Sicredi União MS/TO adere à campanha de doacão de sangue do Sistema OCB/MS

No dia 6 de dezembro, os colaboradores da Sicredi União MS/TO doarão sangue participando da Campanha de Doação do Sistema OCB/MS, que é fundamentada no 7º princípio cooperativista "Interesse pela comunidade", mostrando que o cooperativismo além de uma alternativa para o desenvolvimento econômico também possui o seu ideal solidário, de respeito e zelo pela vida assumidos enquanto Responsabilidade Social e, voltada à qualidade de vida e saúde da nossa sociedade.

 

O sistema OCB/MS lança novamente esta campanha para sensibilizar as pessoas sobre a importância de ser um doador de sangue e salvar muitas vidas. O foco da campanha ocorre de 17 de novembro a 09 de dezembro.

 

Procure o Hemosul ou o banco de sangue mais próximo e faça sua doação. Apresente seu comprovante na sede do Sistema OCB/MS e ganhe uma camiseta para divulgar a campanha.

Entrevista: Roberto Rodrigues
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Entrevista: Roberto Rodrigues

Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócio da FGV/EESP e embaixador especial da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) para o cooperativismo mundial, foi o entrevistado da edição deste mês da revista Paraná Cooperativo, editada pelo Sistema Ocepar.

 

Dono de um conhecimento inquestionável sobre economia e cooperativismo brasileiro, ele foi enfático ao dizer que o sistema cooperativista consegue aliar questões de mercado e demandas sociais, de forma eficiente e com foco, promovendo o bem-estar das pessoas.

 

Confira, abaixo, trechos da entrevista, mas para lê-la por completo, clique aqui.

 

 

Como definir o cooperativismo na atualidade. Qual é a verdadeira fisionomia que deve ser apresentada para a sociedade no mundo todo?

 

Quando caiu o muro de Berlim, o mundo inteiro e o cooperativismo ficaram perplexos. Éramos, até então, chamados de terceira via, nos posicionando entre o capitalismo e o socialismo. Com a queda do muro, o socialismo sofreu um desastre, desmaiou e ainda continua assim, salvo poucos países do mundo que seguem essa doutrina.

 

E o capitalismo virou liberalismo. Daí houve uma ampla discussão global: agora, o que nós somos? Foi quando desenvolvi a tese da segunda onda. Não somos mais um rio que flui entre duas margens, o socialismo e o capitalismo, mas uma ponte que junta as duas margens. De um lado, o mercado, onde as cooperativas têm que estar inseridas e eficientemente focadas e, do outro lado, o bem estar das pessoas.

 

Fiz esse discurso aqui no Paraná há muito tempo, e o estado agarrou isso. E quando esse discurso virou manchete, acabei virando presidente da ACI, pois nele está inserido o selo da perenidade, ou seja, como se faz para manter a doutrina viva e o processo de sucessão articulado.

 

É aí que se insere a participação dos jovens, em especial no processo sucessório das cooperativas?

 

Não só dos jovens, mas também das mulheres, afinal, elas são as responsáveis pela preservação da vida e jamais podem ficar de fora deste processo, porque têm um conceito de perenidade diferente do homem, por uma questão biológica. E sou um eterno defensor da participação dos jovens e das mulheres no processo sucessório, por entender que toda cooperativa tem de ter jovens e mulheres na diretoria ou conselho de administração.

 

Quando fui presidente da ACI, obriguei todos os Continentes a indicarem uma mulher, aliás, fui o primeiro presidente não europeu da ACI a ter na diretoria quatro mulheres. E quem me sucedeu foi uma mulher, Dame Pauline Green, da Inglaterra, que foi sucedida por outra mulher. Elas estão preparadas para assumir postos mais altos no cooperativismo.

 

Nesse aspecto, o Paraná avançou muito e outros estados também estão adotando a prática de colocar jovens e mulheres em cargos diretivos e deram um salto no processo sucessório. Mas ainda acho a participação feminina muito pequena, especialmente nas cooperativas agropecuárias, de transportes e de infraestrutura. Inclusive no Paraná. Mas isso muda muito quando se trata de outros ramos, como crédito, consumo e saúde.

 

Qual o motivo de o senhor, com frequência, insistir na tese de que as cooperativas devem estar atentas à comunicação?

 

Porque é por meio da comunicação que se pode dizer à sociedade o que é, para que serve e o que faz a cooperativa. Recentemente, vi uma propaganda da Cooperativa Aurora, de Chapecó (SC), que é notável, porque mistura o produto com a ideia da cooperação. É o que sempre defendi: na hora de vender, mostrar que o produto é bom, porque é de cooperativa, pois o conceito que há por trás disso é que convence o consumidor.

 

Para fazer isso, a autogestão é essencial. E a autogestão, que conseguimos a duras penas incluir na Constituinte de 1988, começou aqui no Paraná. Foi o Guntolf van Kaick (ex-presidente da Ocepar) que levou essa tese para mim. E daí, como resultado da luta, com a forte pressão do Paraná e de outros estados, conseguimos incluir o assunto na Constituição brasileira. Por isso, afirmo que a comunicação é algo central no meio cooperativista.

 

Os números comprovam isso, afinal temos um bilhão de pessoas no mundo filiadas ao cooperativismo. E se formos multiplicar pelo número de pessoas na família, com uma média de mais três, temos cerca de quatro bilhões de pessoas vivendo do cooperativismo, mais da metade da população do planeta. No Brasil temos apenas 20%, porque estamos ainda engatinhando no processo de comunicação social.

 

O senhor apontaria exemplos de países como referência para essa questão da comunicação no meio cooperativista?

 

 

Sim, Japão, Alemanha, Itália. Na Itália eu vi a comunicação voltada mais para produtos industrializados pelas cooperativas. Tem a propaganda de manteiga que diz: ‘Essa é melhor porque é feita por uma cooperativa. Sabe por quê? Porque não quer ter lucro. Ela quer apenas servir bem a você e a sua família!’ Mensagem simples que agrega pensamento positivo sobre a forma de atuar do cooperativismo. A própria mensagem doutrinária está implícita no produto. O 

 

Japão também faz muito bem isso, de forma profissional, porque lá a cooperação faz parte da índole associativa e solidária do povo. Portanto, o melhor que vi na linha de associar o produto à filosofia cooperativista foi nesses dois países.

 

 

 

Fonte: Ocepar

Cooperativas de táxi planejam aplicativo para setor

As cooperativas do segmento táxi devem lançar em breve um aplicativo que facilitará a comunicação entre o taxista e o usuário do serviço de todo o país. A plataforma de negócio, como tem sido chamado, faz parte de um projeto mais amplo, que visa a criação de um modelo de negócio para o setor. O assunto foi discutido nesta quarta-feira (7/12), em Brasília, pelos integrantes do Grupo de Trabalho Táxi, fórum criado para discutir as demandas e ações do segmento.

 

A reunião, uma iniciativa da Rede Transporte, objetivou a apresentação da plataforma de negócios diretamente aos cooperados e, ainda, validar sua adesão. O encontro contou com a participação de representantes de 15 cooperativas, dos seguintes estados: RS, PR, MG, SP, ES, RJ, PE, RN, MS, AM e DF.

 

Como dever de casa, o grupo indicou os responsáveis em cada cooperativa que farão parte da comissão responsável por concluir a iniciativa. Para isso, uma reunião está agendada para ocorrer em São Paulo/SP, no próximo dia 20/12.

Satisfacão na parceria Embrapa e OCB

A conclusão da segunda edição de capacitações do convênio entre a Embrapa e a OCB foi motivo de comemoração entre os presentes na cerimônia de encerramento, realizada no dia 25/11, na Embrapa Trigo, localizada em Passo Fundo (RS). O evento contou com a participação do superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, e do diretor de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Waldyr Stumpf Junior.

 

O convênio Embrapa e OCB teve início em 2015, por meio de um acordo de cooperação técnica, visando à formação de multiplicadores de conhecimento sobre inovações tecnológicas vinculados às cooperativas do ramo agropecuário. Os temas prioritários apontados pelas cooperativas foram leite e trigo.

 

A primeira turma da capacitação na cadeia produtiva de cereais de inverno contou com 20 profissionais, gestores de departamento técnicos de 19 cooperativas de cinco estados. Em 2016, foram 30 profissionais, de três estados. "A Embrapa é responsável pelo conteúdo técnico, enquanto a OCB viabiliza os recursos e a indicação dos participantes", explica o chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Trigo, Adão Acosta.

 

O conteúdo tecnológico (cerca de 170 horas de capacitações) foi desenvolvido pela Embrapa, por meio do Departamento de Transferência de Tecnologia em conjunto com a Embrapa Trigo, em parceria com diversas universidades (UPF, IFSul, UFSM, UFRGS, UFPel), Emater/RS, Fundação ABC, FAPA/Agrária, IAPAR, CCGL, associações, produtores rurais, cooperativas e outras Unidades da Embrapa (Milho e Sorgo, Soja, Gado de Corte, Pecuária Sudeste, Cerrados, Arroz e Feijão).

 

A programação do ano foi distribuída em sete módulos de 24 horas/cada, com periodicidades mensal, sobre temas como: agricultura conservacionista; colheita e pós-colheita; manejo de cultivos anuais de grãos; ILPF; proteção de plantas; controle de plantas daninhas; e manejo integrado de pragas e doenças de culturas de verão.

 

Durante o desenvolvimento da programação, os módulos contam com exposições teóricas combinadas com práticas em laboratórios, campos experimentais e propriedades rurais. A cada edição, a programação do curso envolve mais de 20 pessoas, entre palestrantes, moderadores e visitas técnicas.

 

APROVAÇÃO - Uma pesquisa de avaliação realizada com os participantes do curso em 2016, mostrou a satisfação com o conteúdo e a dinâmica do curso: 64% avaliou como excelente/superou as expectativas; e 36% classificou o curso como bom, mas com espaço para melhorias.

 

A área de aplicação dos conhecimentos foi estimada em 135 mil hectares (ha) em 18 cooperativas do PR, RS e SC, com perspectiva para alcançar 695 mil ha a curto e médio prazo. Os conhecimentos deverão chegar a 730 técnicos que atendem cerca de 95 mil produtores.

 

Entre os temas que resultaram em ações já implementadas nas áreas de atuação das cooperativas participantes está agricultura conservacionista e fertilidade do solo (92,2%), controle de plantas daninhas (85,7%), MIP (64,3%), cultivos anuais de grãos/colheita e pós-colheita/proteção de plantas (57%), e ILPF (7,1%).

 

IMPACTOS – Como impactos esperados no campo, na visão dos participantes da capacitação 2016, estão: aumento da rentabilidade, aumento da produtividade e redução de perdas.

 

Um dos resultados apresentados pela Coopavel, é o aumento de produtividade de um cooperado que recebeu os conhecimentos levados pelo departamento técnico com a participação do curso em 2015: "O produtor assistido aumentou a produtividade do trigo de 2.700 para 5.200 kg/ha. Foram transferidos conhecimentos básicos de solo e manejo que mostraram o resultado da teoria no campo", conta o gerente técnico da Coopavel, Mário de Melo.

 

Ele destaca que, na próxima edição da capacitação, a cooperativa pretende viabilizar a participação de outros quatro profissionais do departamento técnico.

 

No que depender do superintendente da OCB, as capacitações deverão continuar ampliando as ações: "Eu venho recebendo avaliações extremamente positivas desde o começo destas capacitações. Ainda não mensuramos, mas os resultados são fáceis de observar junto às cooperativas participantes. Estamos avaliando a realização de um fórum anual para apresentar os resultados implantados e os impactos gerados no campo", conta Renato Nobile.

 

Segundo ele, os conhecimentos poderão ser ampliados para outros cultivos de interesse das cooperativas, com possibilidade de maior participação dos departamentos técnicos em locais mais próximos à base de capacitação nos diversos centros de pesquisa da Embrapa.

 

De acordo com o representante da OCEPAR/PR, Maiko Zanella, 50% da produção agrícola do Brasil passa pelas cooperativas. Somente no Paraná, são 220 cooperativas, com 1,3 milhão de associados, responsáveis pela geração de dois mil novos empregos neste ano.

 

Para o presidente da Fecoagro/RS, Paulo Pires, o conhecimento é o grande diferencial agregado aos profissionais das cooperativas participantes. "Este curso tem sido uma mola propulsora para o crescimento do cooperativismo que, certamente, reflete os bons resultados no campo".

 

O Diretor de Transferência de Tecnologias da Embrapa, Waldyr Stumpf Junior destacou que a interação entre pesquisadores e assistência técnica está sendo uma oportunidade de aprendizado para todos: "a Embrapa sozinha não tem valor. Ela só sustenta com o apoio das parcerias que transformam o conhecimento em tecnologia útil ao produtor. A pesquisa precisa se transformar em inovação no campo, senão perde a razão de existir".

 

"As capacitações no convênio com a OCB já fazem parte do calendário de atividades desenvolvidas pela Embrapa Trigo. Nossa intenção é qualificar cada vez mais os conteúdos e promover a aproximação entre os departamentos técnicos das cooperativas para que trabalhem unidos no desenvolvimento do agronegócio brasileiro", finaliza o analista de transferência de tecnologia da Embrapa Trigo, Jorge Lemainski. (Fonte: Embrapa)

Entrevista: Celso Régis
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Entrevista: Celso Régis

Depois de um 2016 conturbado, é hora de fazer um balanço e recomeçar para ter um ano novo mais produtivo. Esta semana, o presidente do Sistema OCB/MS concedeu uma entrevista fazendo essa análise. Confira!

1- Qual o balanço de 2016 para o cooperativismo?

Celso Régis: Foi um ano difícil. Diversos desafios tiveram que ser superados. O cooperativismo não esta imune às crises, porém atravessou esse delicado momento incólume, exatamente pelo seu formato agregador, de participação e de transparência de suas ações. No Brasil e no Mato Grosso do Sul chegamos ao final do ano com resultados positivos com crescimentos em todos os seguimentos econômicos de atuação dos empreendimentos cooperativos.

2- O que esse ano agregou?

Celso Régis: Foi o ano da consolidação. Pois é no momento de crise que o aparece o cooperativismo como solução das dificuldades. Tivemos forte ampliação no MS das unidades das cooperativas, seja no ramo transporte, agropecuário, credito, saúde, dentre outros. Num ano economicamente difícil, as cooperativas mostraram que ‘e possível crescer e agregar resultados aos negócios dos cooperados, por estar alicerçado no princípio da valorização das pessoas, afinal, cooperativa é uma sociedade de pessoas e não de capital.

3-Quais são as perspectivas para 2017, em âmbito geral e para o cooperativismo?

Celso Régis: É de continuar crescendo. Com as perspectivas de melhoras nas questões nacionais sejam políticas ou econômicas, por certo trará melhores condições para o mercado e isso refletira na continuidade dos investimentos por parte das cooperativas no MS.

4- Como vê o próximo ano para o MS?

Celso Régis: Com otimismo. Estamos na metade do mandato do atual Governo, que tem demonstrado firmeza e austeridade em suas ações. Isso nos dá uma certa segurança e confiança de que teremos melhores condições para atrairmos novos negócios, novos investidores, e nesse contexto estão também as cooperativas.

5- Como será o trabalho do Sistema OCB/MS em 2017?

Celso Régis: Considerando a acima exposto, o Sistema OCB/MS atuará como aglutinador e impulsionador do sistema cooperativo, buscando as melhores práticas de governança e a profissionalização cada vez maior dos empreendimentos cooperativos. Nosso Plano Estratégico, que está alinhado com as estratégias nacionais, traz em seus norteadores o compromisso de buscar por todos os meios o fortalecimento e desenvolvimento do cooperativismo no MS, onde através de parcerias com o governo do estado e os demais entes do setor produtivo, buscaremos ampliar a atuação do setor cooperativo na economia estadual. Acreditamos que desta forma estaremos contribuindo para melhorar as condições e a qualidade de vida das pessoas e das comunidades.

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