Durante a abertura do IV Seminário de Líderes, no dia 02 de dezembro, o secretário adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico do Estado de Mato Grosso do Sul, Ricardo Sena, que estava representando o governador Reinaldo Azambuja, anunciou a criação do Procoop- Programa de Desenvolvimento e Fortalecimento das Cooperativas Sul-mato-grossenses.
Esse programa será realizado em conjunto pelo governo estadual e o Sistema OCB/MS e visa estabelecer estratégias para o desenvolvimento do cooperativismo no Estado de Mato Grosso do Sul, alinhando as ações governamentais, além de estimular a forma cooperativa de organização social, econômica e cultural nos diversos ramos de atuação, com base nos princípios gerais do associativismo, cooperativismo e na legislação vigente; ampliar a competitividade e sustentabilidade das cooperativas; e o fortalecimento da rede de fornecedores com redução de gargalos de distribuição e logística.
“O cooperativismo é um segmento importante da nossa economia e o governo atual trabalha para fomentar o desenvolvimento econômico do nosso Estado, que hoje, apesar da crise, vive uma situação mais confortável e estável que os demais estados do país”, declarou o secretário adjunto. Ainda segundo ele, o lançamento do Procoop será em breve.
COAMO NO MS – A cooperativa está presente no Mato Grosso do Sul desde 2003. Veio para o MS atendendo a pedidos de produtores que eram seus associados em diversos municípios do Paraná e Santa Catarina e haviam se transferido para o Estado. Pensando nos associados, a diretoria aprovou a instalação das unidades inicialmente nas regiões de Caarapó, Amambai e Aral Moreira, depois nas regiões de Laguna Carapã, Dourados, Maracaju, Ponta Porã. Em 2017, estarão funcionando mais dois novos e modernos entrepostos nas regiões de Itaporã e Sidrolândia com investimentos de R$ 92 milhões que resultarão em benefícios diretos para centenas de produtores dessas importantes regiões produtoras do MS.
Fonte: Coamo
Autoridades e lideranças dos Estados do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul reuniram-se na manhã desta terça-feira em Campo Grande para discutir temas relacionados a defesa sanitária animal, em especial o trabalho realizado na prevenção da febre aftosa. O Sistema OCB/MS estava presente na discussão.
Após a palestra da Pesquisadora da Embrapa Gado de Corte, Vanessa Felipe de Souza, que abordou o tema “A Vacinação como estratégia para defesa sanitária animal” foi a vez dos Estados apresentarem um panorama sobre a realidade da pecuária de corte.
O Diretor Presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), médico veterinário Luciano Chiochetta apresentou o trabalho de Mato Grosso do Sul, dando ênfase ao sistema de defesa da Agência estruturado em 78 dos 79 municípios do Estado.
Depois foi a vez do representante do Paraná, Inácio Afonso Kroetz, Presidente da Agencia de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR), apresentar o trabalho do serviço de defesa do seu Estado.
Guilherme Linhares Nolasco, Presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (INDEA), discorreu sobre as ações promovidas e o sistema de defesa de seu Estado.
O superintendente da SFA/Ministério da Agricultura e Abastecimento (MAPA) de Mato Grosso do Sul, Celso de Souza Martins, comentou a importância do encontro e da discussão de temas que podem nortear as ações que visam uma possível mudança de status sanitário, podendo levar os três Estados a solicitarem o status de ‘livre de vacinação sem aftosa’ no futuro.
O Secretario de Produção e Agricultura Familiar, Fernando Mendes Lamas, e o Secretário de Agricultura e do Abastecimento do Paraná,Norberto Anacleto Ortigara, coordenadores do encontro, fizeram uma avaliação positiva sobre a troca de experiências e sobre a importância de colocar em pauta questões que envolvem a discussão de mudança de status sanitário dos Estados.
Participaram do encontro, que aconteceu no auditório da Embrapa Gado de Corte, o Chefe Geral, Cleber Oliveira Soares, o Superintendente do Sistema Cooperativo Ocepar, do Paraná, Robson Mafioletti, o Vice presidente e Secretário de Politica Agrícola da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (FETAEP), Marcos Junior Brambilla, o Diretor Vice Presidente da Cooperativa Agroindustrial Copagril, do Paraná, Elói Darci Podkowa, o Diretor Executivo da Frimesa Cooperativa Central, Elias José Zydek, da SEAB, Otamir Martins, da SFA-MS, Carlos Eduardo Silva, Nilton César da Silva e Elvio Cazola,representando a Famasul Horácio Tinoco, da OCB-MS, Sadi de Paula, além de profissionais da equipe da Iagro, Agraer e Sepaf.
Kelly Ventorim, Assessora de comunicação da Secretaria de Produção e Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul
No dia 6 de dezembro, os colaboradores da Sicredi União MS/TO doarão sangue participando da Campanha de Doação do Sistema OCB/MS, que é fundamentada no 7º princípio cooperativista "Interesse pela comunidade", mostrando que o cooperativismo além de uma alternativa para o desenvolvimento econômico também possui o seu ideal solidário, de respeito e zelo pela vida assumidos enquanto Responsabilidade Social e, voltada à qualidade de vida e saúde da nossa sociedade.
O sistema OCB/MS lança novamente esta campanha para sensibilizar as pessoas sobre a importância de ser um doador de sangue e salvar muitas vidas. O foco da campanha ocorre de 17 de novembro a 09 de dezembro.
Procure o Hemosul ou o banco de sangue mais próximo e faça sua doação. Apresente seu comprovante na sede do Sistema OCB/MS e ganhe uma camiseta para divulgar a campanha.
Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócio da FGV/EESP e embaixador especial da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) para o cooperativismo mundial, foi o entrevistado da edição deste mês da revista Paraná Cooperativo, editada pelo Sistema Ocepar.
Dono de um conhecimento inquestionável sobre economia e cooperativismo brasileiro, ele foi enfático ao dizer que o sistema cooperativista consegue aliar questões de mercado e demandas sociais, de forma eficiente e com foco, promovendo o bem-estar das pessoas.
Confira, abaixo, trechos da entrevista, mas para lê-la por completo, clique aqui.
Como definir o cooperativismo na atualidade. Qual é a verdadeira fisionomia que deve ser apresentada para a sociedade no mundo todo?
Quando caiu o muro de Berlim, o mundo inteiro e o cooperativismo ficaram perplexos. Éramos, até então, chamados de terceira via, nos posicionando entre o capitalismo e o socialismo. Com a queda do muro, o socialismo sofreu um desastre, desmaiou e ainda continua assim, salvo poucos países do mundo que seguem essa doutrina.
E o capitalismo virou liberalismo. Daí houve uma ampla discussão global: agora, o que nós somos? Foi quando desenvolvi a tese da segunda onda. Não somos mais um rio que flui entre duas margens, o socialismo e o capitalismo, mas uma ponte que junta as duas margens. De um lado, o mercado, onde as cooperativas têm que estar inseridas e eficientemente focadas e, do outro lado, o bem estar das pessoas.
Fiz esse discurso aqui no Paraná há muito tempo, e o estado agarrou isso. E quando esse discurso virou manchete, acabei virando presidente da ACI, pois nele está inserido o selo da perenidade, ou seja, como se faz para manter a doutrina viva e o processo de sucessão articulado.
É aí que se insere a participação dos jovens, em especial no processo sucessório das cooperativas?
Não só dos jovens, mas também das mulheres, afinal, elas são as responsáveis pela preservação da vida e jamais podem ficar de fora deste processo, porque têm um conceito de perenidade diferente do homem, por uma questão biológica. E sou um eterno defensor da participação dos jovens e das mulheres no processo sucessório, por entender que toda cooperativa tem de ter jovens e mulheres na diretoria ou conselho de administração.
Quando fui presidente da ACI, obriguei todos os Continentes a indicarem uma mulher, aliás, fui o primeiro presidente não europeu da ACI a ter na diretoria quatro mulheres. E quem me sucedeu foi uma mulher, Dame Pauline Green, da Inglaterra, que foi sucedida por outra mulher. Elas estão preparadas para assumir postos mais altos no cooperativismo.
Nesse aspecto, o Paraná avançou muito e outros estados também estão adotando a prática de colocar jovens e mulheres em cargos diretivos e deram um salto no processo sucessório. Mas ainda acho a participação feminina muito pequena, especialmente nas cooperativas agropecuárias, de transportes e de infraestrutura. Inclusive no Paraná. Mas isso muda muito quando se trata de outros ramos, como crédito, consumo e saúde.
Qual o motivo de o senhor, com frequência, insistir na tese de que as cooperativas devem estar atentas à comunicação?
Porque é por meio da comunicação que se pode dizer à sociedade o que é, para que serve e o que faz a cooperativa. Recentemente, vi uma propaganda da Cooperativa Aurora, de Chapecó (SC), que é notável, porque mistura o produto com a ideia da cooperação. É o que sempre defendi: na hora de vender, mostrar que o produto é bom, porque é de cooperativa, pois o conceito que há por trás disso é que convence o consumidor.
Para fazer isso, a autogestão é essencial. E a autogestão, que conseguimos a duras penas incluir na Constituinte de 1988, começou aqui no Paraná. Foi o Guntolf van Kaick (ex-presidente da Ocepar) que levou essa tese para mim. E daí, como resultado da luta, com a forte pressão do Paraná e de outros estados, conseguimos incluir o assunto na Constituição brasileira. Por isso, afirmo que a comunicação é algo central no meio cooperativista.
Os números comprovam isso, afinal temos um bilhão de pessoas no mundo filiadas ao cooperativismo. E se formos multiplicar pelo número de pessoas na família, com uma média de mais três, temos cerca de quatro bilhões de pessoas vivendo do cooperativismo, mais da metade da população do planeta. No Brasil temos apenas 20%, porque estamos ainda engatinhando no processo de comunicação social.
O senhor apontaria exemplos de países como referência para essa questão da comunicação no meio cooperativista?
Sim, Japão, Alemanha, Itália. Na Itália eu vi a comunicação voltada mais para produtos industrializados pelas cooperativas. Tem a propaganda de manteiga que diz: ‘Essa é melhor porque é feita por uma cooperativa. Sabe por quê? Porque não quer ter lucro. Ela quer apenas servir bem a você e a sua família!’ Mensagem simples que agrega pensamento positivo sobre a forma de atuar do cooperativismo. A própria mensagem doutrinária está implícita no produto. O
Japão também faz muito bem isso, de forma profissional, porque lá a cooperação faz parte da índole associativa e solidária do povo. Portanto, o melhor que vi na linha de associar o produto à filosofia cooperativista foi nesses dois países.
Fonte: Ocepar