A primeira cooperativa de energia renovável fotovoltaica do Brasil tem pouco mais de seis meses de funcionamento e seus cooperados já têm motivos de sobra para celebrar a realização de um sonho ousado. Localizada na cidade de Paragominas, no estado do Pará, a Cooperativa Brasileira de Energia Renovável (Coober) promete retornar o investimento inicial de seu quadro social em menos de seis anos. A informação é do advogado especialista em direito ambiental, Raphael Sampaio Vale, presidente da Coober.
Após percorrer diversos estados, apresentando a cooperativa que faz da inovação seu principal ingrediente de gestão, o advogado esteve em Brasília para participar de uma série de eventos e, durante sua passagem pela Casa do Cooperativismo, fez questão de contar um pouco da história da Coober que, antes de completar o primeiro aniversário, já planeja passos ainda mais ousados.
Confira na entrevista abaixo.
Como foi a sensibilização dos profissionais para aderirem à ideia de criar uma cooperativa?
Raphael Vale – Esse foi um trabalho intenso de formiguinha. Falávamos com os amigos mais próximos e muitos se mostravam receosos, outros negavam imediatamente, mas com os argumentos certos e muita persistência, obtivemos êxito. Acredito que a primeira reunião entre todos os cooperados tenha sido um marco, por foi o momento de um olhar pro outro, se conhecerem e se darem conta de que, como sócios de uma cooperativa, todos são responsáveis, com os mesmos direitos e deveres. Hoje, depois de um ano, somos 23 amigos que tornamos uma ideia incomum em realidade. Hoje somos a Coober, a primeira cooperativa de energia renovável do país. Sem dúvida, colocar a cooperativa em operação representou um corte significativo na história do setor elétrico brasileiro.
De onde surgiu a ideia de criar uma cooperativa com essa natureza?
Raphael Vale – Bom, não há como negar que o mundo iniciou um processo sem volta da onda da economia colaborativa. A realidade hoje da Coober é fruto de um trabalho colaborativo. Sem a atuação integrada de todos os cooperados não seria possível chegar onde chegamos. Para nós, da Coober, um modelo econômico que só contempla um lado, sem preocupar com os aspectos social e ambiental, está falido.
A ideia surgiu quando eu fazia um curso internacional que abordou um pouco da questão das mudanças climáticas. Eu percebi que, enquanto cidadão, eu precisava fazer a minha parte, sem esperar que as grandes corporações ou governos se movimentassem. Enquanto cidadão preocupado com o mundo, com a sustentabilidade, eu precisa me mexer, contribuir de alguma forma. E o jeito que encontrei para fazer isso era mudando a minha forma de pensar e agir.
Fui pesquisar e me deparei com a Alemanha, uma referência para o nosso projeto em Paragominas (no estado do Pará). Lá, existem 822 cooperativas de energia, sendo que mais de 700 são de energia renovável. Visitamos algumas delas para entender como funciona e observamos que, embora muito à frente do Brasil nesse campo, eles enfrentam as mesmas dificuldades que temos aqui, principalmente como estar integrado à rede de distribuição local.
E aí, quando a Aneel, em novembro de 2015, publicou a resolução permitindo que cooperativas, consórcios e condomínios gerassem energia, isso me chamou a atenção. E eu decidi iniciar o processo de constituição de uma cooperativa. Como eu já conhecia um pouco do movimento, pois minha mulher é de uma cooperativa de crédito, fui em busca de quem pudesse me apoiar. Encontrei a OCB/PA e tudo começou a virar realidade.
Quais as vantagens de se produzir energia renovável (solar fotovoltaica) na forma cooperativa?
Raphael Vale – Ah, são muitas! Poderia citar, por exemplo: menor valor investido, já que os custos são divididos por 23; mobilidade na produção, pois os cooperados podem mudar de endereço sem se preocupar com os equipamentos; desenvolvimento de uma cultura de colaboração; melhor escolha/avaliação das opções, mais pessoas pensando com o mesmo objetivo; melhor relação com a concessionária; e tratativas mais adequadas de benefícios e isenções fiscais.
A Coober é uma cooperativa que leva muito a sério o conceito de inovação. Poderia comentar?
Raphael Vale – A inovação é o que move o mundo. O ser humano, apesar de seus medos, quer sempre melhorar. Durante muito tempo, fomos forçados a crer que era preciso fazer mais do mesmo e do mesmo jeito. Inovar era feio ou desnecessário. O que seria do mundo se não fossem os inovadores, pessoas que pensam “fora da caixinha”? Imagine quantas pessoas disseram ser loucura ir à Lua, ou, mais recentemente à Marte? O que terá sido dito a quem pensou em inventar o um carro elétrico com grande autonomia? Eu vi um desses. Abri o capô e não há motor. Não tem cheiro. É um veículo que não polui. É limpo! Sem dúvida, a inovação é o grande combustível da Coober, que luta por uma democracia energética.
Para mim, a inovação passa pela superação do erro. A gente se esquece que para andarmos, caímos muito. Vivemos rígidos demais e isso nos trava de sermos a potência para a qual nascemos. E o cooperativismo tem se permitido ir além, buscando inovar, com mais intensidade. O cooperativismo vai crescer muito, porque todo brasileiro tem condições se estar vinculado a uma cooperativa. Todos podem ser cooperados.
A Coober é pioneira, empreendedora e inovadora. O que vem pela frente na história da Coober?
Raphael Vale – Nós já estamos estudando a operação de um biodigestor a partir de meados do segundo semestre. Ele será um gerador de energia à base da biodigestão de resíduos de gado, coletados nos frigoríficos da região. Temos muito trabalho pela frente, mas acreditamos que, ainda neste ano, teremos mais esta opção. Este poderá ser um grande salto, tão grande quanto o fotovoltaico. Além disso, temos pensando em adquirir um carro elétrico para mostrar que é possível não emitir CO2. Nós podemos ser mais inteligentes e impactar menos o meio ambiente!
E qual foi a contribuição da OCB e da OCB/PA para a realização deste ideal?
Raphael Vale – Sem a OCB e a OCB/PA, a Coober não seria possível. A OCB no estado do Pará recepcionou muito bem a ideia e já iniciamos as tratativas. Naquela época tive a oportunidade, também, de estabelecer um contato maior com a DGRV, a Agência de Cooperação da Alemanha. Nós encontramos todo o apoio necessário para criarmos a cooperativa. Até porque, sem a luta da OCB Nacional para a inclusão das cooperativas no normativo da Aneel, não teríamos a primeira cooperativa de energia renovável do país. Ou seja, a OCB e OCB/PA foram e são fundamentais para o pleno funcionamento da Coober.
Atualmente contamos com o apoio da OCB/PA para montarmos um plano de expansão. Como isso será feito, é o grande desafio. Não tenho dúvida de que em alguns anos, teremos um grande sistema com cooperativas de energia renovável em todos os estados brasileiros.
Quais os resultados práticos na vida dos cooperados?
Raphael Vale – A primeira coisa é que todos, agora, conhecem com profundidade o cooperativismo. No começo, alguns cooperados nem sabiam direito o que este movimento poderia fazer por eles. Hoje, todos nós sabemos muito bem que sem cooperação pouco poderíamos fazer em prol do nosso objetivo comum. Esse é um dos grandes ganhos.
Além disso, é importante destacar que a Coober é uma cooperativa de micro geração que não vende energia elétrica. Toda a produção é injetada na rede de transmissão da Companhia de Energia Elétrica do Pará e recebemos, depois disso, uma compensação na nossa fatura mensal. Em média, o percentual é de 70% do valor da conta. Então, o que já percebemos é que os nossos cooperados terão, em cerca de seis anos, o retorno do seu investimento. E, dependendo dos reajustes tarifários que possam surgir até lá, talvez este retorno ocorra em bem menos tempo.
Saiba mais sobre a Coober
Capacidade: 75 KWp
Investimento inicial: R$ 600 mil
Nº de placas fotovoltaicas: 288 unidades
Produção média mensal: 11.550 KW/h
Inauguração: 5/8/16
Número de cooperados: 23
Fonte: Sistema OCB
Cooperativas fortes, associados desenvolvidos – A importância da solidez no sistema cooperativista
Seriam as Cooperativas capazes de transformar o mundo? É das cooperativas esta responsabilidade? Antes de respondermos a estas perguntas, precisamos visitar alguns cenários que nos ajudarão a entender o papel do cooperativismo em uma sociedade.
Quando foi pensado, o modelo cooperativo surgiu para auxiliar pessoas a saírem de uma situação de dificuldade econômica e social. Isso aconteceu em 1844, em plena revolução Industrial na Inglaterra. Dados históricos à parte, os valores do cooperativismo estariam formados desde então, mantendo suas ações focadas na democracia, liberdade, respeito às diferenças e justiça social.
Há mais de 113 anos, o Sicredi atua no Brasil como Instituição Financeira Cooperativa, levando mais do que soluções financeiras justas e adequadas ao mercado. O Sicredi, como instituição financeira, oferece produtos e serviços equivalentes aos ofertados pelos bancos. Como sistema cooperativo, valoriza o relacionamento e contribui para a qualidade de vida dos seus associados, comprometendo-se com seu desenvolvimento econômico e social. Há 113 anos estávamos prontos para surgir e crescer conforme a necessidade e comprometimento de nossos cooperados.
Alias, comprometimento é a palavra de ordem deste relacionamento, pois é o comprometimento que garante a solidez do nosso negócio. Quanto mais o associado investe, confia e trabalha com o Sicredi, mais o Sicredi investe, confia e trabalha com seu associado. Quanto mais resultado geramos, mais resultados distribuímos; e quanto mais resultados distribuímos, mais contribuímos para fortalecer nossos associados, aquecendo a economia local e, assim, possibilitando o início de novos negócios. Negócios que futuramente serão convertidos em resultados, que voltarão para os associados e assim por diante.
Esse é o ciclo do compromisso que fortalece. Quando fortalecemos as pessoas, estamos fortalecendo a comunidade onde elas vivem. Um Sicredi forte é capaz de investir em desenvolvimento de tecnologias por meio de apoio à instituições e iniciativas locais; é capaz de investir em desenvolvimento pessoal e qualificação profissional, levando palestras e treinamentos para a população; é capaz de promover o lazer e a cultura regional, pois o que é aplicado na cooperativa, fica para buscar o melhor para o seu associado.
O Sicredi é assim, investe em pessoas que querem um novo olhar para gerir a sua vida financeira. Investe nas pessoas que valorizam o relacionamento, o crescimento em conjunto e a participação nos resultados. A Cooperativa investe nas pessoas e, as pessoas, essas sim, são responsáveis e capazes de mudar o mundo.
Emerson Perosa – Presidente da Cooperativa Sicredi Pantanal MS.
m meio a um aumento de incertezas no mundo e ao maior protecionismo dos Estados Unidos sob a presidência de Donald Trump, o brasileiro Roberto Azevêdo foi confirmado formalmente na terça-feira (28/02) para um segundo mandato de quatro anos à frente da Organização Mundial do Comércio (OMC). Ele foi candidato único à reeleição de diretor-geral e teve o nome aprovado em reunião do Conselho Geral da OMC pelos 164 países-membros.
Cautela - Em entrevista ao jornal O Globo por e-mail, o embaixador se mostrou cauteloso para avaliar a política comercial dos EUA, mas afirmou que a OMC está aberta ao diálogo com o país, que chamou de importante membro da organização.
Preocupação - A preocupação com o avanço do protecionismo e com as ações do governo Trump na área de comércio internacional marcou a reunião que decidiu reeleger Azevêdo. Mais de 20 países fizeram perguntas durante a sabatina do embaixador, na última segunda-feira (27/02). A China foi uma das nações que citaram o temor com medidas protecionistas, enquanto os Estados Unidos perguntaram sobre comércio desleal.
Mais forte - Em seu discurso aos países-membros, ele afirmou que a OMC é mais forte hoje que há quatro anos, mas foi claro em reconhecer o que chamou de “tempos desafiadores”, citando o baixo crescimento econômico, a ameaça do protecionismo e a persistência de questões como pobreza e desigualdade.
Entrevista - Confira, abaixo, a entrevista da Roberto Azevêdo ao jornal O Globo:
Qual é o significado de sua eleição a partir de uma candidatura única? Isso traz mais força para seu segundo mandato?
Quando fui candidato em 2012, havia nove nomes no páreo. Desta vez, fui candidato único. Quero acreditar que isso seja um reconhecimento das conquistas da OMC nos últimos três anos e meio. No período, obtivemos resultados expressivos, entre eles o primeiro acordo global da OMC — o Acordo de Facilitação do Comércio —, e a maior reforma do comércio agrícola em décadas. Para o segundo mandato, há muitos desafios, e, nesse contexto, a forma rápida e descomplicada com que ocorreu esta eleição por consenso certamente ajuda. Os membros da OMC precisam estar unidos em defesa da organização, do comércio e da cooperação internacional.
Reportagem do Financial Times relatou esta semana que os EUA, sob comando de Trump, estudam medidas legais que possam ser adotadas como alternativa às disputas comerciais travadas na OMC. Qual é o risco para o comércio mundial se isso for à frente?
Prefiro não especular sobre qual será a política comercial da nova administração nos Estados Unidos. A própria Casa Branca disse que se deve aguardar a equipe ser formada, para que possam falar sobre política comercial. De forma geral, é importante lembrar que a OMC foi criada justamente para que os países possam discutir suas diferenças de maneira transparente e previsível, de acordo com regras acordadas por todos. A Organização possui diversas ferramentas para que os países lidem com suas preocupações comerciais. Todos os países têm interesse em usar o comércio para promover emprego e crescimento, ninguém é a favor do comércio desleal — e a OMC oferece os instrumentos para que os países lidem com essas preocupações. A OMC está plenamente aberta para o diálogo com os EUA, que são um importante membro da Organização.
O senhor afirmou, no fim do ano passado, que há menos tolerância a importações com preços muito baixos, mas que ainda não havia política de fechamento de fronteiras em nenhum dos mercados centrais. O cenário mudou no ano de 2017?
Seguimos monitorando de perto a situação do comércio mundial. No pós-crise de 2008, o crescimento do comércio, de forma geral, tem sido baixo. Por enquanto, o caráter modesto da expansão comercial não tem o protecionismo como causa. A economia mundial é que está crescendo pouco. No entanto, se o discurso anticomércio começar a se traduzir em barreiras, é provável que isso se reflita nos números gerais do comércio. Como sabemos, barreiras comerciais se espalham rapidamente. A ameaça de efeito dominó é real. É importante evitar que isso ocorra porque as consequências são graves, e porque reverter barreiras protecionistas tende a ser muito difícil. (O Globo / Gazeta do Povo)
A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 4,56 bilhões em fevereiro. Trata-se do melhor resultado para meses de fevereiro desde o início da série histórica do governo, em 1989. As exportações ficaram em 15,472 US$ bilhões, superando os US$ 10,192 bilhões em importações. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (02/03) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Embarques - As exportações cresceram 22,4% em relação a fevereiro de 2016 segundo o critério da média diária, que leva em conta o valor negociado por dia útil. As importações, por sua vez, cresceram 11,8%.
Destaques - Do lado das exportações, os destaques foram as vendas de petróleo bruto (alta de 326,6% na comparação com fevereiro de 2016), minério de ferro (alta de 126,2%), soja em grão (107%), carne suína (40%), óleos combustíveis (480,7%), veículos de carga (38,8%), ferro fundido (139%), óleo de soja bruto (109,9%) e semimanufaturados de ferro e aço (92,6%).
Compras - Nas importações, cresceu a compra de combustíveis e lubrificantes (34,9%) e bens intermediários (16,3%) na comparação com fevereiro do ano passado. Por outro lado, caiu a aquisição de bens de capital (9,8%) e consumo (4,4%).
Saldo acumulado - O saldo positivo de fevereiro ocorreu após o superávit de US$ 2,725 bilhões no primeiro mês deste ano, segundo melhor resultado da história. Em janeiro e fevereiro, há superávit acumulado de US$ 7,3 bilhões, maior saldo no período desde 1989.
2016 - Em 2016 a balança comercial também bateu alguns recordes mensais, encerrando o ano no azul em US$ 47,69 bilhões, maior superávit anual já registrado pelo Brasil desde o início da série histórica do governo.
Superávit - A balança comercial tem superávit quando as exportações, vendas do Brasil para parceiros de negócios no exterior, superam as importações, que são as compras do país também no exterior. (Agência Brasil)
“Se analisarmos o cooperativismo com profundidade, veremos que seus valores e princípios podem ser traduzidos nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas.” Com esta frase, Márcio Lopes de Freitas marcou sua participação na abertura do seminário internacional “O Cooperativismo e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – Combinando Impacto Econômico e Social por um Futuro Melhor”.
O evento, que ocorreu ontem, em São Paulo, é promovido pela OCB, Ocesp e Sistema Unimed, com o apoio da Aliança Cooperativa Internacional. O seminário teve por objetivo discutir um plano de ação que o setor cooperativista deve colocar em prática nos próximos anos, a fim de contribuir com o alcance dos ODS da ONU.
A cerimônia contou ainda com a participação do presidente da Unimed Brasil, Eudes Freitas de Aquino; Edivaldo Del Grande, presidente da Ocesp; Monique Leroux, presidente da ACI, e Ramon Imperial, presidente da ACI Américas. Entre as autoridades da política nacional, marcaram presença o senador e recém-anunciado ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes; o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim; além do deputado federal Lelo Coimbra (ES). Lideranças políticas altamente reconhecidas pelo grande apoio que prestam às causas do setor cooperativista no âmbito governamental.
Aos mais de 200 presentes, dentre eles presidentes de diversas organizações estaduais da OCB, e, ainda, representantes de cerca de 30 países, o presidente da OCB, Márcio Freitas, ressaltou a relação entre os ODS e o DNA cooperativista. “A cooperativas já praticam o desenvolvimento sustentável. O problema é que não estamos sabendo mostrar isso ao mundo. Precisamos aproveitar essa adesão às metas da ONU para divulgar com mais eficácia, para sermos reconhecidos por aquilo que já fazemos de melhor, que é melhorar a vida das pessoas”, disse o presidente da OCB.
ENGAJAMENTO POLÍTICO
“Temos uma obrigação importante de conduzir ao governo e ao parlamento pessoas que olhem para o nosso setor e contribuam com o seu desenvolvimento. Assim, nos tornaremos cada vez mais fortes no cumprimento da nossa missão.” Edivaldo Del Grande, presidente da Ocesp.
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
“O cooperativismo brasileiro é reconhecido internacionalmente como sério, pujante, ativo e devemos, cada vez mais, tê-lo como uma mola para o desenvolvimento do país.” Aloysio Nunes, ministro das Relações Exteriores.
FORÇA ECONÔMICA
“O cooperativismo é um dos movimentos econômicos mais fortes do país. Sua contribuição para a pauta econômica é marcante. Vale lembrar, por exemplo, que 50% do transporte de cargas no Brasil, hoje, é cooperativado.” Lelo Coimbra, deputado federal (ES).
EMPREENDEDORISMO
“Fico feliz que a ACI esteja colocando o desenvolvimento sustentável como uma meta, contribuindo para que tenhamos um mundo com menos monopólios e oligopólios. O cooperativismo, apesar de manter viva a iniciativa do empreender, propõe a distribuição, a partilha dos resultados, o que contribui para diminuir a concentração de renda.” Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
REPRESENTATIVIDADE
"O movimento cooperativista brasileiro, atualmente, é um modelo fundamental para os demais países, considerando sua capacidade de desenvolvimento e organização." Ramon Imperial, presidente da ACI Américas.
REPRESENTAÇÃO GLOBAL
"Somos mais de 3 milhões de cooperativas no mundo, geramos mais de 250 milhões de empregos e alcançamos resultados econômicos de US$3 trilhões. Ficamos muito silenciosos ao anunciar o impacto das nossas atividades na sociedade, mas precisamos anunciar ao mundo o que fazemos e faremos pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.” Monique Leroux, presidente da ACI.
SUSTENTABILIDADE
"Uma das formas de entender o significado de sustentabilidade é que ele diz respeito a um conjunto de atitudes que precisam ser tomadas para garantir a preservação do meio ambiente. As cooperativas já atuam nesse sentido e precisam continuar buscando alternativas para contribuir neste grande projeto dos ODS". Eudes Freitas de Aquino, presidente da Unimed Brasil.
ONU E AS COOPERATIVAS
Logo após a abertura, ocorreu o painel Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: Como o Cooperativismo Pode Proporcionar uma Nova Sociedade?. A apresentação do painel contou com a participação de Maxwell Haywood, diretor social da ONU, Geâne Nazaré Ferreira, gerente de Desenvolvimento Social de Cooperativas do Sescoop, e Monique Leroux, presidente da ACI.
Haywood salientou que as cooperativas precisam fortalecer suas capacidades. “O que faz as cooperativas estarem tão próximas da Agenda 2030 são suas características. Essa identidade não pode ser perdida”.
Geâne Nazaré Ferreira apresentou o projeto Dia de Cooperar (Dia C), iniciado em 2009 e que hoje corresponde a maior rede cooperativista de voluntariado do Brasil.
Ao final do painel, Haywood aderiu ao coro sobre disseminar mais o cooperativismo. “O movimento é tímido demais. A prioridade, na verdade, é trabalhar com foco nos dados baseados em evidências para, assim, divulgar o modelo eficaz que assegure o desenvolvimento sustentável e eduque a população. Essa identidade precisa ser melhor promovida.”
COOPS FOR 2030
O evento contou, ainda, com a apresentação do projeto Coops For 2030, realizada por Rodrigo Gouveia, diretor de Política da ACI. Ele abordou a atuação das cooperativas na Agenda 2030, ressaltando os objetivos em que elas podem atuar: erradicação da pobreza; melhorar o acesso em produtos e serviços básicos; proteção do meio ambiente; e a construção de um sistema alimentar mais sustentável.
“Temos que focar no que nos comprometemos a fazer, e não no que já fizemos. A ACI irá reunir essas atividades para traduzir na linguagem da ONU e apresentar o relatório no evento anual da organização, que acontecerá em julho, em Nova York.”
(Com informações do Sescoop/SP e da Comunicação da Unimed do Brasil)