”.
Em seguida, o palestrante Luiz Manuel Ferreira Queirós, de Portugal, falou aos produtores. Queiroz é engenheiro agrário, licenciado pela Escola Superior Agrária de Coimbra, além de ser mestre em Produção e Nutrição Animal pela Universidade Técnica de Lisboa. Hoje ele atua como diretor técnico da Lallemand Animal Nutrition. Ele discorreu sobre o seguinte assunto: “Produção e Avaliação da Qualidade da Silagem de Milho”.
Na parte da tarde, João Ricardo Alves Pereira, professor adjunto do Departamento de Zootecnia da Universidade de Ponta Grossa, no Paraná fez apresentação aos participantes. Pereira é graduado em Zootecnia pela Unesp/Jaboticabal e mestre em Nutrição Animal e Pastagem pela Esalq/USP e doutor em Produção Animal. Ele também é consultor de empresas. João fez uma apresentação com o tema: “Produção de Silagem Pré-secada com Forrageiras Tropicais”.
Ainda na programação ocorreu a palestra sobre “Adubação Estratégica para Aumentar a Produção de Pasto no Inverno. Quem discorreu sobre o tema foi o zootecnista com mestrado e doutorado em Ciência Animal e Pastagem pela Esalq/USP, Carlos Eduardo Oltramari. Há um ano ele é gerente nacional de Produtos de Produção Animal na Timac Agro.
O último a palestrar no encontro, às 16 horas, foi Marcelo Guimarães, com o mote “Cana-de-açúcar na Nutrição de Vacas em Lactação”. Marcelo é médico veterinário formado pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Atualmente ele é assistente técnico comercial da Tortuga/DSM.
Houve ainda a participação do também médico veterinário com experiência em pecuária de leite nos Estados Unidos e na Nova Zelândia, Rodney Guadagnin Santos. O profissional atua como analista de pecuária do Sistema Famasul e como coordenador da Câmara Setorial da Cadeira Produtiva do Leite de Mato Grosso do Sul.
A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) analisaram o cenário do setor leiteiro e, ainda, os principais fatores que levaram os indicadores a registrar as maiores altas da história para o mês de maio. A notícia que se tem é: o ano de 2015 foi marcado por grandes dificuldades para o setor de leite no país.
DESESTÍMULO – Os preços internacionais em níveis muito baixos, a retração do consumo no mercado interno em função da crise econômica, somados aos problemas climáticos em regiões produtoras e o aumento nos custos de produção no campo, especialmente em função dos principais insumos, como é o caso do milho, são os principais fatores que desestimularam a produção nacional.
A piora na relação de troca, ou na relação entre remuneração e custos de produção, resultou em um desestímulo à produção e consequentemente retração na captação. O indicador de preço da saca de milho em Campinas/SP foi cotado, em maio, a R$ 51,48/sc, uma alta de 5,2% com relação a abril, e comparado com o ano anterior a relação de troca por litro de leite teve piora de 41,7%.
Com isso o setor tem se defrontado com diminuição da oferta de matéria prima. Se por um lado a escassez faz com que o processo de aumento dos preços pagos ao produtor se acelere, buscando, mesmo que de forma tardia, corrigir os aumentos de custos de produção no campo, e os preços no atacado, por outro percebe-se a dificuldade no repasse para muitos derivados lácteos, dificultam a elevação dos preços ao produtor em patamares suficientes para estimular a produção. Ressalta-se que muitos pecuaristas ainda estão pagando as dívidas do ano anterior.
A boa notícia é que os indicadores com maior correlação com os preços ao produtor, até o último dia do mês apresentaram altas significativas. Em 31 de maio, o indicador de leite UHT no atacado de São Paulo chegou a R$ 3,22/Litro, valor 41,1% acima do mesmo período em 2015, e o indicador muçarela, fechou a R$ 16,91/Kg, variação 30,7% superior, em valores nominais. Devido a essas altas consecutivas, alguns produtos lácteos estão chegando nos patamares de preços de 2013, ano de preços nacionais recordes para muitos derivados como queijo prato e leite em pó.
Mesmo o indicador do leite UHT de SP que atingiu a mínima histórica deflacionada entre os meses de janeiro de fevereiro de 2015, comercializado nos patamares de R$ 2,40/Litro durante a maior parte do ano, registraram os maiores preços mensais no atacado de SP em maio. Dessa forma, num intervalo menor que dois anos, tanto os indicadores do leite UHT, como do queijo muçarela, registraram seus menores (jan/15) e maiores preços (mai/16) das respectivas séries históricas, o que confirma um certo desequilíbrio no setor.
Já o preço recebido pelo produtor tem seguido o mesmo movimento de mercado, com o preço médio de maio fechado a R$ 1,1571, variação de 4,5% com relação ao mês anterior e 15,0% superior que o mesmo período do ano passado, em valores reais. Fato que pode ser confirmado pelo ICAP-L (Índice de Captação de Leite) que baliza como está a captação de leite pela indústria.
No fechamento de preços do último mês com o leite coletado em abril, esse índice registrou queda de 3,4%, sendo que já é o quinto mês seguido de redução na captação que resulta numa queda acumulada de 18,4% apenas em 2016. No curto prazo, a oferta de leite no campo pode ter uma ligeira melhora, principalmente por conta das forragens de inverno dos estados do Sul do País que começam a serem utilizadas.
Cabe lembrar que toda a dinâmica que o mercado está apresentando é em busca de corrigir uma dificuldade generalizada na cadeia, que se arrasta desde o ano passado, com o produtor que perde renda pelo aumento no custo de produção e na indústria, prejudicada pelo desaquecimento do consumo e cenário global. (Fonte: Equipe Leite Cepea e OCB)
Clique nos links abaixo para conferir a evolução dos preços entre 2013 e 2016:
Gráfico 1 – Leite UHT
Gráfico 2 – Queijo Muçarela
A FENATRACOOP - Federação nacional dos Trabalhadores Celetistas nas Cooperativas no Brasil, apresentou à OCB/MS, seu rol de reivindicações 2016-2017, com o objetivo de iniciar as negociações para formalização de Convenção Coletiva de Trabalho entre as entidades sindicais.
o rol de reivindicações será objeto de apreciação, pelas cooperativas estabelecidas no Mato Grosso do Sul, na assembleia geral extraordinária da OCB/MS, que será realizada no dia 10/06/2016, as 10 horas, na Casa do Cooperativismo, situada na rua Ceará, 2245, em Campo Grande/MS, conforme edital de convocação publicado no Jornal O Estado, edição de 31/05/2016, na página E2.
Representantes de mais de 100 cooperativas paulistas participaram hoje do primeiro dia do Encontro Estadual de Agentes de Desenvolvimento Humano de São Paulo, realizado na sede da Ocesp, na capital. O superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, ao lado do presidente da unidade anfitriã, Edvaldo Del Grande, fizeram a abertura do evento que também contou com a participação de técnicos de 10 estados brasileiros.
O evento que está na segunda edição tem o objetivo de ampliar o conhecimento dos agentes sobre a ferramenta Gestão de Desenvolvimento Humano (GDH), capaz de administrar, acompanhar, organizar e consolidar as ações de treinamentos e de programas de formação e desenvolvimento social.
“O GDH é um software que permite realizar o planejamento das ações tanto de organizações estaduais quanto de cooperativas e é por isso que a presença dos agentes é tão importante, pois são eles os grandes responsáveis pela utilização dessa ferramenta”, comenta Renato Nobile, durante a abertura do encontro, cujo tema é “ADH como fator de desempenho e resultado na cooperativa”.
GDH EM SP – Atualmente são 144 cooperativas com seu Planejamento Anual gerido pelo GDH. Cada cooperativa possui pelo menos um Agente de Desenvolvimento Humano (ADH) habilitado a realizar o levantamento das necessidades de treinamento e de ações de promoção social, além de operacionalizar o GDH. Na maioria das vezes é vinculado a área de recursos humanos da cooperativa. Em 2015, a unidade do Sescoop em São Paulo capacitou técnicos de 153 cooperativas para utilização do GDH, sendo que, deste universo, 89 ADHs foram qualificados.
ESTRATÉGIA NACIONAL – Aproveitando o convite feito pelo Sescoop/SP aos outros estados (SP, PR, GO, RJ, ES, MS, TO, BA, CE, RN, PB, AP, RO e PE) que já possuem ou estão em vias de implantar o GDH, a unidade nacional do Sescoop realizará na quinta-feira, dia 9/6, uma oficina para discutir as estratégias de implantação do GDH e de atividades com os ADH’s nas unidades estaduais. A intenção é desenvolver uma orientação de trabalho que servirá de modelo a todos os estados interessados em formar figura do ADH como interlocutor entre a unidade e a cooperativa.
SAIBA MAIS – Por meio do software Gestão de Desenvolvimento Humano (GDH), é possível gerar relatórios gerenciais e operacionais de ações realizadas tanto por cooperativas quanto por organizações estaduais. Além disso, o GDH também possibilita:
- Maior segurança nas informações;
- Inserção e acesso ao Banco Nacional de Empresas e Instrutores;
- Cadastro dos beneficiários das ações desenvolvidas pelo Sescoop;
- Emitir relatórios de planejamento, execução, acompanhamento e controle;
- Maior agilidade na troca de informações entre Sescoop e cooperativa;
- Facilitar as atividades do dia a dia, tais como emissão de lista de presença e avaliação, lançamento de presença, tabulação de avaliações, etc.